Better Than Revenge.

Capítulo 24 - Perda de tempo.


-Fala ae cara. -Dan disse.

-An, depois a gente se fala. Vou nessa. -Arthur murmurou.

-Vou tomar banho. -Falei e sai.

Fui para o meu quarto e tomei um banho, coloquei um vestido soltinho e sai do banheiro, deparando-me com o Arthur sentado na minha cama.

-Achei que você já tivesse ido. -Falei encarando-o.

-Ah, milagre você não se assustar comigo. -Riu.

-Estou acostumada já. Você parece um fantasma. -Sorri.

-Está tudo bem entre nós? -Arthur levantou-se e ficou de frente para mim.

-Sim. -Falei dando os ombros.

-Mesmo? -Disse sorrindo.

-Sim. -Murmurei, franzindo o cenho.

-Só acredito se você topar ir tomar um sorvete comigo. -Fez biquinho e eu ri.

-Acho melhor não. -Falei, Arthur ficou sério.

-Eu não mordo, só se você pedir. Vamos vai...

-Não se preocupe, não tem risco de isso acontecer. -Sorri.

-U, ganhei um fora. -Fez uma careta. -Você vai ir sim. Nem que eu tenha que te amarrar. -Disse rindo.

-Tenta a sorte. -Sorri de canto. Arthur em um giro rápido pegou-me no colo. Comecei a me debater, mas ele era bem mais forte do que eu. Ao descermos as escadas demos de cara com o Rafael e o Dan.

-Me solta Arthur. -Bufei.

-Vou dar uma saidinha com a sua irmã, ok?

-Claro, mas cuidado para não apanhar. -Dan disse rindo.

(...)

-Eu te odeio. -Bufei e revirei os olhos.

-Por eu te tirar de perto do seu namorado? -Perguntou erguendo as sobrancelhas.

-Namorado? -Franzi o cenho, pegamos os sorvetes, o seu era de chocolate e o meu de creme, e continuamos a caminhar pela praia.

-O Rafael, eu vi vocês se beijando lá no campus... -Engoliu seco.

-Não estamos namorando e não foi um beijo, e sim um selinho.

-Da no mesmo. -Deu os ombros, visivelmente incomodado.

-Hm. -Murmurei indiferente.

-E ai, já entrou no mar? -Perguntou.

-Não, não sou muito fã dessas coisas. -Murmurei e ele riu.

-Tá brincando, não é? Você tem medo!

-Não, acho que enjoei de praia. -Sentamos na areia.

-Vamos! -Arthur levantou-se e estendeu a mão para mim.

-Onde? -Perguntei confusa.

-No mar!

-Nem rola. -Revirei os olhos. -Não estou de biquíni e, aliás, já me jogaram na piscina hoje. Ou seja, minha cota por hoje já deu.

-Porque você é tão chata? -Arthur riu.

-Porque você é um idiota? -Disse fitando-o.

-Idiota que te ama. -Murmurou.

-Ah, percebi. -Revirei os olhos.

-Ei. -Arthur virou meu rosto com seus dedos para mim assim, encara-lo. -Pode duvidar de tudo, que o céu é azul, que existe et's, que não existem pessoas perfeitas só NUNCA, N-U-N-C-A duvide do amor que eu sinto por você. O idiota do Rafael pode até sentir algo por você, mas posso te garantir que não se compara ao que eu sinto. Nada se compara.

-Arthur. -Murmurei. -Para com isso, você sabe que eu não vim aqui para isso. -Arthur assentiu e soltou o meu rosto.

-Tudo bem, só amigos. -Disse. -Então, você vai à festa amanhã? -Perguntou.

-Que festa?

-Do Thiago.

-Nem sabia. -Sorri de canto.

-Agora sabe, vai ir. Não é? -Arthur perguntou.

-Não. -Respondi.

Conversamos mais um pouco e depois voltei para casa. Dan estará com a Liane na sala, sentei- me e os dois me encararam.

-Hey, Windy. -Dan disse.

-Ham? -Murmurei.

-Vamos à festa do Thiago? -Perguntou.

-Não.

-Poxa cunhada, vamos! -Liane disse tentando me animar.

-Não estou com vontade. Vou subir.

Subi as escadas e coloquei uma camisola, deitei na cama peguei meu celular e fiquei ouvindo música. Desci as escadas e já eram 23h20min. A campainha começou a soar, abri a porta e me deparei com o Arthur.

-Ei, vai se arrumar garota! -Arthur disse me fitando.

-Arrumar para...? -Falei esfregando meus olhos, Arthur entrou e eu fechei a porta.

-A festa! Vim buscar você. -Sorriu maroto.

-Eu não vou à festa Arthur, perdeu seu tempo. -Bufei.

-Ah, ok. -Disse indo até a estante onde ficara a o DVD, pegou uns dvd's na mão e eu franzi o cenho. -Prefere romance, terror, suspense ou ação? - Disse olhando os dvd's.

-Sério? Não vai à festa por minha causa? -Cruzei os braços e o fitei que sorriu largo.

-É isso que os -Deu ênfase- amigos fazem.

-Ok. Vou fazer a pipoca e você faz o brigadeiro ok? -Arthur riu.

-Assim que eu gosto, mas acho que não sei fazer brigadeiro. -Disse passando as mãos pelos cabelos.

-Ai, não acredito! -Ri. -Vem te ensino.

Fomos para a cozinha e eu fiz a pipoca, ajudei o Arthur com o brigadeiro e fomos para o meu quarto olhar o tal filme.

Arthur escolheu um de terror cujo nome era: Pânico na floresta. Tinha algumas partes com putaria.

-Aff, olha o filme que você escolheu! -Falei tapando os olhos com as minhas mãos.

-Até parece que nunca fez isso!-Disse rindo.

-Arthur. -Bufei.

-Ok, sem papos picantes. -Riu. -Mas como eu ia adivinhar? Nunca vi esse filme.

-Ai o problema não é meu. -Dei os ombros e Arthur me fitou com um sorriso.

-Windy. -Murmurou.

-O que? -Arthur se aproximou de mim, colocando uma mão na minha nuca e outra próxima a minha cintura. Aproximou nossos lábios lentamente.

-Eu acho que amigos não fazem isso. -Murmurei nos seus lábios, Arthur me fitou e sorriu de canto.

-Acho que somos um tipo diferente de casal de amigos. -Sorriu. E então me beijou, o beijo logo ganhou uma porção de malicia. Arthur então veio para cima de mim, seus lábios abandonaram os meus e que fora em direção ao meu pescoço, dando-me beijos que causara arrepios por todas as partes do meu corpo. Uma de suas mãos foi em direção as minhas costas, fazendo com que eu estremecesse ao sentir seu toque e suas caricias em minha pele. Então, Arthur voltou aos meus lábios, mordiscando-os e beijando.

Foi até o meu ouvido e sussurrou:

-Eu te amo, Windy.

Só então desceu para o meu ombro, afastando a alça da camisola dando um beijo no mesmo.

Foi ai então que eu o empurrei de cima de mim.

-Não, Arthur! Tá maluco? -Me olhou confuso.

-Ei, calma Windy ! Desculpe-me, forcei a barra. – Disse assustado com a minha reação.

-Acho melhor você ir embora. – Murmurei com a mão na testa.

-Não Windy, por favor! Vamos apenas esquecer isso.

(...)