Better Than Revenge.
Capítulo 18 - Triângulo amoroso.
–Você perdeu! -Ricardo disse se aproximando de mim.
–O que? -Perguntei.
–Os caras em ação, o Rafael tá lá no beco e metade da festa viu a confusão. Foi muito real. -Sai correndo até o beco e fui empurrando algumas pessoas para chegar perto do Rafael. Ao vê-lo, coloquei as mãos na boca, ele estará caído no chão desacordado e ao redor do seu corpo sangue por todos os lados. Logo a ambulância chegou levando-o para o hospital.
Rafael.
Acordei com o barulho da chuva batendo sobre a janela. Meu corpo todo doía dos golpes da noite passada.
Flashback.
–Seu filha da puta, nunca mais encosta-se a mim! -Windy disse dando-me um belo tapa na cara. Limpei meu rosto que estava molhado por conta da bebida que a mesma havia jogado em mim. Olhei para o Arthur que deu um sorriso debochado em minha direção e logo foi atrás da Windy.
Só então olhei ao redor e percebi que todos estavam me olhando, bufei de raiva e sai da festa. Fui até os fundos do local e quatro caras surgiram de um beco.
–Passa o celular playboy. -Disse o que estava de vermelho. O que estava de branco me prensou contra a parede dando-me em seguida um soco.
–Calma, toma pega. -Disse alcançando o celular.
–Tarde demais playboy. -Disse o de verde dando-me uma rasteira, cai no chão e a sequencia de golpes aumentou, chutes, socos e tapas. Depois disso não me lembro de mais nada.
Fim de flashback.
–Que bom que você acordou. -Disse uma médica. -Está sentindo dor? -Perguntou.
–Um pouco. -Murmurei.
–Lembra-se do que aconteceu?
–Sim, um assalto seguido de espancamento. -Falei com dificuldade devido à tamanha dor.
–Vou lhe dar um remédio para dor, tem visita para você.
–Quem é? -Perguntei surpreso. A médica abriu a porta e a Windy entrou.
–Windy? -Falei sem conseguir esconder a surpresa.
–Oi. -Ela disse tímida.
–Bem, vou deixar vocês a sós. -Ela disse saindo.
–Como você está? -Windy perguntou.
–Surpreso. -Respondi e ela riu. -E com um pouco de dor.
–Um pouco? -Ela ergueu as sobrancelhas.
–Muita, tomei remédio. Vai passar.
–Menos mal. -Ela suspirou.
–Você é maluca. -Murmurei rindo, Windy ergueu os olhos em minha direção.
–Como? -Perguntou calma.
–Eu fui um idiota, te humilhei na frente de todos. Eu me arrependo, mas não estou acostumado a pedir desculpas. E você ainda vem aqui no hospital me ver. -Sorri de canto. -Se fosse outra, viria quando eu estivesse dormindo para me sufocar.
–Não dá ideia. -Ela riu.
–Você teria coragem? -Perguntei.
–Hm? -Murmurou.
–De me matar...
–Não mato nem uma mosca, imagina um cachorro. -Disse dando os ombros.
–Cachorro? Que isso dona Windy. -Disse rindo, puxei-a fazendo a mesma cair em cima de mim, Windy riu, mas quando caiu em si levantou rapidamente da cama.
–Bem, eu preciso ir. -Ela murmurou.
–Já? -Perguntei fazendo biquinho.
–Sim, eu vim rapidinho aqui. Achei que você não estava acordado. -Disse ela.
–Ah, veio me sufocar. -Falei rindo e ela me deu um tapa.
–Cachorro mau. – Murmurou.
–Ai, doeu. -Gemi e ela colocou as mãos na boca.
–Desculpe, eu esqueci que você está com dor. -Disse ela.
–Não se preocupe tapa de amor não doí. -Ri e ela revirou os olhos.
–Então tá, tchau. -Ela disse e eu segurei a sua mão, Windy me encarou assustada.
–Promete que vai voltar amanhã? -Perguntei e ela puxou a sua mão meio sem jeito.
–Prometo. -Assentiu e saiu me deixando sozinho.
Windy.
Resolvi fazer um bolo de chocolate, demorou um pouco e quando ficou pronto eu esperei esfriar. Logo após sentei e cortei um pedaço comendo-o olhando para o chão. Dan entrou na cozinha e cortou um pedaço do bolo sentando-se na minha frente e comendo-o.
–Precisa pensar em relação ao que? -Perguntou.
–Nada ué.
–Você sempre cozinha quando quer pensar.
–E quando quero comer. -Retruquei.
–Mas você estava parada olhando pro nada, ou seja, você cozinhou para espairecer.
–Dan. -Bufei.
–Tem a ver com o Arthur ou a sua visita no hospital pro Rafa? -Disse ele calmo me encarando.
–Como você sabe?
–Rafa falou.
–Ah. -Suspirei.
–Escolhe um dos dois de uma vez, ficar nesse triângulo não dá.
–Eu não gosto do Rafa! -Bufei.
–Rafa? -Ele ergueu as sobrancelhas. - Desde quando chama ele pelo apelido?
–Dan, para vai. Só quero paz.
–Ok. Só acho que você poderia escolher um e se jogar de cabeça, o Rafael tá diferente. Você notou?
–Notei, ele tá estranho. -Me arrepiei e Dan riu.
–Eu diria que ele gosta de você. Mas eu acho que vou vestir a camisa do Arthur. -Dan sorriu.
–Não me incomoda, por favor.
–Ontem eu vi o Arthur indo atrás de você, seria muito intimo se eu perguntar o que vocês conversaram?
–Na verdade seria, e é. -Ri, levantei-me e fui até o quarto e liguei pro Ricardo.
–O que devo a honra? -Disse ele.
–Belo trabalho. -Disse com um sorriso vitorioso nos lábios.
–Eu sou o cara, princesa.
–Tá, não se acha tanto.
–Já fez o seu teatro hoje? -Perguntou.
–Fui ver o Rafael no hospital hoje.
–Podia ser atriz gata. -Riu.
–Eu sei, estou pensando seriamente nessa possibilidade.
–Você é cruel demais sabia? Arma um falso assalto para quebrarem o cara.
–Eu sei, mas ele não viu nada ainda. Eu senti dores piores do que essas. As marcas do corpo dele vão cicatrizar, mas a do meu psicológico não.
–Tudo isso por ele ter feito você brigar com o playboy?
–Também. -Falei.
–Mais algum plano?
–Aham, mas vamos mudar um pouco o foco agora.
(...)
Liane.
Dan.
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