Besame Mucho

Nasce um sentimento


Carlos Daniel abriu a porta e ficou surpreso ao encontrar Paulina.

Carlos Daniel: Senhorita Paulina, posso ajuda-la em alguma coisa?

Paulina: Eu acho que vim no endereço errado. Eu vim indicada pelo senhor Roberto Gomez.

Carlos Daniel: Está no lugar certo, ele foi meu professor e disse que ia enviar uma jovem com um caso complicado, não imaginei que era você. Entre.

Paulina entrou e contou tudo, contou de sua descoberta, contou da morte de Pedro, da leitura do testamento e da reação de Débora e Leda.

Carlos Daniel: Uma coisa é certa Paulina, no testamento o Pedro deixou a quantia para você, então nada pode mudar, a não ser que seja provado que o testamento é falso, e quanto ao caso da paternidade, podemos entrar com um recurso para fazermos um exame de DNA.

Paulina: Mas ai teríamos que exumar, o corpo.

Carlos Daniel: Não é preciso, só comparar o seu DNA com o da Leda.

Paulina: ela com certeza não vai concordar.

Carlos Daniel: Não desanime, o que você tem a fazer é se acalmar, e ter bastante paciência, você vai precisar lidar com as duas na empresa.

Os dois passaram a tarde todas conversando, e Paulina resolveu ir embora já estava ficando tarde, Carlos Daniel resolveu leva-la até em casa.

Paulina: Não precisa se incomodar, eu não moro muito longe.

Carlos Daniel: Não tem problema algum, eu quero leva-la, mas antes tenho que passar na casa de minha avó para pegar uma pasta, você me acompanha?

Paulina acenou positivamente. Os dois foram conversando distraidamente e logo chegaram a casa de vovó Piedade.

Paulina: Eu vou esperar aqui no carro.

Carlos Daniel: Tem certeza que não quer entrar?

Paulina : sim eu tenho.

Carlos Daniel: Nada disso, pelo menos me espere na sala.

Paulina entrou com Carlos Daniel e ficou na sala esperando, enquanto ele subiu. Estava distraída olhando uma revista até que Estephanie se aproximou.

Estephanie: Você não tem vergonha na cara mesmo, fez aquilo com meu irmão e agora está aqui como se nada tivesse acontecido.

Paulina nada disse a essa altura já estava acostumada com a confusão.

Estephanie: Você não fala nada? É muito descarada mesmo. Mas aqui você não fica, sai da minha casa.

Estephanie saiu puxando Paulina pelo braço.

Paulina: Me solta, você está louca?

Estephanie: Não, louca está você em aparecer aqui, vai embora antes que eu te coloque para fora a pontapés.

Paulina foi embora, Carlos Daniel desceu e não encontrou Paulina e ficou preocupado.

Carlos Daniel: Você viu a moça que estava aqui no sofá?

Estephanie: A vagabunda da tua ex-noiva, sim eu vi, mas já dei um jeito nela.

Carlos Daniel: O que você fez com ela?

Estephanie: Está preocupado com a vagabunda? Eu apenas a expulsei.

Carlos Daniel: Você está louca.

Carlos Daniel saiu que nem um doido de carro e encontrou Paulina chorando na esquina enquanto caminhava lentamente.

Carlos Daniel: Eu queria me desculpar pelo o que aconteceu.

Paulina: Me deixe em paz, por favor,eu já fui muito humilhada hoje na leitura do testamento do Pedro e agora pela sua irmã.

Carlos Daniel: Eu te entendo, venha, eu juro que nada vai te acontecer, eu vou te proteger.

Paulina entrou no carro de Carlos Daniel, mas ainda estava chorosa, ele parou o carro e a abraçou e nesse momento o coração de ambos começou a disparar, percebendo isso tanto um quanto o outro se distanciaram e começaram a conversar assuntos banais para disfarçarem suas reais intenções.

Carlos Daniel deixou Paulina em casa e foi embora. Ao sair começou a falar sozinho.

Carlos Daniel: o que aconteceu hoje? Será que estou me apaixonando Por ela? Não pode ser, prometi nunca mais me apaixonar e nem ter um relacionamento sério outra vez, não vou misturar as coisas ela é só minha cliente.

Paulina também estava a refletir sobre o ocorrido.

Paulina: Não posso me apaixonar, o que ele vê em mim é a noiva que foi embora, não posso me magoar, ele é só meu advogado.

Paulina foi dormir, mas não conseguia tirar o abraço que Carlos Daniel havia lhe dado da cabeça.

No dia seguinte Paulina resolveu ir até a praia e chamou Célia, as duas passaram o dia conversando, e aproveitando o sol, Paulina queria se distrair para poder se preparar para o dia seguinte, quando teria que encontrar com Débora e Leda na empresa.

Célia muito extrovertida colocou na cabeça que ia arrumar um namorado para Paulina, e todos os homens que passavam na praia ela apontava para Paulina e Paulina só ria do jeito de sua amiga.

Paulina: Você não tem jeito mesmo hein Célia, não quero um namorado.

Célia: Porque, já está interessada e alguém?

Paulina nada disse apenas corou.

Paulina: Pare de besteira Célia.

Célia: Me conte quem é.

Paulina: Não é ninguém, Célia deixa de ser chata.

Célia: Tudo bem, mas que tem alguma coisa ai tem.

Já estava de noite quando as duas foram embora, Célia estava distraída, pagando o que as duas haviam consumido no quiosque e Paulina só sonhava acordada lembrando-se do abraço de Carlos Daniel, ela tentava não pensar nele, mas por mais que tentasse era em vão.

Leda como sempre estava indo atrás de Carlos Daniel, o encontrou saindo do escritório.

Leda: Oi, como você está?

Carlos Daniel: Oi Leda, estou cansado, vou para casa.

Leda: Eu posso te ajudar a relaxar se você quiser.

Carlos Daniel: Não, precisa, eu tenho mesmo que ir.

Leda: O que aconteceu com a diversão e sem compromisso?

Carlos Daniel: Hoje não Leda.

Carlos Daniel saiu andando e Leda não entendeu nada, achou que tinha conseguido se aproximar dele no velório de seu pai.

Carlos Daniel não conseguia tirar Paulina da cabeça, estava cantarolando o nome dela sem perceber. E quando deu por si estava passando de carro em frente ao apartamento dela. Ele estacionou e ficou olhando para a única janela aberta e viu quando Paulina passou com uma toalha enrolada na cabeça. Seu desejo era ir lá abraça-la e beija-la, mas conseguiu se conter e ficou quase umas duas horas olhando para a janela, até Paulina apagar a luz e tudo ficar escuro.

No dia seguinte as sete da manhã Paulina já estava na empresa, todos os empregados estavam muito tristes ainda, Leda e Débora chegaram quase dez da manhã e não gostaram nada de verem Paulina na mês que era de Pedro.

Débora: É muita petulância sua achar que pode ficar na cadeira que era do meu marido, eu acho bom você sair daí, seu projeto de gente.

Paulina: Não precisa me ofender, vocês querendo ou não vão ter que conviver comigo, e qualquer coisa eu chamo a policia, já falei com meu advogado, vocês não podem me expulsar.

Leda: Nossa ela já tem até advogado, está colocando as manguinhas de fora.

Paulina: Chega Leda, você não vai mais me humilhar.

Débora: Leda vamos para outra sala.

Leda: Mas você vai deixar ela aqui?

Débora: Precisamos conversar.

Em outra sala.

Leda: O que foi mãe, está com medo daquela coisinha?

Débora: Claro que não Leda, mas temos que ser espertas, seu pai deixou tudo acertado no testamento, não podemos contesta-lo.

Leda: Eu vou provar que ela é uma vigarista, vou exigir um exame de DNA.

Débora: Isso filha, vamos até meu advogado, com certeza usarão o seu sangue para não termo que exumar o corpo de seu pai.

Leda: Os dias dela estão contados.

Débora: Não é assim tão fácil, mesmo que provemos que ela não é filha do Pedro, tem o testamento, temos que provar que quando seu pai o modificou não estava em seu juízo perfeito.

Leda: e como vamos fazer isso?

Débora: Calma já tenho um plano.

Carlos Daniel estava analisando a carta que Paula havia deixado para Paulina e não conseguia acreditar no que estava lendo.

Carlos Daniel: Não é possível quanto mais eu tento me afastar de Paola, mas ela aparece, Paola é irmã de paulina, eles acham que ela está morta.