Believe

Capítulo 3


As férias haviam acabado, Sunny havia voltado para os Estados Unidos e o câncer de Yehee havia diminuído, apesar da mesma reclamar de muitas dores e enjôos.

- Querida, seria melhor se você ficasse em casa hoje. Sora falava ao ver a filha usando o uniforme da escola.

- Não se preocupe omma, já estou acostumada, qualquer coisa o Yeye me traz para casa, certo? A garota falava enquanto tomava seu café da manhã.

- Certo e, caso eu esteja impossibilitado, tenho certeza que o Suho vai traze - lá com maior prazer.

Suho e Yehee haviam se tornado grandes amigos desde a noite me que dormiram juntos e nada mudaria isso, nem mesmo os comentários maldosos de seu irmão.

Ao chegarem na escola, a garota foi recebida com um abraço caloroso de Suho, um olhar confuso de Jessica, um tapinha nas costas de Tiffany e um sorriso amigável de Taeyeon.

- O que foi que aconteceu para o Suho estar no nosso circulo de amizades? Jessica perguntava confusa enquanto andava até a sala junto com Taeyeon.

- O que aconteceu exatamente eu não sei, mas ele nos levou ao shopping e depois dormiu na casa da Yehee, junto com a Sunny. Taeyeon tentava explicar.

- Como assim dormiu na casa da Yehee? E que é Sunny? Eu não posso passar um tempo fora que o mundo já vira de pernas para o ar. Jessica ria enquanto falava.

As aulas da parte da manhã acabaram e as meninas se reuniram na quadra paea olharem o ensaio das lideres de torcida, do qual Taeyeon fazia parte.

- Essas líderes de torcida são um bando de magricelas, menos a Taeyeon, porque ela é linda. Dizia Tiffany, fazendo as outras caírem na risada.

- Acho que você passou tempo demais com a Sunny. Yehee comentou olhando para o irmão que estava treinando.

“ Não sei por quanto tempo eu vou conseguir agüentar, preciso ir para casa” Pensava a jovem, a mesma se levantou e foi até seu irmão.

- Yesung, desculpa te atrapalhar, mas você pode me levar para casa? Yehee falava corada.

- Eu adoraria, mas estou ocupado, o Suho não pode te levar? O rapaz mau olhava para a irmã a sua frente.

- Ela está na natação. Tem certeza de que você não pode?

- Tenho, mas vou pedir para um amigo te levar, você conhece o Heechul, não é? O irmão perguntava curioso.

- Que ser humano em sã consciência não conhece o Kim Heechul? Yehee falava como se a resposta já fosse obvia.

- Então vou pedir para ele ir te deixar.

Yesung e Heechul era amigos a algum tempo e como Heechul devia um favor a Yesung ele aceitou levar a irmã mais nova do amigo em casa.

- Então... Sei que sua casa não fica longe, porque o Yesung me pediu para te trazer? Heechul perguntava olhando para o painel do carro.

- Porque eu estou doente e ele não pôde vir me deixar. Yehee respondeu com certa tranqüilidade. Heechul era o rapaz mais bonito e cobiçado da escola e Yehee estava no carro dele, e para melhorar ainda mais, ele era amigo de seu irmão.

- Obrigada por vir me deixar, Yehee sorria ao descer do carro.

- Quando seu irmão não puder te trazer, pode me chamar, seria um prazer. Heechul falou antes de sair rumo à escola.

Yehee entrou em casa e encontrou Josh deitado próximo a porta, observando HyunJi limpar a casa.

- Querida, seus pais saíram e pediram para lhe avisar assim que chegasse em casa. A empregada falava, olhando a garota rumar para o quarto as pressas.

A garota jogou a mochila em qualquer lugar do quarto e começou a mexer nas gavetas da penteadeira, jogava varias coisas para fora enquanto procurava algo.

- Onde está aquele maldito remédio? Falava desesperada sem conseguir encontrar o tubo laranja.

Depois de revirar o quarto inteiro e não encontrar o que procurava, Yehee resolveu pedir ajuda para seu vizinho, que certamente iria ajuda – lá.

- Kai! A garota dizia jogando uma pedrinha, que acabara de tirar do vazo de plantas, na janela do garoto.

Ela jogou mais algumas e quando estava prestes a jogar seu celular o garoto apareceu na janela, parecendo cansado.

- O que foi? Porque está tão desesperada? O rapaz ainda trajava o uniforme da escola.

- Pode me levar ao hospital? Desde que cheguei que eu procuro o remédio e não encontro e meu enjôo não passa. A garota estava com os olhos marejados. – Por favor.

- Claro, já estou descendo. Kai saiu as pressas e correu para a casa da vizinha.

Os dois saíram rumo ao hospital em que Yehee fazia o tratamento, por sorte o transito estava tranqüilo e o hospital ficava perto. Como todo mundo do local conhecia a garota, ela logo foi atendida.

Depois de uma longa e dolorosa bateria de exames e de maia hora de espera os resultados saíram e o que eles mostravam era surpreendente.

- O que foi? Porque essa cara? Kai perguntava para a amiga, que olhava fixamente os exames. – Você vai morrer?

- Vou sim, mas não é por causa do câncer, meus pais é que vão me matar. A garota não conseguia parar de olhar para o papel em suas mãos.

- O que diz esses exames? Fala logo menina! Kai segurava Yehee pelos ombros.

- Eu estou grávida. A garota olhou para Kai, que estava quase tão surpreso quanto ela.

O caminho de volta para cara fora silencioso e tranqüilo, Kai não fazia perguntas para Yehee e ela não quis fala nada.

- Pode contar comigo para o que precisar ok? Kai dizia assim que chegaram na casa de Yehee.

- Ok, por favor não conte para ninguém e... A garota respirou fundo e depois continuou. – Você pode me levar as consultas do Pré-natal?

- Claro, vai ser prazer. Kai sorria na tentativa de acalmar a amiga.

Na manhã seguinte, Yehee foi mais cedo para a escola, ela havia sido encarregada de arrumar algumas coisas antes da aula começar. Chegando lá, a garota tomou todas as precauções para que o esforço não fosse grande demais e afetasse seu filho.

- Yehee, você não deveria se esforçar assim. Suho falou assim que entrou na sala.

- Não precisa se preocupar, não estou me esforçando. A jovem respondia meio sem graça, ela não sabia como iria contar a Suho que estava grávida e que o pai era ele.

- Quer ajuda? O rapaz aproximou-se.

- Não, não, já terminei, mas obrigada. Ela sorria sem jeito.

A primeira aula havia acabado e Yehee estava indo para outra sala, andando pensativa até que a mesma esbarrou em alguém.

- Olha por onde anda, você por acaso é cega? Baekhyun falava irritado.

- Me desculpa, eu não te vi... A garota dizia com os olhos cheios de lágrimas.

- Claro que não, você fica olhando para... O garoto esqueceu a raiva que sentia quando viu a garota chorar. – Por favor, não chora, me desculpa.

- Não estou chorando por sua causa... Estou sofrendo muita pressão e não suporto mais. Yehee não conseguia conter as lágrimas que fugiam de seus olhos.

- Como assim? Baek abraçava a garota.

- Tenho câncer e estou grávida, estou com medo de que o tratamento afete o bebê, sem contar que nem meus pais, nem meus amigos, nem o pai da criança sabem da existência dela e você ainda me pergunta “ como assim”? Yehee havia jogado uma avalanche de informações sobre Baekhyun.

Baek não sabia o que fazer, apenas abraçava a garota e a guiou até a sala de aula, fazendo-a se acalmar.

- Me encontra no refeitório ma hora do almoço, conversamos melhor lá. Dizia Baekhyun, deixando a garota na porta e se dirigindo até a própria turma.