Victória e Heriberto sorriram para ela e voltaram seus olhos ao pequeno que ficou por mais dois minutos em absoluto silencio mais logo a fome veio e ele chorou forte buscando o seio, ela entregou a ele e aqueles pequenos minutos segurando o seu mundo nos braços ela agradeceu a Deus por ser uma mulher completa. Heitor logo foi levado pela enfermeira e Heriberto a olhou sabendo que teria que sair, beijou seus lábios e disse tocando em seu rosto.
− Eu te amo!
− Eu também te amo! – sorriu e o beijou nos lábios. – Vá avisar os outros que eu estou bem e que nosso filho é lindo! – falou toda babona e ele riu alto.
− Eu volto logo para ficar com vocês!
Ela assentiu e depois de mais um beijo ele saiu e a medica terminou o procedimento e a encaminhou para o quarto, era uma nova fase e eles iriam viver intensamente como tinha que ser... A festa foi grande na recepção do hospital e Heriberto estava radiante com o filho já ali fazendo parte daquela grande família, João se iluminou querendo que logo fosse a vez dele e beijou sua Maria que também estava encantada com a chegada dele e já se imaginava no lugar de Victória mesmo tendo medo.
Queriam conhecer logo o pequeno, mas ele pediu um pouco de calma que logo eles poderiam estar no quarto junto aos dois e pediu que João ligasse para casa para saber como os pequenos estavam depois do susto e ele voltou para estar com seu amor. João ligou e contou a novidade para seus pequenos que queriam ir para lá no mesmo momento o fazendo rir e quando desligou o telefone meia hora depois, olhou seu amor e sorriu a beijando na boca.
− Eu te amo tanto! – falou todo apaixonado com ela grudada em seus braços.
− Eu também te amo! – deu um monte de beijinhos nele. – Eu estou tão ansiosa que parece que sou eu quem vai dar a luz! – riu e ele a acompanhou.
− Não está na hora, mas eu confesso que também estou ansioso para conhecer o rostinho de nossa pequena. – acariciou o ventre dela. – Está com fome? Quer comer algo? – perguntou atencioso.
− Vamos fazer um lanchinho! – falou rindo.
Ele a beijou mais uma vez e eles foram atrás de uma cantina para ela comer alguma coisa.
(...)
DEPOIS...
Heriberto estava com o filho nos braços e sorria caminhando de um lado para o outro, estava completamente apaixonado por ele e não conseguia se quer deixar ele na caminha para ficar com Victória e ela ria do jeito dele, estava se sentindo cansada mais não queria dormir, queria ficar ali admirando seus dois amores.
− Mamãe só fica babando em nós dois, meu filho! – olhou para ela que sorriu largamente. – Descansa um pouco meu amor!
− Eu gosto do que estou vendo!
Ela estava tão feliz de poder vê-lo feliz, sem aquela escuridão no olhar que não queria perder um momento se quer dele e nem de seu pequenininho que era tão perfeito, tinha os cabelos bem pretinhos e a pele tão branquinha que não era fácil de tirar os olhos dele. Heriberto se aproximou e sentou na cama ao lado dela e cheirou os cabelinhos dele que moveu os pequenos lábios como se estivesse sugando o seio dela e eles sorriram admirando.
− Será que ele já está com fome? – ele falou e a olhou.
− Não, ele mamou não tem tanto tempo! – acariciou o rostinho dele e logo o do seu amor. – Deixa ele um pouquinho lá na caminha que preciso da sua ajuda! – falou manhosa.
Heriberto sorriu e depois de cheirar seu pequeno o colocou na caminha e voltou até ela que o puxou e beijou seus lábios como todo o amor do mundo e ele sorriu a retribuindo e a apertou levemente em seus braços fazendo com que ela soltasse um gemido em seus lábios. Ela o amava tanto que não conseguia nem descrever com palavras. Ele cessou o beijo quando o ar faltou e os lábios dele foram para o pescoço dela seguindo para os seios que ele cheirou os beijando e os admirou já que estavam maiores e ela sorriu o fazendo olhá-la nos olhos.
− O meu primeiro pensamento depois que Heitor nasceu: foi ter você dentro de mim... – sorriu sentindo as bochechas queimarem e ele gargalhou sem conseguir aguentar.
− Meu amor, que promiscua. – brincou e ela riu alto também.
− Só com você! – o beijou mais. – Eu estou pegando fogo de saudades! – mordeu o lábio.
− Meu amor, você acabou de ter nosso filho e já quer fazer outro? – riu adorando o jeito dela.
− Eu quero sim! – falou com certeza. – Eu quero tudo com você!
− Você já tem tudo comigo e terá muito mais! – a beijou e eles ficaram ali nos lábios um do outro por um longo tempo. – Até que foi bom Maria ter enjoado... – ela elevou uma sobrancelha. – Assim eu posso te namorar como gosto!
Ela soltou uma risada gostosa e o abraçou cheia de amor.
− Eu também precisava te namorar assim! – sentiu o cheiro dele e o beijou no pescoço.
− Você está tão apaixonada hoje! – brincou abraçado nela. – O que esta acontecendo.
Ela riu e o olhou.
− Eu sempre estou apaixonada por você, seu bobo! – levou a mão ao rosto dele e disse: – Eu estou tão Feliz por ver em seus olhos essa felicidade e não aquela tristeza, aquela escuridão que você tinha no olhar...
− Eu não quero mais me sentir assim... – respirou fundo. – Eu quero ser feliz e nosso filho nascer hoje é a prova de que temos que seguir em frente e deixar nossa menina descansar!
− Sim, meu amor. – respirou fundo junto a ele. – Ela está cuidando de nós dois e precisamos seguir em frente, ela nos foi tirada e nada vai suprir a falta que ela faz em nossos corações. Nem todos os filhos que tivermos vão suprir essa falta, mas a vida precisa continuar e nós vamos ser felizes!
− Nós vamos e agora que você já sabe o que tinha naquele papel, podemos dividir essa dor!
− Sim, vamos estar sempre juntos e essa dor vai ficar mais suportável para nós dois!
Eles se beijaram como se ali prometessem novamente serem felizes à medida que fosse possível e logo ela deitou em seu peito, sentindo o coração dele bater acelerado pelo beijo. Ela ficou ali acariciando seu amor e por fim pode conciliar o sono onde era seu porto seguro.
(...)
DOIS DIAS DEPOIS...
Victória chegou em casa e se instalou no quarto enquanto os filhos estavam na escola, ela queria fazer uma surpresa para eles e ficou quietinha no quarto até dar o horário de eles chegarem, Heriberto também ficou ali com ela enquanto os filhos estavam tomando conta da empresa. O dia estava perfeito e ela colocou seu pequeno para tomar um pouquinho de sol e sentou na poltrona a seu lado e sorriu para a preguicinha que ele estava.
Heriberto veio do banheiro com a toalha enrolada na cintura e sorriu para seu amor e para Heitor que bocejou fazendo biquinho, se aproximou e beijou os lábios dela apaixonado como sempre e ela o acariciou nos ombros e peito.
− Meu Deus, meu amor, você está tão cheiroso. – não conseguia entender o que se passava com seu corpo, mas o desejava loucamente.
− Você se comporta, Victória Sandoval! – falou rindo e se afastou.
− Heriberto, volte aqui! – passou a mão nos cabelos.
− Meu amor, eu estou tentando me controlar a um mês e três dias. – a olhou enquanto colocava a camisa. – Você, não pode fazer isso comigo e ainda mais sabendo que temos longos 40 dias pela frente.
Ela suspirou e se encostou na poltrona, estava fervendo e querendo coisas que sabia não poder e por saber que não podia ai que ela queria mesmo. Ela passou a mão no pescoço e olhou o filho adormecido e adorando o sol em seu corpinho, sorriu e pode ouvir os gritos vindos do lado de fora e sabia que seus dois amores haviam chegado e a porta foi aberta com tudo e Enrico gritou.
− Meu irmão! – já estava brigando com Joyce.
− É nosso e o papai já explicou seu chato! – entrou na frente dele e sorriu para a mãe e foi direto para seus braços. – Mamãe, que saudades! – sentou em seu colo e se alinhou em seus braços e começou a chorar.
− Meu amor, o que foi? – falou preocupada e ela se agarrou mais a ela.
− Enrico é um chato e só sabe brigar! – estava chateada com o irmão.
− Eu não fiz nada! – foi direto para o bebê e ajoelhou. – A gente pode brincar quando ele acordar? – falou com os olhos brilhando e tocou a mãozinha dele que segurou. – Ele sabe quem eu sou. – falou todo apaixonado pelo irmão.
Joyce olhou para os dois e Victória a segurou melhor em seus braços enquanto ria do filho.
− Ele ainda é muito pequeno para brincar, mas logo vocês dois vão poder correr pela casa! – Heriberto veio do closet falando para ele.
− Eu quero hoje! – impôs sua vontade.
− Meu amor, Heriberto já disse! – o repreendeu percebendo que de fato ele estava muito mal educado. – E seja lá o que fez com sua irmã esses três dias, quero que peça desculpas de imediato!
Ele olhou a mãe.
− Não fize nada! – ficou de pé. – Ela é chata! – implicou.
Victória sabia que tudo que acontecia ao redor o afetava muito mais que o normal e que precisava ter mais cuidado com ele e principalmente com a chegada do bebê, ela sabia que ele estava encantado pelo irmão, mas também sabia que quando visse todo mundo dando atenção somente a ele iria começar a ficar bravo, ela o chamou com a mão e ele se aproximou dela e olhou a irmã no colo e também quis. Victória arrumou os dois em seus braços e disse com calma para que ele entendesse.
− Olha como sua irmã esta triste com suas atitudes! – o olhava. – Vocês sempre foram tão amigos e agora só fazem brigar. O que está acontecendo com você, meu filho?
Ele suspirou e olhou as mãozinhas.
− Ela não gosta mais de mim! – falou sentido.
− É você que só sabe brigar! – o retrucou. – Um chato!
− Você é chata! – a olhou enrugando a testa.
− Já chega disso os dois! – falou bem seria. – Vocês são irmãos e quero que se dêem bem e que brinquem como faziam antes, que somente exista amor entre vocês dois e você, Enrico. – o encarou bem seria. – Eu vejo como está se comportando e se continuar assim a gente vai conversar de outro modo!
Ele respirou pesado e negou com a cabeça.
− Não tira meus carinhos não, mamãe! – se agarrou a ela. – Eu vou ser bonzinho!
Heriberto estava abaixado e cuidava do filho para ver se o sol não estava forte demais para ele continuar ali mais admirava o modo como ela era uma mãe maravilhosa.
− Só quero amor nessa casa e nada de brigas!
− Eu não brigo mãe! – Joyce continuava agarrada a ela.
− Meus amores, venham aqui ver o irmão de vocês e parem de brigar! – Heriberto falou todo apaixonado.
Enrico foi o primeiro a se levantar e voltar para perto do irmão, Joyce olhou a mãe e Victória a beijou muito dando todo seu amor e a abraçou, ela retribuiu e depois foi até o irmão, sentou no colo do pai e ficou ali admirando e sorrindo para ele que acordou e os olhou como se já os conhecesse e enrico ficou louco de felicidade e ria sem parar. Victória encheu os olhos de lágrimas enquanto admirava os quarto juntos, era assim que tinha imaginado sua vida ao lado dele e mesmo com 20 anos de atraso, ali estavam juntos e por fim felizes.
João e Maria não demoraram nada a chegar e a se juntar ao momento, sentaram também no chão mesmo com Maria enorme e Victória limpou o cantinho do olho. Era a sua família, uma família grande como sempre desejou e agora tinha e lutaria com unhas e dentes sempre para que fossem felizes e eles seriam. Heriberto olhou o seu amor e sorriu partilhando do mesmo sentimento que ela, mandou beijos e ela piscou com os dois olhos suspirando de emoção por sua família e ali eles ficaram desfrutando daquele amor que sempre teriam um pelo outro para sempre!
Fale com o autor