E você joga sua cabeça para trás, rindo como uma criança.

Eu acho estranho que você me ache engraçada

Porque ele nunca achou

E eu passei os últimos oito meses

Pensando que tudo o que o amor faz

É quebrar, queimar e acabar

Mas em uma quarta-feira, em um café

Eu o vi recomeçar

******

Era fim de tarde, ela estava em frente ao seu armário à procura de alguma roupa que não fosse exagerada ou simples demais para se sair em uma tarde tão agradável como a que estava fazendo naquele dia de primavera. Depois de alguns minutos revirando o móvel, encontrou algo que era do seu agrado.

Ela então se vestiu, um vestido florido branco com rosas estampadas, uma jaqueta jeans azul escuro, um par de sapatilhas vermelhas e fez a sua maquiagem, sem muito exagero usou o delineado nos olhos castanhos e nos lábios um tom rosados pelo batom. Ela deu uma última olhada no espelho ao lado da sua cama, dando os últimos retoques nos seus cabelos grandes e escuros, preferindo os deixar soltos.

E pensar que algum tempo atrás, era comum ela se olhar no espelho e não gostar do que estava vendo pelo reflexo.

Ela então olhou para o relógio que ficava no móvel ao lado de sua cama e percebeu que já estava na hora de sair, pegou sua bolsa e apressada saiu de sua casa. Já do lado de fora, pegou seus fones de ouvido e os colocou na sua orelha, foi até a sua bicicleta e começou a pedalar, admirando a cidade enquanto escutava as suas músicas favoritas.

Alguns quarteirões depois pedalando de bicicleta, ela parou em uma rua onde tinha um parque, sentou-se em um dos bancos e olhou para o relógio de pulso e viu que ainda estava cedo. Permitiu-se a ficar olhando para a paisagem e para as arvores daquele parque que estavam todas carregadas de flores de cerejeiras tendo algumas se desprendendo dos galhos e dançando com o vento. Enquanto admirava a natureza com toda a sua beleza, vários pensamentos começaram a surgir em sua mente.

******

Em um dia de verão, o sol brilhava alegremente pelas ruas e todos na rua pareciam felizes e bem-dispostos, aproveitando cada segundo das férias de verão. No entanto não era isso que ela estava sentindo e ao ver todos felizes, ver a felicidade dos outros só a deixava mais triste.

Seu nome era Akemi Mochizuki, e nesses dias que se passaram, mesmo se esforçando muito, ela não via motivos para sorrir ou que a fizessem ficar alegre, talvez seja pelo fato de que tudo a fazia lembrar dele e de como ele partiu seu frágil coração.

Ela sabia que tomou a decisão certa de romper com seu agora ex-namorado, mas ainda se sentia em pedaços pelo modo que as coisas aconteceram e até chegar ao rompimento. Como todas as vezes que ele a destratava na frente dos amigos, depreciava seu modo de se vestir ou as coisas que ela gostava, a fazendo pensar ela não podia ser ela mesma, apenas ser aquela que ele idealizava.

Pouco a pouco, ela percebeu que eles eram pessoas completamente diferentes e não tinham nada em comum, por esse motivo tomou a decisão de acabar com aquilo e terminar com ele. O que ela não esperava era a reação dele quando ela disse que queria romper com ele, demonstrou não se importar muito em terminar ou com o que ela tinha a dizer sobre ele, como se não tivesse dado motivos para tal rompimento e dizendo que estava com a consciência limpa.

Após esse episódio, a única lição que ela tinha aprendido foi a que o amor gosta de brincar com os sentimentos das pessoas, os iludindo com contos de fadas, príncipes encantados, almas gêmeas e todo o clichê que é visto em filmes de comédias românticas, onde todos os casais terminam no final com felizes para sempre, mas na verdade o amor só destrói todos os seus sentimentos com decepções e mentiras.

Eu fui mais uma de suas vítimas.

Akemi dizia isso em seus pensamentos enquanto olhava para as lojas que a rodeavam, parando alguns segundos depois na frente de uma loja que parecia ser uma cafetaria e resolveu entrar no mesmo. Quando abriu a porta do estabelecimento e foi andando até uma mesa que estava vaga nos fundos do estabelecimento, mas antes que chegasse até a mesa, percebeu que alguém estava se aproximando dela:

—Com licença! ... - Disse uma voz que era familiar para ela, mas não conseguia se lembrar de quem era, pensou que seria mais um daqueles rapazes que gostam de perseguir as meninas dizendo aquelas cantadas ridículas, achando que tem qualquer mulher que desejar como se fosse um produto, e ela não estava com paciência para aquilo, então antes que ele terminasse a frase ela se virou com uma expressão nada amigável em seu rosto:

— O que você .... - Quando se virou e viu de quem pertencia daquela voz, rapidamente mudou sua expressão de zangada para uma mais surpresa, reconhecendo o dono da voz que agora sorria abertamente para ela:

—Quanto tempo né? ... e desculpe se te assustei - Disse de forma alegre e divertida para Akemi – Mochizuki-san! :

— Yutaka-san! .... não precisa se desculpar - ela dizia abobalhada por não acreditar que acabará reencontrar seu amigo de escola – e que bom ver você! - disse o dando um pequeno abraço:

—Também estou feliz em te ver! Não nos vemos dês da formatura do colégio. - Ele dizia sorridente sem esconder as covinhas que apareceram em seu rosto – e por favor pode me chamar de Kai:

—Eeh! ... Kai? - perguntou confusa pela mudança de nome:

—É assim como sou chamado na banda que eu sou membro - explicou ele atenciosamente sem deixar de lado o sorriso do rosto:

—Sério? - perguntou Akemi surpresa ao mesmo tempo feliz – isso é ótimo!:

— Aliás eles estão bem alí - disse apontando para um grupo de quatro rapazes que estavam sentados perto da janela - não quer conhece-los?:

—Não vou atrapalhar? - perguntou ficando um pouco sem jeito pelo convite:

—Não vai atrapalhar nada! Eles vão adorar te conhecer. - Disse pegando na mão dela e a levando até eles.

Ele a conduziu até a mesa onde estava sentado os outros rapazes, observando cada um deles. O primeiro que estava sentado perto da janela estava usando um gorro da cabeça, deixando pouco visível seus cabelos castanhos escuros, estava do lado de um outro rapaz que tinha cabelos claros e espetados e seu rosto estava escondido com a ajuda de uma máscara cirúrgica, do lado dele estava outro jovem de cabelos castanhos e usava óculos de grau e o quarto membro estava sentado perto da janela, tinha cabelos escuros e estava de frente para o que estava usando o gorro:

—Akemi-chan esses são meus amigos Ruki, Reita, Uruha e Aoi! – Disse indicando quem era cada um que estava sentado que fazia um gesto de comprimento com a cabeça - pessoal essa aqui é a minha amiga Akemi Mochizuki!:

—É um prazer em conhece-los! – Akemi fez uma reverencia em comprimento a eles:

— O prazer é todo nosso! - disse todos em um único som:

—Espero não estar atrapalhando a reunião de vocês -Mesmo Kai tendo dito que não teria problema, ela ainda se sentia constrangida com a possibilidade de estar atrapalhando algo:

— Que besteira, não vai atrapalhar nada! - Aoi disse enquanto pegava um pedaço das panquecas que tinha pedido:

—Não mesmo! - Uruha disse colocando a xicara de café sobre a mesa – fique a vontade, se é amiga do Kai é nossa também! - Essas palavras do guitarrista fizeram Akemi sorrir para eles:

—Aliás nós que insistimos pro Kai trazer você aqui! - Reita disse em tom divertido, fazendo Kai e Akemi ficarem com as bochechas rosadas:

—Sim! ... Ele te reconheceu de longe. - Ruki disse entre risos entrando na brincadeira do amigo:

—Pessoal não vamos deixar o nosso amigo e a Mochizuki-san, que aliás acabamos de conhece-lá constrangidos. – Uruha disse segurando o riso:

—Engraçadinhos! - Disse Kai ainda mais envergonhado que antes - não quer se sentar Akemi-chan! - sugeriu Kai, mudando de assunto:

—Claro! - Disse sem jeito, principalmente ao ver que Kai a ajudava a se sentar – Huh! ... Obrigada! – agradeceu depois que se sentou e ele sentou-se do seu lado.

******

Akemi ficou interessada em conhecer o trabalho da banda, conhecida por The Gazette e perguntava com bastante curiosidade sobre o trabalho deles, enquanto isso eles estavam achando ela uma pessoa bem simpática e agradável e a conversa foi fluindo sem precisarem ficar se esforçando.

Depois de alguns minutos conversado, todos da banda exceto Kai se despediram dela e foram embora do café, sem antes fazerem mais algumas piadas em cima do amigo que ficava corado toda vez que Akemi o pegava olhando para ela.

Kai resolveu ficar mais algum tempo na companhia de Akemi, já que fazia muito tempo que eles não se viam, o rapaz de sorriso fácil achou que seria o momento perfeito para colocar todas as novidades em dia:

—Então ... - Começou Kai puxando assunto enquanto brincava com a xicara de café - o que fez depois que se formou?:

—Eu estou me especializando em gastronomia. - Respondeu Akemi - e estou trabalhando em um restaurante no centro da cidade:

—Isso é ótimo! - A animação de Kai era inspiradora que contagiava Akemi - você sempre foi ótima em cozinhar:

—Você também que me lembre é bom na cozinha! - Akemi nem parecia mais aquela que estava triste a algumas horas atrás - eu lembro muito bem das receitas que você prepara na escola:

— Mas você sempre se destacava nas aulas! - retrucou Kai recordando do tempo de colégio - sempre arranco elogios de todos na aula:

—Assim vou ficar sem jeito – Disse ela ficando vermelha pelo modo como ele dizia coisas legais sobre ela:

—Só estou dizendo a verdade Akemi-chan! - Disse abrindo um sorriso largo dando abertura para surgir as suas covinhas:

Akemi ficando um pouco sem jeito com aquelas palavras pegou um pouco de maionese e colocou um pouco do lanche que tinha acabado de chegar, e percebeu que Kai também fez o mesmo com o lanche dele, parecia sincronia dos dois e sem perceber, ela o ficou encarando com sorriso bobo no rosto.

Ele percebendo do que ela estava rindo, começou a sorrir também, um sorriso animado cheio de alegria e disposição e aquelas covinhas que davam um charme a mais.

Sem entender bem o que estava acontecendo, ela começou a se sentir mais leve e serena em estar na presença de Kai e já fazia muito tempo que não se sentia daquela forma:

—Huh! ... o que foi? - Ele perguntou confuso vendo que ela estava em silencio já tinha algum tempo - está tudo bem?:

— Oh! ... nada não! - Ela disse toda sem jeito percebendo o que tinha feito – está tudo bem, me desculpe!:

—Não foi nada! - Disse segurando a risada – mas deveria ter visto a sua cara, parecia que estava hipnotizada:

—Engraçadinho! - Ela disse fazendo uma careta, fingindo estar brava – fala como se nunca tivesse feito careta na vida:

—Tipo essa? - Kai fez uma careta, mexendo os olhos em direção ao nariz e torcendo os lábios e isso fez Akemi gargalhar:

—Essa é fraca demais! ... o que acha dessa? - Akemi com os dedos forçou um sorriso e colocou a língua pra fora da boca, tombou a cabeça pro lado e deixou os olhos bem arregalados.

Nesse instante Kai jogou a cabeça para trás e começou a gargalhar alto, parecendo uma criança por não conseguir conter a risada de tão engraçado que achou. Akemi não conseguindo segurar também começou a sorrir pelo modo como ele sorria facilmente para coisas que para qualquer um parecia sem importância:

—Você venceu! ... A sua careta tava mais engraçada! - disse tomando um gole de café da sua xícara, como tentativa de conter o sorriso – onde aprendeu isso?:

—Isso é um segredo! - Disse colocando o indicador nos lábios em sinal de não revelar – por isso não posso revelar meus truques:

— Nunca ri tanto quanto estou rindo agora Akemi-chan! - ele disse limpando a boca com o lenço que estava perto do seu prato.

Outra vez Akemi sentiu as bochechas ficarem aquecidas pelas palavras gentis que Kai dizia para ela, fazia tanto tempo que ninguém ria por causa de alguma coisa que ela fazia, que ela até se sentia estranha por isso:

—E ... Você ... Huuh! ... está saindo com alguém? - Kai perguntou sem jeito, achando que talvez estivesse sendo invasivo demais:

—Não! ... eu terminei um relacionamento tem alguns meses – disse segurando a xícara com força - ainda é difícil de falar sobre:

—Desculpe! - Disse também ficando sem jeito:

—Não tem o que se desculpar - ela disse tentando não demonstrar que estava triste por lembrar daquilo - no amor nada dura não é mesmo ?:

— Sério? ... - Ele disse curioso por ouvir aquilo - é isso que você pensa sobre relacionamentos ?

Akemi olhou surpresa por ver da forma que ele a questionou, parecia que ele ficou triste por ouvir aquilo, e por alguns segundos ela tentou pensar em alguma coisa para dizer, mas ele começou a dizer algo primeiro:

—Só estava interessado no que disse. - ele disse percebendo que poderia ter sido indelicado com suas palavras - Sabe ... vemos por aí vários relacionamentos se rompendo ou pessoas que não estão satisfeitos estando com alguém e ficam com outras pessoas, por isso pensamos que não dura para sempre:

—E pra você, acredita que pode durar ? - ela perguntou também se sentindo curiosa:

- Claro que sim! Isso é apenas uma questão de procurar no lugar certo a pessoa certa! - Ele disse sério.

Aquelas palavras de Kai a fizeram estremecer, como se a tivessem atingido diretamente no seu coração, mas não foi algo negativo e sim se sentia feliz como se precisasse ouvir aquilo:

—E como seria essa pessoa certa ? - Ela perguntou enquanto girava a colher no café:

—Não sei! - Ele deu de ombros - alguém que eu possa amar intensamente, alguém que posso contar com ela e que cuide de mim, mas não é só isso que eu quero, eu também quero ser aquela pessoa que ela possa contar e cuidar dela quando precisar, até por que um relacionamento é isso não é mesmo ?

Ela sentiu-se estranha, até parecia que ele sabia do que tinha acontecido com ela, como se ele tivesse lido a mente dela ao dizer aquelas palavras, sentindo seu coração pulsar mais forte depois daquilo:

—Huh! ... me conta mais sobre a banda? – Akemi preferiu mudar de assunto, vendo que os dois ficaram em um silêncio constrangedor – como você entrou? :

— Eu entrei no lugar do antigo baterista que tinha deixado a banda. - Explicou fazendo uma cara de pensativo – então soube que eles estavam procurando alguém para substituir e aqui estou eu! - Disse dando outra daquelas risadas espontâneas:

—Deve ser uma loucura estar em uma banda - Ela disse apoiando uma das mãos sobre o queixo:

— Sim você tem razão! Viajamos para vários lugares do país, as vezes não dormimos direito, agenda sempre cheia de trabalhos, como ficamos horas trabalhando nas músicas, turnês e entrevistas, mas quer saber, eu gosto dessa loucura e de estar com meus amigos – a voz do baterista transmitia afeto e felicidade:

— Da pra ver que gosta muito deles! - Ela dizia vendo os olhos dele brilhando de felicidade:

—Eles realizaram o meu sonho – dizia pensativo lembrando do começo da banda – mas não só isso, eu também sei que posso contar com eles pra tudo:

—Quem sabe um dia eu vá ver vocês tocarem! - Ela disse toda animada, esboçando um sorriso calmo e gentil:

—Eu ficaria muito feliz em ver você em um dos meus shows.

Ele pousou uma das mãos nas mãos dela, que ficou corada imediatamente ao sentir o toque dele em seus dedos. Ela olhou pra ele surpresa, não esperando por aquele gesto do baterista e isso o fez também corar, achando que tinha feito algo errado, mas foi ao contrário, ela segurou a mão dele e esboçou um pequeno sorriso:

—Eu também! - disse um pouco inibida, mas era visível em seus olhos que ela gostou de receber aquele carinho.

Os dois ficavam se encarando de forma terna e não desprendiam dos olhos um do outro, como se recusassem a olhar pra outra coisa, mas esse momento foi interrompido quando Kai sentiu seu celular tocando no bolso da calça. Ele rapidamente pegou o aparelho e o atendeu, tendo uma conversa bem rápida com a pessoa que estava do outro lado da linha o desligando em seguida:

—Era o Ruki, eu vou ter que ir pro estúdio! - disse arrumando-se para se levantar da mesa:

—Ah sim! - ela disse sentindo uma sensação estranha no peito, em seguida olhando para o relógio do café, percebeu que também estava dando a hora dela - eu também preciso ir, tenho que ir pra casa me arrumar antes de ir trabalhar:

—Se quiser eu te levo pra casa! - disse abrindo um sorriso mais contido – assim continuamos a conversar!

Akemi ficou um pouco pensativa a respeito disso, mais uma vez Kai a deixou sem ter o que dizer, e aquela sensação de tristeza estava querendo dizer que ela deveria passar mais algum tempo com ele:

—Eu aceito! - ela disse, sentindo as bochecas corarem, mas em seus lábios abriu um sorriso tímido.

******

Após aquele dia no café, ela passou a ficar cada vez mais próxima do Kai, estava sempre indo aos shows da banda, ligava para ele e ficavam horas conversando e aos poucos e sem ela perceber, estava deixando o seu coração se abrir para aquele sentimento tão puro.

Ela abriu um sorriso enquanto sentia o vento acariciar o seu rosto e seus cabelos que ficaram esvoaçando suavemente pelo banco onde estava sentada, enquanto revivia as lembranças daquele dia. Se fosse a Akemi de algum tempo atrás, ela talvez não estaria sentindo a beleza de estar em um parque aproveitando aquela tarde tão agradável, pois estaria com seu coração enrijecido e frio, sendo facilmente confundido com uma pedra de gelo.

Nesse instante ela escutou um barulho de um sino de bicicleta bem próximo a onde ela estava, ela virou-se procurando saber de onde vinha o barulho, e o encontrou alí parado apoiando sua bicicleta em seu corpo, enquanto segurava ela pelo guidão, sem deixar escondido aquele sorriso com as covinhas que se recusava a sair de seu rosto.

Ela se levantou, pegou sua bicicleta e saiu andando com ela apoiada sobre sua cintura, esboçando um sorriso largo de felicidade, pensando que graças a esse sorriso e aquela tarde naquele café, ela viu tudo recomeçar.

—Espero que não tenha a feito esperar muito! - Ele dizia sem jeito, achando que ela estava a muito tempo o esperando – eu cheguei cedo, mas acabei me perdendo por esse parque e eu tive um probleminha com o pneu da minha bicicleta dá pra acreditar? - ele disse agora dando um sorriso mais largo e alto, daqueles que ela adorava ver:

—Não se preocupe estava aqui aproveitando a paisagem! - Ela disse olhando para as arvores que estavam cheias de flores de cerejeira – e estava pensando em algumas coisas também:

—No que estava pensando? - perguntou bastante curioso:

—Em como as coisas mudaram em tão pouco tempo - ela disse pensativa – Pra ser sincera Kai, algum tempo atrás eu não imaginava que estaria tão feliz como estou hoje.

Kai percebeu o que ela estava querendo dizer com aquilo, e apesar de sentir um aperto no coração por ouvir ela dizer aquilo, também se sentiu feliz em saber que apesar de tudo ela estava radiante e alegre e isso era o que importava para ele:

—E vai ficar ainda mais Akemi-chan – ele disse segurando o rosrto dela com uma das mãos - eu prometo isso a você, enquanto estiver comigo, não vou deixar que nada desfaça esse seu sorriso.

Nesse instante ele se aproximou mais dela encostando seus lábios nos dela que aceitou sem cerimonias. Um beijo contido, mas cheio de ternura e sentimentos por ambas as partes daquele casal.

—Vamos? - ele perguntou desfazendo o beijo e colocando a testa sobre a dela - não vamos desperdiçar um dia lindo como esse certo?

—Sim! - ela disse dando um sorriso mais largo que o normal, acariciando o rosto do namorado antes de pegarem suas bicicletas e saírem andando.

Akemi depois de muito tempo acreditando que o amor gostava de brincar com os sentimentos das pessoas, agora podia afirmar com toda certeza de que existia sim conto de fadas e finais felizes, só bastava deixar que a sorte batesse na sua porta, ou como ela preferia dizer, basta deixar um sorriso tocar o seu coração.

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"Sei que parece pieguice, mas amor é paixão, obsessão por alguém que você não pode viver sem, cair de quatro, amar loucamente alguém que corresponda esse amor. Como vai encontrá-lo? Esqueça a razão e siga o coração. [...] A verdade é que sem isso a vida não tem sentido.

Terminar a longa jornada sem ter amado seria como não ter vivido. Você deve tentar, porque se não tentar, não terá vivido."

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.