Prólogo

Deslizei minhas mãos pelas paredes de pedra gélidas e duras, observei ao redor. Aquele lugar parecia um verdadeiro inferno, afinal não era à toa que todos gritavam e suplicavam quando eram mandados para o calabouço.

Ele era escuro e abafado, não havia uma janela sequer, provavelmente para ajudar a aumentar o terror dos prisioneiros, não conseguia mais me manter em pé. Relutei ao máximo, mas acabei me sentando naquele chão imundo.

Eu simplesmente não conseguia entender como cheguei aquela situação, eu pertencia a uma das famílias mais nobres de toda a França, era a melhor amiga da princesa e agora não passava de uma desprezível prisioneira.

E tudo isso por eu ter sido fraca e estúpida, como pude acreditar que ele realmente me amava?