Be Mine - Terminada

Take care of her, or kill you.


\' Baby don\'t run! Please stay here. I need you. I need you with me. So please Be mine, be mine... Be mine, and we can... Be happy.\'

Eu estava cantando para Jazmyn dormir. Ela estava deitada no meu colo, as mãozinhas gorduchas agarrando meu colar, os olhinhos fechados e um sorriso doce no rosto. Minha irmãzinha tinha me feito ficar em paz nessas duas semanas sem Jacque. Mas não estavam sendo apenas duas semanas sem ela, todos a minha volta estavam... Estranhos. Minha mãe estava irritada o tempo todo, e sempre que tinha uma oportunidade brigava comigo, Usher e ela nunca se desgrudavam, e pareciam que paravam a conversa no momento em que eu chegava perto. Scooter se recusava a escutar meus meios de tentar convencê-lo a por Jacque e seus amigos para dançarem na equipe.

-Aquilo foi apenas um concurso. E já temos uma equipe extrmamente competente aqui Justin, eles tem 15 anos, e não vai rolar.

Ele me falava isso quando eu passava dos limites. Então sempre que não aguentava mais aquele circulo de gente emburrada, pegava Jazmyn e ficava cantando para ela. Ela gostava. Fazia tempo que não tinha tanta atenção assim do irmão mais velho.

\'Be mine, Be mine, eand be happy by my side! I just need you, i just need your kisses, i just need your smile...\'

-Justin! Jus... Ah, você tá aqui.

Usher e minha mãe estavam entrando no meu quarto de Hotel. Eles tinham aquela expressão tensa que eu via quando adentrava em alguma conversa particular. Deixei Jazmyn com cuidado na cama, e pus uma almofadinha para ela deitar a cabeça.

-O que foi?

-Bom... Podemos conversar com você?

-Podem. - falei cauteloso.

Eles fecharam a porta, e se sentaram um de cada lado da cama. Eu estava começando a ficar curioso e impaciente ao mesmo tempo. Para que todo aquele suspense?

-Querido, eu e Usher queremos te contar uma coisa.

-Falem logo, estão me deixando curioso.

-Ok. - Usher disse. - Eu e sua mãe estamos saindo juntos.

Não entendi de primeira. Para mim a frase que ele disse não tinha pé nem cabeça.

-Como assim, saindo juntos? Saindo para onde?

Ele deu uma risadinha, como se eu fosse um garotinho de 8 anos perguntando alguma coisa muito óbvia para ele. Me irriei com aquilo.

-Não, não saindo para nenhum lugar. Eu e sua mãe estamos namorando.

Ok, eu queria que eles fossem objetivos, mas aquilo já era ser objetivo demais. Fiquei ali, olhando dele para mamãe, como se ainda não tivesse entendido nada. Usher e minha mãe. Usher e minha mãe? Namorando? Usher e minha mãe? Não. Eu tinha ouvido errado, não? Mas pelos rostos deles, aquilo era mesmo sério. Minha expressão se tornou fria. Eu gostava dele, mas se era para aquilo acontecer, eu tinha que saber as reais intensões dele.

-Vocês estão namorando? A quanto tempo?

-Duas semanas.

-Desde que Jacque foi embora... - eu refleti. - E, bom, quais são as intensões de vocês com isso?

Eles me olharam como se eu tivesse feito uma pergunta absurda. Eu só estava tentando cuidar da minha mãe.

-Como assim?

-Se vocês pretendem ficar mesmo juntos.

-Filho, relacionamentos não são assim...

-São sim.

-Como podemos saber disso, sendo que estamos juntos a duas semanas?

-Eu soube que amava Jacque desde a primeira vez qu vi ela. Porque não me contaram antes?

-Porque ainda não era nada sério.

-Como assim nada sério?

-Bom... Estavamos apenas... Saindo.

Correção para meu português: Transando. Eles estavam apenas saindo, se beijando e depois indo para a cama. Eu não era idiota. E eles deviam saber disso, aliás deviam ser mais discretos quando faziam algo desse tipo. Eu tinha ouvido os dois noite passada.

Eu estava andando até o quarto dela, porque achava que Jazmyn estava com ela, eu queria passar um tempo com a minha irmã. Então, quando estava com a mão na maçaneta, ouvi alguma coisa. Ou melhor, ouvi um gemido.

z88;

\'-Ush... Ush, hoje não...

-Porque não dealing? Eu estou com vontade de você hoje.

-Eu não sei, estou... Nervosa.

-Querida, por favor, me olhe.

Eu olhei pelo buraco da fechadura. Usher estava em cima de minha mãe, beijando ela. Senti como se fosse vomitar ali. Simplesmente deixei o lugar e sai correndo para meu quarto.\'

z88;

Eu me lembrei daquilo, fechei os olhos e tentei não pensar no pior. Tentei não imaginar Usher e ela se beijando de novo. Aquilo me dava nojo, porque parecia que eu sabia muito bem quais eram as intensõens dele desde aquela noite: Ele só queria sexo. Só aquilo. Não amava minha mãe de verdade.

-Tá, tanto faz. - eu me levantei, e cheguei bem perto dele, para que só ele pudesse ouvir. - Eu sei o que você está fazendo. E quando isso acabar, não venha dizer que eu não te falei nada; Fique longe dela se vai larga-la depois.

E sai do quarto, que na realidade era meu, mas eu precisava tomar um ar depois dessa. Desci para o restaurante do Hotel que estava vazio a essa hora da tarde, e me sentei em uma das mesas afastadas da porta. Simplesmente deitei a cabeça e a afundei em meus braços, querendo que aquilo sumisse da minha mente. Eu já tinha ficado aqueles dois dias fazendo esforço descomunal para esquecer aquela cena, e agora eu sabia que com essa confissão dos dois eu ia ver muito mais aquilo.

Já não bastava estar sem a minha garota, e estar em constante guerra com eles? Agora tinham que acrescentar mais uma coisa?

Eu disquei o número dela, que tinha sido gravado perpétuamente na minha cabeça, e esperei que ela atendesse. Chamou, chamou e chamou. Ela não atendeu. Talvez estivesse longe do celular. Talvez estivesse sem bateria. Ou talvez ela não quisesse me atender. Afastei aquilo da minha mente, e tentei o número da casa dela.

-Alô?

-Ah, você está ai... - falei aliviado. - Oi amor.

-Justin! Aai... Que saudades de você me chamando de amor... Ah dá pra vocês calarem a boca?!

Eu ouvi risadinhas femininas na linha. Sorri inconcientemente. Ela devia estar com as amigas, aquelas que ela me contou que tinha descoberto que não eram tão ruins quanto pareciam.

-Você está com as meninas?

-É... Como você está?

-Bom, eu preciso te contar uma coisa que não está me deixando tão feliz...

Contei a ela toda a história de ter ouvido Usher e minha mãe, e ainda detalhei o modo como eles me contaram. Ela me deixava falar, mais escapava um gemido de surpresa aqui, um de horror ali. Ela me conhecia muito bem, e devia estar preocupada com o que eu poderia fazer a seguir. Eu sabia.

-Hum... Mas você não vai fazer nada, certo? Não vai fazer nada com ele? E aliás, como você pode ter tanta certeza de que ele não ama ela?

-Eu conheço esse tipo de coisa, acredite em mim. Sabe, fingir que está afim de uma garota só para fazer ela ceder aos nossos encantos. Eu fiz muito isso antes de você me resgatar, esqueceu?

-É, é verdade... Mas porque ele estaria fazendo isso? E justo com a sua mãe! Ele seria muito burro, não seria?

-Mais do que burro. Mas tenho certeza que ele entendeu o recado. Ou assim espero.

-Mas tirando isso... Você está bem?

-Aah... Bem, estou tentando controlar as brigas aqui... O clima está meio tenso, acho que até por causa dessa pequeno inconveniente, mas eu sinto muito sua falta. Sinto falta de poder fugir dessa loucura com você, e fingir que nada disso existe.

-Também sinto sua falta. É difícil saber que agora eu estou no mundo real. Sabe, que eu acordei do sonho novamente. Mas acho que a gente consegue aguentar mais um pouco...

-Eu não sei quando vou poder te ver de novo... Scooter quer que eu vá fazer publicidade em Portugal, antes de sair em turnê... Então vai ser meio turbulento poder te ver. Mas quando formos passar aí, no Canadá, eu vou fazer de tudo para ficar com você.

-E eu vou fazer de tudo para ficar com você também. Porque eu te amo. E muito. Vê se volta logo, tá?

-Pode deixar. Te amo baby.

-Tenho que desligar agora... Mais não demore ok? E não se esqueça que eu te amo.

-Eu também. Escuta Jacque eu podia...

-O que? Fale rápido por favor...

-Aam... Tudo bem, esquece, vai lá. Beijos.

E desliguei. Fazia tempo que eu queria tocar no assunto daquela nossa \'quase primeira vez\', mas sempre que estavamos ao telefone, eu não conseguia falar. Acho que não era o jeito certo de dizer a ela que queria tê-la como mulher, que queria realmente provar que a amava, e que estava disposto a ceder a minha preciosa virgindade a ela. Não sabia se aquilo era ao certo uma prova de amor, mas eu queria acreditar que se fosse ela pararia de questionar os meus \'Eu te amo\'.

**************

z88;

-Heeei pombinha perdida, volta logo pra cá pra gente poder continuar o flime!

-Ta bom, ta bom!

Voltei para a sala, ainda com o telefone contra o peito. Eu sentia tantas saudades dele. E me sentia tão feliz em saber que ele se sentia seguro em confidenciar coisas a mim, que na verdade qualquer paparrazzi se mataria para ter... Mais o que mais me deixava feliz era saber que ele não cansava de falar aquilo para mim. Sabe, eu te amo. Nenhuma vez que ele tinha me ligado ele tinha esquecido de mencionar aquilo, vivia dizendo que era para eu parar de achar que ele estava brincando e acreditar que eu era a única garota que ele seria capaz de amar. Eu dizia para ele que acreditava, mas era uma baita mentira, porque era óbvio que ele iria amar muitas meninas depois de mim.

Jess, Aaron, Ed, Dani, Paola e Bradd (o namorado de Paola) se viraram para mim sorrindo assim que me sentei na sala.

-Ooh... Olha só a carinha dela de boba apaixonada. - Aaron falou, fazendo eles cairem na gargalhada.

-Muuito engraçado! Só porque sou a única aqui que não está do lado do namorado, vocês mereciam esperar mais!

-Não chore querida! Seu princepe do pop logo vem te salvar desse inferno. - Aaron falou, imitando uma voz teatral.

-Ok, vamos só... Ver o filme ok?

-O que foi Jacque?

Eu tinha ficado sentimental de repente. Ver os seis ali, abraçadinhos e saber que eu estava muito longe do meu garoto, era mais do que ruim. Eu me sentia realmente perdida.

-Hey, não fica assim. Ele te ama. E vocês logo vão se ver de novo. - Bradd me consolou.

Ele era um cara legal, o Bradd. Um loiro enorme, que tinha mais musculos que cérebro, mas quando queria, era um amor de pessoa.

-Eu sei... É só que... É difícil ficar longe dele, sabendo que...

-Vocês deviam ficar juntos. - Jessy completou para mim.

-É. É isso aí.

-Bom, nós ja demos um jeito nisso antes não é mesmo? Podemos fazer isso de novo. Não podemos?

-Não é tão simples amiga. Acho que eu até poderia ir até ele de novo, mas aí ia chegar a hora de deixar ele de novo, e eu ia ficar do mesmo jeito.

-Mas tem que ter um jeito de fazer vocês dois ficarem juntos... Definitivamente certo?

-Se você estiver pensando em casar os dois, a gente pode ir pra Las Vegas. - Aaron

-Eu dirijo! - Ed falou, fazendo todos rirem.

-Não... Casar não. Mas deve ter um jeito. Vamos lá galera, pensem comigo. Se não podemos dançar para ele porque somos menores de idade, deve haver algum jeito de fazer os dois se verem pelo menos um dia por semana, não deve?

-Algum jeito deve ter... Mas nenhum que eu conheça...

Suspirei triste. Eu apreciava eles estarem tentando me ajudar, mas aquilo era uma causa totalmente perdida. Não tinha como fazer aquilo.

-Jacque... O que ele queria no telefone?

-Ah bom... Ele queria me contar uma coisa. Sobre a mãe dele e Usher... - contei a hisória toda para meus expectadores boquiabertos. - e ele disse pra ele se cuidar.

-Caracas... O Usher tava... Transando com a mãe dele..

-Uau.

-É.

-Agora, tire mais uma das nossas curiosidades garota. O que aconteceu aquela noite. Na noite em que vocês \'se despediram\'?

-Ah... Nessa noite.

Eu me lembrava direitinho daquilo. Na verdade ainda achava que era o meu maior erro. Não ter tido a minha primeira vez ali, daquele jeito intenso e cheio de amor que era o que eu provavelmente sonhava para uma primeira vez. Mas eu não pude fazer aquilo.

-Bom o que aconteceu foi que eu e Justin quase fizemos sexo.

-Ta, isso é óbvio, a gente quer saber o porque vocês não fizeram.

Eu os olhei boquiaberta. As vezes eu subestimava eles. Eram os meus melhores amigos, e já tinham provado muitas vezes que estavam lá para me ajudar no que acontecesse. Aliás, eu ter ficado com Justin a duas semanas atrás tinha sido proeza deles. Então pensei que não ia ser nada ruim se eu me abrisse com eles.

-OK, eu conto. Eu tive uma descarga de juízo bem na hora em que ele ia tirar meu vestido. Simplesmente não consegui continuar aquilo, sabendo que não era muito certo. E eu nem sabia se ele tinha uma camisinha ali, então provavelmente não ia acontecer nada...

-Você é muuito burra!

-Jessy!

-Se eu tivesse com um cara como Justin Bieber na minha cama, não ia deixar ele esperando.

-Hey! E o seu tigrão aqui amor?

Eu taquei uma almofada n cara dela.

-Não fique desejando meu JB, senão vai ter guerra aqui.

Ela levantou a almofada que tinha na mão e atacou em mim, e isso deu inicio a tarde mais divertida da minha vida, que me fez esquecer por umas horas todos os problemas de amor a distancia. Só que mal sabia eu que aqueles eram os menores dos meus problemas. A partir do dia seguinte, eu ia ver o que era ter problemas. Ia ver de verdade o que era ter problemas.