Batalha final

A batalha final - Capítulo único


Os guerreiros exaustos na batalha lembravam das palavras de um guia, que lhe afirmara: ele é o seu inimigo mais forte. Mesmo sem se comunicar, eles conseguiam pensar o mesmo - é, ele realmente é. Talvez seja essa a capacidade de se comunicar com os olhos e pensamentos, depois de uma convivência de tanto tempo após a procura do inimigo.
Eles agora se encontravam em seis, perdendo alguns parceiros pelo caminho da procura e das batalhas lutadas. Um dos guerreiros se arriscava a encarar aquele ser com bravura em seus olhos, enquanto seus aliados usavam suas habilidades desenvolvidas após muitas batalhas.
A sacerdotisa que escapou de suas barreiras clamava aos deuses para utilizar suas bênçãos e suas proteções a ela e aos aliados, utilizava suas habilidades de cura exaustivamente, mesmo estando em momentos tensos fora de batalha. Enquanto suas orações eram atendidas, seus parceiros também traziam seus atributos para a batalha continuar. A arqueira agora com confiança em seus aliados concede a força da natureza, dando a capacidade de infligir mais dano ao inimigo e logo em seguida, traz suas fênix ao seu lado, com chamas em seus olhos. Lembrava quantos amigos vieram para esse confronto antes dela e sentia a sede de vingança pelos que nunca voltaram. Ao seu lado, a guerreira de lanças, Atalanta, usa suas forças para convocar o poder do inferno de valhalla, auxiliando o grupo a aumentar sua resistência. A sacerdotisa, com sua benção de Krishna concedida, se coloca à frente de suas aliadas, próximo aos seus parceiros com mais defesas. Com seu poder ao máximo agora dá uma resistência a todos os aliados, aumentando a vitalidade deles.
Próximo agora a sacerdotisa, o cavaleiro sente ser sua vez de colaborar com o grupo. Como um guerreiro dos deuses, traz seu valor sagrado, dando ainda mais poder de ataque ao grupo. E então os dois assassinos se aproximam e tomam a frente: a assassina e seu amigo de longa data, o pikeman. Posicionando-se logo em frente, tomam o fôlego necessário e escondem-se nas sombras. Um último sorriso é dado pela assassina, olhando para as pessoas que ela considera seus amigos. Concede a eles alas de esquiva e volta a encarar seu inimigo.
Definitivamente é a batalha de suas vidas.
Aquele ser então dá um sorriso maléfico e desiste de trazer seus lacaios: ele decide trazer seu poder maligno diretamente as pessoas que ele vê como seres desprezíveis. A batalha começa sem ele perceber - os assassinos o atacam. Ele se mostra surpreso com os dois mas não demora a virar seus ataques para eles, mas acaba sendo atraído para o cavaleiro. Todos infligem o dano máximo a ele, mas que as vezes eles acham ser insuficiente.
— Não se sintam fracos! Ele será derrotado!
O incentivo da positiva sacerdotisa dá mais coragem aos amigos. Um breve relance dela é algo que chamaria a atenção de qualquer um. Se encontrava bela em meio a um círculo constante de mágica, quem a olhava não dizia que estava em meio a uma guerra. Ela, porém, se encontrava em uma situação completamente diferente. A sua habilidade concedia a capacidade de visualizar a vitalidade dos seus aliados, e isso a deixava compenetrada e preocupada principalmente com suas aliadas de longo alcance. Ela sabia que elas eram acostumadas a disputas à distância e que raramente se mostravam em batalha, consequentemente tendo uma menor resistência ao dano do inimigo.
— Nós estamos indo bem, continuem!
Mais um incentivo, vindo da única que consegue ler a vitalidade do inimigo. Ela se impressiona com o dano infligido a ele, mas se impressiona mais ainda com a resiliência. Não é à toa que é considerado o mais forte de todos. Uma risada porém é escutada do inimigo.
— Fortes? Indo bem? Ah, são patéticos como baratas! Acho que a brincadeira deve acabar agora. Adeus, fracos guerreiros.
Todos então percebem que aquele seria o último poder dele. Eles estavam o derrotando. Todos se preparam para o ataque, menos a sacerdotisa. Ela se encontrava tão atordoada com a sua capacidade de cura sendo pouca que só vê o ataque vindo. Olha então para a arma de seu inimigo próximo e pensa: é o meu fim. Fecha os olhos e convoca sua última cura, mas não sente o ataque. Quando abre seus olhos, vê seu amigo e irmão que se sacrificou por ela em sua frente. O guerreiro estava morto.
O desespero sentido por ela foi imenso. Ela escuta a risada do inimigo e sente seus ouvidos ecoarem, enquanto olhava o cavaleiro sem vida. Pela primeira vez, ela sentiu sentimentos tão intensos de raiva e tristeza que sentiu passar por sua pele uma força que nunca antes sentiu. Ela deixou o poder fluir em si, como a muito tempo não permitia, por medo de não conseguir controlar. Ela achava que, junto com o irmão, o medo tinha se ido. Ela levanta seu cajado e fecha seus olhos, e então todos seus aliados sentem uma onda calorosa e protetora. Ela criou uma barreira de proteção que envolvia todos eles e que mantinha-os isolados do inimigo. Abre seus olhos e olha seu irmão, caído em sua frente. Ela sabia, não era possível, mas ela pediu mais uma vez.
— Por favor, me ajudem. Que eu possa recriar a vida.
E então, ela tenta mais uma vez a habilidade que a muito tempo não tentava, por ela nunca ter sucesso em usá-la. Ela invoca a ressurreição. Um círculo contorna o corpo de seu irmão e então eles conseguem ver um espírito de luz descer e adentrar o corpo, que volta a ter cor. Escutam gemidos de dor e percebem o corpo do cavaleiro se mexer, e ele se levantar pouco a pouco. Ele se senta e olha para seus aliados, que estão todos olhando para ele com lágrimas e um sorriso no rosto.
— Aconteceu alguma coisa que eu perdi...?
O riso é geral. É claro, como seria diferente? Ele sempre foi perdido em todos os assuntos!
Todos dão risada. Menos a sacerdotisa. De acordo com o campo que se abre, seus olhos enchem-se de fúria. Ela já não se importa com as consequências que serão causadas a ela, mas ela sente a certeza que irá derrotar aquele ser. Quando a barreira baixa o suficiente para poderem se ver, o boss e a sacerdotisa se olham nos olhos. Ela segura seu cajado em duas mãos em modo de ataque e conjura sua habilidade mais forte: um poder de gelo contínuo. Ela aponta o extremo de seu cajado para ele e finalmente usa o seu poder mais forte. Todos seguem a liderança forte que ela exerceu e dão seus ataques mais fortes. Aquele monstro tenta se defender, até um gelo solidificado penetrar seu peito. Ele então dá um grito de derrota e todos param de atacar, sentindo que aquele é o fim. Ele leva a mão ao peito com uma tentativa de estancar a dor, mas é em vão. E então, todos veem ele desintegrar, como papel em fogo, levando junto dele a escuridão que estava imposta. As paredes vão desaparecendo e vão dando lugar a árvores robustas. O chão em seus pés logo vai sumindo e a grama verde aparece. Onde o inimigo estava agora começa a surgir um riacho. Um lindo cenário, que faz parecer os acontecimentos de poucos segundos apenas um pesadelo passageiro. Todos se olham, com o sorriso estampado no rosto, apreciando o som do vento e dos pássaros.
Todos correm para um abraço e se jogam na macia grama. Finalmente, o continente estava livre.

...

Até onde eles sabem.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.