Ouviu batidadas receosas na porta. Caio entrou em seu quarto ainda parecendo surpreso. Era noite e fazia horas desde o ocorrido.

Bernardo estava deitado no chão e Caio foi até ele pedindo-lhe desculpas. A janela aberta era a única fonte de iluminação no ambiente.

Bernardo não o tratou com sobranceria, Caio não tinha culpa de ter descoberto daquela forma, e agora estava ali desculpando-se. Não perguntou mais nada. Ele agradeceu internamente, pois, naquele momento, não tinha cabeça para explicar o que aconteceu.

Caio deitou ao seu lado e ambos ficaram em silêncio fitando o teto. Ironicamente, não estava mais sozinho.