Andrew me ajuda

Coloquei a moeda e digitei o número de Andrew. Esperei chamar.
— Alô? – ouvi a voz dele.
— Andrew – eu disse – Preciso que me faça um favor.
— pode falar – ele disse.
— Preciso que me busque.
— Onde? – ele perguntou.
— Na delegacia.
— O quê?! – perguntou ele – O que você tá fazendo aí?
— é uma longa história e eu não tenho tempo de contar – eu disse
— Só vêm, preciso de sua ajuda.
— já tô chegando – ele disse desligando.
São nessas horas que a gente vê quem são nossos verdadeiros
amigos, não é mesmo?
Depois de uns 10 minutos, Andrew chegou. Dei um abraço nele
e ele me levou para casa.
No caminho, Andrew ficava abrindo e fechando a boca sem parar, como se estivesse reunindo coragem para perguntar o que eu estava fazendo presa.
— você quer saber o que houve, não é? – perguntei.
— Hum... É – ele disse.
— Bom, o que houve é que eu sou uma idiota. Meu amigo me
levou a uma festa com bebidas, até que a policia chegou... E esse cara saiu correndo... sem mim.
— sinto muito – ele disse. Sabe, às vezes a aparência não condiz com sua personalidade. Ele tem cara de quem não está nem aí para nada e
que não se importa com o que os outros dizem e tudo mais, mas pelo contrário.
Ele é muito prestativo, sabe ouvir meus problemas e sempre tenta me ajudar. Eu o amo, mas como amigo.
Quando cheguei em casa e abracei-o novamente.
— Andrew, muito obrigado por tudo, você não sabe o quanto estou agradecida.
Ele sorriu um pouco triste.
— disponha.
— até mais – eu disse – Amanhã você vêm aqui?
— posso vir – ele disse, dessa vez sorrindo um pouco feliz.
— então até amanha – eu disse e saí do carro.
Entrei em casa e fui direto para meu quarto. O Andrew era tão llegal... Ao contrário de certas pessoas.
Cara, na boa, eu tô com muita raiva do John. Sabe, ele é tão previsível. Tenho certeza de que se fosse ao contrário, oi seja: ele tivesse sido agarrado por um bêbado e eu tivesse a chance de fugir, eu não teria feito o que ele fez.
Eu estava desapontada com aquele desconhecido que tinha arruinado minha vida. Bem, o pior er pá saber que fora porque eu tinha deixado.