Back to the Past
Capítulo 6 - The Deal
— Rachel! – Quinn tentava inutilmente acordar a garota em sua frente. A aspirante a Barbra Streisand não teve um desmaio propriamente dito, mas encontrava-se completamente desnorteada. – Rachel!! – A princesa tentou pela milésima vez.
— Quinn... Eu – A morena encarou os olhos avelã e sacudiu a cabeça negativamente. – Eu estou em dois lugares ao mesmo tempo! Como isso é possível? – Franziu os cenhos com incredibilidade, relaxando-os logo em seguida. – Claro. É tão possível quanto viajar no tempo. – Deu de ombros.
A todo o momento, Rachel se questionava se não havia usado algum tipo de droga, como Finn Hudson, que fora pego pelo Mr. Schue, segundo Kurt, Mercedes e Tina, os maiores fofoqueiros de Lima, Ohio.
Se ela realmente tivesse sob efeitos, será que lembraria de ter consumido a substância? Em caso positivo, seus pais certamente sentiriam o cheiro de longe. Leroy e Hiram eram aqueles tipos de pais completamente obcecados em encontrar algo estranho no comportamento da filha adolescente.
— Rachel!
— Quinn!
— Estou chamando-a há tempos!
— Não está vendo que estou passando por uma crise existencial?
— O que estás a dizer?
— Esquece. – Deu de ombros novamente. Já havia perdido as contas de quantas vezes repetira esse gesto.
— Rachel... – A morena sentiu as mãos quentes de Quinn em seus ombros. – Peço imensamente que me conte o que está ocorrendo.
Até passou momentaneamente pela cabeça de Rachel em dar uma resposta malcriada. Mas muito rapidamente, até encarar o rosto a sua frente, com as sobrancelhas franzidas.
— Princesa, acontece que seu eu tentar explicar, você não vai entender uma só palavra e ainda dirá que se trata de algum tipo de bruxaria.
— Experimente. – A loira disse com tom de desafio.
— Primeiro quero saber o que houve com Kurt. Não me lembro de termos nos despedido.
— O cavaleiro de seu espelho mágico em questão pediu para que eu lhe dissesse que o mesmo se retiraria, pois algumas pessoas estavam a chegar e ele não gostaria de passar o resto de sua vida sendo perseguido por uma pessoa chamada governo, uma vez que, em suas palavras, "é muito lindo para habitar a área 51". - Quinn finalizou sua frase imitando exatamente o gesto e a fala do rapaz. - Embora eu não tenha compreendido praticamente nada do que ouvi.
— Bom, espero que ele retorne... - Rachel disse um pouco aérea, tentando imaginar a situação do amigo. Se estivesse em seu lugar, provavelmente duvidaria de sua própria sanidade.
A princesa, por sua vez, caminhou lentamente até a varanda de seu quarto:
— Temos pouco tempo até o nascimento do sol.
— E qual o problema? - Rachel se levantou e, com passos largos, andou até a garota, mantendo-se um pouco afastada para não ser vista pelos guardas do lado de fora.
— Minhas Aias virão ao meu encontro e as patrulhas retornam aos seus postos dentro deste castelo. - Quinn a olhou de lado.
O coração da morena disparou em alerta com o pronunciamento:
— E... E o que eu posso fazer? - Começou a olhar para o aposento. - Definitivamente eu não quero viver escondida em seu armário como um rato!
— Olhe bem como falas! - A loira se indignou. - Não existem estes tipos de criaturas imundas em meus aposentos!
— Você não pode dizer que está se sentindo indisposta?
— Oh, céus! - Quinn revirou os olhos, como se não acreditasse no que ouvira. - Terei que mentir por ti, ignorando os preceitos da santa igreja, e ainda diz-me que não se trata de bruxaria?
— E por acaso eu pareço com uma bruxa? Nariz grande, pele escamosa e cheia de verrugas?
— O nariz grande vós já tens.
Ao pensar em uma resposta, sem sucesso, por cinco minutos, Rachel apenas ignorou e voltou a questão:
— Vamos lá, Quinn! Estou pedindo apenas que você diga que não está se sentindo bem, não para assassinar o Papa!
Com o reflexo do luar iluminando a face, Quinn deixou que um sorriso escapasse de seus lábios:
— És muito diferente das pessoas que conheço, Rachel. - A loira moveu-se lentamente para dentro do quarto.
— Estou certa disso. - A mais baixa a seguiu.
— Ao mesmo momento em que és amedrontadora, és intrigante, misteriosa e divertida.
— Obrigada, eu acho.
— Ainda não estou certa se devo alertar a guarda. - Disse em tom de dúvida.
— Quinn... Pensa comigo. Se eu for pega, você nunca... Nunquinha... Saberá das coisas que tenho para lhe contar e oferecer. - A voz de Rachel pareceu surtir algum efeito na garota. - Sabe o hálito proporcionado pela pasta de dentes que você tanto gostou? Então...
— CERTO! - A princesa exclamou um pouco alto demais, fazendo com que Rachel tentasse amenizar desesperadamente com gestos manuais. - Está feito.
— Temos um acordo? - Rachel disse, erguendo a sobrancelha direita.
— Temos. - Quinn assentiu com a cabeça. - Mas saibas que terás de me contar sobre todas as coisas e responder-me cada questionamento que eu fizer.
— Então temos um acordo, princesa.
— Agora conte-me o que lhe trouxe até o reino de meu pai.
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