Back To The Past

Capítulo 17 - Freddie


Eu estava feliz. As mini férias que eu havia planejado já havia chegado ao fim, mas aproveitamos ao máximo tudo o que podíamos. Ensinei Sophie a nadar, passamos tardes na praia, outras fazendo maratona de filmes e outras nos aventurando na cozinha. Cada detalhe havia sido perfeito.

Agora, nossa rotina já estava voltando ao normal, passava o dia inteiro com a Sophie, depois íamos até o trabalho de Sam buscá-la e passávamos o resto da noite em sua casa. Quando Sophie ia dormir, Sam e eu aproveitávamos o tempo entre nós.

Tudo estava perfeito, mas isso estava chegando ao fim. E eu sabia disso, só não tinha ideia de como as coisas seriam.

Acordei na quarta-feira com o celular tocando. Essa foi uma das poucas noites que passei longe de Sam durante a semana.

—Diga, Matt – respondi assim que atendi o celular. Já havia visto seu nome no visor do celular. Ele era uma lembrança constante de que cedo ou tarde eu precisaria voltar para Los Angeles.

—Senhor Benson, bom dia – ele me saudou – Imagino que ainda não tenha tido acesso aos sites e revistas de fofocas de hoje.

—Não sou ligado a essas coisas, você sabe.

—Bom, mas vai se importar com o que publicaram.

—O que aconteceu? – engoli em seco e me sentei na cama.

—Vazou uma foto sua beijando uma mulher loira. Ninguém sabe quem é, mas estão loucos para descobrirem.

—Droga – resmunguei.

—Mas não é só isso.

—O que tem mais?

—A senhorita Carson foi fotografada chorando em uma cafeteria. Estão ligando as duas coisas e dizendo que você está a traindo.

—Merda. Por que estão dizendo isso? E por que diabos ela estava chorando? Nós não temos nada.

—Mas não é o que a imprensa acha. Vocês foram na estreia do filme juntos. Como um casal.

Era verdade. Eu havia me esquecido disso com tantos acontecimentos rápidos. Fechei os olhos com força segurando meu nervosismo.

—Ela falou alguma coisa para a imprensa?

—Nada ainda. Mas os paparazzi estão atrás dela. Estão atrás de você também na verdade, só ainda não descobriram onde você está.

—E como essa foto foi vazar?

—Aparentemente, uma garota postou uma foto dela na rede social e ao fundo apareceu vocês dois se beijando, parecia que estavam em uma festinha.

O aniversário de Sophie. Aquelas garotas pedindo para tirar foto. Tudo se encaixava.

—Matt, preciso que você despiste os paparazzi sobre a minha localização. Eu volto para Los Angeles amanhã à tarde.

_Sim, senhor. Até amanhã então.

_Até – desliguei o celular sentindo a raiva tomar conta de mim.

Tudo começou a dar errado. O que eu menos queria era Sam envolvida em escândalos. Não agora que ela estava me aceitando totalmente em sua vida depois da semana maravilhosa que tivemos.

Eu resolveria isso antes que ela soubesse, era a única forma dela não se magoar. Ela não é do tipo que acompanha sites e revistas de fofoca, então estava tudo bem por enquanto, mas eu precisava pensar no que dizer quando contasse que precisaria voltar e isso era o que eu mais temia.

(...)

—Você fica hoje? – Sam se sentou ao meu lado no sofá da casa dela.

Já havíamos jantado e ela tinha acabado de colocar Sophie para dormir.

—Só se você quiser – sorri de lado e ela retribuiu. A verdade é que eu queria isso mais do que tudo.

—Pode ficar então – ela se aproximou ainda mais de mim e deitou sua cabeça em meu ombro.

Eu amava essa proximidade que voltamos a ter nos últimos dias. Ter ela ao meu lado e sentir seu toque era tudo o que eu precisava.

—Tudo o que eu mais quero é ficar com você – falei baixinho com sinceridade. Eu precisava me abrir com ela antes de contar o que aconteceria amanhã – Eu sempre amei você. Ter voltado me fez perceber que eu nunca deixei de te amar, na verdade, acho que amo ainda mais, se é que isso é possível. Você e Sophie são a família que eu sonhei um dia.

Escutei sua risada baixa e ela levantou a cabeça para me olhar.

—Eu nunca deixei de te amar, Freddie – ela me encarou séria – Você é o meu primeiro amor e quero que seja o último – não contive o sorriso ao ouvir essas palavras.

Quebrei toda a distância que tinha entre nós selando nossos lábios. Depois de alguns minutos, nos separamos, mas continuamos com as nossas testas coladas.

—Preciso me preocupar com algo dado a sua fama? – senti minha garganta se fechar ao recordar da conversa com o Matt. Essa era a oportunidade para eu contar sobre meu retorno a Los Angeles, mas não queria estragar o momento – Hoje na lanchonete as pessoas ficaram me olhando estranho.

Gelei e engoli em seco.

—Elas te falaram algo? – perguntei curioso.

—Não – ela deu de ombros – Só ficaram olhando mais do que o normal. Imaginei que pudessem ter nos vistos nos beijando na festa de Sophie e assim como a notícia do casamento, isso também poderia estar se espalhando rápido demais.

—Pode ser – suspirei – É um problema para você ser vista comigo?

—Não, só acho que vou precisar de um tempo até me acostumar com o seu mundo.

Outro soco no estômago.

—Mas não quero falar sobre isso agora – ela continuou – Quero aproveitar nosso tempo sozinhos.

—O que quer fazer?

Ela não respondeu, apenas sorriu travessa e me beijou.

Era incrível como o beijo dela tinha o poder de afastar todos os meus pensamentos e preocupações. Era apenas eu e ela. Eu reparei que seu olhar não era o mesmo desde o dia em que eu cheguei, ela estava tão feliz quanto eu. Talvez estivéssemos mesmo destinados a ficarem juntos, se é que isso existe, mas eu gostava de pensar que sim, apesar de ser clichê.

Puxei ela para o meu colo e continuamos a nos beijar. Ela entrelaçou suas pernas na minha cintura e levou as mãos para o meu cabelo puxando levemente alguns fios. Levei minhas mãos por debaixo da sua blusa até finalmente tirá-la.

Ela afastou sua boca da minha e começou a distribuir beijos pelo meu pescoço causando arrepios por todo o meu corpo. Fechei os olhos só aproveitando cada sensação de que ela me despertava. Não era só prazer, era amor.

—Vamos para o quarto – ela sussurrou e mordeu o lóbulo da minha orelha.

_Seu desejo é uma ordem, princesa.

Segurei suas pernas ao meu redor e me levantei do sofá. Caminhei pelo corredor com cuidado para não acordar Sophie e assim que entramos em seu quarto, a deitei cuidadosamente na cama, voltei para a porta e a tranquei. Não nos preocupamos em acender a luz do quarto e a única claridade que entrava no quarto vinha da janela.

Isso era o suficiente.

Voltei para a cama e a observei sorrir. Não demorei para nos livrar de toda a roupa. Eu precisava dela e ela também precisava de mim.

Me deitei sobre ela e a beijei mais uma vez. Um beijo urgente que arrancava gemidos de ambos. Sentia suas mãos passeando pelo meu corpo e arranhando minhas costas. Segurei firmemente sua cintura e inverti nossas posições.

—Você é minha e eu amo você – falei baixo e meu tom saiu pouco grave. Eu estava tomado pelo desejo.

—Sempre sua – ela sussurrou e arfou quando encaixei nossos corpos.

Não havia sensação melhor.