Um ano atrás



A escada negra era íngreme e estreita. Ele subiu com as mãos na parede até chegar à porta de madeira carcomida. Não demorou muito até perceber que a porta estava aberta. Entrou no lugar tateando a parede em busca de um interruptor e alguns instantes depois uma luz fraca iluminou a sala. Gendry logo sentiu o cheiro de bebida e de algo a mais. Cigarro e... Sangue? Algo dentro do seu peito se agitou.

Desde que conheceu Sansa ele não voltava a Vila Gaivota. Nunca gostou da cidade. Tudo fedia a peixe. Na primeira vez que pisou na Vila, Gendry tinha dezessete anos e estava atrás de emprego. Conhecer a Stark foi à única coisa boa que lhe aconteceu naquele lugar, o resto era esquecível.

Ele tinha jurado a si mesmo que não voltaria.

Mas isso foi até descobrir que tinha uma irmã.

Suas pesquisas com Sansa e Oberyn o levaram a pelo menos mais cinco bastardos do seu pai. Os gêmeos no Rochedo, um garoto nas Terras da tempestade, uma menina nas Terras Fluviais e outra menina no Vale. Gendry teria ido primeiro aos gêmeos, o Rochedo era bem mais próximo de Vilavelha do que o Vale, entretanto, os dois sumiram do mapa e nem o detetive do Martell foi capaz de encontrá-los.

Mya Stone foi mais fácil de ser localizada.

– Mya. – Chamou com a voz firme.

Pensou em todas as informações que tinha sobre a garota. Órfã, criada no Ninho da Águia, mudou-se recentemente para a Vila Gaivota. Ele tinha visto uma foto dela, cabelos negros curtos e grandes olhos azuis, se parecia com ele. Na verdade, todos os seus meio irmãos se pareciam com ele.

Diferente dos filhos legítimos.

– Mya. – Chamou novamente. Nenhuma resposta.

Deu alguns passos para o interior da sala e não encontrou nada relevante. Mesmo que velho tudo parecia em ordem. Talvez ela tivesse saído ou... Mas a porta estava aberta e ninguém inteligente deixaria a porta aberta nessa vizinhança. Um arrepio correu pela sua espinha, da ultima vez que algo parecido aconteceu ele encontrou o corpo da sua mãe estirado na sala.

– Deuses Mya.

Um suspiro. Não havia corpo.

Ainda.

Atravessou a sala e chegou a um estreito corredor que levava a duas portinhas. Uma delas estava aberta e levava ao banheiro, a segunda também estava aberta, mas o ângulo não lhe permitia ver muita coisa. A luz está acesa, percebeu logo. Mya devia estar ali, segura, esperava. Caminhou lentamente e estancou ao chegar à porta.

Sangue. O liquido vermelho manchava o chão branco e lhe era tão familiar. Der repente voltou a ser aquele garotinho assustado que gritava ao lado do corpo da mãe.

– Mya!

Ele a encontrou deitada no chão coberta de sangue. Gendry correu e se ajoelhou ao seu lado, a sacudiu um par de vezes antes de pegar o celular com as mãos tremendo. Para quem ligaria? Oberyn estaria em Lançassolar para o aniversario de uma das filhas, Sansa dirigiu-se para Porto Branco e ele nunca confiou na policia. Ainda estava pensando quando ouviu um pequeno gemido.

– Deuses, você está viva.

A garota abriu a boca como se quisesse dizer alguma coisa, mas tudo o que saiu foi uma série de sons sem sentido.

– Calma, calma, você vai ficar bem. Eu prometo.

Com o nervosismo ele olhou para os lados e algo chamou sua atenção, uma rosa vermelha caída ao lado da cama.

– Quem...

A pergunta morreu nos lábios dela.

– Eu sou um amigo, olha, vamos primeiro cuidar de você e então eu te explico tudo.

Ele discou o numero da emergência e enquanto relatava o acontecido observou os ferimentos na barriga da irmã. Facadas. Não faz sentido. Quando mataram sua mãe eles fizeram questão de ter certeza que haviam terminado o trabalho. Nunca gostaram de pontas soltas. Mas dessa vez a deixaram viva? Os Lannister não permitiam erro.

Graças aos Deuses eles foram descuidados.

A ambulância chegou minutos depois e em breve a policia estaria ali. Gendry acompanhou Mya e no saguão discou o numero de Sansa. Seu corpo inteiro tremia.

– O que aconteceu? – A garota perguntou do outro lado da linha assim que ouviu o tom da sua voz.

Ele contou tudo. Desde o momento em que saiu da estação das gaivotas até quando encontrou o pequeno apartamento de Mya e a achou quase morta. Sansa ouviu tudo em silencio e só disse alguma coisa quando ele terminou.

– Algo deve ter acontecido para que a deixassem viva. – Seu corpo caiu na cadeira acolchoada da sala de espera. Sua cabeça tombou contra a parede. – Alguém pode ter chegado...

– Duvido muito.

– Você acha que... O sumiço dos gêmeos...?

– Eu apostaria minha vida que sim.

– Por quê? Não faz sentido... Eu... Eu já terminei o que tinha que fazer em Porto Branco, estou indo te encontrar.

– Certo.

– E Gendry... Tome cuidado, eles podem voltar para terminar o trabalho.

Ele terminou a ligação ao ver o medico se aproximar. Ele trazia um semblante cansado que fez seu coração pesar uma tonelada.



XXX



Agora



Alayne tirou o vestido do guarda roupa e o estendeu na cama. O tecido carmesim grudaria com perfeição no seu corpo e o decote retangular mostraria apenas o suficiente para atiçar a imaginação. A roupa pertencera a uma das filhas de Oberyn assim como a maioria dos vestidos bonitos que tinha guardado. Ela precisaria usar algo assim para se misturar entre as pessoas na festa.

Ela teria que ser uma garotinha tola e sorridente que beijaria cada centímetro que Joffrey Baratheon pisasse.

– Você tem certeza que quer ir sozinha? – Gendry perguntou atrás dela.

– Sim.

– Não seria mais seguro...

– Poderiam pensar coisas erradas com você do meu lado.

– Mas nós somos supostamente irmãos.

– Ter de explicar isso seria uma perda descomunal de tempo. – Alayne se virou para ele e colocou a mão no seu ombro com o intuito de acalmá-lo. – Vou ficar bem. Não se preocupe.

– Certo. - Ele passou a mão pelos cabelos negros e suspirou. – O convite está na sala e eu te levarei até a esquina. Qualquer coisa você me liga, ok? Estarei no pub do outro lado da rua.

– Pode deixar. – Respondeu sorrindo.



Quando a noite caiu Alayne se arrumou. O vestido vermelho ficou perfeito como ela sabia que ficaria e os saltos negros lhe deram um pouco mais de altura. As jóias que tinha não eram verdadeiras, mas Joffrey não notaria isso. Colocou o brinco dourado e as pulseiras que cantavam quando ela mexia o braço. Seu cabelo escuro ela deixou soltou e os olhos azuis foram destacados com uma sombra preta.

Você está linda Sansa. A voz da sua mãe soou alta e clara na sua cabeça. Às vezes isso acontecia e sempre vinha seguida por uma dor no peito. Aquela estúpida voz lhe lembrava a vida que ela podia ter tido. Eu estaria com Jeyne e Beth no quarto contando segredos e falando sobre garotos.

Beth e Jeyne... Fazia tempo que não pensava nelas. Beth ela sabia que tinha morrido, mas Jeyne... A garota sobreviveu e passou um tempo com os Bolton, provavelmente servindo de brinquedo para eles. Entretanto a menina sumiu há algum tempo, era provável que tenha sido finalmente morta, seu corpo devia estar escondido em alguma vala. Quando acabar eu lhe trarei justiça Jeyne.

Ela traria justiça a todos eles.

– Está pronta? – Gendry gritou da sala.

Alayne saiu do quarto com uma pequena bolsinha preta nas mãos como resposta. Gendry não ficou da boca aberta, como aconteceu da ultima vez que ela usou aquela peça, mas ele não economizou em elogios.

– Você vai ser a garota mais bonita daquele lugar. – Ele abriu a porta e deixou que ela passasse. – Margaery Tyrell vai ser um ninguém perto de você.

– Esperamos que sim.

Os dois desceram no elevador velho e foram até o carro – ainda mais velho – estacionado cuidadosamente ao lado da calçada. Naquela noite, por algum motivo, não havia muitas pessoas andando pelas ruas da Baixada. Aquilo era no mínimo incomum. Sempre tinha crianças correndo, jovens jogando bola e alguns homens tentando se engraçar com Ross, a mulher do prédio da frente que conseguia tudo pelo o preço certo.

Hoje não havia crianças ou pessoas apressadas nas calçadas, apenas um garoto que andava em sua bicicleta e é claro, Ross com seus bonitos cabelos preso em uma trança enquanto a olhava de forma maliciosa. Gendry a ajudou a entrar no carro e logo depois contornou o veiculo e abriu e entrou também.

– Vamos?

– Sim.

O caminho até o centro não era necessariamente longo, mas o transito podia fazer qualquer um se atrasar. Pegaram um breve congestionamento na Rua da Seda o que rendeu alguns xingamentos por parte de Gendry, mas Alayne não se importou, simplesmente ficou observando as pessoas ao seu redor. Havia lojas de roupas de grife e restaurantes sofisticados. Ah, ela não podia esquecer o clube Chataya, um lugar exclusivo que de fachada era apenas uma boate, mas que nos fundos escondia muito mais.

Quando finalmente alcançaram a avenida ela avistou luzes picando e vários carros caros parando na frente de um outro clube.

– Eu não posso te deixar na frente com essa coisa velha.

– Eu sei.

Gendry suspirou alto.

– Eu te deixo ali, – ele apontou para uma padaria que estava fechada, não ficava muito longe do lugar. – Não se preocupe, estarei te olhando até você entrar, depois vou ficar naquele lugar, – novamente ele apontou para o pub do outro lado da rua, bem na frente do clube.

– Qualquer coisa é só chamar. – Ela completou o que ele provavelmente iria dizer com um sorriso. Gendry estacionou o carro, mas não destravou as portas. – Eu vou ficar bem. Juro.

– Foque no seu objetivo, quando terminar saia de lá o mais rápido possível.

– Deuses Gendry, vou ficar perfeitamente bem. – Sorriu na tentativa de acalmá-lo e então depositou um rápido beijo no seu rosto. – Vá comer alguma coisa e aproveite para ligar para ela.

– Certo.

Bem, era hora. Alayne saiu do carro e despediu-se do rapaz com um rápido aceno. Depois seguiu andando elegantemente até a aglomeração de pessoa. Quem a olhasse diria que ela pertencia aquele mundo. Um dia ela podia ter chegado perto, seu pai não era o homem mais rico do mundo e certamente não tinha o dinheiro dos Lannister ou dos Baratheon, mas era respeitado no Norte e rico o suficiente para que no passado ela fosse quase uma princesa em Winterfell. Sua mãe vinha de família aristocrática e lhe ensinou tudo o que sabia. Como andar, como falar, como ser uma perfeita moça. Tinha verões que ela viajava para Correrrio com a família e brincava nos jardins com Arya e Jeyne Poole.

Jeyne, era a segunda vez no dia que pensava nela. Na infância Jeyne sempre esteve ao seu lado, assim como Theon Greyjoy esteve ao lado de Robb. Jeyne e Theon eram quase partes da família. Afinal, a garota sempre foi a irmã que ela sempre quis e Theon também era como um irmão para Robb.

Quando atravessou a faixa de pedestre e chegou às portas do clube ela pensou em Jeyne e em como a garota adoraria aquilo. Entretanto tratou de empurrar aquele pensamento para o lugar mais fundo e obscuro da sua mente. Não precisava daquilo.

Vestiu sua melhor mascara e andou até o segurança.

– Convite. – O homem gigante pediu, mas não sem antes dar uma olhada nela.

Podia adivinhar o que viu. Uma jovem bonita e bem nascida que provavelmente era esperada naquele lugar. Alayne tirou o cartão do seu bolso e entregou ao homem, ele nem ao menos checou o seu nome, apontou para dentro e a deixou entrar.

Quando entrou a primeira coisa que notou foi que o lugar estava estupidamente cheio. Pessoas se contorciam ao ritmo da musica enquanto outras pegavam bebidas no balcão. O lugar não era exatamente grande, mas tinha espaço o suficiente para que pudesse andar até um banquinho no canto. Observar e depois agir. No palco que brilhava por causa de centenas de luzes estava o DJ, um homem bonito, notou, que ganhava olhares cobiçosos de varias garotas. Do outro lado da pista havia uma escada que levava ao primeiro andar onde pessoas dançavam de forma mais contida, bebiam e conversavam umas com as outras.

Foi lá encima que ela os avistou.

Os irmãos Lannister.

Myrcella estava ao lado do mais novo, Tommen, e Joffrey tinha o braço circulando a cintura de outra moça, Margaery Tyrell. Ela era tão linda como mostravam nas fotos, os cachos castanhos moldava seu rosto com perfeição e seu sorriso era cativante. Ela sorri muito, notou depois de alguns minutos de observação.

– A senhorita está desacompanhada?

A voz fez com que se assustasse, mas no instante seguinte recuperou a compostura. Avaliou aquele que se aproximava, provavelmente tinha idade próxima do seu irmão mais velho, mas a semelhança parava por ai. Os cabelos eram negros e os olhos pálidos tinham um brilho que fez seu corpo tremer.

Ela o conhecia de algum lugar... Sim... Oh Deuses, como ela pôde não reconhecê-lo de primeira? Aquele traidor sádico que não merecia mais do que a morte. Uma onda de ódio se debateu dentro dela e Alayne precisou prender a respiração para ficar calma. Ele não sabe quem é você.

Da ultima vez que Ramsay Bolton a viu ela não passava dos treze, tinha longos cabelos ruivos e um sorriso tolo. Ele não aparecia muito em Winterfell, mas ela sabia que ele era amigo de Robb e Beth costumava dizer que o rapaz era muito bonito. Bem, ele até era caso você não o conhecesse.

Mas Alayne sabia quem era Ramsay. Sabia o quão feio e desprezível aquele monstro podia ser.

Ele ainda esperava por uma resposta sua. Não é bom desagradá-lo.

– Na verdade... – O que ela diria? Caso dissesse que estava sozinha ele iria insistir em ficar ao seu lado e Alayne não tinha um bom pressentimento quanto a isso, caso dissesse que estava acompanhada ele poderia querer uma comprovação.

Talvez eu devesse ter trazido o Gendry afinal de contas.

Aquele maldito Bolton não deveria estar ali.

– Parece nervosa, não precisa ficar, eu não mordo.

Uma risada nervosa escapou dos seus lábios.

– Claro que não, é só que...

– Ela está acompanhada.

Outra voz masculina se sobressaltou e logo Alayne sentiu os braços serem circulados por fortes braços.

– Ela está com você? – A ironia na voz de Ramsay a deixou confusa até que ela olhou para a pessoa que se aproximou. Nossa, ele era bonito como os príncipes com quem ela costumava sonhar. Seus cachos castanhos e seus olhos dourados eram uma combinação harmoniosa e tudo melhorava quando ele sorria. – Onde conseguiu uma beleza dessas Loras?

– Pelas noites loucas de Porto Real. – Loras Tyrell respondeu sorrindo. – Com licença Ramsay, eu e minha amiga temos muito que conversar.

Alayne então foi guiada para longe de Ramsay que ainda a encarava de forma suspeita. Ele vai ter o que merece, repetiu essa frase quatro vezes na sua mente para poder se acalmar.

– Você está bem? Devia ter visto sua cara, parecia um cordeirinho com medo de um leão.

– Eu...

– Não te culpo, aquele cara é horrível. É bonito até você conhecê-lo.

– Então por que ele está na sua festa? – A pergunta saiu antes que pudesse se controlar.

Ambos pararam em uma mesa que ficava em uma parte escura. Ali as coisas eram mais calmas e você podia ver a escada do outro lado onde o seu alvo estava rindo com outros caras. Loras ofereceu uma cadeira para que ela sentasse e sorriu.

– Tem um monte de gente que eu não conheço por aqui e outras que eu conheço, mas preferia nem ver. - O olhar de Loras se dirigiu a Joffrey ao lado de sua irmã. Foi algo breve que teria sido perdido se Alayne não fosse atenta. Mas sabe como é, a gente não pode ter tudo o que quer.

– É seu aniversario.

– Como se isso significasse alguma coisa. – Ele pegou um copo da bandeja de um garçom que passava. – Eu não conheço você senhorita, primeiro imaginei que estivesse acompanhada, mas o cara que te deixasse a mercê de Ramsay certamente seria um idiota e agora penso que você está aqui de penetra.

Seu rosto corou forte.

– Acho que acertei. Não se preocupe, não vou te expulsar nem nada, você parece ser legal e pode me ajudar a ficar escondido.

– Escondido? Na sua própria festa?

– E quem disse que eu queria isso? Meus pais insistiram e minha irmã acabou me convencendo. – Ele riu. – De qualquer maneira senhorita, você não me disse o seu nome.

– Alayne.

– Bonito nome.

Seu corpo relaxou um pouco. É Loras Tyrell, ele não faria nada com ela. Alayne sabia que seus gostos eram outros.

– Obrigada.

– Então Alayne, o que lhe trouxe a minha festa? As bebidas de graça, a musica ou algum rapaz em especial?

– Acho que foram as bebidas.

Respondeu, agora calma e segura de si.

– Foi à única coisa que pude escolher. Espero que esteja gostando do cardápio, me esforcei bastante. Oh Deuses, eles nos viram.

– Quem? – Ela olhou para trás e viu Margaery Tyrell acenando na direção deles enquanto descia as escadas ao lado de Joffrey.

– Minha irmã e meu cunhado.

Seu coração bateu forte enquanto observava a Tyrell e o Lannister se aproximar abrindo caminho até eles. Ele é bonito, seus cabelos dourados e seus olhos verdes pareciam brilhar junto com as luzes, seu sorriso convencido, no entanto, só lhe causava irritação. Essa é a expressão de alguém que tem tudo o que quer.

– Irmão. Finalmente o achei. – Margaery puxou Loras para um abraço e depois a olhou. – Quem é essa?

– Uma amiga.

– Amiga? – A voz de Joffrey soou desconfiada. O rapaz a olhou de cima a baixo a analisando friamente.

– Qual o seu nome querida? – Margaery perguntou.

– Alayne.

– Alayne. Que adorável. Por que nunca me apresentou ela Loras? – A garota lhe abraçou fortemente. – Que linda e esse seus olhos, eu mataria por olhos assim.

– Os seus são mais bonitos.

– E ainda é gentil.

Ela voltou-se ao irmão e então algo chamou a atenção dos dois que se viraram para falar com alguém. Joffrey continuava lhe encarando e assim que os Tyrell deram as costas o rapaz sorriu.

– Eu não me lembro de ter visto você.

– Sou nova na cidade. – Respondeu.

– É um prazer conhecê-la Alayne. – Ele pegou sua mão e depositou um rápido beijo. Ela se obrigou a sorrir. Ele vai querer um sorriso seu.

Colocou o mais doce dos sorrisos nos lábios e respondeu.

– O prazer é todo meu.

O brilho nos olhos dele denunciava o interesse.

Pronto. A semente estava plantada.