Aventuras Com Um Pegs
Capítulo Sete – A ilha de mistérios.
Logo após cairmos ficamos desacordados. Acredito que passou algumas horas, pois quando acordamos já era dia. E nós estávamos em uma casa.
- Oi vocês estão na minha casa, eu sou John. – falou um cara alto, com cabelos cacheados e olhos claros.
- Como viemos parar aqui? – Julie perguntou.
- Eu as encontrei na beira da praia, vocês estão na minha ilha.
- Ah... Obrigada. – falei.
Julie me sussurrou: “Onde está Charlie?”
- Não sei. – sussurrei de volta.
John nos levou até a cozinha. A casa era enorme, com janelas e portas brancas de madeira, a sala de janta tinha um lustre em cima da mesa. A cozinha tinha uma geladeira, fogão e a mesa com cadeiras de assento de veludo azul. Também muito grande.
- Querem algo?
- Comida, acho que só. Estamos fora de casa a mais de um dia.
- Ah sério? – perguntou – Ok.
Então um banquete foi servido por três empregados. Pão presunto e queijo acompanhado por um suco de laranja. Nós comemos muito, estávamos famintas.
Depois de comemos, John disse para nós dormimos. Fizemos o que ele pediu.
Acordei com Julie me chamando.
- O que houve? – perguntei.
- Rápido, vem. – disse.
Ela estava me puxando preocupada, quando me deparei com Charlie me olhando, e me veio na mente:
“Eu... Preciso de sua ajuda, só você pode me ajudar”.
- Mas como!? Charlie, o que aconteceu? – perguntei desesperada.
- Ele se machucou com a queda no mar. – disse John, alias, ele via Charlie?
- Mas... – eu estava confusa, não estava entendendo nada que estava acontecendo.
- Gih, escuta, Charlie está muito fraco, e John disse que pode nos ajudar. – Julie continuou. – e, bom, teremos que entrar em ação. Mas, eu não sei usar nem o Gosihe, nem o fio dourado, nem nada! John, ele sabe. Ele vai nos ajudar. – virou-se e perguntou para John – Não é John?
- Claro minha querida. Acho que tenho esses materiais aqui, sabe, sempre vem pessoas, querendo ajuda.
Ah claro, não estávamos com nenhum dos itens mágicos de Charlie, só com o Duth. Mas, com a queda no mar, perdemos tudo.
- Eu vou explicar para vocês. Como vocês perceberam, o Gosihe ele é parecido com um pano, vocês vão enrolar na pata de Charlie, e para completar amarre com o fio dourado. Dêem um pouco do Duth e deixem ele descansar. – explicou e entregou uma bolsa com os materiais.
- Ah, obrigada John.
Fizemos o que ele disse. John estava nos ajudando em tudo e Charlie reclamava de dor. Ele estava sofrendo, e eu estava sofrendo por ele.
“Ai, está doendo muito”. reclamava.
...
Tudo já tinha acabado, Charlie estava deitado na grama do quintal enorme da casa de John. Eu e Julie resolvemos dar um volta na ilha. Que era cheia de mistérios.
Chegamos a um ponto da ilha muito lindo. Árvores verdes sintonizadas com uma cachoeira caindo. Havia uma pedra um pouco rachada, mas isso não nos impediu em ficarmos lá, paradas observando o lugar. Julie me olhou e olhou de volta para a pedra. Continuou andando.
Estávamos um pouco cansadas, então decidimos voltar para a casa de John, e olhar um pouco Charlie.
Ele estava com uma expressão melhor, porém ainda estava deitado na grama, e John o observava.
- Ele melhorou um pouco – comentou – mas daqui para amanhã ele vai melhorar muito. O efeito do Duth está muito rápido.
- Obrigada John, você nos ajudou muito. – agradeci.
Ele apenas sorriu. Charlie deu um pequeno gemido. Eu e Julie fomos pegar água na cozinha.
- Eu não agüento mais isso. Não gosto de ver Charlie assim.
- Calma Gih, ele vai ficar bom, você não ouviu John não?
- Ouvi, mas isso me preocupa, e além do mais, não sabemos se estamos seguras aqui. E se esse John fazer alguma coisa com Charlie?
- Se ele quisesse fazer algo ele faria agora. Ou essas horas que saímos, mas Charlie só melhorou. – Julie disse – eu confio nele.
- Ok. Eu confio em você, quando você disse que não gostou de Sr. A., ele tentou nos matar.
- Claro. – ela sorriu. – pensei que não ia confiar.
- Mas eu confio em você, Julie. Sempre.
- Obrigada Gih.
Ela me abraçou e voltamos para o quintal. Charlie ainda descansava.
- Meninas, me ajudem aqui. Já está escurecendo e vou fechar as portas, pois entra mosquitos aqui. – John pediu.
Nós ajudamos ele, e colocamos Charlie deitado em um lençol no quarto de hóspedes no andar térreo. Hospedamo-nos. Em um lado do quarto tinha uma cama beliche de madeira escura e uma televisão, do outro, um ar-condicionado e um guarda-roupa pequeno.
- Acho que tenho algumas roupas. – disse John – esperava minha filha aqui, para ela ter o melhor quando me encontrar.
- Poxa, sua filha ia ser muito feliz aqui! – Julie falou deitando na cama.
- Isso mesmo, eu acho. Só que ela não veio, e nunca mais vi ela.
John nos olhou e seus olhos brilharam, ele ficou inquieto mudando os canais apressadamente. Julie ficou fitando a televisão, pegou o controle do ar-condicionado e ligou-o.
Fiquei parada, só observando Charlie. Seu pêlo tinha perdido um pouco a luminosidade, estava, antes de nós fazermos os curativos, com uma mancha de sangue. John continuava nos olhando.
- John, quer falar alguma coisa? – perguntei.
- Sim... Mas não sei como. – finalmente disse.
“Vocês ainda acordados?” Charlie disse. “Durmam, por favor, estou muito cansado, e com esse barulho eu não consigo descançar.”
- Desculpa Charlie – disse Julie. – Então, tinha que falar algo?
Outros longos minutos de silêncio. John nos fitou e mudou de assunto:
- Em que direção vocês foram quando saíram? Sabe, essa ilha as vezes pode ter perigos.
- Nós fomos ao leste. – Julie falou – paramos em uma cachoeira.
- Com uma pedra rachada? – Jhon perguntou.
- Sim... O que tem haver essa pedra?
- Não sei se posso falar meninas, descansem. Talvez amanhã eu fale.
- John, por favor, você vai nos deixar ansiosas. – eu disse. – por favor, conte agora.
“John amigo, conte amanhã, por favor, quero dormir.” disse Charlie.
O homem obedeceu a Charlie e saiu fechando a porta do quarto.
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