Pedro tem transtorno de ansiedade e depressão.

Todavia, entoar seus distúrbios é sua maior covardia. Ele simplesmente se contrai, tácito, e se entrega de ouvidos à desmotivação da debilidade. Sofre em silêncio pela paranoia da ansiedade, mesmo amparado pelos medicamentos que classificam como solução.

Ele, às vezes, espera ser asfixiado por tanto comprimido.

Se força a digerir todo o delírio a qual sua cabeça cede. Murcha como uma flor em degradação.

"Seus amigos devem estar se divertindo muito mais sem você mesmo."

Eventualmente, os transtornos resolvem sair de férias, mas Pedro nunca sabe por quanto tempo.

Apenas que, sim, voltarão.