Ao se ver livre do peso do atacante da Seishou, Suzuno sentiu o sangue voltando às suas pernas e mãos, formigando rudemente. Com dificuldade, levantou-se para olhar o semblante em chamas do seu colega de time. Um olhar de ódio..?

— Nagumo? - Suzuno tentou o reconhecer, nunca o tinha visto com aquela expressão antes antes. Balançou a cabeça tentando colocar os acontecimentos em ordem e logo percebeu que sua camisa estava jogada perto de si. Com um embrulho na barriga, pegou-a rapidamente e a vestiu.

Usagi foi rápido em se erguer, limpando o sangue que descia pela boca. Suzuno percebeu nos milésimos de um segundo que seus olhos se encontraram, que Usagi não o via como uma pessoa forte, muito menos o via como um ser humano. Lembrou-se da conversa com Midorikawa, da diferença entre a paixão e amor. Naquela hora não tinha entendido direito, mas agora percebia: paixão era aquele amor retorcido, desprovido de liberdade e de sentimentos de felicidade. O capitão da Seishou sentia paixão, atração e desejo por certas pessoas, e lhe era conveniente rebaixá-las e humilhá-las para alimentar o seu ego inflado.

Usagi soltou uma asquerosa risada.

— Olha quem resolveu aparecer na melhor hora, o capitão do time de fracotes. - Seu rosto irônico se converteu quase que imediatamente em uma expressão impaciente e irritada. - Vai se arrepender de me atrapalhar.

— Eu não te perdoaria se tivesse prosseguido mais com isso. - Nagumo apertou os punhos. - Não, eu não posso te perdoar pelo o que você fez...

Nagumo lembrou-se de quando terminara de falar com o Treinador Timo, depois disso, Suzuno tinha sumido. Procurou por ele até se deparar com um Midorikawa cabisbaixo, e quando fora falar com ele para perguntar sobre o paradeiro de Suzuno, o mesmo se encontrava agitado e desesperado. Tinha sido difícil acalmá-lo e fazê-lo contar o que tinha acontecido. Da mesma forma, fora difícil seguir os rastros até aquele lugar, e agora que finalmente o encontrara, tinha visto aquela cena, com Usagi quase beijando a força aquele que amava... Cerrou os dentes, culpando-se por quase chegar tarde demais.

— Desculpa pela demora, Suzuno - Nagumo virou o rosto para o menor que recuperava-se no chão. Sentia-se muito culpado, como se aquela situação tivesse acontecido por causa da sua ausência. Em seguida, usou seus olhos para perfurar os de Usagi, não deixaria mais que ele fizesse mal à pessoa que ele amava.

Usagi passou os olhos de Nagumo para Suzuno, voltando novamente para o atacante. Sua expressão variou para uma mistura de entendimento e ciúme.

— Isso não é justo... - Cerrou os dentes. - Não pode tê-lo só para você.

Usagi disparou na direção de Nagumo, mirando um soco no rosto do mesmo. Nagumo arregalou os olhos pela ação repentina antes de desviar por pouco do golpe. Usagi prontamente lançou outro soco, atingindo em cheio o estômago.

Nagumo gemeu e caiu de joelhos quando o golpe atingiu sua barriga. Deixou-se cair pela dor.

Suzuno assustou-se e tentou imediatamente se erguer para ajudá-lo, mas no chão, cansado. Sentia seu corpo pesar por tudo que acontecera naquele dia. Sabia que era o mesmo para Nagumo. Durante a partida, o avermelhado tinha aguentado os ataques constantes do time da Seishou, e aquilo o tinha sobrecarregado. Os dois se encontravam exaustos e com pouca energia.

Usagi, pelo contrário, não tinha usado toda sua energia durante a partida. Tão logo Nagumo caiu, e Usagi preparou-se para dar-lhe novamente um soco na lateral do rosto.

O prateado arregalou os olhos, indignado pela covardia do atacante, e novamente tentou se levantar. Mas ao apoiar sua perna direita no chão, a ação fez seu joelho dar uma pontada aguda de dor. Um hematoma roxo ainda se encontrava naquele local, piorado pela pressão proposital de Usagi sobre ela. Consternado, o prateado voltou a sentar no chão, segurando fortemente o joelho. Queria fazer alguma coisa para ajudar Nagumo, mas nada que pensava parecia ser possível. Aflito, seus olhos azuis procuraram pelos amarelos de Nagumo, ao encontrá-los,percebeu que as orbes do atacante estavam em chamas, como se fossem queimar qualquer um que aparecesse em sua frente.

Mas aqueles olhos duraram pouco. Nagumo, enquanto se esforçava para se pôr de pé para dar uma lição naquele cara, de algum jeito sua visão se fixou em um prateado preocupado a lhe encarar. Imediatamente abrandou o fogo em seus olhos. Nunca antes tinha visto aquela expressão vindo daquela pessoa, aqueles olhos azuis se encontravam com medo, pressionados por causa daquela imensa carga emocional. Nossa, mesmo assim, era tão lindo, como amava aquele garoto. A última coisa que queria era feri-lo ainda mais. Já tinha ficado quase uma semana sem falar com o prateado, não sabia que isso o tinha machucado tanto emocionalmente. Agora novamente, lá estava ele levando uma surra na frente daquele ser adorável. Não podia deixar aquilo assim.

Nagumo lançou um olhar terno para Suzuno, que sentiu-se acalentado por aquele calor aconchegante que saiu deles. O avermelhado se pôs de pé antes de vir o próximo golpe do atacante da Seishou. Entretanto, Usagi bufou antes de voltar a lançar socos consecutivos no outro atacante.

— É inútil - Usagi disse, sarcástico. - Eu sou mais forte, não pode me vencer. - Completou antes de novamente derrubar Nagumo. E era verdade, o que não faltava no capitão da Seishou eram músculos duros e monstruosos, sequer Haruya conseguia revidar.

— Não quero mais ver isso. - Suzuno sussurrou, tão baixo que ninguém ouviu. Nagumo tentava ser confiante, mas naquele momento estava tão fraco como ele. Logo percebeu que Usagi pretendia avançar sobre Nagumo de novo, apesar dele já estar no chão. Não, aquilo não suportaria.

Fuusuke pôs-se de pé e dessa vez se impediu de cair. Lentamente andou em direção aos dois. A dor no seu joelho era insuportável, mas forçou-se a continuar. Viu Usagi começar a dar pontapés no corpo de Nagumo.

Nagumo segurou o pé alheio quando esse veio novamente para lhe acertar, puxou-o para o lado, fazendo Usagi cair no chão.

— Droga. - Usagi rosnou.

— Eu tenho cara de saco de pancada para você? - Nagumo vociferou, irritado.

Usagi logo recuperou-se e veio por cima de Nagumo, colocando sua perna em cima da barriga do outro. Nagumo bufou, sem conseguir escapar, e logo arregalou os olhos ao ver o capitão da Seishou se preparar para outro dos seus estrondosos socos.

Aquele era o fim, se recebesse outro daqueles, não levantaria mais. Seu rosto, suas pernas, seu estômago, todos doíam e tremiam pelos golpes anteriores e pela partida de outrora, não aguentaria outro soco daquele monstro. O avermelhado tentou empurrá-lo com a energia que lhe restava, mas era inútil, logo percebeu ser tarde demais, o soco já estava vindo.

Usagi riu, vitorioso.

Aproximando-se sério e decidido, Suzuno apertou o punho direito, concentrando sua energia de gelo em volta dele, antes de socar Usagi que caiu com metade da cara congelada no chão.

Nagumo piscou os olhos, surpreso e tentando entender o que tinha acontecido.

— Você está bem? - Suzuno perguntou com uma voz leve e falha, enquanto praticamente caia de joelhos ao lado do avermelhado, preocupado. Seus dedos pálidos e gelados deslizaram pelo rosto cheio de ferimentos daquele que amava.

Nagumo arrepiou-se com o frio daqueles dedos, mas encantou-se com aquele gesto, acenou com a cabeça e sorriu para o prateado. Tentou falar alguma coisa, mas acabou tossindo e um filete de sangue escorreu da sua boca, percorrendo o caminho do pescoço até o chão.

— Nagumo... - Suzuno assustou-se e tentou levantar o colega, para que esse ficasse na posição sentada.

— Está... Tudo bem. Não se preocupe. - Nagumo ergueu sua mão até aquela face alva e preocupada por sua causa. Novamente se perguntou como ele podia ser tão lindo, frio e doce ao mesmo tempo.

Suzuno, por hábito, recuou um pouco com aquele toque, mas logo permitiu que o calor daqueles dedos esquentassem seu rosto. Sim, estava constrangido e envergonhado com isso, suas bochechas já deveriam estar esquentando por conta própria, entretanto, desde que fosse Nagumo a lhe tocar, não se importava mais.

— Por favor, não se machuque mais por minha causa... Eu posso me proteger sozinho, e proteger você também. - Suzuno disse para ele. Querendo ou não, o albino se sentia subestimado quando protegido daquela forma. Ou talvez isso fosse só um aspecto do seu orgulho... Não era forte a ponte de lutar, mas também não era fraco.

Nagumo surpreendeu-se com aquelas palavras. Sempre soube que Fuusuke era forte, mas algo o fazia sentir vontade de protegê-lo. Sem saber o que falar, apenas sorriu e acenou com a cabeça.

— Nagumo Haruya - o prateado chamou, fazendo com que seus olhos se fixassem, Suzuno lutou para não desviar o olhar. - Eu amo você.

Os olhos de Nagumo se entreabriram surpresos ao ouvir aquelas palavras vindas do prateado. Palavras que pensara que nunca ouviria, e que passaria a vida toda pensando nelas. Aquilo era verdade? Ele tinha mesmo as dito? Espera, será que ele entendia o significado delas? Eram tantas perguntas, mas seu corpo queimava de felicidade.

Suzuno encarou o outro, esperando que esse dissesse alguma coisa, mas como ele não disse nada, ficou ainda mais constrangido. Nagumo apenas o olhava com uma cara estranha de bobo, o que aquilo queria dizer? Temeu o pior.

Um remexer distante atraiu a atenção dos dois garotos que se encaravam como estátuas. Os dois viraram juntos os rostos para observar Usagi se levantar com uma mão envolvendo a bochecha esbranquiçada, mostrando que deveria estar dormente, se não congelada.

O capitão da Seishou os olhou com ódio e ciúmes, mostrou em seus movimentos que tinha intenção de atacá-los novamente.

— Eu vou acabar com você! - Disse ao olhar para Nagumo, em seguida, focou sua visão no garoto de mechas brancas. - E você... - Seu tom de voz exalava fúria. - Vou penetrar você e da próxima vez vou ser mais direto, como fiz com aquele garoto de cabelos verdes.

Nagumo que ouvia com raiva e enojado, estreitou as sobrancelhas. Midorikawa não tinha falado que Usagi tinha feito alguma coisa com ele. Estava com mais raiva do que nunca, agora, tinha certeza, não iria perdoá-lo. Iria fazê-lo se arrepender por tentar manchar a dignidade e avançar no livre arbítrio de seus colegas.

Suzuno foi mais rápido e levantou a mão contra Usagi quando ele resolveu dar um passo na direção dos dois. Protegeria eles, sim, não permitiria que aquela pessoa má fizesse mal ao Nagumo e ao Midorikawa, e nem a qualquer um dos seus colegas novamente. Novamente concentrou seu ar gelado em volta de sua mão. Era como sua técnica de futebol, em um segundo de inspiração pensou que se podia chutar uma bola com um poder incrível de gelo, podia reunir a mesma energia em sua mão, era simples.

Usagi parou de se mover ao se ver ameaçado por aquele que era sua presa. Ele, era ele de novo. Agora que percebia, era aquele pequeno garoto que estava atrapalhando todos os seus planos até agora. Por causa dele, havia perdido a partida contra aquele time fracote, tinha tido sua brincadeira com o garoto de cabelos verdes atrapalhada e também, tinha perdido sua chance de acabar com Nagumo. Seu desejo de pôr a mão nele outra vez e fazê-lo se render perante ele o consumiu. Usagi deu mais um passo adiante, mas logo recuou, percebendo que o poder que o outro emitia era forte demais, sentia como se fosse congelar se chegasse mais perto.

Usagi sentiu uma vibração cortante lhe atingir e recuou ainda mais ao ver aqueles olhos frios e perfurantes do garoto de cabelos brancos. Olhos que diziam que ia atirar se avançasse mais.

Usagi não era imprudente, tinha visto a capacidade daquele garoto durante a partida, era assustadora, e a mesma técnica ameaçava lhe atingir agora. Usagi sentia o rosto dormente pelo soco de outrora, e ele, junto com seu corpo, esfriava ainda mais pelo poder que vinha daquele albino. Entendeu, ele era perigoso e não estava blefando. Cerrou os dentes antes de dar a volta e sumir entre as ruelas.

Suzuno esperou o som dos passos cessarem antes de abaixar a mão e fazer o poder externado se esvair. Suspirou, agora sim estava completamente esgotado, sua energia se fora totalmente. Estava exausto.

— Estou congelando. - Nagumo murmurou.

Suzuno e encarou desconcertado.

— Desculpa. - Falou baixinho

Nagumo sorriu, divertido, fazendo Suzuno exibir um olhar confuso.

— Não tem o que se desculpar. - Com dificuldade, Nagumo aproximou-se do prateado e tocou em sua face suave. - Eu também te amo.

Nagumo foi em direção aos lábios macios de Suzuno, colocando ali um beijo calmo. Suzuno chocou-se com a falta de distância entre eles, seu primeiro pensamento foi se afastar, mas não conseguiu se mover, logo cedeu ao beijo suave e caloroso. Naquele momento, o avermelhado transferiu o resto da sua energia para Suzuno, pois sentia que ele estava fraco, e aproveitou para aprofundar mais o beijo. Estava nas nuvens, sentindo pela primeira vez o sabor doce daquela boca. Suzuno sentia-se estranhamente acolhido, acalentado por aquela pessoa, queria estar com ele para sempre.

Nagumo afastou-se um pouco, pensando se havia exagerado com aquela ação, talvez tivesse se precipitado. No entanto, tudo o que recebeu com um olhar meigo e desorientado, com bochechas rosadas que o deixavam ainda mais lindo.

Suzuno olhou para o lado, desconcertado. Um pouco da sua força havia voltado, sabia que vinha de Nagumo. Sentia-se feliz, claro, mas suas bocas haviam se tocado por um tempo considerável e isso era, no mínimo, inesperado.

— Eu não devia ter feito isso não é? - Nagumo perguntou enquanto esfregava seus cabelos avermelhados.

Suzuno balançou a cabeça, negando. Evitou olhar diretamente para Haruya ao dizer suas próximas palavras.

— Não, tudo bem. Eu... Também estava com frio, e... Bem, isso me aqueceu.

Por um momento, Nagumo encarou o garoto prateado que continuou de cabeça baixa. Sem pedir permissão segurou as mãos alheias para conferir se continuavam frias; e sim, estavam muito geladas. Tão logo, envolveu o corpo do colega entre seu braços e trouxe-o ao encontro de seu peito, tratando se aquece-lo ainda mais. Nossa, aquela ruela estava congelante, Suzuno era mesmo tão incrível quanto assustador quando estava sério. Nagumo sorriu, honrado. Naquele momento, envolvido em seu abraço, ele era o seu Suzuno doce e gentil de sempre.

Ficaram naquela posição por muitos minutos, ambos tentando recuperar suas forças perdidas naquele dia desafiador. Era impossível não sentir certa aura de missão cumprida, pois as vezes certas coisas acontecem exatamente como devem ser. Nunca teriam caminhado para aquela situação se não fosse por todos as provas com as quais tiveram o desprazer de enfrentar. Era como se os céus estivessem tentando ver se eles realmente tinham o mérito de ser felizes juntos. E estavam ali agora, sozinhos, juntos, sem capacidade de dar um passo sem sentir vontade de cair ao chão. Mas, naquele segundo, não pediriam mais nada além da companhia um do outro. Palavras não eram necessárias, apenas sentir o aroma do outro, a respiração, os batimentos, era o suficiente.

Aquela posição era tão aconchegante que era difícil sair, como quando se acorda bem cedo e não se quer levantar, ou como quando se toma um banho quentinho no inverno, e sair de debaixo daquela água se torna uma tarefa árdua com a qual você teima a sair.

Em dado momento, não sabe-se quando, os dois se separaram. Estava escurecendo, no céu, o sol já havia sumido e algumas nuvens distantes refletiam um brilho forte e laranja. Mesmo assim, a maior parte do céu já estava em um tom azul escuro, alertando a escuridão iminente.

— Precisamos voltar. - Suzuno disse, quebrando o silêncio que tinha permanecido naquele local por um bom tempo.

Nagumo afirmou com a cabeça.

— Eles devem estar preocupados. Preciso ligar para eles para dizer que estamos bem. - Nagumo disse. Para os colegas de time, eles deviam ser dois garotos desaparecidos naquele momento. Isso se já não tivessem conversado com Midorikawa, mas não achava que o esverdeado fosse contar para eles o que tinha acontecido. Haruya meteu a mão em seu bolso e pegou seu celular, o mesmo se encontrava quebrado, fazendo o avermelhado suspirar. - O jeito é voltarmos logo mesmo.

— Sim. - Suzuno concordou antes de segurar um bocejo que quase escapou.

Nagumo percebeu e sorriu.

— É melhor irmos logo para podermos descansar, o caminho vai ser longo até Inazuma.

Suzuno corou.

— Isso se eles já não partiram sem a gente. - Desconversou.

— Otimista como sempre. - Haruya comentou rindo e Suzuno arqueou as sobrancelhas.

— Sou realista. - Retrucou, apesar de saber que só queria mudar o assunto de estar cansado e com sono. Era um defeito seu: não queria que os outros o vissem fraco ou vulnerável.

— Se quiser, eu te levo nas costas. - Nagumo propôs.

— Não, você está cansado também.

Haruya insistiu e Fuusuke recusou até os dois decidirem ir andando antes que mais tempo passasse. Se esforçaram para levantar e caminham, um apoiando-se no outro, até o local onde estariam seus colegas de time.

O céu já estava pintado de negro quando chegaram até o ônibus.

...

Midorikawa sobressaltou-se quando viu duas formas se aproximando e quando reconheceu-os e suspirou aliviado.

Os outros jogadores correram imediatamente até eles e se puseram a fazer perguntas do estado em que os dois se encontravam. Nagumo driblou todas, sem entrar em muitos detalhes. Depois de pedir para levarem Suzuno até o ônibus, para ele descansar, explicou aos seus colegas em como Usagi, o capitão da Seishou, quis revanche pela partida de hoje e tiveram que jogar futebol contra ele até que o mesmo desistisse de enfrentá-los. Aquilo não era, de todo, mentira.

Após satisfeitos da história incrível de Nagumo, os jogadores foram entrando e se ajeitando nos assentos do ônibus que já estava consertado. Midorikawa entrou com ajuda de um dos atacantes e quando passou por Nagumo, lançou-lhe um olhar desacreditado.

O esverdeado sabia que não poderiam ter tido um partida de futebol, já que tinha vistos todos antes dos mesmo correrem em direção às ruas, e nenhum levara uma bola. Midorikawa também sabia que não era revanche o que Usagi queria. Nagumo sabia que em outra hora o garoto curioso de cabelos verdes viria conversar consigo para saber a verdade daquela história.

O avermelhado sentou-se cansado no assento ao lado de Suzuno, que ressonava suavemente. Quando o ônibus começou sua jornada de volta à cidade de Inazuma, Haruya também se deixou cair em um sono profundo.