Aurora

Capítulo 14


POV Renesmee

O reflexo no espelho não me mostrava absolutamente nada, eu não me sentia grávida. Levantei um pouco a camiseta roxa que vestia, acariciando sutilmente meu ventre, não era possível que um bebê estivesse se desenvolvendo dentro de mim nesse instante. Agora eu compreendia o que minha mãe falava ao dizer que me amou desde o instante em que soube que eu estava dentro dela.

Todos queriam vir, todos queriam testemunhar que havia mesmo mais um Cullen a caminho. Infelizmente, não era possível que todos estivessem aqui ao mesmo tempo, principalmente pelo fato que ainda estavam ensinando Renée a se comportar conforme sua nova realidade. Carlisle, Rosalie e Emmett me acompanharam até Nova York, com a minha nova condição não era seguro ficar tão perto de Stefan e Vladimir. Em Nova Iorque, meus pais já estavam esperando por mim, enquanto Alice, Jasper e Esme permaneceriam na ilha com Renée.

Chegamos ao hotel por volta das 19h, tudo perfeitamente programado por Alice para que não tivéssemos imprevistos. Meus pais chegaram na noite anterior. Foi reservado para nossa família todo o último andar, tudo para que tivéssemos toda a privacidade possível em um ambiente com tanta movimentação humana.

- O quarto da senhorita Renesmee é o 520. – ela me entregou a chave. – Senhorita Hale e senhor Cullen, estão no quarto ao lado..

Ela continuou a falar e eu não dei mais importância, tudo o que eu queria era rever meus pais após meses longe deles. Minha ansiedade por vê-los era muita, mas não tanto a ponto de não perceber que a recepcionista estava se demorando de propósito só para admirar jais um pouco os músculos expostos do meu tio/padrinho. E ele cheio de si, fazia questão de evidenciar eles ainda mais pois também tinha percebido o interesse da mulher. Rosalie me olha por um instante e rola os olhos, ela achava engraçado toda aquela situação só porque sabia que Emmett nunca seria capaz de desejar outra se não ela. Venhamos e convenhamos que Rosalie Hale é a vampira mais linda desse planeta, Emmett tem sorte de ter ela como companheira.

Só que Rosalie Hale também gostava de brincar da mesma forma que o marido, ela passou os olhos pela recepção e logo avistou seu alvo: um grupo de jovens empresários, ou talvez advogados não da pra saber ao certo, mas estavam muito bem vestidos em ternos caríssimos.

- Observe e aprenda querida. – ela disse baixinho, subindo um pouco o vestido que usava até a metade do das coxas, deu uma ajustada no decote e soltou seus fios loiro s que estavam presos em um coque no alto da cabeça, Emmett que assina um papel na recepção, olhou de soslaio, ele conhecia bem a mulher pra saber que era só um revide, ela também jamais faria qualquer coisa com homem nenhum fora ele. – Vamos na frente.- ela seguiu com a chave do quarto na mão, rebolando os quadris sensualmente enquanto andava eu tive que me segurar pra não explodir em uma alta gargalhada com aquela cena, hmm...bizarra descreve, já que era extremamente forçada.

- Estou bem atrás de você. – lhe respondi.

Paramos em frente as portas do elevador, ela apertou o botão e lançou um olhar breve para o grupo de homens que perceberam que ela os tinha visto ali.

- Olá, precisa de ajuda com a bagagem? – o mais atrevido se aproximou, todos os outros admiravam mas estavam sem coragem de se aproximar como o homem negro. Ele devia ter uns 1.80m de altura, alto, forte e muito bonito para os padrões humanos e aquele terno o deixava ainda mais lindo. Infelizmente, o cheiro amadeirado que vinha de sua pele era do mesmo perfume que eu fiz Emmett jogar fora pois não suportava o cheiro, aparentemente meu bebê não gostava de fragrâncias tão fortes assim, meu estômago revirou e esvaziei o conteúdo todo na lixeira próxima.

- Você está bem, docinho? – Rosalie segurava meus cabelos para trás impedindo que grudassem na minha face.

- Estou melhor agora. – respondi, alguém me passava um lenço e eu prontamente aceitei e me mantive o mais longe possível daquele homem. – Desculpe, foi o seu perfume. – refleti olhando ele que me encarava apreensivo.

- Melhor agora, Nessie ? – eu assenti. Emmett colocava um fim na brincadeira de Rosalie quando passou o braço de forma possessiva na loira e encarou o homem a sua frente, o estranho cujo nome não tinha sido dito atendeu aos comandos silenciosos do corpo que gritavam “perigo, fuja!” e saiu dali rápido sem nem olhar para Rosalie novamente.

- Sim, era o perfume dele. Me lembrem que destruir todo e qualquer frasco que você tem guardado. – disse olhando para Emmett, que entendeu a situação.

Assim que a porta do quarto foi aberta braços fortes e gélidos me agarraram, o abraço que deveria ser com força agora era delicado, eles tinham medo de machucar meu bebê nesse ato. Eu passei meus braços em torno deles, ficamos assim por alguns instantes presos dentro desse abraço triplo. Não sabia que sentia tanto a falta deles até estar na presença deles novamente.

Mamãe colocou suas duas mãos em meu rosto, me observando atentamente. Eu poderia jurar que ela estaria lendo a minha mente se possível, por outro lado Edward já rastreava cada centímetro do meu cérebro, se deleitando com minhas lembranças e reprovando outras.

- Fique fora da minha mente, papai, não vai gostar do conteúdo dela. – murmurei.

- Tarde demais pra isso. – lamentou. – Como você pode ser tão descuidada? – questionou.

- Edward! – repreendeu minha mãe.

- Como se eu tivesse sido o bebê mais programado de todos.- revidei

- Não sabíamos que era possível sua mãe engravidar - ele devolve o revide.

- Também não sabia que seria possível engravidar dele, nunca achei que poderia engravidar.

- Já chega vocês dois, até porque ambos tem razão. – minha mãe pois fim na discussão. Deveria ser mais prudente, mas também não tinha como você adivinhar.

- Ah, mas o lobão sabia sim disso. Acho até que foi proposital, viu?! – Emmett provocou um pouco. – Ele estava louco pra arrancar a Monstrinha dos braços do outro lá

- Em, não! – ergui um dedo e o movimentei de forma negativa.

Passei alguns dias ali com eles, eles me deixaram a par de tudo o que estava acontecendo, como o fato do grupo anti-híbridos estar aumentando entre os vampiros. Mas, não era algo com o qual eu tinha que me preocupar no momento, verdade seja dita eu tive sorte em nascer na família na qual nasci, ninguém mais ousaria tocar em mim após meu pai e minha mãe acabarem com os últimos que tentaram.

De acordo com eles, membros desse tal grupo ou clã, conseguiram encontrar meu rastro enquanto estávamos na Inglaterra, o único que sobrou serviu para espalhar que em Renesmee Cullen ninguém encostava. Eu sempre me perguntei como Bella tinha conseguido evoluir o escudo mental para o físico, eles sempre desconversavam mas agora era diferente, não havia mais motivos para manter segredo.

Tudo o que me preocupava agora era o fututo do bebê, o que aconteceria se descobrissem o quão único ele ou ela era.

Embora eu não tivesse tanta certeza, havia um consenso entre meus familiares que a visão de Alice estava certa e que a criança que ela viu era o meu bebê, então já meio que havia muitas sugestões de nomes para o mesmo. Gael, Lucien, Thomas, Liam, Aydan, Dylan, Hayden, Owen, Elijah, Nathan e o meu preferido até o momento, Anthony. Mas, agora que eu havia retirado da lista todos os nomes mencionados que também eram nomes de ex-namorados humanos, eu poderia deixar que Jacob escolhesse um entre esses nomes. Levando em consideração que as visões de Alice com relação ao meu futuro são bem confusas, e sabendo que essa visão possa ter mostrado qualquer criança da aldeia resolvi também fazer uma pequena lista de nomes femininos : Emma, Giulia, Sarah, Alessandra, Sophia, Hannah, Amber , Miranda, Wendy... Era uma lista bem mais extensa de nomes do que a lista de nomes masculinos.

Eu sabia, melhor dizendo eu podia imaginar o que me esperava na volta a Forks. Jacob certamente já está me aguardando para que vá morar com ele, e isso é algo que não pretendo fazer por enquanto. Não consigo me ver morando com Jacob, Billy, Rebecca e Raabe. E claro, Rachel, Paul e os gêmeos também tinham que ser considerados nessa equação já que estão ali todos os dias.

- Posso saber no que tanto pensa? – mamãe perguntou, sentando-se ao meu lado da cama. Embora todos os quartos nesse andar tenham sido reservados, eles nem entraram nos outros quartos. Ela então começa a massagear meus pés por cima das meias para que eu não sentisse ainda mais frio do que já estava sentindo.

- Jacob, ele vai querer que eu vá morar com ele.

- Ah, com certeza ele vai sim. – respondeu divertindo-se- Não se preocupe, os Black não são tão chatos como parecem. E pelo que me falou sobre essa Raabe, ela será de muita ajuda pra você e pro bebê.

- Eu não quero ir morar com ele mãe, quer dizer...Já tem o bebê e todas as mudanças que isso acarreta, não sei se é boa ideia.

- Então vá morar na nossa antiga casa. – sugeriu meu pai ao ler a essência dos meus pensamentos. – De qualquer forma, a casa de Billy é pequena demais pra todos vocês. E Charlie, bem...é conservador demais para permitir que o Black se mude pra casa dele sem estarem casados.