Athena

Capítulo II - Perfeitos estranhos


Anteriormente em Athena:

— Tudo bem,eu perdoo você. - Ela sorri verdadeiramente. - Amigos? - Ela perguntou.

— Amigos! - Eu respondi sorrindo de volta.

— Nos vemos amanhã. - Ela diz e eu saio do carro.

— Sim,nos vemos amanhã . –Confirmei e ela acenou para mim.

Demorei alguns minutos parado ali na calçada quando percebi que ela já havia partido e entrei em casa.

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Eric

Eu estava em frente a minha casa já arrumado para o colégio,quando o carro de Jeanine estacionou em frente ao calçada. Eu abria a porta e pude notar Athena já sentada dentro do carro. Ela lia um livro e sorrio para o mesmo. Entrei no carro e Athena levou um pequeno susto,mas logo sorriu para mim e eu fiz o mesmo. Fechei a porta e o motorista deu partida no carro.

Ficar perto de Athena me deixava desconcertado. Ela tinha catorze anos e eu quinze,ia fazer dezesseis este ano. Ela era tão bonita e tão diferente da maioria das eruditas. Eu estava encarando minhas mãos quando Athena faz algo que me surpreende. Ela beijou minha bochecha.

— Oi Eric! - Disse animada. - Pronto, para mais um dia de aprendizado? - Pergunta sorrindo.

— Oi Athena! - Digo e olho para sua bochecha. – Estou sempre pronto! –Respondi.

Athena revirou os olhos.

— Eu não mordo Eric! -Ela disse rindo. - Pode beijar minha bochecha! -Disse e se virou de perfil para eu poder beijar sua bochecha e assim fiz.

—Doeu? - Indagou debochada.

— Não Teninha! - Digo rindo.

— Teninha? - Athena franze o cenho.

— È um apelido para você. –Expliquei.

— Então eu vou te chamar de Erudito Rebelde. –Disse Athena rindo

Agora, eu revirei os olhos.

O carro parou e nos recolhemos nossas coisas e saímos.

— Eu estava pensando Eric ,que tal fazermos algo diferente? - Ela me pergunta.

— Tipo o que? - Pergunto curioso.

—Você é o quebrador de regras e não eu! - Disse Athena rindo. - O que sugere? - Perguntou me olhando com seus olhos pidões.

Eu tentei desviar o olhar,mas o olhar dela era parecia o de um cachorrinho que caiu na mudança. Revirei os olhos.

— Está bem! - Digo me dando por vencido. – Posso te levar para o meu lugar especial! - Sugiro e dou de ombros.

— Então,vamos! -Disse me puxando pela mão.

Athena

Eu e Eric fomos até uma parte da cidade que estava abandonada. Entramos no quintal de um casarão velho. Lá tinha uma cabana velha. Eric me levou lá dentro e eu vi que tinha alguns equipamentos de treinos. Sacos de areia e tatame improvisado.

— O que é tudo isso? - Pergunto curiosa

— Eu treino escondido para quando eu entrar na audácia. - Ele me revelou.

—Você quer seu da audácia? - Pergunto um tanto surpresa.

— Sim,eu sinto que a erudição não é muito meu lugar. – Confessou Eric.

Você estava olhando para mim como se quisesse ficar

Quando eu te vi ontem

Eu não estou desperdiçando seu tempo

Eu não estou jogando nenhum jogo

Eu vejo você

— Eu entendo! - Digo sorrindo.

Eric e eu saímos de dentro da Cabana e sentamos no pequeno morrinho do quintal do casarão. Resolvo incomodar Eric. Pulo em suas costas,o pegando de surpresa. Por reflexo ele me segura.

— È fracote demais para me carregar? - Provoquei rindo.

— Pode apostar que não! - Disse entrando na brincadeira.

Eric me carregou por todo o jardim e começou a correr.

— Eric para! - Pedi rindo. – Eu vou cair. – Digo e solto um gritinho.

— Eu nunca vou deixar você cair! - Garantiu.

Quem saberá guardar um segredo amanhã?

Nós realmente não precisamos saber

Porque você está aqui comigo, agora

Eu não quero que você vá

Você está aqui comigo agora

Eu não quero que você vá

Eric me pôs no chão e eu dei um tapa no seu braço. Era incrível! Eu gostava tanto de Eric e nós mal nos conhecíamos. Tudo o que eu sabia era seu nome, onde morava e que minha tia era sua mentora. Mas,dizem que quando duas pessoas estão destinadas a se encontrarem,elas iriam poder sentir isso e eu sinto cada vez mais que e estava destinada a conhecer Eric.

Talvez sejamos perfeitos estranhos

Talvez não seja para sempre

Talvez a mente nos mudará

Talvez nós vamos ficar juntos

Essa é uma das razões de eu ter certeza que não pertenço a essa facção. Os eruditas acreditavam que para tudo a uma explicação e que coincidências não exitem.Eu por outro lado acredito em destino e que se você gosta de alguém não a motivos para ter explicações.

— Athena! - Berrou Eric me assustando. – Eu estou falando com você. – Disse em tom de voz mais baixo.

— Desculpa! - Digo corando. – Eu estava perdida em meus pensamentos. - Digo sorrindo de lado.

— Eu disse que poderíamos nos conhecer melhor. - Ele repetiu.

—Acho uma boa ideia! - Digo animada.

— Meus pais são ocupados demais e quase não me dão atenção. Eles dizem que apesar de ser inteligente,sou uma decepção para eles por viver arrumando problemas. – Disse Eric.

— Para mim você não é decepcionante! - Eu digo segurando suas mãos.

— Isso é por que você ainda não conviveu por tempo suficiente comigo. – Retrucou Eric.

— Olha eu não me importo com o que os outro digam sobre você. - Falo sorrindo. - Você é meu amigo agora e eu tenho certeza que você não irá me decepcionar eric. - Garanto á ele.

— Você não pode ter tanta certeza disso. – Resmungou.

— Tem razão e eu não tenho. - Digo dando de ombros. - Mas, estou pondo minhas expectativas em você. - Digo alisando as costa de sua mão que ainda estava entrelaçada a minha.

Talvez nós vamos a pé

Talvez a gente vai perceber

Nós somos apenas humanos

Talvez nós não precisamos de nenhuma razão

Por que?

Venha, venha, venha aqui

Talvez nós não precisamos de nenhuma razão

Por que?

Venha, venha, venha aqui

— Bem,meus pais morreram quando eu tinha nove anos. Minha mãe era carinhosa comigo e meu pai também só que um pouco mais distante. Desde,então passei a viver com a minha tia e tutora Jeanine. Apesar,dela ser frio como um cubo de gelo,eu acredito que ela deva gostar um pouco de mim. - Digo e solto um suspiro triste.

Eu sempre fico triste quando falo de meus pais para alguém. Eric deve ter percebido isso. Pois,sua mão repousou em meu ombro.

—Eu sinto muito! - Falou sincero.

— Tudo bem! - Digo sorrindo fraco. – São águas passadas! - Digo dando de ombros.

— Eu estou aqui agora. - Disse Eric. - Se precisar de um ombro amigo.

— Obrigada! - Agradeci. - Acho melhor voltarmos. - Digo me erguendo do chão.

— Tem razão! - Disse Eric.

Voltamos para a escola,mas quando chegamos era tarde demais. Minha tia estava no esperando na porta com uma cara de pouco amigos. Ela nos apontou o carro e nós entramos sem questionar.

O caminho para casa foi seguido de muitos sermões sobre as regras e a importância do saber e eu ignorei todos. Não era justo depois daqueles momentos maravilhosos com Eric,minha tia estragar tudo. Paramos em frente a casa de Eric e o mesmo saiu e acenou para mim e eu retribui o aceno.

Eu e minha tia não trocamos nenhuma palavra.Chegamos,em casa e eu abri a porta do carro com raiva e marchei para dentro de casa. Subi as escadas que davam para o quarto e me tranquei lá dentro. Poucos minutos depois minha tia bate na porta.

— Athena abra está porta! - Disse minha tia séria.

— Não! - Gritei em resposta.

—Ande logo Athena, não tenho tempo para as suas pirraças. – Disse Jeanine fria.

— Eu não vou abrir! -Retruquei.

Ouvi os passos da minha tia descendo as escadas e suspirei de alívio. È tudo culpa minha! Eu que tive a ideia estúpida de matar aula e fugir da escola e agora Eric havia levado a culpa. Como eu sou idiota!

A porta se abre me pegando de surpresa e minha tia entra. Esqueci da chave mestra que minha tia tinha.

— Eu pensei que colasse Eric perto de uma pessoa jovem e correta como você,ele talvez aprendesse alguma coisa. – Começou a dizer minha tia. – Mas agora tudo que eu vejo é sobrinha virando uma rebelde sem causa , como Eric. – Disse Jeanine . - Estou tão decepcionada. –Ela diz fria.

A fito desanimada.

— Não foi o Eric! Eu tive a ideia de fugir! - Digo aos gritos. - Quantas vezes vou ter que repetir isso para você acreditar? - Pergunto nervosa.

— Modere o tem de voz comigo,que eu não criei uma baderneira! - Ralhou minha tia. – Não tente proteger Eric. - Ela disse. - A parti de hoje os dois não vão mas se falar! -Decretou.

— Mas... - Tentei dizer.

—Não tem mas! - Negou friamente. – Você dois não vão mas se falar! - Disse minha tia e saiu do quarto.

Sinto muito tia,mas dessa vez não vou obedecer. Ela não pode me proibir de ser amiga de Eric!