Atashi To Tenshi To Akuma
Capítulo 31
Pera, pera, pera! O que é isso produção??! Por acaso isso tem cara de programa do Sérgio Mallandro? Esperei alguém falar: “RÁÁ”, mas como todos permaneceram em silêncio, tive que abrir a boca.
- E-Ela é sua irmã?
- Infelizmente... – Respondeu Taus, revirando os olhos.
- Não dá pra escolher a família que tem, né? – Tentei consolá-la.
- Sim, por exemplo você. O que a Lorene fez de tão errado?
- Eii!!! Sou um irmão maravilhoso!!
- Que tipo de irmão quase beija a irmã, se veste de enfermeira na frente dela e quase joga um demônio pra cima dela? – Dan entrou na conversa, irritado.
- Poxa... Eu não sabia. Fazer o quê?
- Rapidinho, ENFERMEIRA??? – Taus ficou perplexa.
- Exato. – Confirmou Dan, seco. – Ele roubou a roupa de Sarah e ficou aterrorizando alunos por aí.
- Aterrorizando, não, por favor. Eu estava mais é seduzindo.
- Posso imaginar. – Devaneou Taus, fazendo uma careta.
- Ei! Vocês não estão perdendo o foco? – Reclamou Sin.
- Ah, você ainda está aqui? – Dissemos em uníssono.
- Ninguém te quer, sua piranhuda. – Falei como se fosse uma grande lástima.
- Diz o que se que vestiu de enfermeira. – Ela bufou. – Agora sinto pena da albininha maldita.
- Não fale assim da Lorene!! – Dan reclamou.
- Ah, primo, falando nisso a Lô ouviu a conversa de vocês e saiu daqui deprimida.
- E você só fala agora, Taus??
- É que tiveram VÁRIAS coisas que me fizeram esquecer. E depois a culpa é minha?
- Claro que é!
- Então vai atrás dela agora, garanhão.
- Espera um pouco!! – Sin reclamou. – Se ele for atrás dela ela morre!
- Morre porcaria nenhuma. – Taus abanou as mãos. – Os pais dela são os donos dessa academia, notariam se você tentasse fazer algo contra ela.
- Eu acho. – A ruiva acrescentou.
- Então isso foi pra nada? – Dan parecia isolado. Que divertido!! O bom é que provavelmente minha irmãzinha não iria querer mais nada com ele. Nem precisei fazer nada. Me sinto um irmão completo.
- Isso!! Agora vai atr- Apertei Taus contra meu peito para calar-lhe a boca.
- Vai atrás dos meus pais pra tirarem essa idiota da escola. – Completei. A ruiva debateu-se, mas segurei-a firmemente.
- Melhor mesmo. – Dan pegou o braço de Sin e foi arrastando-a até a secretaria.
Quando eles estavam longe o suficiente soltei Taus, obviamente enfurecida.
- Qual o seu problema?? – Reclamou.
- Não quero perder minha irmãzinha... – Falei num muxoxo.
- Grandes coisas!! Um dia ela vai ficar com alguém! Por que não o Dan?
- Não confio nele.
- O QUÊ??? Depois de todas as coisas que passaram juntos, ele consertando as suas merdas, ELE que não é de confiança? – Ela começou a me passar um sermão. Pensei como ela era fofa de qualquer jeito, até irritadinha e afastei a ideia da minha mente.
- Mas mesmo assim não gosto da ideia. – Puxei as bochechas de Taus pra irritá-la.
- Você é um ciumento, isso sim. – Ela puxou minha orelhas até eu soltar suas bochechas.
- Quando foi que eu neguei?
Taus suspirou e se virou de costas.
- Pelo menos alguém tem que falar com a Lô, vamos lá, purpurina tarada...
--x--
- Ah, acho que assoei o nariz na sua blusa... - Me desculpei esfregando minha cara.
- Assoe o quanto quiser. - Carlos riu. - Você tem permissão pra tudo nesse momento.
- Carlos...
- Hmm?
- Por que você está me ajudando assim?
- Porque você me salvou da torta da Mitsra, oras. - Gargalhou, me levando junto.
- Não, sério.
- Você é a irmãzinha de Lion. Na verdade foi por isso que me aproximei de você.
- Ah... Então é isso... - Desanimei um pouco.
- Olha só, uma parcela da culpa foi sua, ou você acha que caras simplesmente deixam garotas assoarem o nariz na blusa só por causa de um amigo? - Pegou duas partes do meu cabelo e amarrou em baixo de meu nariz.
- BIGODEE!!! - Exclamou feliz.
- Mustaches por favor, né? - Fiz (tentei) fazer uma cara de Lady.
Ele apoiou o cotovelo no joelho e a mão no rosto, exibindo os dentes brancos.
- Parece que você está melhor. Que tal lavar o rosto e ir comer antes que acabe o intervalo?
Assenti com a cabeça. Ele se levantou e estendeu a mão pra mim.
Lavei o rosto e fui pra cafeteria. De algum modo mágico, a comida que eu tinha separado estava intacta, comi rapidamente, ouvindo, em tempo, o sinal tocando.
Devaneei a aula inteira, pensando em tudo que acontecera e me esforçando para não chorar. Carlos, percebendo de vez em quando, me batia com seu lápis e sorria. Realmente me acalmava, mas também me dava tristeza e nostalgia. O sorriso de Dan...
--x--
- Não, não podemos expulsar ela. - Lamentou o Diretor Chrow. - Mas ela não pode mover UM dedinho sequer nas imediações da Liberty Academy.
- Nome horrendo. - Comentou Sin, mal-humorada. Ahh!! Que vontade de enforcar a criatura! Ela não só me enganou como me fez ficar longe da Lorene, como eu me explico?
- Fui eu que inventei o nome. - Mitsra sorriu inocentemente, mas sua aura era completamente oposta. - Quer um pedaço de torta?
- Ah, você devia provar, Sin. A torta da Mitsra é ótima. - Aproveitei a deixa, porém a morena me olhou desconfiada.
- Não, obrigada. Se Dan sugeriu isso deve ser é um veneno.
- Magoei... - A bonequinha se encolheu no seu canto enquanto outras bonecas consolavam-a. Não sei como me acostumei com isso.
- Enfim, acho que a partir de hoje essa é uma escola mista. - Declarou o Diretor. - Três meninas é demais pra encobrir.
- Então só expulse a Sin!!
- Não posso, Dan. Ela tem uma carta de recomendação de uma prestigiosa escola, não posso recusar.
- Tenho certeza que ela deve ter dizimado metade da escola pra conseguir essa carta.
- Exato. - Sin declarou para mim baixinho.
- VIU?? VIU??!! EU DISSE!! - Apontei para ela.
- Ahh, não seja criança, Dannyzinho.
- Posso te ajudar em uma coisa depois da declaração dela. - Falou Chrow. - Posso tirar ela da classe de elite e evitar que os dois estudem juntos.
- Para mim parece ótimo. - Senti um grande alívio.
- Como você ousa separar um grande amor? - Perguntou minha prima furiosa.
- Só estou separando uma stalker da vítima, sou do bem. Dispensados.
--x--
A classe estava sendo dispensada mais cedo, por ordem de fileiras, como eu era a primeira da primeira, senti uma sensação de vitória quando abri a porta pra liberdade.
Estaquei.
- O quê você está olhando? - Reclamou a morena de olhos lilázes. - Somos colegas a partir de agora. Prazer.
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