Leiam as notas iniciais é MUITO IMPORTANTE POR FAVOR, VOCÊS VÃO GOSTAR DA NOVIDADE.

Cavery’s POV
Névoa cobria meu navio de proa à popa, e nada podia impedir esta viagem, mesmo esta que se acercava de tudo que via.
Capitão Cavery Aaron, o sanguinário, filho de Angélica, uma mãe que prefiro não comentar sua inutilidade de tão gigantesca.
Atrás do leme de madeira de cerejeira, guiava vagarosamente meus navios em direção à próxima ilha que Marx, meu fiel pirata de longa data, grande conhecedor de coisas inúteis como ler mapas, bússolas e coisas afins, apontou no mapa – não que eu o aprecie por saber todas essas coisas, porque eu acho perda total de tempo aprender essas coisas se você pode raptar uma pessoa para fazer esse trabalho.
Estava meio desconfiado do plano dele, mas já que este me prometera muitas batalhas a travar, concordei só de pensar no sangue derramado pelas minhas mãos no futuro.
– TERRA À VISTA! – Gritaram do ponto mais alto do meu navio, o “Névoa das Trevas”.
– RELATÓRIO, SEU INÚTEIS IMPRESTÁVEIS! – Gritei em espera do mais óbvio que eu queria naquela hora.
Temeroso como sempre, Marx veio em minha direção. Ergui uma sobrancelha e o esperei falar.
– Ilha pequena, porém com muitos habitantes. Sem nenhum sinal de aliança com os dragões. Aparentemente, eles têm poucas defesas por não ter nenhum sinal delas, ou ao menos um observatório para ver se os inimigos – e contando conosco nessa. – Ele parou de falar e corrigiu a postura de antes.
Uma sorriso amedrontador saiu de meus lábios grossos e cortados pelo frio.
– Vamos ser discretos. Não quero que os cordeirinhos nos vejam... Quero que eles se desesperem quando arrombarmos as casas, matarmos cada homem, estuprarmos cada mulher, escravizarmos cada criança e depois mata-las todas impiedosamente. – Ri um pouco com a ideia.
Já tinha feito isso com todas as ilhas que ataquei e conquistei, então nada me comovia, mas sempre que o falava, Marx ficava um pouco incomodado.
– Algum problema, verme desprezível? – Perguntei, mesmo não querendo realmente saber sua resposta.
– N-n-não acha que, ao invés de fazermos tudo isso com esses povos, irmos até Berk direto? Não é necessário fazer isso. – Ele hesitou, mas falou de uma vez.
Minha visão, que antes estava direcionava o horizonte e a silhueta da ilha das próximas vítimas, agora o fitava. Ele se desestabilizar por um segundo, mas voltou à posição inicial.
Marx estava há muitos anos comigo e os cães sarnentos, mas eu sou tão grande e poderoso que ele nunca deixou de me temer.
– Você não entende, Marx? Eu quero que a Capitã Hofferson lute com todas as suas forças, quero ver o medo em seu rosto pela primeira vez, quero que ela sofra por ter assumido o legado de minha mãe! Eu sou o herdeiro LEGÍTIMO da outra que nem ouso mais mencionar o nome. Talvez traga desgraças a nós. – Voltei-me para a ilha, que se aproximava cada vez mais. – Eu não consigo suportar o fato de ela ser mais temida do que eu, de ser a Capitã mais amedrontadora dos sete mares, eu a odeio. Eu quero estragar a vida dela pelas bordas e mal espera pelo “Gran Finale” que hei de dar a ela como um extra da minha vingança. – Ri mais um pouco.
– E qual seria este, senhor capitão? – Ele estava quase recuando com suas palavras. Não, ele de fato o fazia naquele momento.
– A garota perdeu os pais quando criança e Angélica. Não tem família se não a tripulação. Vou fazê-la assistir todos sendo torturados lentamente até implorarem a morte, sendo esta um alívio comparada a dor da minha ira. Ela implorará pedindo para que eu lhe tire a vida e, depois de matar todos os que ela ama, irei abandona-la em um lugar isolado do resto do mundo, mas lhe darei uma adaga para que, quando estiver no auge da sua insanidade, ela tire a própria vida.
Marx concordou com a cabeça sem me mostrar sua face e voltou ao que estava fazendo, seja lá o que seja. Ele nunca participava dos ataques por não saber manejar nada que seja ofensivo, então, ele ficava escondido no canto dele no navio.
Autora’s POV
Ele era um ninfomaníaco, e Marx sabia que sua vingança contra a Capitã Hofferson teria algo assim no meio.
Este garoto de cabelos pretos meio longos, magro, porém com uma barriga invejável, branquelo e de altura mediana não gostava de lutar.
Era forte, mas escondia. Sabia lutar, mas ocultava. Escondia os músculos por baixo de suas roupas espessas e nunca demonstrava interesse por guerra.
Também era um admirador de longa data de Capitã Hofferson, desde que Angélica a havia conhecido, pois ainda fazia parte de sua tripulação, mas depois de alguns meses da chegada de Astrid, ele foi raptado pelo seu filho cruel.
Sabia que não podia deixar isso acontecer, mas se tentasse fugir mais uma vez – mesmo sendo mais forte, inteligente e conhecedor de manobras de luta que todos ali – iriam mata-lo, pois ganham em número.
Estava decidido que não iria deixar sua paixão sofrer tudo aquilo, ele começou a tramar um plano para evitar o outro plano, enquanto a ilha que haviam alcançado a esta altura, estava em chamas e saiam gritos de desespero por todos os lados desta: ou das mulheres sendo estupradas, ou das crianças sendo maltratadas ou dos homens morrendo.
Nunca gostou disso, mas toda vez que reagiu, acabou não saindo nada como o que planejava, então era melhor esperar o tempo certo de atacar, e foi isso que ele estava planejando.