Bocas abertas até o chão, olhos esbugalhados, cabelos em pé! Os três Assassinos olhavam sem acreditar naquilo.

O cavaleiro que acabara de derrotar a poderosa bruxa simplesmente encolheu e virou um...

– Tampinha!!! – Exclama Mérida apontando incrédula para o que via.

– Calma gente deve ser uma alucinação! – Diz Zie tentando acalmar seus companheiros.

– Você acha? – Pergunta Luiz.

– Só pode! Quando um cavaleiro daquele porte ia ser uma... Uma...

– Criança! – Responde uma voz fina abaixo deles.

Os três se calam olham pra baixo e veem o menino acenando pra eles.

– E ai tudo bem? Prazer sou Oliver Lafariel. – Termina sua apresentação esticando a mão para eles que ficam sem reação.

– O que ele tá fazendo? – Pergunta Méri.

– Tá esticando a mão. – Responde Luiz.

– Mas para qual objetivo? – Se pergunta Zie.

– Para cumprimenta-los seu bando de babacas!!! – Grita Esmeralda mais a frente.

Os três olham para a cigana que enrugava o rosto de raiva e depois olharam o menino que sorria todo bobo. Vestia um pequeno sobretudo rasgado de cor marrom, usava uma bermuda de cor bege que lhe cobria quase as pernas todas, nos pés calçava chinelos simples e puderam reparar que ambas as mãos estavam enfaixadas, mas o que mais chamava a atenção nele era a pequena espada que carregava na costas. Tinha um cabo dourado, com um rubi na ponta do cabo, em seu punho havia o brasão de uma fera em cor vermelha. A arma estava embainhada em uma bainha toda negra e laqueada, que também tinha detalhes em dourados que lembrava a asas de dragão, repararam também que a fivela da bainha cobria perfeitamente suas costas o protegendo e ainda facilitando seu saque. Era como se a espada tivesse sido feita sobre medida para ele.

– Ei, vocês vão me deixar no vazio? – Pergunta o menino ainda com a mão para o alto.

– Ah? Desculpa! – Exclama Zie se abaixando e apertando a mão do menino. – Agradeço... De verdade por ter vindo, você realmente nos salvou.

– O prazer foi todo meu! Como eu disse, faz parte de ser um Herói da Justiça! – Diz sua frase de efeito com ênfase, deixando Zie sem ação.

– Certo... Herói da justiça?

– É isso ai!!! Surpreendi vocês né?

– E COMO!!! – Responde uma cigana abraçando o menino por trás dando um beijo em sua bochecha. – Tinha que ser um dos meus fofos mesmo pra fazer isso?

– Mas é claro! – Responde o garoto com ênfase e de nariz empinado.

– Olha a conversa tá muito boa, mas... Acho que precisamos de respostas não acham? – Diz Mérida chamando a atenção de todos.

– Que tipo de resposta? – Pergunta Zie se levantando.

– Do tipo... – Aponta para Esme. – Como a Esmeralda conhece esse menino, quem é ele e o mais importante... – Abre as mãos e diz: – Como uma criança virou aquela coisa ultrapoderosa e derrotou uma inimiga que nem nos quatro juntos conseguimos?

Mérida era o tipo de garota que falava o que vinha na mente e isso às vezes era sinal de muita besteira e a garota falava muitas! Porém agora ela tinha razão, apesar de Olive tê-los salvo a vida, sabiam pouco sobre ele e mais ainda sobre seu poder.

– E então é...

– Oliver! – Responde o menino de braços cruzados ainda com Esmeralda o abraçando por trás.

– Oliver, ok! Você pode nos responder... Quem ou o que é você? – Pergunta a ruiva em pausas fazendo o menino levantar uma sobrancelha e responde entediado:

– Eu já disse! Sou um Herói da Justiça! Precisa de mais informação do que isso?

– OBVIO!!! – Brada Mérida perdendo a paciência. – E para de se chamar de “Herói da Justiça” isso já tá me irritando!

– Méri! – Exclama Zie.

– Ah! Qualê Zie, vai dizer que você não tá nem um pouquinho curiosa sobre quem é esse menino?

– Sim, mas...

– Mas nada! Estamos lidando com algo que não conhecemos você devia pelo menos se preocupar, não acha?

– Mas ele nos salvou! – Grita Zie cortando a amiga. – Se não fosse por ele, nós não estaríamos aqui agora, acho que devemos dar a ele pelo menos um voto de confiança, não concordam? – Pergunta a Assassina aos outros.

Luiz que estava quieto ouvido as duas discutindo resolve interromper.

– Que saber... To cansado de ouvir as vozes de vocês.

As meninas se calam na hora ao ouvirem a resposta do Assassino e sem paciência Luiz avança ficando a frente do menino se ajoelha para ficar na mesma altura dele e pergunta na lata:

– Pirralho, vamos direto ao ponto, quem mandou você e por quê?

O solhos cor de rubi do menino se iluminam e ele exclama:

– Poxa até que em fim, uma pergunta diferente e plausível!

– Ele disse que minhas perguntas não eram plausíveis? – Pergunta Mérida para Zie que faz um sinal de silêncio enfrente a boca.

– Tá, sem enrolação! Quem é você? – Pergunta Luiz serio.

Oliver sorri, remove os braços de Esme que lhe envolviam e responde:

– Sou um simples garoto desta cidade que vendia jornais pela rua.

Todos se silenciam, piscam os olhos esperando o garoto falar mais alguma coisa.

– E? – Pergunta Méri.

– E o quê é só isso! – Responde com um sorriso e um cara de sonso deixando todos com caras de bobos e uma certa ruiva louca da vida.

– Alguém me segura que eu vou quebrar esse moleque!!!

– Mérida se acalma! – Brada Rapunzel que segurava à amiga que bufava.

– Nem morta!!! Esse pinto de rodapé vai me pagar!!!

– Nossa ela é tão estressada.

Tal comentário do garoto faz a garota ficar ainda mais nervosa.

– Oliverzinho para com isso, eu sei que é divertido zoar com ela, até eu faço isso às vezes.

– O tempo todo você quer dizer né?!

– Tá admito! Eu zoou muito a Méri, mas a verdade e o que queremos saber é como você conseguiu vencer a Gothel? – Pergunta Esmeralda com carinho. – Quando te conheci você era um simples garotinho e isso foi há algumas horas atrás, mas agora... – A jovem se cala. – Você parece até outra pessoa! O que ouve com você nesse tempo...

Esmerada sente um pequeno dedo lhe cobri os lábios.

– Eu sei que vocês devem ter muitas perguntas para fazer... Mas infelizmente eu não posso dar todas as informações que querem.

– Não pode ou não quer? – Pergunta Mérida se soltando dos braços de Zie.

– Se fosse escolher um motivo... Eu escolheria ambos. – Responde o menino abaixando a cabeça. – Só saibam... Que estou do lado de vocês, se não eu teria vindo isso não basta?

Essa ultima resposta do menino fez todos se calarem. Ele estava certo... Mas alguns segundos antes e Esmeralda teria sido esmagada, Mérida estrangulada e Luiz despedaçado.

– Você tem razão. – Diz Zie. – Se não fosse por você todos nós não estaríamos mais aqui, você foi um herói mesmo... Oliver.

O pequeno cavaleiro muda seu semblante ao olhar para a jovem loira, ela sorria, mas ao mesmo tempo derramava lagrimas. Olhou bem para o rosto da menina e viu os hematomas e pode de imediato perceber que o corpo dela devia estar nas mesmas condições.

Agora entendo porque a Anna me pediu pra correr... Se eu tivesse-me atraso só mais um pouco... – Diz em pensamento encanto aperta forte seus punhos. – Mas eu consegui chegar e pude fazer a diferença! – E olhou para o céu estrelado e viu que as mesma cintilavam. – Obrigado pessoal.

É... Tampinha!

– Hum? – Oliver acorda de seus pensamentos ao ouvir aquela irritante palavra.

– Olha você disse que agente tinha sido convidados para uma reunião importante? – Pergunta Luiz um pouco impaciente.

Quando ouviu isso menino da um tapa na própria testa.

– Caraca, é mesmo!!! Eles já devem estar nos esperando, venham rápido! – Exclama o menino já correndo.

– Ou, ou ou, perai? Pra onde você vai?! – Pergunta Mérida.

O garoto para mais continua correndo no mesmo lugar, vira o rosto e responde.

– Para dentro do mosteiro onde o mestre se encontra oras!

– Mestre? – Pergunta Zie.

– Tá falando do Frei Thomas fofinho?

O pequeno se vira ainda correndo no mesmo lugar e responde:

– Ele vai tá lá também, mas quem vai presidir é outro mestre, um muito legal por sinal, foi ele quem me ensinou um monte de coisas, vamos lá!!! – E sem esperar abre a porta do mosteiro e entra sem esperar os outros deixando os quatro com gotas na cabeça.

– Ele é afobadinho, né? – Exclama Zie sorrindo.

– MUITO!!! Espera ai pirralho eu vou junto!!! – Exclama Mérida já correndo atrás do menino.

– Eu também vou.

– Luiz. – Exclama Zie surpresa.

– Eu me lembrei quem é ele.

– Você lembrou? – Pergunta Rapunzel surpresa.

– Sim. – Se vira para a menina loira. – Ele e a família dele estavam sendo atacados por soldados hoje há tarde. – Se vira dando as costas para ela. – Eu cheguei e o vi em ação e quando o vi lutando... Não consegui me mexer.

Ao ouvir o relato do Assassino, a mente de Zie viaja para algumas horas atrás quando elas estavam com Luiz na praça central.

Seis horas antes...

O Sol brilhava forte em Valência, todos caminhavam fazendo seus afazeres do dia-a-dia, porém três jovens e belas garotas estavam encostadas em um beco conversando enquanto olhavam a multidão passar.

– Agente vai ter que fazer isso mesmo? – Pergunta uma ruiva com as bochechas infladas.

– Vamos sim. – Responde à loira. – Mas isso acaba hoje, mas tarde agente vai revelar nossos disfarces e acabar com essa farsa.

– Até ai tudo bem, o problema vai ser como ele vai reagir. – Comenta Esmeralda.

– Pois é! Eu não sei e na boa nem quero saber como ele vai reagir quando descobrir que foi enganado... Uma... Duas... Três vezes! – Exclama a Mérida levantando cada dedo enquanto contava. – Acho que até eu surtaria.

Após o ultimo comentário da ruiva as três se calam.

– Eu não queria ter que fazer isso.

– Nenhuma de nós Esme, mas é pelo bem da Irmandade. – Responde Rapunzel. – A Scarlet quer ser eleita a nova líder da Irmandade aqui em Valência e nós como suas servas devemos ajudá-la e investigar quem pode ser tornar um possível concorrente ao posto.

– Corrigi isso ai! Servas não... Aliadas!!! – Responde Méri com ênfase.

– Que seja, vocês acham realmente que o Luiz, poderia ser um empecilho para ela, sejam francas? – Pergunta Esme, na mesma hora as duas cruzam os braços, pensam e respondem ao mesmo tempo.

– De jeito nenhum!!!

– Tá vendo! Até vocês acham isso e então porque continuar com essa farsa mesquinha?

– Porque Esme... – Começa Zie. – O Luiz atualmente esta no comendo da Irmandade, foi de improviso, já que ele era o mais velho Assassino aqui da cidade e era muito próximo ao mestre Gerik... – Faz uma pausa. – Ele não é um líder nato isso é obvio, mas ele é carismático, e pode influenciar a ideia dos outros e a Scarlet é prevenida, por isso nos mandou! Ela sabe desse jeito boêmio dele...

– E que bebe pra caramba! – Completa Mérida.

– Se falar que é muito, muito, mais muito mulherengo mesmo! – Exclama Zie agitando as mãos para dar ênfase.

– Será que é só isso mesmo, eu tenho minha duvidas? – Pergunta Esme cruzando os braços.

– Ah quer saber eu gostaria de estar fazendo outras coisas e espionando gente mais importante! – Exclama a Assassina ruiva que bate as mãos como se tivesse lembrando-se de algo. – Caramba! É mesmo com isso tudo esqueci de contar!

– O quê? – Pergunta Zie.

– Por favor, não diga que é sobre comida.

– Vai à merda Esme! – Responde Méri levantando o dedo do meio para a cigana que da língua provocando a ruiva.

– Meninas, por favor, sem briga, continua Méri.

– Posso? – Pergunta olhando para suas amigas, que acenam com a cabeça. – Então hoje de manha fui com minha mãe até o porto receber meu pai que tinha voltado da uma viagem de negócios do oriente médio.

– Oriente médio? – Exclama Esmeralda.

– Mas isso é muito longe, o que seu pai foi fazer lá?

A ruiva coloca as mãos sobre os quadris e responde.

– Meninas, por favor, vocês sabem que meu pai já foi um Assassino e que eu herdei... Sem ele saber é claro o manto esqueceram?

A cigana e a loira se entreolham.

– Méri... Não acha que devia contar sobre isso pra ele... Só pra ele. – Diz Zie.

– Pois é vai que ele resolver procurar as antigas roupas e descobre que a filinha perfeita roubou seu manto e equipamentos... Porra Mérida mais atenção né!

A jovem ruiva serra os dentes e responde.

– Eu faço o que eu quiser o que eu bem entender, ouviram?! Lamento pelo meu pai não ter tido o filho varão que ele queria, mas fazer o que... Eu assumo bem esse dever.

– Mas você tem três irmãozinhos fofos. – Responde Zie de maneira meiga.

– Não sabe nem contar.

– Vocês vão me deixar contar a novidade ou não?! E sobre meus três “irmãozinhos fofos”, tão mais é pra pestinhas!!! Deixa, eles pegarem seus lindos cabelos Zie meu amor, pra você ver se ainda vai chamar eles de fofo.

Ao ouvir isso Zie agarra seus cabelos e os acaricia e quase chorando diz:

– Ai, não quero nem pensar.

– Que beleza, pode continuar, por favor?

– Agora mesmo! – Mérida pigarreia e continua. – Então como eu estava dizendo, minha mãe e eu fomos receber meu pai que havia chegado de viagem...

Porto de Valencia ontem...

– Ai, mal posso esperar para ver seu pai, já faz três meses que ele foi para o mar. – Exclama a mãe de Mérida, senhora Elionor Dan Broch. Era uma das mais altas e conceituadas damas da corte Espanhola, havia se mudado com seu marido Lorde Fergus da Escócia para expandir os negócios da família.

– Eu também estou com saudades do papai, mamãe. Alias... Sabe por que ele foi pra tão longe? – Pergunta uma Mérida de maneira educada.

– Aff, sabe filha, vai saber o que se passa na cabeça de seu pai. – Responde Elionor um pouco cansada.

– Mais nem uma pistazinha do que ele foi fazer?

Nessa hora a mãe da jovem ergue uma sobrancelha e pergunta.

– Minha querida porque tanta questão em saber sobre o que seu pai foi fazer?

A jovem pensa rápido e responde.

– Bom! Eu estou estudando sobre as estruturas geológicas e comercias de varias regiões, por isso me interessei sobre o assunto.

A jovem sorri e fecha os olhos torcendo para que seu plano desse certo e por incrível que pareça dá.

– Muito bem minha querida! É sempre bom sabermos sobre outras regiões e culturas, parabéns pelo seu empenho.

– Obrigada mamãe eu sempre me esforço e...

– PARA TUDO!!! – Brada Esmeralda cortando Mérida em seu relato.

– O que foi? – Pergunta à ruiva.

– Como você consegue ser tão falsa... Na frente da sua mãe?!

– Olha tenho que admitir Méri, até eu fiquei surpresa.

A resposta foi um sorrisinho sarcástico.

– Eu sou uma ótima atriz e tenho uma cara de pau que não racha nunca! – E sorri fazendo seus cabelos esvoaçarem.

Suas amigas ficam mudas, piscam e...

– Tua é uma cretina mesmo, sabia?

A resposta da ruiva foi um sorriso de orelha a orelha.

– Sou mesmo! Hi, hi, hi.

– Tá bom Méri pode continuar, até eu fiquei curiosa. – Pede Zie segurando o riso enquanto Esmeralda balançava a cabeça incrédula.

– Ok, continuando.

– Olha mãe é o barco do papai!!!

– É sim!!!

De dentro da carruagem as duas olhavam o navio da família “O Trevo”, uma caravela de três mastros, cor verde, com velas de cor branca, a frente do barco estava uma quina para quebrar gelo e até afundar navios inimigos.

– Nossa que saudades de ver ele.

– Quem? Seu pai ou o navio filha? – Pergunta sua mãe sorrindo.

– OS DOIS!!! – Exclama a jovem toda eufórica. – Espero que um dia o papai me leve pra velejar também um dia...

– O que disse querida?

– Nada! Olha lá mãe é ele!!! – A jovem muda de assunto rápido e aponta para fora ao ver a figura grande, redonda, forte, barbuda e de uma perna só que era seu pai!

– É ele sim! Cocheiro pode parar! – Brada Elionor que na mesma hora abre a porta, segura a barra do vestido e desse da carruagem e caminhava a passos rápidos em direção a seu marido. A cena arrancou um sorriso de sua filha. Só mesmo seu pai para fazer sua mãe esquecer por alguns instantes as regras de etiqueta e seguir seu coração... Ela desejava muito que sua mãe fosse assim todo o tempo.

Seguiu sua mãe, mas foi caminhando foi ai que ela o viu...

Desceu logo atrás de seu pai, vestia um manto azulado com detalhes em branco, era maior do que ela e aparentava ser mais forte. Viu o cumprimentar seu pai com um aperto de mão e depois com um abraço, para logo depois se retirar, passou ao lado de sua mãe que nem o viu, já ele estava andando a sua frente. Não precisou usar sua visão nem nada, só sua Aura já era intimidadora, quando passou ao seu lado nem olhou para ela estava de cabeça baixa e seu gorro escondia suas feições, mas não tinha duvida ele era...

– Assassino...

– Mérida! Aqui!

– Ah! Já vou! – Responde a jovem que apressa o passo e abraça seu pai enquanto o estranho sumia na multidão.

De volta ao beco...

– Despois disso perguntei ao meu pai aonde ele tinha ido, ele enrolou um pouco, mas consegui arrancar dele que ele tinha ido até alguns lugares na Síria. E vocês sabem o que esta lá na Síria, não sabem?

Suas duas amigas ouviam atentamente a historia quando ligam os pontos.

– Perai... Síria o único lugar da nossa ordem lá é... – Comenta Esmeralda.

– Masyaf!!! – Brada Zie.

– Exato! Então minhas amigas, temos um Irmão que veio nada mais, nada menos que do berço da nossa irmandade! O lar de Altair Ibn-La´Ahad, nosso mentor e primeiro líder da nossa Irmandade, incrível né!

As bocas de Rapunzel e Esmeralda iam quase até o chão com tal revelação.

– Espera ai? Quer dizer que temos um Assassino que veio do berço da irmandade aqui em Valência? – Pergunta Rapunzel sem acreditar no que ouviu.

– Sim! – Responde Mérida eufórica.

– E ao invés de investigarmos sobre esse “dito cujo”, nós vamos espionar o Luiz... De novo?

– Pois é Esme também sinto sua dor! – Responde Mérida.

– Não digam isso meninas! Nós temos uma missão que é...

– “Averiguar e nos certificarmos de cada Assassino da cidade”. Já sabemos Zie, mas poxa pense só... Temos alguém que treinou com os mestres da irmandade, esse sim seria alguém importante de averiguar, não acham?

Rapunzel ouviu o comentário da amiga e matou na hora o que ela pretendia.

– Você não esta pensando em deixar agente aqui e ir atrás desse Assassino, esta, Méri?

A jovem ruiva balança os dedos e responde.

– E se eu estiver?

– MÉRI!!!

– Ah! Zie fala serio! Você não ficou nem um pouquinho curiosa pra saber quem é ele?

– Fiquei mas... – Zie não podia negar, também gostou da ideia, mas como foram ordens de Scarlet ela achava melhor não desobedecer.

– Eu tive uma ideia! – Exclama Esme. – Vamos tirar zerinho ou um, quem perder fica aqui e lambe o saco do Luiz as outras duas vão atrás do novato de Masyaf, o que acham?

– O QUÊ?! – Brad Zie. – Pelo amor de Deus Esme, essa ideia foi...

– Genial!!!

– MÉRIDA!!!

– Alias acho que nem precisa né, Zie? Você fica com o Luiz e nós vamos certo Esme?!

– Ótima ideia! Tchauzinho Zie até mais. – Diz Esmeralda já saindo fora com Mérida deixando a jovem loira perplexa.

– Vocês... Não podem... Vão me deixara aqui sozinha?! – Começa a choramingar. – E eu pensando que você era minha amigas? – E cai de joelho cobrindo o rosto.

As duas jovens nem se viram e ouvem um barulho muito familiar.

– Porra ela tá chorando não tá? – Pergunta Mérida.

– Está! – Responde Esmeralda.

As duas não se mexem.

– E agora? O que agente faz? – Pergunta Mérida temendo a resposta da amiga.

– Ai, ai... Era só o que me faltava. – E se vira voltando até Zie. – Mas você é uma chorona mesmo, heim anjo?

Rapunzel ergue o rosto, mostrando os olhos cheios de lágrimas.

– Vocês são más sabia?

Depois dessa e do biquinho que sua amiga fez, Esmeralda não aguentou e riu.

– Você é uma princesinha mesmo heim?! – E coloca a mão na cabeça da loira e bagunça seus cabelos. – Claro que agente não ia te deixar né Mérida... Mérida?

A cigana olha em volta e quando sente uma poeira cair sobre seu ombro, olha para cima e vê uma ruiva tentando fugir e quando percebe que foi descoberta, olha para elas com olhar culpado e responde.

– Ops!

– DESSE JÁ AQUI!!!

– Tá bom. – E pula caindo certinho perto das amigas. – Não precisava ter gritado maluca!

Em resposta Esme mostra a língua para a ruiva arrancando um sorriso de Zie por ver suas amigas juntas e perto dela... Porque a próxima parte foi dura muito dura.

– Mio amores!!! Achei vocês!!!

Um calafrio passa pelas espinhas das três.

– Ai... É ele.

– Pois é hora do show. – Responde Esme estalando os dedos.

– Lembre sem! Sorrisos altos, puro carinho e atenção.

– Agente já sabe disso Zie não se preocupa, se bem que agente podia aproveitar e nocautear ele o que acha?

Pela primeira vez Zie ponderou no assunto.

– Ta ai uma ideia a se pensar, se tivermos uma chance...

– Eu aplico o golpe! – Responde Esmeralda na mesma hora.

– Perfeito todas prontas.

– Sim!

– Então vamos!

Ambas se viram jogando os cabelos para o lado e começam sua atuação. Pareciam outras pessoas, sorriam por qualquer besteira que Luiz falava e até simulavam discussões por ele, porém isso tudo foi interrompido por três tijolos não identificados que acertaram seu “namorado” e por fim elas virem o tal Assassino que elas estavam falando.

Como estavam disfarçadas tiveram que evitar a todo o custo a surpresa.

Tinham que manter a descrição e aproveitar e ver se ele tinha alguma habilidade que surpreendesse.

Elas teriam essa resposta logo depois, quando acompanhadas por Luiz foram com o Assassino até a praça central aonde ele tinha um encontro com um amigo e mais surpresas ficaram quando ele disse que era uma criança. E novamente supressas ficaram quando ele escalou um prédio em questão de segundos, para localizar o amigo.

Depois disso Luiz se separou delas indo atrás do Assassino de Masyaf.

– Muito bem meninas se queríamos uma chance de ver esse Assassino em pratica essa é a hora! – Diz Zie e ambas suas amigas balançam a cabeça em confirmação e discretamente saem da rua movimentada, e escalam uma construção indo para os telhados e correndo por eles logo em seguida.

De volta ao tempo atual...

Tudo isso era lembrado por Zie, cada detalhe, cada momento até elas chegarem e verem a luta do Assassino e dele salvar uma família e depois de um menino se aproximar e o abraçar.

– Esse menino? – Gaguejava a jovem.

– Isso mesmo Zie. – Responde Esmeralda colocando a mão em seu ombro. – Ele é o mesmo menino que o Assassino de Masyaf o salvou. O mesmo menino que nós nem mechemos um musculo para ajudar nós salvou... Que irônico não é?

Um silencio tomou conta do coração de Rapunzel com aquelas palavras e ao olhar para frente viu que Luiz já não estava mais lá e toma uma decisão.

– Vamos Esme.

– Para onde? – Pergunta Esmeralda já sabendo a resposta.

– Eu quero falar com esse menino e com o nosso irmão que está lá dentro.

– Para?

Zie abaixa a cabeça e responde:

– Agradecer e pedir desculpas para ambos... Para Oliver e...

– Serge!

– Hum?

– O nome dele é Serge, Zie. Serge Strider!

– Serge... – A jovem Assassina se cala e se vira pegando a mão da amiga e diz; – Vamos conhecer nosso irmão então?

E sorrindo Esmeralda responde:

– Só se for agora!

E ajudando a amiga a caminhar ambas entram no mosteiro fechando as portas logo em seguida sem perceberam que o chão do pátio rachava...