Assassinatos Sob a Lua Cheia
Banho de sangue
Juniper parou. Um mar vermelho banhava os arredores e ela própria que, ofegante, sentia as mãos trêmulas. Queria arrancar aquele vestido mais do que nunca.
Observava o corpo do assassino. Pela primeira vez via humanidade naquele monstro. Mesmo sem vida, expressava surpresa no olhar. A surpresa de um pai traído. Juni os fechou. Era mais respeito do que merecia.
Marques desmaiara. Ainda respirava, ficaria bem.
Mas Juniper, não. Sentia-se suja por dentro, sua consciência pesava uma tonelada. Estava prestes a desabar do topo de um alcantil. Eu matei alguém.
Ouvia sirenes. Reforços. Tão tarde. A única assassina ali era ela própria.
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