Ask Me Why

Solitária


A jovem piscou algumas vezes e viu que estava em seu quarto, “George pode ter me trazido”, pensou Kate.

- KATE! – John adentrou o quarto assustado e desesperado.

- O que ouve para você esta dessa manera? – Riu da situação.

- Esta bem? – John pegou os braços da garota que indicaram alguns cortes.

- Estou... – A jovem olhou seus cortes assustada.

- Você viu George? Ele estava desnorteado essa manhã quando o vi – John mostrou preocupação ao amigo em seus olhos – Alfred disse que ele pode estar com fome.

Kate tentava analisar seus cortes, a noite passada que George tinha dito aquilo. Então se lembrou das mãos de George a cortando, ele estava fora de si, mas logo fez questão de levar a jovem de volta para o castelo.

- Faz sentindo... – Kate olhou John deixando algumas lagrimas apareceram.

- O que? Você sabe de algo, por favor, se sabe diga Kate – John falou desesperado.

- Você me disse que George esta com fome, certo? – John apenas assentiu – Vocês farão algo com ele?

- Não sei, Alfred disse que ultimamente ele estava esquisito, que poderia ser um tipo de raiva com fome – John disse fazendo a menina entender tudo o que George tinha dito.

- Vamos procurá-lo John! – A jovem disse se levantando.

- Acho melhor ficar aqui – John disse com um pouco de medo na voz.

- Não! Eu tenho um plano.

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Kate e John estava em um ponto mais escuro do reino todo, os dois iriam fazer um tipo de armadilha para George. John iria fazer um teatrinho que estaria atacando Kate e a jovem chamaria por alguém, sentiam que George estava próximo dali, daria para ele ouvir o ‘socorro’ da jovem. E lá começava o plano, Kate um pouco sentada apoiada sobre uma pedra, John agachado ao seu lado.

- Pronta? – Sussurrou John e a jovem assentiu.

John mostrou suas presas e mordeu o frágil pescoço da jovem, que logo começou a gritar por socorro. Mas ninguém vinha, sentiu que John já não resistia e chupava um pouco de seu sangue, foi ai que seus gritos começaram a ser verdadeiros. A única cena rápida que conseguiu ver foi George atacando John e o tacando para longe. George completamente de raiva começou a atacar John que se defendia, Paul e Ringo que estavam escondidos com a comida que daria a George, se aproximaram da jovem. Ringo ficou com Kate, já Paul tentou separar a briga, mas acabou sendo ferido e fraco. Kate via a cena da pessoa que mais amava atacando seu irmão e sua outra paixão. Abraçou forte Ringo e começou a chorar. Viu que George se aproximou lentamente e colocou uma de suas patas – já que estava em forma de lobisomem - cuidadosamente de seu pescoço e Kate o olhou com medo.

- George, eu vou te ajudar a sair dessa – Kate se aproximou de George que ainda estava em forma de lobisomem – Lembra que eu prometi? – A jovem passou a mão nos pelos do canino que apenas fechou os olhos e se deliciou com o toque da amada.

Kate viu John em um canto caído com vários machucados, Paul em outro. Foi até John tentar ajuda-lo, mas George ficou furioso de ciúmes e entrou na frente da jovem que andou alguns passos para traz com medo.

- Ele não fará mal a você, ele apenas não quer que se encoste no John – Paul falou tossindo um pouco entre as palavras.

- Por favor, George – Kate já chorava novamente olhando para a criatura a sua frente.

George fez um gesto que ela poderia cuidar de seu irmão e ele cuidaria de John. Assim a menina fez, limpou alguns ferimentos do irmão. John foi curado com o poder da cura de George. Os quatros jovens mostraram a comida que tinham trazido para George e ele apenas tacou a bicho morto, pelo jeito que estava comendo, estava faminto. George caiu rapidamente sentindo uma dor aguda perto de seu estomago, uma flecha tinha o atacado. Kate viu seu pai e Alfred se aproximarem, Elliot estava com um Arco nas mãos.

- Porque fez isso? – Kate estava assustada e sentia algumas lagrimas descerem de seu rosto.

- Ele esta com raiva filha, só demos um boa noite Cinderela para ele, relaxe – Elliot olhou para filha e vendo a dor que ela sentia.

- Elliot... Não! – John disse aproximando apavorado.

Kate via que John sabia de algo, Paul que estava ao seu lado, abraçou forte a irmã.

- O que ele vai fazer? – Kate olhou desesperada e ainda chorando para John.

- Colocaremos George em uma Solitária – Elliot olhou para George caído no chão.

- NÃO! Por favor, papai – Kate implorou chorando.

- Desculpe filha, mas é até ele melhorar.

Kate afundou a cabeça no pescoço de Paul e chorou igual a uma criança. Paul já um pouco melhor, levou a irmã nos braços até o castelo. John e Ringo vieram a traz, Elliot levou George - que estava amarrado – em seus braços. Kate adormeceu nos braços de Paul, ela tinha prometido a si mesmo que iria todos os dias ver George. Pois tinha prometido na noite não deixa-lo.

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A jovem acordou e viu que já estava anoitecendo, lembrou do que tinha acontecido de manhã e viu que algumas lagrimas correram em seu rosto. Levantou-se e se trocou, saiu de seu quarto a traz de Alfred, pois ele saberia onde George estava. Viu Alfred limpando alguns moveis do salão principal e andou lentamente até o mesmo.

- Alfred... – Kate se aproximou ainda lentamente.

- Olá princesa, vejo que esta um pouco melhor – Alfred sorriu para garota.

- Me leve até ele – Kate falou engolindo a saliva para não deixar as lagrima cair.

- Não sei se devo. Seu pai me disse para deixá-la longe, para ele não te machucar.

- Por favor, Alfred, você fica vigiando – Kate implorou.

- Esta bem – Alfred pegou delicadamente a mão da garota e a guiou até a Solitária, onde estava George.

Kate olhou pela janelinha da porta, viu George sentado na cama olhando para o nada. Depois de Alfred abrir a porta para jovem, ela entrou correndo até George e o abraçou.

- George! Você esta bem? - Kate disse em meio aos selinhos que dava em George.

- Acho que agora sim... – George sorriu para garota.

- Como você sabia? – Kate olhou fundo nos olhos de George.

- Nós lobisomens, sabem que quando estamos sentindo muita fome, esta com alguma doença.

- Porque não me disse? Eu poderia ter te ajudado.

- Uma hora ou outra isso aconteceria Kate – George deu inicio a um beijo.

Os dois fez a distancia que existia entre os dois, desaparecer. George estava completamente apaixonado por Kate, daria tudo para ela, a protegeria sempre ela, mas naquele momento, sentia-se fraco, pois estava preso e só poderia ser libertado na hora em que estivesse sem aquela maldita raiva.

- Kate, me prometa algo – George deu um selinho na jovem e ela apenas assentiu – Que não se metera em nenhuma confusão e ficara sempre perto do John e do Paul, promete?

- Prometo – Kate disse baixo no ouvido do garoto, fazendo-o arrepiar.

Os dois ficaram abraçados por um tempo até que Alfred disse que Elliot tinha chegado ao castelo e poderia sentir falta da filha. Kate se despediu de George com um beijo longo e saiu indo para qual quer cômodo do castelo, apenas para ficar sozinha.

- Ai esta você! – John se aproximou da garota – Procurei você pelo castelo todo.

- Me desculpe, sai um pouco para pensar – A garota forçou um sorriso.

- Ainda esta mal pelo George? – John se aproximou um pouco mais da garota.

- Sim – Kate falou sincera.

- Ele saíra de lá rápido, tenho certeza – John sorriu levemente fazendo a garota sorrir.

John se aproximou de Kate e iniciou um beijo lento. A jovem o abraçou pelo pescoço enquanto ele envolveu seus braços ao redor da cintura dela. Kate sentia diferença no beijo de George e no de John, no de George tinha paixão e desejo, no de John tinha algo a mais, tinha luxuria. John a desejava só para ele, queria ter Kate em sua cama implorando por prazer. Mas ele sabia que ela ainda era virgem e não iria forçá-la a nada.

- Eu te amo – John sussurrou parando o beijo.

- Também te amo – Kate o olhou e sorriu.

George ficava deitado na cama, único móvel que tinha naquela sala imensa. Ele pensava somente na garota, sabia que por um lado estaria traindo seu melhor amigo, mas pelo outro, estaria ganhando o coração daquela que mais amava em sua vida. Já John, sabia que Kate sentia algo por George, mais sabia que ela estando com ele, poderia deixar George um pouco “distante”. Já Kate, queria sair daquele labirinto, ela amava John, um amor mais carnal que fazia ela o querer, mas George... ela daria tudo por ele, até sua própria vida. Não queria magoar John, pois o amava, mas também sabia que não pararia de desejar querer ser somente de George e estar com ele.