A história do híbrido Klaus Mikaelson:

— Eu estou surpresa que você teve a cara de pau de aparecer por aqui.- Helena tomou a frente da situação enquanto se levantava da cadeira e pegava a varinha de dentro da bota.Todos viraram as cabeças para olha-la, a surpresa estampada em seus rostos.Por que diabos ela está falando?

— Você também é uma bruxa!?- Dylan perguntou surpreso, se preocupando mais com a varinha na mão de Helena do que a mulher misteriosa.

— Hã...,nós três estudamos juntos em Hogwarts, Sr Sharp.- Hermione disse um tanto acanhada, segurando a nuca com um pouco de vergonha.

— Oh.- Dylan, Carol, Tales e Sabrina exclamaram juntos enquanto davam sorrisinhos envergonhados e se olhavam.

— Bem, criança, as vezes é bom ter revanche.- a mulher misteriosa sorriu enquanto andava ao redor da mesa em direção a Helena.

— Para que revanche se já sabe que vai perder?- Lena disse com um sorriso arrogante, a cabeça tombada levemente para o lado.A fala dela despertou um pouco de assombro nos Mikaelson e até mesmo graça.Soava exatamente como eles.Indestrutíveis e arrogantes.

— Ela não é filha de ninguém aqui, não é?- Rebekah perguntou baixinho, mas todos ouviram.

— Você me irrita, sabia?- a mulher rosnou, um olhar de irritação predominando em seu rosto deformado.

— Eu causo esse efeito nas pessoas.- Lena sorriu novamente.- Mas me diz: Você quer revanche pelo que Hermione fez nessa sua cara cheia de furo?- debochou novamente.

— Porque só ela está falando?- Kol sussurrou para os irmãos, observando o rumo que a discussão estava tomando.

— Porque nós estamos sem palavras!- Elijah disse com um tom óbvio para o irmão.

— Já disse que você me irrita?- a mulher rosnou novamente.Helena bufou.

— Incarcerous!- Desprevenida, a corda cercou a mulher e a prendeu com força.- Davina, pode fazer alguma magia?Só para encobrir a minha?- pediu se virando para a nova amiga.Davina assentiu e começou seu trabalho.Lena se aproximou da ruiva deformada e meteu a varinha em seu pescoço.- Vamos, comece a falar.O que quer de mim?Aquela palhaçada no cemitério não foi por acaso.Você me conhece, mas de onde?- Uma coisa que martelou a cabeça de Lena desde então foi o episódio no cemitério.E, ela tinha razão, não foi apenas coincidência.Alguma coisa tinha aí.

— Helena Granger, tirou as asinhas de fora, não foi?- a mulher sorriu debochada.

— Nunca estavam dentro para tira-las fora.- Lena retrucou fitando a mulher com nojo.- Agora para de palhaçada e diz logo o que quer de mim.- mandou irritada.

— Não vou dizer nada, Helena Potter.- frisou a mulher e os olhos de Helena se encheram de raiva.

— Você conhece Voldemort.- Helena deduziu quando tudo se clareou.Lena franziu a testa ao ver uma mudança no rosto da mulher.Era verdade.Ela o conhecia.- Você é uma Comensal.- disse ficando com ódio.O resto olhou chocado com o tanto de frieza que Lena disse.Agora, a pergunta que rondava pela cabeça da maioria era "Quem é Helena Granger?"

— Helena, se afasta dessa mulher e vem pra cá.- Hermione pediu.Lena negou.Virou-se para a mulher e fez o primeiro corte em seu pescoço.Ela gritou.

— Helena!Por favor, venha!Você não é assim.- Elijah disse em desespero.- Essa não é a sua vingança!

— Não, eu não vou!Você disse no avião que tudo que vai, volta!- Lena disse olhando para o novo amigo seriamente.- Essa é a tão esperada "volta", Elijah.Meus pais não foram assassinados para eu deixar um deles fugir.Eu não fiquei entre a vida e a morte em três situações diferentes para deixar um deles fugir sem um mísero corte no corpo.Ninguém mais vai sofrer a toa.

— Helena, matar alguém não adianta nada!Você não vai se sentir melhor!- Rebekah disse tentando ajudar.Havia pânico em sua voz.

— Eu não vou matar ela, vou apenas mandar um recado para seu mestre.- Lena sorriu um tanto diabólica, fazendo com que os Sharp, Hermione, Sabrina, Tales, Theo e a maioria dos vampiros na sala ficassem brancos como papel.

—Helena, você não vai torturar essa garota.Lembre-se de quem você é.Lembre-se da garota engraçada, marota e inteligente que você é.- Lena mordeu os lábios com a fala de seu pai.- Depois de hoje, você não vai ser a mesma!

— Hoje eu vou perder uma parte de mim, e isso eu sei.- Lena olhou para sua familia e novos amigos.- Mas vocês não entendem.Não entendem que Voldemort é um câncer em estágio terminal, que já inundou minha minha alma e aos poucos vai tirando todas as minhas forças e esperanças.Mas o que ele não sabe, é que eu vou usar e abusar de todos os tipos de tratamentos que existir para eliminar ele do meu corpo para sempre.E ninguém vai me impedir disso acontecer.

— Helena, para por favor.- Hermione pediu enquanto chorava.-Theo, fala com ela.- Hermione o sacudiu, as lágrimas descendo pelo seu rosto.- Por favor, fala com ela.- pediu em prantos.Theo suspirou.

— Eu não posso, Hermione.Ela precisa acabar essa agonia, já faz semanas que ela não é ela mesma.Ela precisa disso para se libertar e se sentir melhor.- Theo disse calmamente, mas com um olhar desolado no rosto.Hermione o olhou magoada.

— Tira eles daqui.- Lena pediu olhando para os vampiros.- Eu apago a memória deles quando eu terminar com ela.- Apesar dos protestos, Elijah, Marcel, Davina, Hayley, Rebekah, Hope e Freya tiraram a família de Lena e a família de Theo por perto.Apenas Klaus e Kol permaneceram na sala.

— Se revelou para a família, foi?- A mulher debochou e recebeu uma inesperada cotovelada no rosto.Ela riu e cuspiu sangue.

— Me diz, qual o seu nome?- Lena perguntou calma.A mulher não falou nada.Lena contou até três antes de pegar seu canivete e o fincar no ombro da ruiva.Ela berrou alto.- Seu nome, por favor.- pediu puxando o canivete.Limpou o sangue na roupa dela.

— É Eliana.- disse trincando os dentes.Lena a socou no rosto.

— Eu tenho cara de idiota?O verdadeiro.

— Marie, é Marie!- Lena preparou o canivete.-OK, INFERNO.É JOSIE!- berrou na cara de Lena.

— Ok, eu faço isso para você.- Kol se aproximou das duas e pegou Josie pelos braços.Simplesmente a tirou de lá.No momento que os dois sumiram, Klaus se virou para Helena.

— Porque?- questionou franzindo a testa.Lena o olhou por alguns segundos.Então, se sentou.

— Porque o que?- disse grossa.- Porque eu quero mandar ela para o limbo?Por que eu quero que ela sofra?- Então a ficha caiu.Torturaria uma pessoa.Estava disposta a isso sem se importar se pagaria caro.Agora que estava se acalmando, que sua cabeça estava "esfriando", Lena não podia deixar de escutar as vozes em sua cabeça dizendo o quão horrível ela era.De quão perversa e cruel foi ao machucar aquele mulher.

— Não, não faça isso.- Klaus pediu sério, andando até a ruiva e se agachando para ficar a sua frente.Lena levantou sua cabeça e seus olhos para Klaus.Ele olhou bem la no fundo, conhecia aquele olhar como ninguém.Era o mesmo olha que possuía no rosto depois que matava.Era o mesmo olhar que tinha no rosto quando rasgava a jugular de alguém e gostava.- Não escute eles.Não escute seus demônios.Eles não sabem a dor que você sentiu.A dor que você sente.

— Eu ia torturar ela.Eu ia mesmo fazer aquilo.- disse ainda em negação.- Eu ia virar ele.- sussurrou com dor, os olhos lacrimejando cada vez mais rápidos.

— Quer saber, eu vou te contar uma história Helena.Uma história cheia de ódio, sangue, matança, mas acima de tudo, vingança e sonhos que se tornaram reais.- Klaus se levantou e agarrou a cadeira ao lado de Lena.Sentou-se e mirou a janela que dava para a rua.

" Imagine -se no anos 900.Sem internet, sem eletricidade, sem celulares, onde as únicas formas de transporte eram suas pernas e com sorte, carroças."

— Pera.- Lena interrompeu enquanto assoava o nariz.- Você tem mais de 1000 anos?- Perguntou surpresa.

— Sim, eu tenho.-Klaus disse calmamente.Franziu a testa ao ver Lena soltar um sorrisinho enquanto olhava para baixo.- O que foi?- Perguntou curioso.

— Nada.Só tive um pensamento rápido.- murmurou abanando a mão.- Pode continuar.

" A roupa era feita da lã de ovelhas, obrigatoriamente costurada pelas matriarcas das famílias.As vezes, as roupas também eram feita de pele de animais selvagens."

" Eu era o terceiro, hoje em dia o quarto, mais velho de 6 filhos trazidos ao mundo.Minha mãe era Esther, uma curandeira e dona de casa, meu "pai" Mikael, um caçador e vendedor nos horários vagos."

" Eventualmente, ao atingir a maioridade, 12 anos na minha época, nós, os filhos nos juntamos a Mikael nas caçadas e vendas.Primeiro Finn, meu falecido irmão, Elijah, Eu e por último, Kol.Rebekah se tornou aos 16 anos, artesã.Nos vendíamos seus produtos na Villa junto com peças de roupa que minha mãe costuravam."

"A relação com a minha mãe e a maioria de meus irmãos era boa, mas Mikael...Nossa relação sempre foi difícil.Eu percebia que o afeto por mim era bem menor.Eu percebia que eu era tratado com mais ignorância, mas sempre achei que era por conta de coisas que eu fazia, mesmo que eu não soubesse que coisas eram essas.Apesar de tudo isso, a minha relação com ele piorou na fatídica noite em que eu me tornei um vampiro."

— Antes de tudo, você acredita em lobisomens?- Klaus perguntou e Lena riu.Achou tão engraçado essa pergunta.

— Eu sou uma, Klaus.- Lena viu os olhos de Klaus se arregalaram de surpresa.

— Que mentira.- Disse cético.Lena revirou os olhos.

— Eu fui mordida em dezembro, Klaus.Desde então me transformei apenas 6 vezes.Todas elas foram um porre.- Lena murmurou encarando o vazio.

"Na Villa onde eu morava, tinha um mito que dizia que homens e mulheres se transformavam em lobos completos durante a noite de lua cheia.A primeira vez que eu os vi, eu tinha 13 anos.Eu tinha 21 anos na noite que eu levei meu irmão de 8 anos, Henrik, para ver os lobisomens comigo.Eu só queria impressiona-lo."

Lena se atentou quando a voz de Klaus mudou de calma para triste em segundos.

" Estávamos longe quando eles se transformaram.Não tinha como nada acontecer.Estava tudo tranquilo, até que um deles se descontrolou durante a transformação.Nós fugimos, mas eram dois humanos correndo de uma força sobrenatural que tinha o dobro do meu tamanho e era muito mais rápido.Henrik foi morto em menos de 2 minutos."

"Fui eu, eu fui o culpado de matar o meu irmão por querer impressiona-lo.Por querer que ele conhecesse uma coisa incrível que Deus colocou no mundo.Por querer que ele gostasse mais de mim pois eu o apresentei aquilo."

Lena sabia, pelo olhar desolado e a voz tremida, que a revelação de Klaus era verdadeira.A culpa da morte de seu irmão havia sido dele.Infelizmente, em nada Helena poderia ajudar.Ele já tinha ciência disso.E além do mais, não queria ser muito invasiva.Isso era uma dor que ela não entendia e não cabia a ela fazer com que ele se perdoasse.Só você mesmo sabe de seus demônios e de como lidar com eles.

"Levei o corpo de volta para casa, aos prantos.Os olhares que recebi de minha família me assombram até hoje, mas Elijah, Rebekah, Kol e Esther foram os únicos que permaneceram do meu lado contra a fúria de Mikael.Eu havia matado seu filho.Meu irmão."

" Minha mãe, desesperada, revelou -se uma bruxa poderosa e criou, com a ajuda de um feitiço de imortalidade, nossa eterna vida na terra.Como efeito colateral, fomos também condenados a passar o resto de nossas vidas nos alimentando de sangue humano.Nós, os Mikaelson, fomos os primeiros de milhares de vampiros.Fomos os primeiros.Os originais."

—Então o vampirismo nasceu de um feitiço criado pela sua mãe?- Lena questionou surpresa.Ele assentiu.

"A mesma noite que eu matei pela primeira vez, foi a noite que o legado Mikaelson foi arrancado de mim.Depois que eu acordei depois de morrer, a Sede tomou conta do meu corpo.Não só eu, mas como meus irmãos também.Precisávamos de sangue.Precisávamos nos alimentar."

"No momento que eu senti o cheiro delicioso de sangue, eu não me conti.Enfiei meus dentes no pescoço daquele homem e suguei tudo.Engoli cada gota de sangue presente naquele corpo.O gosto é maravilhoso.É prazeroso.Eu matei aquele homem."

" Naquele momento, eu me transformei em um lobisomen.Ao matar, você ativa a maldição do lobo.A maldição genética do lobo."

— Mentira.- Lena exclamou se inclinando para frente.

" Esther havia pulado a cerca 9 meses antes do meu nascimento com o líder do bando de lobos da minha Villa.Eu não era filho de Mikael.Eu era um bastardo, um inglório, fruto de uma relação proibida com o assassino de seu filho."

"Mikael odiou, quis me matar.Minha mãe impediu e disse que eliminaria essa parte de minha vida.Então, usando a pedra da lua e o sangue de uma mulher imortal, aprisionou minha parte licantropa.Aprisionou o que era meu por direito.Apagou o meu verdadeiro legado de mim."

"Mikael então matou toda a minha família paterna, iniciando a lendária e durativa guerra entre Lobos e Vampiros.E eu, revoltado com a cruel decisão dele e de minha mãe, matei Esther.Mikael então, dedicou os próximos séculos para vir atrás de nós, seus filhos, para nos matar e matar os vampiros que passavam pela terra."

"Comecei a minha busca pelos ingredientes que me tornariam novamente um lobisomen.Por onde passava, deixava uma trilha de corpos pelo caminho.Causava e provocava o terror e o medo.Uma presa assustada é muito mais gostosa.Aqueles que queriam ser meus aliados, muito que bem, os que se voltavam contra mim eram executados imediatamente."

— Hm.- Lena murmurou revirando os olhos.Klaus a olhou e franziu a testa.

— O que foi esse "hm"?- questionou com um leve tom de irritação.

— Você me lembra Voldemort.- Lena deu de ombros, enrolando uma mecha de cabelo no dedo.- Esse seu discurso podre e irritante.E completamente submisso.- Lena torceu o nariz.- "Você aí!Se não for meu aliado, morra!" Meio que irrita.É muita burrice para uma só pessoa.

— Eu não espero que você entenda a minha linha de raciocínio.- disse friamente Klaus, a olhando sério.

— Certas coisas, Klaus, a gente não faz.Não matamos pessoas por elas escolherem ficar do lado de outra pessoa, as escravizamos.- Lena baixou as pernas de cima da cadeira e se inclinou para Klaus.- Escravizar significa popular.Comandar.Ter poder.Ter um exército em suas mãos.Um cemitério cheio de túmulos significa burrice ao quadrado.Mortos não tem serventia.- Voltou a se encostar na cadeira.

— Pra quem tem 11 anos, você entende dessas coisas, um?- Klaus disse debochando.

— Cara, isso é uma coisa que qualquer vilão precisa pensar se quer ter um legado grande!Você Tem três opções!Convencer a se aliaram a você, matar ou escravizar.- Lena gesticulou nervosa.- Eu escolho convencer a se aliar.Aliados protegem e acrescentam.- o tom de voz dela indicou que a discussão havia acabado.A expressão de Klaus não.

— Matar é uma opção também, uma válida.Faz os outros se aliarem por medo.- Lena estreitou os olhos com a fala de Klaus.- Isso faz com que te obedeçam e não te traiam.- Lena riu.

— Tem certeza, Klaus?Pensa bem.- Lena tombou a cabeça e a expressão de Klaus se fechou.- É, foi isso mesmo que eu pensei.Agora continua a contar a história.

"Para as buscar serem mais rápidas, criei o mito da Maldição da Lua e do Sol.A maldição da lua consistia em lobisomens sendo aprisionados eternamente sobre a luz da lua, não podendo se transformar em outro momento do dia que não fosse a noite.Já os vampiros, se não tiverem um anel com essência de pó de Pedra da Lua, vão ser destinados a nunca mais andar na terra de dia, senão morrem queimados."

" Eu criei o mito, mas disse que para se quebrar a maldição era necessário usar uma Pedra da Lua."

— Então, duas raças diferentes que cresciam como praga saíram em busca de uma pedra que não os ajudaria?

— Eles não sabiam disso, mas eu sim.A pedra era para mim, não para eles.

" Infelizmente, demorou séculos para finalmente encontrar a pedra.E quando eu a tinha, não tinha o sangue de uma Doppelgänger para completar o ritual."

"Até que um dia, ela apareceu.Katherine Petrova era uma mulher espetacular.Linda, sedutora, boa-lábia.Era a mulher que eu procurava.Infelizmente, ela era mais esperta e fugiu levando a pedra da lua com ela.Demorei 500 anos para acha-la."

— Nossa, essa aí se esconde bem.- Lena começou a rir.Klaus bufou.

" Katherine escapava sempre, até que um dia eu a achei em Mystic Falls.Lá, havia uma garota exatamente como ela.Com a mesma aparência, só que mais ingênua.Elena Gilbert era uma parente distante de Katherine Petrova, era uma Doppelgänger.Ela..."

— Servia para o Ritual.- Lena adivinhou.

" Exatamente.Depois de alguns meses infernizando a vida da tão protegida e querida Elena Gilbert, finalmente a convenci a se sacrificar para enfim poder ter meu legado de volta.E obviamente, usei sua tia para ajudar, uma vez que ela era uma recém-criada vampira."

— E como que você convenceu as duas para te ajudar?- Lena perguntou surpresa.

— Eu matei a tia dela.- Klaus sorriu e Lena assentiu lentamente.

— Que educativo.- disse rindo um pouco.

— Olha as coisas que você diz a uma criança, Niklaus.- Elijah disse entrando na sala de jantar de supetão.

— Tudo bem, eu também já matei antes.- a medida que ia falando, o tom de voz diminuía.Havia se lembrado de repente do gosto da carne de Kevin entre seus dentes.A espessura e a maciez da carne fria e nojenta.17 era o tanto de vezes que passou o fio dental nos dentes para tirar tudo que sobrará.Elijah, que a observava, não demorou muito para perceber que Helena ia vomitar, então, conseguiu colocar um balde no colo da ruiva antes dos barulhos enjoativos começarem.

Demorou cerca de 10 minutos para os vômitos cessarem, e mais 5 minutos para Lena se acalmar.

— Quer um copo de água?- Elijah ofereceu cuidadoso, esfregando as costas de Lena gentilmente.Ainda com o rosto dentro do balde, Lena negou com o dedo.

— Mas se quiser as honras, pode jogar esse balde na Josie.- ela tirou a cabeça do balde e riu junto com os irmãos.Enquanto esperavam ela tomar água, ninguém falou nada do "Eu também matei".Não queriam invadir a privacidade de Lena.Eles deixariam ela se abrir no seu momento.- Pode continuar.

" A partir daí, não demorou muito para alcançar a felicidade que eu tanto queria.Construí meu exército de híbridos, virei Rei dessa cidade, Hope, minha amada filha, minha luz, veio a vida.Claro que enfrentamos inimigos aqui e ali, mas juntos somos incrivelmente fortes."

— Mas o que aconteceu com Esther e Mikael?E onde Freya entra nisso?

"Mikael morreu e voltou mais duas vezes a vida.Eu o matei finalmente a alguns anos atrás.Esther também voltou a vida.Eu a matei 3 vezes e Freya duas.Freya nos procurou depois que soube a verdade sobre si mesma, mas isso faz apenas 7 anos.E hoje, estamos aqui, bem e vivendo felizes para sempre"

— Que história legal.- Lena sorriu.-Gostei bastante dela.- Ela coçou o rosto.- Mas, quem é a mãe da Hope?E você não tem nenhum amor?- Lena perguntou curiosa.Klaus sorriu enquanto abaixava a cabeça.

— Hayley é a mãe de Hope.- O queixo de Lena caiu.- Antes dela conhecer Elijah, ela me conheceu.Tivemos um caso e ela ficou grávida.- Klaus sorriu mais ainda, os olhos brilhante.

— E você?Não tem alguém em sua vida?- Os olhos de Klaus brilharam ainda mais e ele corou um pouco.- Não importa quem seja essa mulher, o seu rosto já diz tudo.- Lena sorriu.

— Caroline Forbes.No meio de tanta gente, eu a vi.Eu a amei desde o início.Nos visitamos constantemente.Ela também tem filhas.- Lena assentiu e coçou a nuca.

— Então, qual foi a moral da história...?- Lena perguntou enquanto fazia bico.

— Vai me dizer que não entendeu a história?- Klaus disse enquanto apoiava os braços atrás da cabeça e olhava para Helena com um sorriso de lado encantador.Ela sorriu.

— Ao chegar em patamares muito ruins, você consegue coisas muito melhores sendo uma pessoa mais sombria.Você alcança seus maiores objetivos destruindo quem quer te destruir.

— Olha as coisa que você ensina para a garota, Klaus.- Elijah disse sério, balançando a cabeça em negação com as coisas que acabará de ouvir.Klaus apenas riu enquanto observava Lena com orgulho.

— Vamos lá, vamos descobrir se o pamonha do Kol torturou a mulher com afinco.- Klaus se levantou, limpou a roupa, e começou a caminhar para o porão.Lena foi atrás, com Elijah ao seu alcance.

— Klaus, meu irmão, certas coisas não falamos na frente de crianças.- Elijah disse sério.

— Ih, Klaus, ta tomando bronca do irmãozinho.- Lena debochou, rindo baixinho.

— Fica quieta, garota.- mandou irritado.

— A princesa ficou irritada.- Lena debochou e ouviu a risada gostosa de Elijah.

— Vai ver a princesa quando eu arrancar seus olhos fora.- Disse Klaus friamente, abrindo a porta e começando a descer as escadas.Lena sorriu.

— Eu não colo com ameaça vazia.- Disse logo atrás dele.Os três desceram as escadas com um pouco de calma e ao chegarem lá embaixo, olharam para Josie no chão.A mesma estava completamente ensanguentada, a maioria do sangue saindo de sua boca e nariz.

— Veio terminar de me matar?- Josie disse tossindo sangue.Encarava Helena.A ruiva andou até ela e se agachou.

— Eu não preciso, querida.Pelo jeito que você segura seu peito, uma de suas costelas está quebrada e está perfurando seu pulmão.Você deve ter...- Lena fez uma cara pensativa.- Menos de 20 minutos antes de sufocar até a morte.

— Voldemort estava errado.Você não é nada do que ele imaginava do que você era.- a mulher disse entre um suspiro e outro.Provavelmente um dos últimos de sua vida.

— Voldemort não sabe do que eu sou capaz, ninguém sabe.Mas agora, graças a você, vão saber.Vão descobrir que com Helena Granger não se mexe mais, que ninguém fugira com o rabinho entre as pernas, não depois de mexer comigo.Ou morre tentando, ou me mata primeiro.- Lena se levantou e agarrou a varinha de dentro da bota.- Eu vou apagar a sua memória.Vou deixar bem claro que quem fez isso a você foi Helena Granger, e que isso é apenas uma amostra ao seu mestre do que eu realmente sou capaz de fazer.Faça ele repensar seu próximos movimentos, ou ele vai sambar.- Lena apagou os últimos dias o máximo que conseguiu, deixando apenas imagens dela no cemitério e, obviamente na casa dos Mikaelson, sem mostrar ninguém além dela e Josie.Apagou também sua localização, não queira que ninguém se machucasse graças a ela.- Agora vá, volte para seu mestre.- Helena mandou se afastando e a mulher não esperou mais nenhum minuto antes de desaparatar.