"As coisas boas duram pouco, mas elas valem a pena"

POV James

–Tudo pronto Almofadinhas- disse correndo ao encontro do meu amigo.

–Certeza? Conferiu o tempo da explosão?- perguntou colocando gases de fedor pelo corredor.

–Você acha que eu sou um incompetente ou algum inexperiente? Claro que eu analisei isso- mexi em meu cabelo nervosamente- Conseguiu alguém para ir avisar Minerva?

–Eu estava um pouco ocupado, caso você não tenha percebido- Sirius se agachou para arrumar um gás- Solto as cobras e os ratos agora ou só depois?

–Melhor depois, não?- me encostei na parede, despreocupado- Vamos chamar quem? Qual a melhor atriz dessa escola?

Sirius olhou para cima e dissemos juntos:

–Emme.

–Ela não vai querer ajudar- Falei.

–Se você pedir com jeitinho ela vai!- Meu amigo falou.

Sirius se levantou caminhou pelo corredor olhando cada gás sem se curvar, só analisando. Fez um quadrado entre as mãos e sorriu satisfeito.

–E outra, ela é caidinha na sua.

–Na sua também!- revirei os olhos e ajeitei os óculos.

–A pergunta é... Em quem a Emme não se atira?- Sirius deu seu típico riso.

–Vai logo pulguento, temos que ir logo- suspirei.

–Vai logo veado, nem sabe mais dar em cima de uma garota?

–Não é isso... É que eu e a Lily nos acertamos e não ficaria legal eu sair logo por ai indo flertar com uma menina que eu já trai a Lily.

–Que seja, vou ligar para ela!- ele revirou os olhos e ligou para Emme, colocando no viva-voz- Emme?

Fala gatinho...- ela fez a manhosa.

–Preciso da sua ajuda Emme.

Claro que sim, você e seus amigos só me ligam quando precisam de um serviço, e a muito tempo não são mais os mesmos “serviços.” Mas pode falar.

–Preciso que você vá atrás de tia Minne e avise que está acontecendo uma bagunça imensa no segundo andar- Sirius aproximou o celular da boca.

–O que eu não faço por esse Maroto de olhos azuis?

–Na verdade os olhos dele são cinzas...- disse.

–Oi Jamie, você também precisa de minha ajuda?–O tom de Emme estava mais manhoso ainda, o que eu achava impossível.

–Na verdade sim.-Falei.

–O negocio ta ficando bom...

Sirius me fuzilou e formou as palavras entre os lábios: “ QUEM MANDOU VOCÊ ABRIR A PORCARIA DA SUA BOCA? ELA JÁ TINHA DITO SIM!” E na verdade,sim , eu quase podia ouvir o grito dele. Dei de ombros.

–Então o pagamento vai ser caro dessa vez...

–Pensei que você podia fazer isso de graça em nome dos velhos tempos...?-Sugeri.

Ouvi a risada dela antes da resposta:

–Você sabe que as coisas não funcionam assim, gatinho.

–Emme, não temos até amanhã não. Qual o preço?- Sirius perguntou.

–Me encontre na sala 376 a meia noite e você verá, a propósito, leve camisinha.

Levantei as sobrancelhas e Sirius desligou o telefone. Meu amigo se virou e caminhou até a primeira bomba de gás.

–Sua noite vai ser... agitada.–puxei papo- E você não devia ter aceitado, a Lene...

–A Lene e eu não namoramos, e ela não vai descobrir. Além disso, agitada é uma palavra bastante generosa de sua parte, seu veadinho!- Sirius soou irritado.

–Quê?- perguntei.

–“Quê?” ele pergunta- Sirius se virou para mim com uma expressão carrancuda- Simplesmente a loira tava dizendo sim sem pedir nada e você tinha que vim com o papo purpurina de explicar a real cor dos meus olhos. Sugestão, quando você precisa de um favor de uma pessoa maluca e que adora manipular, mesmo que ela diga que meus olhos são rosa chiclete, deixe isso passar em branco!

–Foi mau cara- levantei as mãos.

–Foi péssimo, vem soltar as bombas de gás comigo.

Sirius e eu soltamos todas as inúmeras bombas em alguns minutos, correndo contra o tempo fomos soltar as dezenas de cobras, os ratos e o bode. Corri para o banheiro e acionei todos os explosivos, saindo do banheiro em seguida, mas ainda ouvi os vasos saindo das estruturas e água escorrendo por de baixo da porta do banheiro.

Ouvi um alarme ser acionado, Sirius. Corri para o inicio do corredor e vi meu amigo parado perto do alarme de incêndio. Logo água começou a cair do teto.

–Pra que isso?- perguntei me aproximando dele. Tive que me segurar no braço dele para não cair por ter escorregado em uma poça de água.

–Temos que marcar esse dia como O dia Mais Maroto da história dessa escola!- ele informou- E crianças saindo correndo das salas de aula desse corredor e encontrando animais, fedor, água e um banheiro explodido vão ser... Nada menos que épico!

Tive que concordar com ele ao ver dezenas de crianças saindo correndo das salas, assim como os professores, e se deparando com a confusão do lado de fora. Crianças caíram na água, algumas gritaram com medo das cobras, uma saiu correndo com o bode a perseguindo.

Sirius e eu ficamos rindo de doer à barriga. Até que senti uma mão em meu ombro e percebi que Sirius também tinha uma mão segurando seu braço. Viramos-nos e encaramos Minerva.

–Direção.Agora- disse com os dentes cerrados.

Pela sua aparência molhada, e por ter um rato em cima do seu pé, podia dizer que ela tinha andado pelo corredor até nos encontrar.

–Por quê? Não fizemos...- Sirius tentou argumentar.

–AGORA!- ela gritou e nos empurrou para frente.

****

– O que eu faço com os dois?- ela perguntou se sentando na cadeira do diretor da escola.

–O que você faz eu não quero dar palpite, mas quanto ao que você não faz... Acho que não nos dar uma detenção seria agradável- Sirius sugeriu sorrindo.

–Detenção é o mínimo dos seus problemas!

–Mas não fizemos nada!- argumentei.

–Nem mesmo se Merlin descesse dos céus e me dissesse isso eu acreditaria!-Minerva respondeu- Vocês explodiram um banheiro! Soltaram animais venenosos...

–...As cobras não eram venenosas...-Sirius sussurrou.

–...Um bode atacou um aluno! Ratos subiram nas roupas dos professores! Água ensopou o corredor! Alarme de incêndio acionado!

–Não precisa listar essas coisas não... Meio que sabemos o que você nos acusa de fazer- Sirius sorriu de lado.

–Então vocês também sabem que expulsão seria uma questão a se tratar!

–EXPULSÃO?- perguntamos juntos.

–Sim, senhores. Mas como são alunos extraordinariamente bons nas aulas e notáveis em ajudar o time da escola a ganhar tantos prêmios e torneios, seria uma perda para o time e para os professores.

Suspiramos aliviados.

–Mas amanhã enviarei uma coruja para seus pais- Minerva assentiu.

–Ah não tia Minne! Minha mãe vai me matar!- Disse.

–Por mim... Minha mãe já desistiu de mim mesmo- Sirius deu de ombros.

–Mas a minha mata a mim e a você por duas da sua mãe!- o encarei.

–Estão dispensados.

–Mas tia Min...

–Amanhã teremos essa reunião, saiam!- rugiu.

Suspiramos e saímos da sala. Demos de cara com Dorcas e Frank do lado de fora.

–E ai?- Dô perguntou.

–E ai que ela vai ligar para nossos pais...- suspirei e passei a mão pelo cabelo.

–Ihh... sua mãe vai lhe empalhar vivo- Frank riu.

–Não posso pensar nisso agora. Cadê os outros?- perguntei.

–Usaram a saída secreta da sala do diretor, vamos logo- Frank correu pelo corredor.

Encontramos as meninas e Remus saindo em uma passagem num dos corredores.

–Vem, eu ajudo- estendi a mão para Marie- Toma cuidado com essas aventuras, você ta grávida.

–Mas não morta- ela estirou a língua e foi para o lado de Dô.

Depois Lene saiu, Lily ( com quem coloquei o braço em cima do seu ombro) e Remus.

–Pronto?-Sirius perguntou.

–Vamos para o Salão Comunal, lá tem computador - Marie falou e seguimos para lá.

Ficamos amontoados ao redor do computador enquanto Marie abria seu e-mail, para onde tinha enviado as informações que hackeara.

–Na verdade eu só consegui invadir a ficha da Ali que estava online- Ela disse digitando.

–Sim...?- Dô instigou.

–O que quer dizer que pode ter mais coisas que não sabemos sobre ela. Aqui está contida apenas a entrada dela no hospital.

–Como ela tava?- Lily perguntou agarrando minha camisa na região da cintura.

–Ela ainda estava inconsciente, os ferimentos eram leves na parte exterior, mas vão levá-la para um raio-X para analisarem a área interna -Marie leu.

–É bom ela não ter nada aparentemente quebrado!-Sirius foi positivo.

–Mais interno as coisas tendem a se complicar...- Remus murmurou.

Senti algo vibrar no meu corpo, e percebi que na verdade era o celular de Lily que vibrava no bolso dela.

Ela se desfez de nosso meio abraço para pegar a mensagem, e consegui ler:

“Lembra da surpresa que falei? Hoje sua curiosidade morre...”

–O que esse Nath ainda quer com você, hein?- perguntei por cima do ombro dela.

Ela tomou um susto, notei isso porque ela deu um pulo.

–Eu e Nath somos amigos Jay, não vou cortar amizades porque você não gosta de algumas pessoas- ela me abraçou pelo pescoço.

Coloquei um braço em volta de sua cintura.

–Tudo bem... O que está acontecendo aqui?- Lene estragou o clima.

Lembrei que estávamos na frente de todos nossos amigos, e que apenas Sirius e Frank sabiam que eu e Lily estávamos bem de novo.

–Eu e a Lily fizemos as pazes...- disse e exclamações estouraram.

–Aleluia!-Dô berrou.

–Já não era sem tempo!- Lene abraçou Lily.

–Finalmente vou deixar de ouvir o James murmurar de noite o quanto sente falta dessa ruiva!- Remus riu e eu dei uma tapa em sua cabeça.

–Espero que sejam muito felizes- Marie me abraçou.

–Obrigado- disse em seu ouvido.

Querendo ou não eu temia a reação da Marie. Ela iria ser mãe do mini-eu e eu não queria magoá-la. Marie foi abraçar Lily, e elas sorriram ao se soltarem.

–Sabem, todo mundo aqui está de bem...- Dô fez a romântica, abraçando Remus.

–Pior que é verdade, há muito tempo não ficamos sem brigas de casais, só tenho medo de quando isso acabar...-Lene falou sendo abraçada por trás. Nem preciso dizer quem é que a abraçava.

–Lene...-Lily tirou onda.

–Lily?-uma voz falou atrás de nós.

Todos nos viramos para nos deparar com Minerva, um menino de olhos azuis ao seu lado e um de olhos pretos e aparência sebosa.

–Meu deus! O que você ta fazendo aqui?-Lily correu para abraçar o idiota de olhos azuis.

–Eu disse que as coisas nunca ficam bem por muito tempo- Lene bateu em meu peito.

O QUE AQUELE IDIOTA AMERICANO ESTAVA FAZENDO ALI?

POV Nath

O motorista parou o carro em frente aos portões da escola. Ao sair do carro, com certa dificuldade, porque ainda estava com a perna dolorida mesmo tendo tirado o gesso, me deparei com um funcionário da escola a minha espera.

–Olá!- tive que olhar para cima, quase ficando com um ângulo de 90° no pescoço, para ver o homem por completo.

–Oi- sorri simpático.

–Você é Nathaniel Riddle?- perguntou o... Gigante? Acho que seria deselegante chama-lo assim. Perguntou o homem estranhamente maior do que a maioria das pessoas normais. Melhorou.

–Sim, prazer- estendi a mão, e isso foi um erro porque o aperto de mão do cara me fez pensar que tivesse quebrado todos os ossos da minha mão.

–Sou Hagrid- ele se apresentou.

O motorista deixou a última mala no chão e se despediu de mim, sumindo de vista com o carro em alguns segundos.

Me abaxei para pegar as malas, mas o gig... o homem estranhamente maior do que a maioria das pessoas normais segurou meu ombro, me impedindo de fazer isso.

–Não precisa, um funcionário irá vir pegar suas coisas logo- sorriu.

–Beleza- assenti.

Ele estava certo. Não demorou muito para dois homens aparecerem das sombras, pegarem as malas sem dizer nada, e sumirem de novo.

–Hmm... Hagrid, o que estamos fazendo aqui ainda?- tentei não soar grosso, ou ansioso.

–Estamos esperando um aluno que ganhou bolsa aqui por ter sido notado ao ganhar o primeiro lugar das olimpíadas de física, química e ciências.

–Uau... Tem gente que vive para estudar mesmo- sussurrei.

Um carro parou soltando fumaça e rangendo perto de mim de Hagrid. De dentro dele saiu um menino com vestes largas, que pareciam nem ser suas, uma moxila com remendos nas costas, onde deviam estaro resto das roupas. Ele tinha um ar misterioso e sofrido, não era o tipo de pessoa de quem me tornava amigo, mas não acho que ele gostaria de ser meu amigo pelo olhar que me lançou.

O carro deu meia volta, contando pneu e, saltando fumaça, foi-se embora.

–Ah, maravilha! Os dois jovens já estão aqui! Venham, venham. Tenho que levar vocês a McGonagoll para fazerem os testes das casas.

Seguimos Hagrid para dentro da escola... que mais se parecia com um castelo pela estrutura. Passamos por diversos corredores, subimos escadas. Enquanto eu andava atrás de Hagrid me deparei com algumas meninas me encarando e cochichando, parei, sorri para elas e pisquei, elas riram e eu segui meu caminho. O outro garoto revirou os olhos.

–Algum problema, amigo?- perguntei.

–Nenhum. Só acho que essas garotas são umas sem cérebro por ficarem dando em cima de você só pela sua aparência, e mais ridículo é você dar trela para meninas que não ligam para quem você é por dentro- disse cheio de si.

–E eu acho mais ridículo ainda você me dar conselhos sobre minha vida amorosa. Faz o seguinte, grava um CD com sua opinião, ai quando eu quiser ouvi-la eu vou e compro o CD, ok?

Ele não respondeu.

Hagrid parou ao redor de uma porta dupla e majestosa, digitou uma senha em um painel e entrou, mandando acompanhá-lo.

Parada atrás de uma mesa estava uma senhora de feições severas, aquele tipo de professora que responde as ironias dos alunos com outra. Gostei dela de cara. Mas eu tinha que gostar dela porque tinha certeza que teríamos um relacionamento diário fora de aula, quando eu estaria provavelmente de detenção, seria ruim se eu a detestasse.

–Os novos alunos Hagrid?- perguntou nos estudando com os olhos.

–Sim, senhora- o homem respondeu.

–Pode ir, cuido deles agora.

Quis gritar para que Hagrid ficasse na sala. Sabe-se lá o que aquela mulher podia fazer com dois adolescentes sozinhos. Mas me contive e deixei ele sair.

–Sentem-se por favor...- a mulher apontou para as cadeiras em frente a mesa.

Fizemos o que ela mandou.

–Comportados, excelente! Sou Minerva McGonagoll, diretora da Grifinória, vici-diretora da escola, e professora de biologia- me parecia muito serviço acumulado em uma senhora só. Será que Hogwarts, mesmo sendo a melhor escola do país, tinha problemas financeiros?- Vou lhes entregar papeis, um teste que vocês responderão sobre si mesmos para serem distribuídos para as casas da escola.

Peguei a folha que ela estendia, assim como uma caneta e fui fazendo o teste. Tinham mais de treze páginas! Terminei primeiro que o Zé chatinho do outro estudante e devolvi o teste a professora, que corrigiu-o num piscar de olhos, como quem já fazia isso a anos.

–Maravilhoso!- quase pensei que ela fosse bater palmas de animação, mas claro que ela não o fez.

O outro menino terminou o teste e a professora o corrigiu tão rápido quanto fez com o meu.

–É uma pena que não vá para minha casa... - disse encarando o menino- Venham, vou levá-los para um tour pela escola.

O passeio foi realmente um tédio. Não decorei nada de nada dos lugares que ela falava, na verdade eu ficava flertando com algumas meninas que cruzavam meu caminho, enquanto isso o Zé chatinho parecia decorar o que a mulher falava.

–Aqui é o Salão Comunal da Grifinória, casa na qual o senhor vai ficar, senhor Riddle- o Zé chatinho juntou as sobrancelhas, talvez por eu ir para a Grifinória, mas senti que foi mais pelo meu nome... Estranho.

Passamos por uma porta de vidro fume e me deparei com uma sala grande, com vários sofás, três mesas redondas onde as pessoas deviam estudar, computadores... Me deparei com uma galera reunida, e um cabelo ruivo me chamou a atenção.

–Lily?- perguntei.

–Meu deus! O que você ta fazendo aqui?- ela correu e se jogou nos meus braços.

Quando ela me soltou falei:

–Surpresa!- balancei as mãos.

–Não... Não! De jeito nenhum!- ela sorriu- VOCÊ VEM ESTUDAR AQUI?

–Já estudo na verdade, meu pai me matriculou hoje cedo. Fiz um teste lá e sou de uma tal de grifinória...

–Eu e meus amigos também!- ela sorriu.

–Senhorita Evans, a senhorita conhece o Nathaniel?- Minerva perguntou atrás de mim.

–Sim... E muuuito- Lily riu.

–Então deixo você em boas mãos, meu rapaz. Seu quarto será o mesmo dos Marotos.

–COMO É QUE É?- o tal do pai do filho da Irmã da Lily se pronunciou se aproximando- Mas tia Minne! Existem zilhões de quartos nessa escola!

–Ficaria quieto se fosse você, Potter!- ela foi rígida, eles com certeza tinham alguma história de anos- Você e seu escudeiro fiel já arrumaram bagunça suficiente, ou acha que eu me esqueci dos vasos sanitários que explodiram? Ou das cobras? Também não me esqueci de ligar para sua mãe. Logo Potter, você não pode exigir nada, sua situação está por um triz! E o quarto dos Marotos só possui quatro alunos, os restantes possuem cinco.

Com isso Minerva saiu com o outro menino, que se demorou algum tempo encarando Lílian antes de segui-la.

–Vem, vamos ficar com a galera- Lily me empurrou para perto dos outros -Vocês se lembram do Nath?

–Para minha infelicidade, sim- um menino de olhos cinza... Ou seriam azuis? Respondeu.

–Esse mal-humorado é o Sirius- Lily apontou para o Cor de Olhos Indefinidos.

–Beleza?- apertei a mão dele.

–Até cinco minutos atrás parecia estar no céu- ele respondeu entredentes.

Assenti e me afastei.

–Não liga para esse idiota não. Prazer de novo, sou Marlene McKinnon.

–Olá- apertei sua mão.

Escutei o tal de Sirius murmurar para Marlene “De novo?” e ela lhe dar uma cotovelada.

–E essa é a Dorcas e esse o Remus- Lily apontou para duas pessoas que na certa eram um casal, pois se abraçavam e se olhavam apaixonados. Eles acenaram.

–Sou o Frank- um menino loiro sorriu.

–Prazer Frank- dei um soco na mão dele.

–E a última pessoa a você ser apresentado é a...- interrompi Lily.

–De novo?- perguntei encarando a loira na minha frente.

Ela rangeu os dentes.

–Pelo jeito sim, mas preferia que fosse a última, pena que eu tenho a impressão que não vai ser- ela cerrou os olhos e cruzou os braços.

–O que te faz sentir pena me faz bastante feliz.

–Eu não perguntei.

–Mas eu respondi de graça mesmo- sorri quando ela bufou.

–Perdemos algo?- Lily perguntou.

–Eu e essa loira maravilhosa...

–Loira maravilhosa é a mãe do Satanás. Me devolve essa intimidade, que eu não lhe dei ela não!- ela murmurou.

–Eu a roubei- sorri e continuei a história- Nos encontramos quando ela e Lene estavam fugindo do hospital, e na verdade ela fez os primeiros socorros por eu estar no hospital por causa de um acidente de moto.

–Ah...- Sirius assentiu.

–Mas a barriga ta ficando maior já?- perguntei analisando a barriga dela- Com certeza ta maior que da última vez que eu vi. Será o bebê ou apenas banha mesmo? Poderia perder dois quilinhos.

Adorava irritá-la.

–Tenho certeza, e olha que eu nem vi, que seu amiguinho ficaria melhor também com dois centímetros a mais- ela sorriu.

Todos riram e ela me olhou vitoriosa. Fingi tirar um chapéu invisível.

Todos fomos nos sentar em um sofá. Ficamos conversando até tardinha da noite, quando o tal Serius se levantou.

–Tenho que ir nessa...

–Por quê?- Lene perguntou.

–Estou cansado morena, o dia foi cheio- deu uma bitoca nela e saiu sem se despedir.

Tive a impressão que James tinha encarado Serius de mais.

POV Sirius Black

Acordei e encarei o teto, me lembrando da outra noite.

“-Mais forte Siiiii...rius... Ai, vai!- Emme dizia de punhos fechados enquanto eu fazia movimento de vai e vem dentro dela.

–Goza logo Emme- disse com a voz sexy e controlada para não chegar ao meu máximo, na verdade a Emme era muito gata, mas não estava em clima para tranzar.

–Só quando você goooo...AAAAH!- ela disse chegando ao ápice.”

Levantei-me e me deparei com o Nathaniel saindo do banheiro com o uniforme completo.

–Olá- falou com aquele sotaque americano irritante.

–Oi.

–A noite foi boa?- perguntou colocando o sapato.

–Como?

–Você. Você disse que ia dormir, que tava cansado e tal... Mas quando todos viemos dormir você não estava aqui.

–Me acusando de mentir?

–Na verdade sim.

–O que você quer saber?- fiz o defensivo.

–Relaxa, não vou sair espalhando nada para sua namorada...

–Marlene não é minha namorada, somos só... Amigos com benefícios.

–Relação moderna, admiro ela por isso- Nath fez aquele sorriso de quem entende disso. Ele também era um pegador pelo jeito, estava simpatizando mais com ele depois dessa.

–Quer saber? Isso mesmo, eu fui tranzar por ai com uma loira e a Lene não pode saber, nem as meninas porque diriam a ela, meio que a Lene e essa loira se detestam.

–Uau...- Nath riu.

–Uau mesmo!- fui para o banheiro.