Quando chegaram, ligeiramente foram clausuradas naquele cubículo polvoroso e escuro. Era uma situação alcantilada, embora não houvesse como reverter.
— É tudo culpa do fofoqueiro do seu marido. Ele quem denunciou! — Bernadete, emburrada, falou ultraje.
— Ele não sabia que aqueles apelidos eram nossos! Não seja injusta, Bernadete.
— A culpada mesmo é Madalena, que provavelmente é a autora daquela carta anônima. — Cândida sentou-se ao canto da cela, prostrada.
— Basta! Precisamos dizer aos policiais quem nós realmente somos! — Virgínia aumentara o tom de voz, fatigada.
— Não importa quem somos, estamos condenadas! Jamais irão acreditar em nós! Acabou tudo!
E então choraram, já desacreditadas.
Acesse este conteúdo em outro dispositivo
Fale com o autor