Cândida, compenetrada, encarava o empíreo com um pensamento espectral, na expectação de que aquela situação em fim passasse. Bebia chá enquanto encarava as límpidas nuvens, quando Benjamin se aproximara.

— Linda tarde, não?

—Tem razão. Vim buscar um ar fresco. — Cândida respondeu, afável.

— Seu marido está em casa?

— Foi para Silphord, para um leilão.

Benjamin aproximou-se indiscreto, selando a Cândida um beijo retraído. Era um adultério habitual, então não houve qualquer surpresa.

—Há muito tempo eu não lhe beijava.

— Vai chegar o dia em que faremos isso sempre. — Cândida ofegou.

Desvencilharam-se assim que viram o calhambeque de xerifes adentrar a vereda.