— Aqui, este é o caminho que leva até o Grande Mestre. — O rapaz apontou para a escadaria minimamente gigante. — Para chegarem ao templo do patriarca precisam passar por elas, são doze casas no total. Óbvio que cada casa possui um guardião, um cavaleiro de ouro.

Os cinco jovens observaram o caminho.

— Saibam… nenhuma pessoa foi capaz de completar o desafio das doze casas.

— Pois nós seremos os primeiros. — Seiya virou para seus colegas. — Vamos todos juntos.

Começaram a subir pela escadaria. O rapaz encarou-os, tirou sua capa e gargalhou.

— Não permitirei que cheguem nem na primeira casa! Flechas fantasmas!

Todos se viraram. Os quatro cavaleiros conseguiram desviar de todos os golpes com extrema facilidade. Seiya ergueu seu punho e o golpeou no peito, fazendo-o cair para trás nos degraus. Hyoga sorriu.

— Nunca que um cavaleiro raso e medíocre como você poderia fazer algum arranhão em mim, o cavaleiro de Cisne! — Foi repreendido com um tapa no ombro. — Ahm, e nos outros….

— Não era para acertar vocês! — O rapaz disse, soltando uma risada histérica. O sorriso ia de orelha à orelha, os olhos estavam opacos e arregalados. Eles demoraram para entender, até que Seiya arregalou seus olhos.

— SAORI! — gritou correndo até a menina, que agora estava deitada no chão e com a mão no peito. — Saori, fala comigo! Saori! Resista!

“Meu vestido! Mancha de sangue, que nojo! Sangue é difícil de tirar, que azar vir com um vestido branco!”

O riso continuou. O cavaleiro começou um monólogo:

— Ninguém pode tirar a flecha do peito desta menina, ninguém além do Grande Mestre. Qualquer outra tentativa irá levá-la a morte. Tudo o que resta agora é cumprirem o desafio dentro de doze horas, e…

— Blábláblá, quanto papo, cala a boca! — Seiya ordenou. — Morre, praga, tá fazendo a gente perder tempo! — Segurou a menina em seus braços. — Bora, Saori. Vamos te salvar!

— Não dá mais tempo, Seiya…. — O cavaleiro maligno em um último resquício de força para apontar. — GYAHAHAHAHA! VOCÊS QUE LUTEM!

O relógio das doze casas estava aceso. Precisaram de alguns momentos para se recompor.

— Vamos, não temos tempo a perder! — O cego afirmou usando seu cosmo para vestir a armadura de Dragão e começando a correr para subir os degraus. Todos assentiram e fizeram o mesmo, indo logo atrás dele.