As Crônicas de Leo e Ana - A Maldição da Magia

Como Ninjas e Andarilhos,Parte 2 ; Tenho um encontro com a lutadora de punhos de aço.


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–Como assim ele terá que dormi comigo? –Escutei a Ana gritar, como sei que era ela? Simples, ela estava nervosa e gritando, é o suficiente... Fiquei quieto para saber sobre o que eles conversavam.

–Você que decidiu que ele teria que dormi em outro local ate ele se recuperar. –Escutei a Asuka falando. –Então, você é a melhor opção.

–Ele pode dormi com você, você viveu com ele por quase seis anos! –Ana disse.

–Mas você viveu com ele por oito anos cravados, você venceu. –Asuka riu e a Ana bufou.

–Olhem, se quiserem ele pode continuar dormindo ao meu lado. –Ouvir a voz da Zira.

–Não, ta tudo bem... Só não estou acostumada a ver ele dormindo ao meu lado... –Ana falou, abri meus olhos e a luz me cegou por um tempinho. –Aleluia acordou! –Quando me acostumei com a luz eu vi a Asuka e duas Ziras...

–... –Esfreguei meus olhos e olhei para elas de novo. –Que bizarro, ainda estou sonhando? Porque eu tive um sonho que eu virei o Nate e a Ana virou a Zira e eu lutei com o Sephiroth e ai agora eu vejo duas Ziras e... –A Zira que estava sem mascara me deu um soco na cabeça e mostrou um espelho. -... Não foi um sonho, não é Ana?

–Você quer que eu responda mesmo essa pergunta? –Ela perguntou seria, ta ai uma visão que nunca esperaria da Zira, a Ana estava usando uma blusa justa e uma calça que ia ate o joelho, meus olhos ficaram presos nos seios dela que estava quase destacados, acho que a verdadeira Zira percebeu, porque ele ficou vermelha e jogou um travesseiro duro na minha cara. Meu nariz sangrou, não sei se foi por causa do travesseiro ou da visão que tive a pouco tempo. –Mas você é mesmo um baita pervertido, em? –Ana sussurrou e suspirou. –Nem acredito que vou dormi com você por alguns dias... –Deve ter sido o pensamento do Nate, mas veio um monte de coisas estranhas na minha mente, balancei minha cabeça tentando afastar esses pensamentos e funcionou, me sentei e a Ana riu um pouco. –Ta sujo aqui... –Ela apontou para meu nariz, peguei um pano na gaveta e limpei.

–... Tudo que eu sonhei... Foi verdade? –Perguntei.

–Parece alguma fantasia para você? –Asuka perguntou, levantei uma sombrançelha e ela suspirou. –Esqueça o que eu falei, ok? Apenas acredite, tudo que aconteceu foi verdade. –Ela falou.

–Então... –Olhei para minha barriga e tinha uma marca, como uma cicatriz que quase tinha sumido. -... Sephiroth... Ele é mau... –Sussurrei e me levantei. –Bem, vou andando, quero sair um pouco... –Falei e a porta foi aberta, a Tifa saiu de lá.

–Leo... –Ela me encarou um pouco. -... Você é o Leo, não é? –Assenti e ela suspirou.- Otimo... Leo, preciso falar contigo... A sós. –Ela disse, ergui uma sombrancelha.

–Algo em particular? O que é? –Ela me levantou (QUE FORÇA!!!) e... ESTAVA PROXIMA DEMAIS!!!

–... –Ela balança a cabeça antes de continuar. –Na verdade... Eu quero sair um pouco... E pensei em você vim comigo... –Fiz um “WHAT!?” mental.

–Como... Um encontro? –Ela beijou minha bochecha, agora sim estou confuso.

–Que bom que entendeu... –Ela começou a sair do quarto. –Te vejo hoje a noite, as 17h30min em ponto! –Ela saiu e fechou a porta, deixando eu e mais três meninas confusas.

–... –Ana olhou para mim e me deu um tapa. –O QUE VOCÊ FEZ???

–Nem olhe para mim, eu não faço ideia do que houve aqui também! –Falei, Asuka olhou para Zira e antes que ela fala-se algo, a Zira sai.

–... –Otimo! Você sabe que ela é sensível, não é? –Do que elas estão falando? Estou boiando aqui!

–Etto... Do que vocês estão falando? Eu não entendo a mente das mulheres, caso vocês não se lembrem! –Falei, ambas me olharam.

–Deixa ele, é um tonto mesmo. –Ana falou e puxou a Asuka, mulheres... Somente os deuses para entende-las ou nem isso...

Não me arrumei tanto assim, vesti uma blusa branca, um jeans azul-escuro e um casaco vermelho, alem de um tênis preto. Nem precisei pentear o cabelo, o meu estilo bagunçado já era o suficiente. Desci as escadas e sai, dei de cara com a Tifa, ela usava a mesma roupa do jogo: blusa branca que deixa a metade da barriga á mostra, um short embaixo de uma saia preta e seus cabelos negros estavam soltos. Demorei um tempo para perceber uma coisa.

–Seus olhos são vermelhos! –Exclamei surpreso, ela riu.

–Castanho avermelhado, para ser precisa. –Ela falou e colocou uma das mãos em meu ombro, já disse que ela é uns sete ou dez centímetros mais alta que eu? Começamos a ir ate um local, um parque para ser preciso, senti alguém nos segui confiei nos instintos do corpo do Nate.

–Fica quieto, Nate, temos uma missão... –Escutei a voz da Zira... Mas pelo comportamento, era a Ana.

–Eu sei, você que fica se mexendo de um lado para o outro. –Ouvi o Nate sussurrar.

–Ne... Me lembrem... Porque estou aqui mesmo? –Agora era a Zira verdadeira.

–O Nate é o nosso rei dos disfarçes, eu sou o cérebro e você é os nossos músculos, é perfeito! –Ana falou e a Zira suspirou.

–... Quero ir pra casa... –Zira reclamando com a Ana? Essa é nova... Eu e a Tifa entramos no parque e começamos a olhar ao redor.

–O que ele queria? –Ela perguntou de repente, sabia que ela queria falar algo comigo.

–Sephiroth? –Ela concordou. –Um tal de... Estrela Quasar –Falei, ela fez uma careta.

–É poderoso?

–Nem sei sobre o que eles falam, como saberei? –Sussurrei para ela, mas suspirei em seguida. –Entretanto, se eles queriam, ou é uma coisa poderosa ou que pode ser usada contra eles e eles querem destruir de uma vez

–Entendo... Tem que ficar de olhos e ouvidos atentos, se quiser viver, Sephiroth não é o tipo de cara que morre ou desiste fácil... –Ela sussurrou de volta, concordei.

–Da para perceber... –Falei fui ate um sorveteiro. –Quer um? –Ela concordou. –Um de menta e um de chocolate. –Peguei os sorvetes e dei uma a ela, nos sentamos em um banco no centro do parque. –E pensar que a alguns dias eu era um garoto quase normal... –Sussurrei, ela escutou.

–“Aqueles que tem algo especial no passado e conseguem viver bem no presente, estão destinados a algo grande no futuro”... Não é? –ela falou sorrindo, ri um pouco, usando minha própria frase contra mim... Olhei ao redor e encontrei algo, sorri malignamente, aqueles três querem algo romântico, terão algo romântico...

–Vamos naquele brinquedo? –Apontei para o tão conhecido “Tunel do Amor”, ela me olhou surpresa.

–Pensei que iria querer ir lá com a Z--A puxei, interrompendo sua frase. Forcei a nos dois entramos e começamos o passeio, na verdade, não sei o que há de emocionante no Túnel do Amor, realmente, dei aleluia quando acabou e sai as pressas. –O que houve?

–Nada não... –Falei e parei de andar, olhando para a Roda Gigante, sempre quis andar em um desses, mas nunca tive chance... Tifa encarou e sorriu.

–Quer entrar? –Meus olhos estavam brilhando de emoção.

–É CLARO!!! –Falei e fomos ate o brinquedo, a vista é tão incrível!!! Continuamos a brincar em mais alguns brinquedos e voltamos com alguns bichinhos de pelúcia.

–Não acredito que você jogou aquele Tiro-Ao-Alvo impossível para ganhar uma Mini Tifa de pelúcia... –Ela falou, eu ri.

–Não acredito que você jogou aquele jogo de Luta de Rua somente para ganhar o Zidane! –Falei.

–Não é só um simples boneco do Zidane de Final Fantasy IX, não é? –Ela perguntou.

–CLARO QUE NÃO!!!- Comecei, ela revirou os olhos, sorrindo -Esse é o Zidane feito no Japão, modificado na China e terminado os detalhes no Mexico, ele é de edição limitada articulável, com controle remoto que faz a posse de combate, a posse de vitoria e ele troca de adaga para lança com laminas duplas, sem contar que pode movimentar a cauda dele para qualquer angulo e ele também se pendura com ela, alem dele brilhar no escuro como um abajur e quando ele brilha, ele parece esta em Transe!!! Tem todos os detalhes que o Zidane tem, usa uma roupa da seda mais macia que tem na China, a textura dos cabelos louros dele, ate as cicatrizes e os detalhes dos pelos da cauda incrível dele! So existe três delas nos Estados Unidos e um deles é MEU!!! MUAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAH!!!!!!!!!! –Disse como um retardado, eu gosto de colecionar os bonecos da saga de Final Fantasy, e o Zidane terminou minha coleção! Tifa ria da minha cara de maluco.

–Você é bem engraçado... –Ela disse, sorri e entramos em casa pelas portas do fundos, já que o pessoal esta dormindo. –Foi uma noite divertida, Leo. Obrigada.

–Não tem de quer! –Disse e ela subiu as escadas, entrei em uma porta perto da cozinha e coloquei o meu Zidane lá, junto com o resto dos meus bonecos. Fui a cozinha para pegar um suco e me deparei com a Zira, parecia pensativa. -... Zira? –Ela tomou um susto.

–Leo... –Ela se sentou de novo, parecia esta confusa. –Como foi o passeio?

–Porque o Nate, a Ana e você me seguiram? –Perguntei, ela não parecia ter prestado atenção. -... Zira? –Ela me olhou e balançou a cabeça.

–Ela me forçou... –Disse, achei estranho ela não ter negado... Me sentei ao lado dela.

–Que foi? –Perguntei, ela suspirou.

–Acho que... Fiquei com ciúmes... –Fiquei surpreso.

–Perai... Você estava com ciúme pelo fato da Tifa sair comigo? –Perguntei, ela concordou, por um momento, achei que ela sentia o mesmo que sinto por ela... Mas uma voz irritante negava isso, então suspirei. –Talvez seja porque eu e ela não conversamos muito e o fato de nos dois saímos a deixou... Intrigada, sei lá...

–Talvez... –Ela sussurrou, ótimo Leo, uma chance perfeita para ficar com a garota que você gosta foi para o lixo...

Ela não é do seu mundo... –A voz que ouvi a pouco tempo sussurrava. –Ela nunca foi desse mundo, no final, ela voltará para onde pertence... E você não terá nada... –Suspirei, esse é o único motivo pelo fato de nunca ter dito nada para ela. Mas irei provar para ele que ele não comanda em mim...

–... Zira? –Ela tinha se levantado e ia para o quarto quando eu a chamei. Fui ate ela. -... Eu... Por favor, não fiquei brava, ok? –Antes que ela perguntasse, beijei na maça do rosto dela, perto dos lábios da mesma. Me afastei dela depois de um tempo e nos dois estávamos vermelhos. Quando ela foi falar comigo, corri ate o quarto e me tranquei no mesmo, percebi que a Ana tinha acabado de sair do banheiro, mas estava vestida.

–Que foi? –Ela perguntou, ignorei e me deitei. –Leo, que foi, em? –Continuei ignorando ela, ela se deitou do meu lado e começou a fazer cafuné em mim. -... Não se preocupe, Leo... Não chore, ok? –Tarde demais! Abracei a mesma e acabei desabafando, ela me abraçava também, continuando o carinho. –Calma... –Ela respirou fortemente e começou a cantar. -Em um outro lar,Onde não há dor... Ninguém vive só, Em busca de um amor... –Eu lembro-me dessa musica... Ela sempre cantava comigo quando estava no orfanato... -Ninguém quer brigar, Não há solidão, Posso não saber o que fazer, Mas dentro do meu coração... Eu sei com o meu amor, Onde quer que eu vá, Meu lar, É quando estou contigo... Eu vou, Seja onde for, Só pra te encontrar, E te abraçar, Com o meu amor... –Ela me acalmava... E era o único jeito que tinha dela ficar comigo no orfanato... Reprimir a dor que eu estava dentro de mim e comecei a cantar.

Eu tentei fugir, Não queria ver... Mas o nosso amor, É o que me faz viver... Há um mundo assim, Feito só pra nós... –Ela sorriu, olhei para ela e sorri.

E eu quero que o mundo inteiro ouça agora a nossa voz... Eu sei com o nosso amor, Onde quer que eu vá, Meu lar, É quando estou contigo... Eu vou, Seja onde for... Só pra te encontrar, E te abraçar, Com o nosso amor... Eu vou com o nosso amor... –Terminamos a canção e ela e abraçou mais forte... Não estranhem, ela tem seu lado sensível...

–Lembre-se... Você não esta mais sozinho, Leo... Não esta mais sozinho... –Ela sussurrou, me lembrei do orfanato... Ninguem queria falar comigo... Não tinha amigos, era solitário... Ate aquele dia...

Estava no meu quarto, como sempre, em um canto qualquer, tentando não chorar pela milésima vez. Eu não tinha um nome, como o pessoal, era muito pequeno quando entrei, então me apelidaram de Boy, estava quase chorando quando a dona do orfanato entrou.

–Boy, você tem visita... –Visita? Uma garotinha ruiva entrou e me olhou, se sentando do meu lado,ela me encarava e eu também, por um momento, pensei que era um truque dos outros garoto, antes dela falar...

–Não gosto do nome Boy... Vou te chamar de Leandro, o nome do meu cãozinho de estimação que morreu. –Ela disse simplesmente. Fiquei surpreso, sem mais nem menos, ela me deu um nome? Ela esticou a mão –Sou a Ana, Asakura Ana! Qual seu nome? –Ela perguntou, a olhei por um tempo antes de responder.

–... Leandro... Mas me chame... De Leo... –Falei, ela sorriu, aprovando.

–Otimo apelido! Venha Leo! –Ela começou a me puxar para fora do quarto, começamos a brincar de varias coisas, ate de tarde, quando a hora de visitas acabava. Ela me olhou alegre e enxugou uma lagrima minha. –Ei, não esquente... Amanhã eu volto, ok? Ate lá, pense em mim! –Ela me deu um beijo na testa e saiu correndo para seus pais,aquela foi a primeira vez que alguém quis ficar do meu lado, sorri e entrei no orfanato. Alguns garoto me zoaram como sempre, mas então fizeram uma coisa imperdoável para mim...

–Como aquela garotinha queria ser sua amiga? Ela é maluca ou algo assim? –Eles riram e algo cresceu em mim, podia falar mal de mim, mas ninguém... Fala mal dela... Antes que eu desse conta, eu estava lutando contra eles e consegui vencer, foi a primeira vez que senti raiva... No dia seguinte, acordei com uma garota do meu lado, o susto foi tanto que cai da cama, a Ana riu.

–Medroso! –Dei língua a ela, ela riu e pulou em cima de mim, me abraçando. –Obrigada, soube que você me protegeu ontem... Valeu primo! –A olhei surpreso.

–P-Primo?

–Bem, não sei se você é meu primo de verdade, mas ate lá, irei lhe considera um primo! –Ela disse, aquela sensação boa estava crescendo... A abracei chorando, de felicidade... Ela revirou os olhos feliz. –Meu primo chorão... “

–Eu me lembro... –Falei do nada, ela me olhou confusa. –Me lembro quando nos conhecemos... Você me batizou de Leandro... –Ela sorriu.

–É... Eu te considerava um primo... E foi so mais tarde para descobrir que era verdade... Que éramos primos... Temos ate a mesma marca... –Ela disse, sorri, minha cicatriz... Quando descobri que não era o único que tinha uma cicatriz quase em forma de estrela, ficamos tão íntimos, especialmente quando dissemos sobre nossos poderes um ao outro.

–... Me deixa dormi abraçando você assim? –Perguntei, ela riu.

–Mesmo que eu negue, irei acordar com você enrolado em mim... –Ela falou, a olhei.

–Isso é um sim? –Perguntei, ela me abraçou mas forte.

–Sim... Isso é um sim... –Ela falou, antes que eu pegasse no sono, ouvi ela disse a frase que ela sempre dizia para mim no orfanato... -... Meu primo chorão... –Sorri e adormeci, ela nunca mudará... E isso é bom demais.