As Crônicas de Leo e Ana - A Maldição da Magia

... Minha prima vira um homem de oito metros com cabeça de cachorro


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–Não posso acreditar... –Sussurrei ainda encarando ela –Ela esta... Usando magia?

Quando o brilho cessou, ao invés de ter a minha prima, tinha um gigante de uns 8 metros com corpo de humano... Mas a cabeça de cachorro...

–WHAT????????????????????? –Gritei surpreso, o gigante olhou ele mesmo e socou o ar para cima, como se estivesse fazendo um “YES!!”.

–UHUUUUUUU, EU FIZ SIM!!!! –Ouvir a Ana gritar, olhei bem para o gigante e vi no peito dele ela dentro do mesmo. –Bem, parece que eu fiz o avatar de Anúbis... Eu queria mesmo era fazer uma bola de fogo, mas isso já serve... –E então ela pulou em cima do Amo Negro e começaram a lutar um com o outro, não acreditava nisso... Ela lutava como se tivesse treinado a vida toda!

–C-Como é possível? –Carter sussurrou me ajudando a levantar.

–Sei lá, mas se ela consegue... –Me concentrei e tentei fazer o mesmo, mas só senti algo em minhas mãos, quando abri os olhos, eu vi a Grandark... EM CHAMAS AZUIS!!!!!!!!!!!!!! –AAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHH, APAGA ISSO!!!!! APAGA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! –Gritei sacudindo ela, porem, percebi que a Grandark parecia grudada a minha mão e as chamas não queimavam. –Será que... –Corri em direção a um monte de inimigos pulei e cravei a Grandark no chão. Vários espinhos cobertos de chamas apareceram, destruindo todos os inimigos. –Eu sempre quis fazer uma “Erupção de Ferroadas”!- Falei, desta vez me concentrei em alguma coisa de longo distancia e vi que a Grandark se transformou em pistolas –ADOREI!!!!! –Gritei, começando a atirar nos bichos. Acho que eu virei um maníaco, pois quando eu passava perto do pessoal, todo mundo me olhava assustado, tipo como se estivesse se perguntando: Aquele é o Leo mesmo?

–Não abuse da sorte, Leo. Você ainda não sabe controlar esse poder! –Disse o Elscud, mas como minha prima diz...

–Acredito em apenas uma coisa: SÓ SE APRENDE FAZENDO!!!! –Gritei e comecei a cortar, ou melhor, retalhar os monstros. Percebi que a Ana detonou o bicho, fazendo os movimentos com facilidade e sendo extremamente ágil, e olhe que é difícil se mexer dentro do avatar!

Esta indo bem, Leo. –Falou a Zira. Senti como se esse fosse o dia mais feliz da minha vida, o que é irônico, pois estamos sob ataque e eu quase fraturei minha coluna.

–O-Obrigado... –Disse sem graça, comecei a ver o estrago e me assustei –E-Esses caras...

–Sim.

–Eu consegui...

–Exato.

–E eu fiz isso...

–Com toda a certeza.

–... Uau... Fiquei com medo... –Falei, outros monstros nos atacaram, senti novamente aquele estranho arrepio na coluna. –Er... Zira... Uma pergunta... Você tem um sexto sentido que a avisa do perigo?

–Poucas vezes, e quando tem, é um arrepio. –Ela disse se defendendo de alguns monstros

–Entendo... Então... CUIDADO!!!!!!!!!!!! –Gritei a puxando exatamente no mesmo momento em que algo no ar cortou todos os monstros. –Ai mamãe... Eu só conheço um único monstro que sabe usar essa técnica... –Disse e olhei para o lado, de novo, não queria ter olhado: O poderoso Gaicoz estava parado, bem ao meu lado. - Qual é! Não pode nos aliviar não? Tipo, aparece amanhã de manhã, depois do café... –Ele me puxou e me carregou como um saco de batata. –De portal para um saco de batata, que legal... –Zira foi lutar com ele, mas quando ele me jogou no chão para lutar com a mesma, (Que por sinal, não foi nada legal ao me colocar no chão.) alguma coisa me invadiu, lembranças, para ser honesto. As lembranças da Zira de quando enfrentou o Gaicoz me atingiu de forma certeira. Alguma coisa me domou, uma mistura de medo, raiva e poder. Possivelmente a raiva foi da Hahna, o medo foi meu mesmo e o poder... Sei lá, só sei que quando percebi, tinha empurrado a Zira e começado a lutar sozinho com o Gaicoz.

–O QUE É QUE EU ESTOU FAZENDO????????????? –Gritei mentalmente enquanto eu lutava bravamente com ele, e por incrível que parece, conseguia acompanha-lo. Não sei como nem porque, só sei que cada vez mais eu sentia mais raiva e cada vez mais poder me invadindo.

Uma hora, nossas armas se chocaram, e é claro que a minha foi jogada longe, não foi? ERRADO! Sei lá, aquele poder me fez ficar frente a frente com o Gaicoz, e o incrível: Eu estava empurrando ele, que massa! Mas a alegria durou pouco, porque eu senti a força sobre natural a lá Chuck Norris me abandonar, a chance perfeita para ele me dar um chute que me levou lá por outro lado da cidade...

–Droga, porque agora? –Sussurrei e vi o Gaicoz vindo em minha direção como um tanque de guerra, esquivei por pouco, tentei levantar, mas parecia que minha perna estava presa em uma caixa de metal cheia de tijolos, resumido, tinha quebrado a perna. –Droga dupla... –Gaicoz veio para mim outra vez e quando estava pronto para receber o dano... Espadas apareceram do nada e o machucaram.

–Eu já falei e vou repetir... –Vi a Ana com a espada cravada no chão. -... DEIXA MEU PRIMO EM PAZ!!!! –Ela gritou e partiu para cima dele, as espadas se chocavam numa dança assassina e cruel de laminas (vocabulário avançado, em!), vi a Arme com o Leo e a Zira se aproximarem e me examinarem.

–VIXI MARIA!!! TIRA ISSO DELE AGORA, TIRA ISSO AGORA!!!!!!!!!! –Gritou o Leo, não entendi na hora, mas senti uma dor horrível na minha perna e quando eu vi, Arme tinha tirado um pedaço de lamina na minha perna, o Leo terminou o serviço, tirando a ultima parte da lamina.

–Me diz que a cura não vai doer... –Sussurrei, os três se entreolharam preocupados. -... O que tem que fazer?

–É que a sua ferida é profunda, então... –Assim que a Arme disse isso, Leo fez um fogo verde e colocou na arma que a Zira segurava (a minha) ate a lamina ficar fervendo, entendi na hora o que acontecia.

–N-NÃO! POR FAVOR, NÃO ENCOSTA ESSA LAMINA NA MINHA- -Tarde demais! Ela colocou aquela lamina na minha perna e o pior! Segurou a mesma para eu não mexer, sorte que a Arme fez uma magia de silencio, porque, rapaz, a dor foi extremamente intensa, caras, sabe aquela sensação de dor que nós sentimos assim que uma pessoa chuta nossas partes intimas? E meninas, aquela sensação horrível de cólica que, graças a deus, nós não sentimos? Imaginem essa dor, só que triplamente pior multiplicado ao quadrado, da pra perceber como foi à dor, ne? Sem contar que mesmo com a magia, eles ainda conseguiram escutar eu gritando, o que significa que eu consegui romper uma parte da magia com apenas o grito... Da pra ver que a dor foi mais que intensa, não da? Depois da dor, Arme fez a magia de cura, que aliviou um pouco. Zira imobilizou minha perna, e falou que era melhor não me mexer por um tempo.

[Coisa difícil, já que eu tenho que me mexer a cada 10 segundos se eu quero ficar confortável... O que? Ah, é mesmo! Sua luta!].

Tirando isso, vocês tinha que ver a lutar da Ana com o Gaicoz, ela atacava como uma profissional! Alternando entre as três armas que ela sabe usar em curto alcance: Katana, Sabres e o Grandark. Gaicoz estava tendo dificuldades em lidar com ela, e ela não estava dando nenhuma brecha para ele contra atacar, como se ela já tivesse lutando com ele mais de uma vez. Foi uma lutar incrível e ameaçadora. No final, ela se afastou dele e se concentrou, Gaicoz foi para cima dela, quando estava próximo, ela pulou e cravou a espada no chão gritando:

ERUPÇÃO DOS ESPIRITOS DE CHAMAS!!!!! –Vários espinhos feitos de pura mana apareceram, afiados como laminas e em chamas! Percebi que era a junção do “Erupção de ferroadas” com o “Espírito da Lamina” e o “Onda de Chamas”, mas como ela conseguiu fundir os três poderes? Acho todos ficaram surpresos como eu. Ana caiu exausta no chão, mas o Alibaba a ajudou a andar. Eles se aproximaram e ela sorriu, comecei minhas perguntas.

–O que... Como... É O QUE???? –Ou pelo menos tentei falar algo, ela riu da minha cara.

–Parece que eu tenho mais habilidade que você –Ela disse, traidora!

–Droga tripla. –Sussurrei, vi o Gaicoz se levantando de novo –Droga quádrupla!! –Falei, Gaicoz veio até nós, porem, ele parou no meio do caminho e se contorceu de dor.

Já chega Gaicoz, você já não serve agora. –Uma sombra apareceu em cima do Gaicoz, percebi que algumas pessoas da Grand Chase original ficaram tensos, os humanos... Fiquei paralisado.

–Por favor, não seja quem eu estou pensando... –Sussurrei e encarei a sombra, ela se tornou um humano... Ou quase um humano, cabelos roxos com dois detalhes pretos como chifres, roupas meio coladas quase toda roxa e com um cubo ao lado dele, travei de novo, só podia ser alguém. –Aquele é o...

–... Veigas... –Sussurrou a Ana, Veigas olhou para o Gaicoz como se ele fosse algum animal morto.

–Eu falei para esperar meus comandos, não disse? –Ele perguntou, sua voz era suave, mas de algum jeito, conseguia colocar medo nas pessoas próximas. –Eles podem estar fracos, mas eu não ordenei você ataca-los. –Ele fitou o grupo Grand Chase. –Nós encontramos de novo, Doze discípulos?

–Sim, mas desta vez, não perderemos para você, Veigas –Disse a Elesis, percebi que sua voz não tinha tanta confiança como sempre.

–Tolos insolentes, eu mesmo irei destruí-los. –Veigas preparou uma magia incrível, senti uma quantidade enorme de aura maligna, era tão forte que não conseguíamos nos mexer, achei que fosse meu fim, mas ele encarou alguém e arregalou os olhos, parando a magia. -... V-Você? –Olhei para onde ele encarava e vi a minha prima, já de pé.

–... –Ela encarou o pessoal ate se da conta que era sobre a mesma que ele falava –Eu? O que tem eu? Já nos conhecemos algum dia? Tenho certeza que não, eu reconheceria se eu tivesse conhecido alguém com sua aparência... -Veigas continuou a encara-la e seu rosto mudou de paralisação para... Felicidade?

–Nós encontramos de novo, pequena Ana... –Ele sussurrou, mas por algum motivo, somente eu consegui escutar. O rosto dele mudou para preocupação. –Você sabe quem eu sou?

–Hum... Veigas, o destruidor, o treze discípulo, o renegado e traidor? –Ela perguntou, Tenho certeza que vi o Veiga ficar triste por um momento.

–... Não, parece que ninguém me conhece, sou muito mais que isso! -Sua feição mudou para seria. –Gaicoz, vamos embora.

–M-Mas senhor, o senhor pode acabar com eles agora mes-.

–Eu disse: Vamos embora. –Ele falou, mais grosso, Gaicoz se encolheu um pouco, Veigas voltou a fitar todos nós. –Escutem, por hora, irei deixa-los viver, mas gravem minhas palavras: Eu voltarei, em breve, e é melhor estarem prontos. –Então, um portal surgiu em baixo deles e ambos desapareceram, eu e a Ana nós encaramos e sabíamos o que o outro estava pensando.

–Isso aqui vai dar treta, e das bravas... –Falamos juntos, encarando agora o local que, antes era alguns prédios, viraram ruínas.