As cores do amor - Como chocolate

- As cores do amor, especial do dia dos namorados.

Como chocolate.

- O que lhe atrai, Jr? - Perguntou Ren, sorrindo. Aquele sorriso inocente que tanto me facinava, amava aquele sorriso. Clichê, não? Talvez. Mas dizem que os melhores sentimentos são clichês.

- Chocolate. - Respondi brincando, era apenas uma brincadeira. Ele suspirou, como se não fosse a resposta que ele tanto esperava que saisse de minha boca.Mas o que eu podia fazer? Esperava realmente que eu falasse assim? Não seria cedo? Talvez fosse mesmo assim tão cretino e idiota. Eu sei que sou assim, mas ele me facinava, me prendia, não podia evitar. Eu o amava, talvez. Ele se levantou do sofá, ríspido, indiferente, depoositou um beijo leve em minha bochecha e caminhou em direção a porta. Ora essa.

- Ei Ren! - Murmurei baixo, o puxando pela mão fazendo-o cair em meu colo. Meio bruto? Talvez. Mas não o deixaria ir assim tão fácil, não denovo.Eu sorri ao ver seu bico emburrado enquanto cruzava os braços. Seria algo realmente engraçado de se ver se ele não insistisse em tentar sair do meu colo. Realmente irritante.

- Não faz isso comigo, loiro aguado. - Disse escondendo meu rosto no vão do seu pescoço, seu ponto fraco.

Talvez não fosse a melhor pessoa para apelidos, talvez eu não fosse o mais carinhoso, mas eu o amava, tinha certeza. Então, para que tantas palavras no passado? Não sei, medo, talvez. Passei os braços ao redor da sua cintura, apertando-o contra meu corpo. Ele ficou vermelho, talvez a primeira vez que eu o via ficar tão corado. Era bem nítido por causa da cor clara de sua pele, tão perfeito. Até nisso.

- Você prefere chocolotes, vai lá. - Droga, ele era realmente teimoso quando queria. Mas ele era perfeito até nisso, seu rosto de porcelanam os lábios rosados.

- Você é meu chocolate branco. - Tá, na minha cabeça isso iria soar mais fofo, ok? Não me crucifiquem.

Eu estou tentando fazer meu melhor, mas venhamos e convenhamos que agradar é difícil. E alem do mais, eu era um completo idiota quando se tratava do meu loiro aguado, isso, meu. Só meu, só ele que não sabia disso.

- Está me comparando a um chocolate, Junior Royal? - Ele disse inconformado, lascou-se. Na minha mente isto era fofo. Oh droga, isto é fofo não é? Não, ok.

- Mas eu gosto de chocolate. - Murmurei baixo perto de seu ouvido, mordendo o pescoço do loiro. Logo rindo baixo com a caretinha do mesmo e aquele bico que parecia uma tromba de elefante enorme.

- Junior.

- ...Hum?

- Se eu te disser algo promete não se assustar?

- Hã?

- Promete?

- Prometo.

- Eu te amo.

Arregalei os olhos, o que podia fazer? Realmente não esperava por isso. Tudo bem que eu o amo, mas ele era praticamente totalmente mulher nesse relacionamento, eu que deveria falar isto, não é? Oh god, estou me sentindo um camarão encolhido agora.

- Desculpa, não deveria ter falado nada.

Ele se levantou rápido, certamente como se estivesse fugindo da polícia, eu realmente espero que ele não esteja fugindo da polícia. Ele deveria estar se amaldiçoando mentalmente, talvez me amaldiçoando mentalmente.

- Espera. - O puxei pela cintura o abraçando por trás, era perfeito estar com ele, e novamente, não o deixaria ir assim tão fácil. - Eu também te amo.

Eu realmente não sei por quanto tempo ficamos ali, só abraçados escutando a respiração um do outro, mas eu trocaria todos os chocolates do mundo por mais momentos como esse. E eu havia descobrido as cores do amor, e a cor do meu amor por ele era branco, pois ele sempre seria o meu chocolate branco.