As CicaTRizes Que Nos Unem
Eu te amo, cicatriz
—Por que você entrou na minha vida, pra fazer essa merda? - Diz Thomas muito bravo muito perto de Gabi.
—Thomas, calma... você tá muito bravo, para com isso! - Diz Raquel.
—Já mandei você sair daqui, Raquel! - Diz ele ainda bravo.
—Não vou sair merda nenhuma, pode acabar com a sua raivinha! - Diz ela.
—Gente... calma... - Diz Gabi assustada.
—Beleza, fica do lado dela, eu tenho coisa melhor pra fazer! - Diz Thomas saindo da sala de aula vazia em que eles estavam. Raquel vai atrás dele e tenta convencê-lo a não jogar a final do interclasse já que estava com o pé muito machucado.
— Vaza, não me atrapalha! - Diz Thomas muito irritado com todos os acontecimentos anteriores.
— Decidiu voltar a ser escroto de novo? Você tá pior do que quando você veio pra cá, fala comigo! - Diz Raquel ainda no pé dele.
— A gente fala disso depois! - Diz ele chegando na quadra.
— Finalmente, conversinha demorada!- Diz Mateus indo com Thomas para a quadra.
Thomas olha pro seu tornozelo que estava machucado por já estar ruim antes e ser forçado muito durante os jogos.
— Pode começar! - Diz Thomas para o juiz sem tirar os olhos de Paulo.
— Terceiro contra segundo, boa sorte para ambos! - Diz o juiz antes de dar o apito de início de jogo.
O segundo (sala de Thomas) começa atacando até que um cara joga Lipe, que tinha acabado de passar a bola pro chão.
— Professor! - Diz Thomas apontando para Lipe. - Deixou o cartão em casa?
O juiz da a falta e o time continua atacando, quando o cara que tinha acabado de fazer a falta pega a bola, Mateus chega firme nele, da jogo de corpo e rouba a bola. Quando toca para Thomas, ele vai pra frente, sorri para Paulo e passa muito rápido. Porém, Paulo chuta seu pé machucado e Thomas vai de testa no chão.
— Ae, filho da puta, joga certo! - Diz Mateus peitando o Paulo.
Thomas se levanta devagar e metade de seu rosto estava com sangue que escorreu do corte em sua testa. Ele vai em direção ao vestiário quase caindo no chão e Raquel o ajuda a chegar lá.
— Que cara idiota, nossa, eu não acredito nisso! - Diz ela indignada limpando o corte.
— Vai lá fora... e pede um tempo... de 10 minutos pro juiz... e pega minha mochila... - Diz Thomas de olhos fechados.
— Que? Não pode jogar! - Diz ela.
Ele abre os olhos, olha bem pra ela e diz decidido:
— Vai logo.
Nisso Gabi entra no vestiário e Raquel sai dizendo “cuida dele”.
— Tá doendo muito? - Pergunta Gabi.
— Você já me fez sentir pior! - Diz ele enfiando a cabeça de baixo da torneira.
— Thomas... me desculpa, por favor! - Diz ela.
— Toma, sua mochila e a diretora não quer deixar você jogar! - Diz Raquel.
Thomas pega uns remédios na mochila de dois tipos diferentes, 2 calmantes musculares, 2 que bombeiam energia pro músculo e uma seringa.
— Nem vem! Já esqueceu o que aconteceu da outra vez? Me dá isso! - Diz Raquel brava tentando pegar a seringa.
— É pra dor, idiota, instantâneo, eu usei quando... aquilo aconteceu com a minha língua! - Diz ele injetando o remédio na perna e levantando quase que bem, com cara de dor.
Thomas sai para fora e todos estão discutindo. Matheus estava com o dedo na cara do juiz e o xingando. Thomas entra na frente e diz:
— Relaxa, vamo seguir o jogo, expulsa ele e tá tudo certo!
— Não vão expulsar ele, “foi lance pra amarelo”! - Diz Mateus indignado.
— Então ok, você não é juiz, não discute! - Diz ele indo pro meio da quadra. - Vai professor, apita isso!
— Thomas, eu não posso deixar você jogar! - Diz a diretora.
— Eu to bem! - Diz ele sem olhar pra ela.
O juiz da continuidade ao jogo e eles cobram a falta, assim que recebe a bola, Thomas testa o seu pé e chuta a bola com toda a força acertando a costela de Paulo e saindo da quadra. Eles cobram lateral, Mateus passa uma caneta em seu marcador e vai pro ataque, até que o jogam no chão também.
O juiz não da cartão, só segue o jogo com falta. Assim que Thomas pega na bola, vai pro ataque em direção à Paulo, passa com a velocidade de antes e toca pra Mateus que faz gol. Thomas olha para Paulo com cara de sério e não vira as costas pra ele.
Na saída de bola do terceiro, assim que Paulo vai pro ataque com a bola, Thomas da um jogo de corpo nele tão forte que o joga nas pessoas que estavam assistindo. Ele cobra lateral e vai pro ataque de novo. Depois de seu gol, o primeiro tempo acaba.
— Liga pra mãe vir buscar você! - Diz Thomas para Raquel.
— Por que? - Diz ela.
— Não vai voltar comigo! - Diz ele suando muito.
— POR QUE? - Questiona, Raquel, sem entender nada.
— Só obedece, uma vez, pode ser? - Diz ele.
No segundo tempo do jogo, o placar se estende a 3 a 2 para a sala de Thomas. No último lance do jogo, Paulo foi para o ataque muito rápido, de frente com ele Thomas vai com muita força e raiva. Paulo toca a bola mas mesmo assim Thomas pula com os dois pés em seu tornozelo. Paulo cai no chão gritando de dor, Thomas levanta, pisa forte em seu peito e grita:
— Cade o marrento foda que nunca perde?
Paulo não responde, só geme de dor. Thomas diz em um tom frio e baixo:
— Ele tá pisando em cima de você!
Thomas é expulso do jogo mas mesmo assim o segundo ganha o troféu.
Thomas pega suas coisas e quando estava a caminho da moto, Raquel aparece em sua frente e diz:
— Vou com você!
— Já disse que não da! - Diz Thomas montando na moto e colocando o capacete.
— Aquilo te drogou né? Se eu der um soco na cara aposto que você nem sente! - Diz ela brava segurando a chave da moto.
— É, drogou, é uma anestesia, queria o que? - Diz ele bravo tirando a força a chave dela.
— O Thomas de 24 horas atrás de volta! - Diz ela subindo na moto.
— SEGURA! - Diz ele antes de sair.
Chegando em casa, Sandra olha para Thomas e diz:
— Pelo jeito, jogaram sério...
— Eu já assinei a suspensão, mas vão ligar pra você.
— Thomas, o que você fez? - Diz Sandra nervosa.
— Ou quebrei ou torci o ligamento do tornozelo de um idiota! - Diz ele se apoiando na parede e tirando a chuteira com muita dor.
— O efeito passou né? - Diz Raquel preocupada.
— Tomou a injeção pra continuar jogando com o pé desse jeito!? - Diz Sandra.
— Como sabe? - Questiona Raquel.
— Sério? - Diz ele para Raquel.
— Thomas, eu não sei se eu te esgano ou se eu te mato. - Diz Sandra nervosa e preocupada. - E isso na sua testa?
— Um cortinho só, foi o cara do pé quebrado. - Diz Thomas se sentando com muita dor.
— Você não tem jeito né... tá de castigo! - Diz Sandra vendo o pé dele.
— Não mexe... eu vou tomar um banho e dormir... - Diz Thomas se levantando e indo pro andar de cima em um só pé.
Lá em cima, ele vai tomar um banho para poder dormir. Durante o banho, Gabi o liga 3 vezes e Thomas fica mais irritado do que já estava. Quando ele sai do banheiro estava só com um shorts de jogar bola e vai pro seu quarto.
— O que você tá fazendo aqui? - Diz Thomas surpreso com Gabi sentada em sua cama.
— A gente precisa conversar... - Diz ela até ser interrompida.
— Não, a gente não precisa, vai embora! - Diz ele apoiado na porta com o pé direito erguido.
— Você tá muito mal... a sua testa... - Diz ela quase encostando nele.
— Já disse pra ir embora, se quer fazer mesmo alguma coisa por mim, some da minha vida que eu acho que ajuda.
— Gabi, eu falei pro seu pai ir embora porque você ia almoçar aqui, de noite eu te levo pra casa!
— Ela vai agora, toma, leva ela embora! - Diz Thomas jogando a chave de sua moto para Sandra.
— Não se resolve as coisas assim, Thomas! - Diz Sandra seria.
— Não, Sandra, ele tá certo, eu não devia ter vindo. - Diz Gabi saindo do quarto. - Pode deixar que eu pego um ônibus pra casa.
Raquel que estava atrás de Sandra, olha nos olhos de Thomas muito nervosa, como se desse uma bronca nele.
— O carro tá aí? - Diz Thomas mais calmo.
— Sim, por que? - Diz Sandra.
— Me leva no hospital, e deixa ela no caminha! - Diz ele colocando uma camisa.
— Hospital? Tá ruim assim? - Pergunta Raquel dando um apoio para ele.
— Valeu a pena! - Diz ele sorrindo, com dor.
Na porta da casa de Gabi, Thomas nem olha para o lado. A irmã de Gabi o vê e fica brava instantaneamente. Ela vai até o carro e diz:
— Ela tem chorado todas as noites, o que você fez? Em? - Diz ela muito nervosa, para Thomas.
— Sei lá, pergunta pro dono novo da cacho... - Ia dizer Thomas até ser interrompido por um soco no rosto.
Ele estava com a mão pronta pra abrir a porta do carro mas Sandra a trava pelo comando do motorista.
— Filha da... SANDRA, ABRE ISSO! - Grita Thomas enfurecido.
Raquel desce do carro, olha para Gabi e diz:
— Vai deixar ele ter todo o lado errado da história? Talvez o que ele ia dizer estivesse certo!
— Cuidado com as palavras, criancinha, se não você é a próxima! - Diz a irmã de Gabi.
— Mari... pa... - Ia dizer Gabi até ser interrompida por Thomas.
— Encosta um dedo nela, que eu mato você e essa puta atrás de você! - Diz Thomas muito nervoso quase saindo pela janela do carro.
— Meu anjo, entra de volta, por favor! - Diz Sandra lacrimejando.
Raquel obedece imediatamente e eles vão embora. Até chegar no hospital, ninguém abriu a boca.
Chegando lá, Thomas foi atendido rapidamente e Raquel e Sandra ficaram na sala de espera.
Após uma hora, Thomas volta com o pé enfaixa e com muletas. Eles vai até o carro, ele entra e continua calado.
— Cuidaram da sua testa também! - Diz Raquel.
— Observadora! - Diz Thomas.
— Idiota... se for pra ser assim não precisa falar nunca mais. - Diz Raquel um pouco chateada.
Ele continua virado pra frente até chegarem em casa. Chegando, ele sobe as escadas sem dificuldade e vai para o seu quarto.
No quarto ele tira a camisa, liga o ar condicionado e se deita com o pé pra cima. Após um tempo assistindo série, Thomas pega num sono.
Quando acorda, são 19h, seu quarto está um gelo e a casa estava um silêncio. Ele vai para a sala, encontra Raquel e diz:
— Cadê os dois?
— Agora você fala? - Diz ela.
— Ah, fodase! - Diz ele bebendo água.
— Noite de casal, era pra ser de família, mas alguém tinha que ficar de castigo!
— Ah, que pena... desculpinha tá?! - Diz ele sarcasticamente. - Ae, vou pedir alguma coisa, quer? - Diz ele.
— Pode ser, to com fome! - Diz ela mostrando que ainda está brava com ele.
Thomas pede uma pizza e os dois vão comer em seu quarto.
— Quer assistir o que? - Diz ele.
— Desde quando seu monitor é desse tamanho? - Diz ela.
— Ah, esse tava guardado nas caixas da mudança, eu usava pra assistir série só, se quiser pode pegar pra você, depois! - Diz ele se sentando na mesa do computador.
— Sério? Pera ae... cadê o Thomas idiota? - Diz ela desconfiada.
— Depois a gente fala disso, agora, escolhe um filme! - Diz ele.
Eles escolhem um filme de comédia e um de terror, quando os filmes acabaram ainda eram 15 pra meia noite.
— Quer assistir mais um? Amanhã não tem aula mesmo! - Diz ela.
— Pode ser, escolhe aí! - Diz ele.
— Mas antes... por favor, me explica... você hoje de manhã, com a Gabi, parecia que... você ia bater nela, muito, eu fiquei com medo de você, de verdade! - Diz Raquel seria.
— Desculpa, projetar esse sentimento em você é a última coisa que eu queria e... também, bater nela, bom, em uma garota indefesa, é a última coisa que eu faria, quebraria minha mão de novo, mas não faria isso. - Diz ele com cara de arrependido.
— Tá... só... controla mais essa raiva, por favor! - Diz ela preocupada.
— Não é tão fácil... eu fico meses de boa, e aí é que nem uma simples faísca na gasolina, tudo explode. - Diz ele.
— Não precisa de gasolina também, tenta jogar fora todo esse peso que você tem, tem uma vida nova agora, joga isso fora! - Diz ela sentada do lado dele.
— Se você fizer o mesmo, talvez eu tente! - Diz ele.
— Como assim? - Diz ela se fazendo de desentendida.
— Acha que eu não percebo que você guarda tudo pra você, sem falar pra ninguém? - Diz ele.
— Mas eu te conto muita coisa! - Diz ela.
— Superficialmente... perde o medo de se machucar e eu tento me livrar da raiva, pode ser? - Diz ele com a mão na cabeça dela.
—Tá, pode ser! -Diz ela. - Eae, qual filme?
—Ah, tá, pode ser... ah, tanto faz... - Diz ele.
Enquanto eles decidiam o filme, uma garota manda mensagem para Thomas, ele olha para o celular pensando “Por que você tá me mandando mensagem agora, a essa hora, depois de tanto tempo?”.
Durante o filme, a garota continua mandando mensagens para Thomas.
—Não vai responder? - pergunta Raquel.
—Talvez... provavelmente não é importante, não vindo dela! - Diz
—Thomas desligando o celular.
Quando o filme está acabando, Thomas dorme, assim que acaba, Raquel desliga o monitor e vai para o seu quarto dormir.
Na outra manhã, Thomas acorda e escuta a voz de Elisabeth, ele vai para sala e da de cara com ela, com seu pai e Sandra e Emanuel.
—Que coragem! - Diz Thomas olhando no olho do pai de Elisabeth.
—Filho... ele veio se desculpar e pedir pra que cuidemos de Elisabeth esse final de semana! - Diz Sandra.
—Hm, tá bom, talvez ela tenha uma experiência de como é ter pais de verdade, pelo menos uma vez na vida! - Diz Thomas.
—Thomas... não fala assim! - Diz Elisabeth chateada.
Desculpa Elisabeth, vem, pega sua mochila, vamos acordar a Raquel! - Diz Thomas subindo as escadas com Elisabeth.
—Onde eu deixo minha mochila? - Diz ela.
—Coloca aí na cama! - Diz Thomas.
—O que aconteceu com o seu pé? - Pergunta ela preocupada.
—Machuquei jogando bola! - Diz ele até que Raquel entra no quarto.
—Elisabeth, oi, você roubou ela? - Diz Raquel pros dois.
—Ela vai passar o final de semana aqui com a gente! - Diz Thomas.
Nesse momento o celular de Thomas começa a tocar, ele atende e diz:
—O que você quer?
—Eu... preciso falar com você Thomas, pessoalmente! - Diz a garota.
—Ruby, a gente tá a uns 500 metros de distância um do outro! - Diz ele ficando sério.
—A gente te espera lá fora! - Diz Raquel saindo do quarto com Elisabeth.
—Na verdade, uma amiga minha vai dançar em um festival aí, hoje e amanhã, eu to na cidade! - Diz ela.
—Ruby... - Diz ele meio chateado.
—Thomas, por favor... hoje, no teatro Luz do Luar, você me encontra? A gente sai pra algum lugar! - Diz ela implorando.
—Tá bom... tá bom, te encontro lá as 21! - Diz ele desligando.
Ele sai do quarto e vai até Raquel e Elisabeth.
—A gente vai ir ver a Elisabeth dançar hoje! – Diz Raquel para Thomas.
—Teatro Luz do Luar? - Diz Thomas.
—Como sabe? - Diz Elizabeth.
—Vou me encontrar com uma... amiga lá! - Diz ele indo pra cozinha.
Raquel vai atrás e diz:
—Vai mesmo encontrar essa garota? - Pergunta Raquel preocupada.
—Vou, por que? - Diz ele.
—Vi sua cara quando ela tava tentando falar com você e quando você atendeu o telefone, você tava chateado! - Diz ela olhando no olho de Thomas.
—Tá viajando... - Diz ele ainda meio pra baixo.
—Thomas, eu te conheço mais do que você pensa, mas se é o que você quer, tudo bem! - Diz ela.
As 19h, Sandra leva Raquel, Thomas e Elisabeth ao teatro. Chegando lá, eles descem e ela diz:
—Me liguem quando acabar, ou se saírem depois me avisem, eu vou buscar vocês!
—Valeu mãe! - Diz Thomas.
—A gente liga! - Diz Raquel.
Entrando no teatro, Elisabeth sobe no palco e vai para trás das cortinas para se arrumar.
—Isso começa que horas? - Pergunta Thomas para Raquel.
—Sei lá, o problema não é que horas começa, mas sim quanto tempo demora! - Diz Raquel, tão entediada quanto Thomas.
Nesse momento, uma garota um ano mais nova que Raquel sobe no palco e vai para trás das cortinas também.
Thomas vai beber água e da de frente com Ruby que estava acompanhada de dois garotos de uns 16, 17 anos e uma garota de uns 20 anos.
—O que... o que aconteceu com você? - Diz ele espantado vendo ela machucada com vários hematomas.
—A gente pode conversar lá fora? - Pergunta ela insegura.
—Tá, beleza! - Diz ele ignorando os amigos dela e saindo do teatro.
—Quem é essa cara Uby? - Pergunta o garoto de 17 anos que estava com ela.
—Uma pessoa que eu conheço a muito tempo! - Diz ela saindo também.
Lá fora em um canto mais escondido ela o abraça com muita força e ele retribui.
—Eu to com saudade... - Diz ela quase chorando.
—Eu... também... - Diz ele.
Depois que ela o solta, ele tira o cabelo dela do rosto e diz:
—Que porra aconteceu com você?
—Thomas, você me ama? - Pergunta ela com uma mão no rosto dele.
—Que, claro que não, você esqueceu o quanto você já me machucou e a gente nem se fala mais! - Diz ele meio indignado com a pergunta.
—Thomas, eu nunca tive a intenção... sabe que eu te amo, ouvindo isso de você... - Diz ela começando a chorar.
—Ah, qual é, para com isso! - Diz ele arrependido.
—EU FUI ESTUPRADA THOMAS, MINHA VIDA SIMPLESMENTE ACABOU E VOCÊ IGNORAVA MINHA EXISTÊNCIA! - Diz ela nervosa ainda chorando.
—Que... eu, isso foi quando? - Diz ele.
—Duas semanas atrás... eu to destruída Thomas, só vim porque você tava aqui... e você... - Diz ela sendo interrompida.
—Para... por favor! - Diz ele encostando ela em seu peito e a abraça.
—Você realmente não me ama? - Diz ela olhando nos olhos dele.
Ele não responde, só a beija, fazendo ela se sentir segura por um momento.
Depois de um tempo juntos, ele diz:
—E o otário do seu pai, como tá?
—Ele tá bem, idiota! - Diz ela brava.
—O que? Ele é um otário! - Diz ele.
—Ainda é meu pai! - Diz ela.
Nisso o celular dele toca e ele atende dizendo:
—O que foi, Raquel?
—Vai ficar aí quantos anos, idiota, tá comendo ela por acaso? - Diz ela.
—Quem dera! - Diz ele rindo.
—Meu Deus, vem logo, tá quase começando! - Diz ela.
—To indo, criança! - Diz ele.
—Quem era? - Pergunta Ruby.
—Minha irmã, vamos pra dentro! - Diz ele.
Quando estavam entrando no teatro, ela pega na mão dele e diz:
—Por que tá mancando?
—Futebol, nada demais! - Diz ele.
Lá dentro uma garota chama ela e ela vai se sentar, já Thomas vai pra junto de Raquel.
—Eae? - Diz ela.
—Eae o que? - Diz ele.
—Ta com o batom dela na sua boca e no seu pescoço! - Diz ela com cara de enjoada.
As danças começam e a turma de Elisabeth é a décima a se apresentar e depois se apresentaria com uma turma mais velha.
—Ela dança muito bem! - Diz Raquel.
—Verdade! - Diz Thomas bocejando.
Após um tempo, a turma de Elisabeth se apresenta com uma turma mais velha e Gabi estava pro meio, era a protagonista da dança.
Após o final do festival, Thomas e Raquel esperam Elisabeth e vão para fora.
—Você tá de muleta, isso por que não era nada grave! - Diz Ruby atrás de Thomas.
—Não é nada demais! - Diz ele. - Ah, Ruby, essa é minha irmã, Raquel e essa é a nossa adotada, Elisabeth.
—Oi! - Diz Raquel seca.
—Olá, bom, essa é minha galera, Ty, Ledd, Rannie e Miza. - Diz ela.
—Eae! - Diz Ty.
—Bom, vocês querem sair? A gente vai ficar em um hotel até segunda, podíamos fazer alguma coisa. - Diz Ruby.
— Acho melhor não, seu pé não tá melhor! - Diz Raquel.
— Qual é, da pra gente ir sim! - Diz ele.
— Thomas... - Diz ela quase nervosa.
— Faz o seguinte, vai pra casa, eu dou meu jeito depois! - Diz Thomas.
— Não posso deixar você sozinho... vamos vai, teimoso. - Diz Raquel.
— Bom, tem uma pizzaria aqui no quarteirão, que tal? - Diz Ruby.
— Beleza, a gente se encontra lá! - Diz ele.
Chegando lá, todos se sentam em duas mesas juntas.
— O que você quer Elisabeth? - Pergunta Raquel dando o cardápio pra ela.
— Ah, sei lá, tem muita coisa, escolhe você! - Diz ela.
De frente pra elas estavam Thomas e Ruby.
— Vamos pedir uma torre? - Diz ele.
— Ah, pode ser, não to dirigindo mesmo! - Diz ela antes de chamar o garçom.
Após todos pedirem as Pizzas, o primeiro pedido a chegar foram duas torres de chopp para Thomas, Ruby, Ty e Ledd.
— Vai beber cerveja? - Diz Raquel.
— Qual o problema? - Diz ele.
— Ah... você tá tomando remédios, um deles é antibiótico, idiota! - Diz ela dando uma bronca nele.
— Relaxa, eu sei o que posso ou não posso fazer! - Diz Thomas.
— Sabe sim... - Diz ela começando a ignorar ele.
— E então? Que história é essa de irmã? - Diz Ruby mudando o assunto.
— Ah... a Sandra tá namorando a “mor” tempo com o pai dela, eles tão noivos agora né? - Diz Thomas para Ruby e Raquel.
— Estão! - Diz Raquel seca.
— É isso! - Diz ele.
— Que bom que você... superou! - Diz ela se referindo ao Leonardo.
— Não superei, ainda, mas aqui tem sido muito bom pra mim, mas eu já pensei em voltar lá fazer uma visita, jogar com a molecada, sei lá! - Diz ele sorrindo.
— Por que não vai? Pode ficar em casa! - Diz Ruby empolgada.
— Dezembro, quem sabe! - Diz ele.
Os pedidos chegam, todos comem e bebem, após acabarem de comer, continuam bebendo e conversando.
— Thomas, a gente vai ficar lá fora um pouco, cansei de ficar sentada! - Diz Raquel saindo com Elisabeth.
— Cuidado! - Diz ele.
— Tá bom... - Diz ela.
— Você gosta muito dela né? - Pergunta Ruby.
— Gosto... é parte da minha família! - Diz ele.
— Thomas... - Diz ela olhando no olho dele. - Me perdoa?
— Já não to mais chateado com você a muito tempo! - Diz ele.
— Mas cortou os laços comigo! - Retruca Ruby.
— Queria que eu fizesse o que? - Pergunta ele, enquanto pega mais chopp.
— Que não me abandonasse! - Responde Ruby chateada.
— Eu abandonei, beleza... - Diz ele.
Sem ter escutado a conversa de antes, Miza Pergunta:
— Como se conheceram Uby?
— Uby? - Pergunta Thomas.
— É apelido. E a gente se conheceu a muito tempo, nós dois tínhamos 15 anos, ficamos amigos e aí... - Dizia ela até Thomas interromper.
— Aí ficou nisso, a gente não desgrudava, mas também não concordávamos em absolutamente nada! - Diz ele.
— Você... Ah, você era muito chato, me controlava muito! - Diz ela.
— É, por isso você tá viva, de nada! - Retruca ele.
— Amigos é? - Diz Miza rindo.
— Na verdade, dos 16 pros 17 a gente namorou, mas nunca oficializamos sabe? Acho que por medo e infantilidade dos dois, mas era um namoro, muito bom, eu diria! - Explica, Ruby.
— Acabou de falar que eu era chato! - Diz ele.
— Era, tá? Insuportável! - Diz ela.
— Eae, voltaram a ser amigos? - Pergunta Miza.
— É, a gente extrapolou, os dois, fizemos umas merdas, você fez mais, óbvio, não da nem pra comparar, aí a gente se afastou! - Diz Thomas.
— Acontece! - Diz Ruby.
— Pelo menos se falam ainda! - Diz Miza.
— Aquela época era legal, teve um dia que a gente roubou a moto do pai dela e ela me ensinou a dirigir. - Diz ele rindo com a lembrança.
— Você me deixou desesperada naquele dia! - Diz ela.
— Mano, ah, bons tempos! - Diz Thomas.
— Por que não quis me ensinar? - Questiona Ty.
— Eu aprendi com o erro, Ty. - Diz ela mansa.
— Curte moto? - Pergunta Thomas.
— Um pouco! - Responde Ty.
— Ensina ele, o que que tem? - Diz ele.
— Ele tem 17 ainda, Thomas! - Diz Ruby.
— A gente aprendeu com 16! - Diz ele.
— Já falei que aprendi com o erro, quando você fizer 18, você dirige! - Diz ela.
— Beleza, vou pegar a moto escondida, pelo jeito você não vai ficar brava! - Diz Ty um pouco bravo.
— Vou lá fora rapidão, falar com as duas! - Diz Thomas sem nem perceber o clima que tava ficando na mesa.
Quando ele sai, Ruby diz:
— Qual é Ty, o que ce tem?
— Nada, mas, belo babaca que você arrumou, obviamente já foi um otario com você e tá se derretendo nele. - Diz Ty bravo.
— Disse o primeiro cara com quem eu tive um relacionamento sério e me TRAIU, parabéns Ty! - Diz ela nervosa também.
— Ae gente, não precisa se exaltar! - Diz Ledd, amigo de Ty.
— Ele tá certo, baixem a bola! - Diz Miza.
— Ah, quer saber? Podem ir pro hotel, eu vou dormir no Thomas hoje! - Diz ela levantando.
— Já tava demorando! - Diz Ty.
— Ty, não faz eu dar um murro na sua cara. - Responde Ruby.
Nisso Thomas volta e diz:
— Aí... Calma, Ruby, o que ce tem? - Diz Thomas.
— Nada, Thomas! - Diz ela nervosa descontando nele também.
— Nem começa! - Diz Thomas.
— Desculpa... posso dormir na sua casa hoje? - Diz ela mais calma.
— Olha o que é adestrada... - Diz Ty.
— Se resolve aí, eu vou pagar e te espero lá fora! - Diz Thomas sem dar a bola e indo pro caixa.
— Ele nem liga pra você! - Diz Ty.
— Ty... o que você quer? Tá com ciúmes por que? - Diz ela.
Ele não responde.
Quando Thomas estava no caixa, Gabi que estava lá com outras garotas da dança, vai até ele.
— Thomas... - Diz ela.
— Gabi, a dança de vocês foi bonita, dançou bem, parabéns, só que volta pras suas amigas, não estraga sua noite não! - Diz ele.
— Eu preciso falar com você... sobre muita coisa, tudo! - Diz ela.
— Quem sabe outro dia... - Diz ele indo em direção à saída.
— Não, por favor, agora! - Diz ela pegando na mão livre dele e o dando um beijo.
— Porra, Gabi, caralho... o que ce tá fazendo, tem coragem de encostar essa boca em mim? - Diz ele como se estivesse com nojo dela.
— Thomas... eu te amo! - Diz ela lacrimejando.
— Tchau! - Diz ele continuando o caminho.
— Esse é seu namorado? - Diz Ty após todos verem o beijo.
— Vai se fuder! - Diz Ruby chateada.
Thomas escuta e diz:
— Por que não cala a boca um pouco, garoto? A Ruby fez o que pra você ficar tão apixonadinho?
— Ignora, Thomas! - Diz Ruby.
— Fica na sua! - Diz Ty nervoso.
— Garoto, baixa a bola! - Diz Thomas segurando Ruby pra provocar.
— Tá se achando muito! - Diz Ty levantando.
— Senta aí, mocinho! - Diz Miza.
— Ele tá zoando né? - Diz Thomas pra Ruby.
— Infelizmente não... - Diz ela.
— Vamos embora, falo pessoal, amanhã eu devolvo ela! - Diz Thomas pegando na mão de Ruby e indo pra saída.
— Até amanhã! - Diz Ruby pra eles.
Lá fora, Sandra já tinha chego, Raquel vai na frente e Elisabeth vai no meio de Thomas e Ruby.
— Quanto tempo Ruby, você cresceu muito, está linda! - Diz Sandra.
— Obrigada, Sandra, a senhora também está linda, como sempre, fiquei feliz de saber que está noiva! - Diz Ruby.
— Estamos em uma fase tão boa Ruby, que bom que você apareceu, Thomas tava precisando de uma trava! - Diz Sandra.
— Tá bom! - Diz Thomas com uma risada sarcástica rápida.
— Imagino... - Diz ela.
Chegando lá, Elisabeth e Raquel colocam seus colchões na sala e ficam assistindo filmes.
Já Thomas e Ruby ficam no quarto dele. Assim como na sala, eles ligam o ar e se deitam para assistir alguma coisa.
— Eu tava com saudade de ficar assim! - Diz Ruby abraçada com ele deitada.
— É... acho que eu tava! - Diz ele.
— Acha? - Diz ela brava.
— To zoando... e sobre aquela mina na pizzaria, sabe que não foi culpa minha, né? - Diz ele.
— Sim... embora aposto que você tenha adorado, vi ela indo pra cima de você! - Diz Ruby.
— Gostado... me deu nojo! - Diz ele.
— Nossa, oque ela fez? - Pergunta Ela.
— Me traiu! - Diz Thomas.
— Namorou aquela menininha nojenta? - Diz Ruby irritada.
— Você namorou um idiota! - Diz ele.
— É um bom garoto! - Diz ela.
— E a Gabi é gostosa! - Diz ele.
— Daqui a pouco eu me arrependo de ter vindo! - Diz ela.
— Agora vai ficar! - Diz ele antes de beijar ela.
— Não sei se você aguenta a ficar tanto tempo comigo assim! - Sussurra ela no ouvido de Thomas.
Na sala, Elisabeth e Raquel estavam discutindo.
— Ela não é tão ruim! - Diz Elisabeth se referindo a Jessica.
— Elisabeth, eu também achava isso... mas, ela é má e você já deve ter percebido isso! - Diz Raquel.
— Raquel... ela cuida muito de mim! - Diz ela chateada.
— Tudo bem, desculpa, não devíamos falar disso, não é divertido. - Diz Raquel encerrando a discussão.
— Então, você... - Dizia Elisabeth até ser interrompida por Sandra.
— Ainda acordadas? Nossa, saudade de conseguir ficar acordada até essas horas! - Diz ela.
— Mas você tá acordada, mãe! - Diz Raquel.
— Acordar no meio da noite não conta... Seu irmão tá no quarto? - Pergunta Sandra.
— O que acha? - Diz Raquel.
— É, não vão desgrudar tão cedo! - Diz Sandra.
— Eles namoraram quanto tempo? - Pergunta Raquel.
— Um ano, mais ou menos, o Thomas tava aprendendo a descontar a raiva dele em coisas e não nas pessoas, como na luta ou no futebol. Quando conheceu ela, depois de um tempo ele desestabilizou, acho que terminaram mal! - Diz Sandra.
— Que merda... - Diz Raquel como se já soubesse disso.
— Querem alguma coisa? Vou fazer café! - Diz Sandra.
— Não, obrigada! - Diz Elisabeth com muito sono.
— Também não quero nada, mãe, valeu. - Diz Raquel.
As 4 horas, Thomas desce para a cozinha para beber água.
— Boa noite, apaixonadinho. - Diz Raquel atrás dele.
— Por que tá acordada? - Diz ele.
— Final de semana! - Diz ela se sentando em cima da mesa.
— Eu to quebrado, morrendo de sono! - Diz ele se sentando em uma cadeira do outro lado da mesa, de frente pra ela.
— Uuuuu, ela exaustou o bebezão? - Diz Raquel.
— Cala boca, eu to com insônia, ela tá desmaiada desde as uma e meia! - Diz ele rindo.
— Tem isso de não conseguir dormir desde quando? - Questiona Raquel.
— Desde sempre, sei lá, nem me lembro quando começou, na real! - Diz ele debruçando na mesa.
— Que peninha... mas mudando de assunto, vai mesmo ir visitar aquela garota? - Diz ela.
— Por que não gosta dela? - Questiona Thomas.
— Duuur, tá estampado na sua testa “ela me faz mal pra caralho mas transa bem!” - Diz Raquel.
— QUE? - Diz Thomas rindo. - Aí, shiiiu, silêncio! - Continua rindo.
— Qual é... você é muito idiota! - Diz ela rindo também.
Thomas fica quieto um pouco e diz:
— Quer dar uma volta?
— Que? São quatro e pouco, Thomas, quer ir aonde? - Diz ela.
— Sei lá, algum Drive Thru, to com fome! - Diz ele.
— Não deve ter nenhum Uber disponível agora... - Diz ela.
— Nem muita polícia! - Diz ele mostrando a chave da moto.
— Aí... - Diz ela com medo.
Já na moto, ele diz:
— Relaxa, não vou correr!
— ÓTIMO! - Responde ela sem desenrolar seus braços de Thomas.
Chegando lá, Thomas estaciona a moto e eles decidem comer lá dentro mesmo. O lugar estava quase vazio, porém tinha acabado uma festa ali perto e conforme o tempo, foram chegando cada vez mais pessoas.
— Quem diria que iria encher assim, tipo, agora? - Diz Raquel.
— Normal, matar a larica depois da festa! - Diz ele.
— Ae gatinha, tá afim de conversar? - Diz um cara chegando em Raquel do nada.
— Sai daqui, moleque! - Diz ela sem nem olhar pra cara dele.
— Qual é gatinha, ele não é seu namorado, vem comigo! - Diz ele encostando no braço de Raquel.
Thomas se levanta, o empurra e diz:
— Sai de perto dela!
— Quer morrer, moleque? - Diz o cara tirando a jaqueta de couro.
— Ahn, ele tira a jaquetinha pra brigar, quer que eu tire meu moletom também ou... - Dizia Thomas até o cara jogar uma garrafa vazia nele.
A garrafa passa longe de Thomas e acerta a janela do lugar.
— Meu Deus... ou você é muito burro, ou é cego! - Diz Thomas sem parar de dar risada.
— Moleque! - Diz o cara correndo na direção de Thomas.
Quando estava perto de Thomas, Raquel coloca o pé em sua frente e o cara tropeça, a única coisa que Thomas faz é erguer o joelho deixando o cara cair de cara em seu joelho, assim o desmaiando.
— Nossa, pode chamar a gente de Batman e Robin! - Diz ele abrindo a porta pra ela sair enquanto todos os olhavam.
— Verdade, Robin! - Diz ela saindo.
— Há, tá bom! - Diz ele rindo e saindo atrás dela.
— Vamos pra casa? - Pergunta Raquel.
— Sim né, são 5h30, já já a Sandra acorda, eles iam no médico hoje, lembra? - Diz ele.
— Verdade! - Diz ela.
— Relaxa, a gente tem muito tempo pra dar esses roles assim! - Diz ele.
De volta em casa, eles conversam mais um pouco e Thomas vai dormir. Chegando no quarto, ele se deita ao lado de Ruby e simplesmente capota.
As 9 horas, Thomas acorda e Ruby não estava no quarto, ele pega as muletas e desce para a sala.
— Tá sozinha? - Diz ele encontrando Raquel.
— Não, sua namoradinha tá no banheiro, já já ela vai embora... Sugeriu da gente ir juntos pro shopping no almoço! - Diz Raquel tomando leite com chocolate.
— Ahn... pode ser, tava afim de ver um filme! - Diz ele se sentando no outro sofá.
— Acho que a Elisabeth iria gostar se fôssemos só nós três! - Diz Raquel.
— Cade ela, falando nisso? - Questiona, Thomas indo pra cozinha.
— Eae, vai dispensar sua namoradinha e vamos só nós três? - Diz ela.
— Ahn... Tá, pode ser! - Diz ele tomando café.
— Bom dia! - Diz Ruby feliz antes de dar um beijo em Thomas.
— Bom dia, pra que tanto ânimo? - Diz ele.
— Vamos sair hoje? Na hora do almoço, a gente junta geral no shopping e tal... - Thomas a interrompe e diz:
— Ruby... não da, hoje eu prometi pra Elisabeth que a gente ia aonde ela quisesse... Se ela quiser ir pro shopping, a gente vai! - Diz ele.
— Depois do que eu fiz ontem, você vai me dar um fora? - Sussurra ela no ouvido dele.
— Desculpa vai, para de graça! - Diz ele.
— To chateada com você! - Diz ela saindo de perto dele.
Thomas bufa e continua tomando seu café. Ruby vai embora com Miza alguns minutos depois. Thomas meio chateado se deita no sofá, Raquel o olha e diz:
— Aí, fala, oque que foi?
— Nada... - Responde ele sem ânimo.
— Thomas... não vai ficar todo pra baixo só porque ela foi embora né, você tem 18 anos de idade, toma vergonha na cara! - Diz ela.
— Insensível, você já amou já também viu! – Diz ele.
— O QUE, COMO ASSIM, VOCÊ AMA ELA? - Questiona Raquel.
— Que, tsc, não, foi jeito de falar! - Diz ele.
— Thomas... toma jeito, ela é PÉSSIMA pra você, pra vocês dois, eu mais vi vocês chateados juntos do que felizes! - Diz Raquel dando um sermão nele.
— Você é muito chata às vezes! - Diz ele.
— É, quando eu to certa! - Diz ela.
— Ah, sei lá, to sem ânimo de sair hoje! - Diz ele.
— Se fosse com ela, você ia rapidinho... sabe que a Elisabeth vai ficar chateada se você não for! - Diz ela.
— Aaaaaah! - Resmunga Thomas.
— Bom Dia! - Grita Elisabeth pulando em cima de Raquel e depois em Thomas.
— Bom dia, já está arrumada? - Pergunta Thomas.
— Queria saber por que vocês não estão! - Diz ela.
— Vou ir tomar banho pra gente ter nosso super dia! - Diz Raquel indo pro segundo andar.
— E você? - Pergunta Elisabeth.
— Tenho que esperar ela! - Diz ele.
— Nãoooooo, vai demorar! - Diz Elisabeth.
— Relaxa, a gente tem muito tempo! - Diz Thomas.
Após ficarem prontos, os 3 vão para o shopping e Thomas reza para não encontrar Ruby e seus amigos. Eles vão até a praça de alimentação e enquanto pediam os lanches, Thomas escuta:
— Dia da Elisabeth né, Thomas? - Diz Ruby brava atrás dele.
— Oooi, então, meu anjo, é... ela escolheu o shopping, eu ia falar com você mas meu celular tá todo errado! - Diz ele.
— Você acabou de receber uma mensagem, tá funcionando! - Diz ela chateada.
— Ruby... entende, é... - Diz ele sendo interrompido.
— Já entendi Thomas, eu sou apensas momentos pra você, gosta de me usar né? Você não é diferente dos caras que... fizeram isso comigo! - Diz ela muito brava e chateada.
— Feliz? - Diz Ty que estava com ela.
— Por que não calam a boca? - Diz Raquel pegando os lanches com Elisabeth e indo pra uma mesa.
— Fica na sua, folgadinha! - Diz Ruby.
— Pensa 5 vezes antes de falar com ela! - Afirma Thomas.
— É muito tempo pra uma vadiazinha, não acha? - Diz Ty.
Thomas sorri e da um soco no rosto de Ty, ele vira o rosto e da uns passos para trás. Logo em seguida, antes que Ruby pudesse entrar na frente, Thomas chuta o saco de Ty com muita força, assim o ajoelhando.
— Falei pra pensar! - Diz Thomas indo pra mesa com Raquel que não tinha visto a briga por estar de costas.
Ruby o segura pelo ombro e da um tapa em sua cara.
— Idiota! - Grita Ruby nervosa.
— Passando vergonha... - Diz Thomas.
— Eu vou matar você! - Diz Ty já em pé.
— Sem a ajuda do seu amiguinho você nem me toca! - Diz Thomas.
— Ty, para você também, por favor! - Diz Ruby ainda nervosa.
— O que tá acontecendo? - Diz Ledd chegando com Miza e Rannie.
Ty não responde e vai pra cima de Thomas, que o joga no chão e chuta seu rosto. Ledd tenta ajudar Ty a se levantar até que Thomas o empurra para trás e diz:
— Ele vai ficar no chão!
— Vai se fuder! - Diz Ledd empurrando Thomas e levantando Ty.
— São amiguinhos mesmo né? - Diz Thomas muito nervoso por conta de Ledd.
Thomas da um murro no rosto de Ledd e depois joga Ty do novo no chão e chuta a boca de seu estômago. Após isso ele passa o pé em Ledd e o joga com tudo no chão.
— Ajuda seu amigo... levanta, eu to mandando! - Diz Thomas fora de si de tanta raiva.
— Thomas, chega! - Diz Raquel entrando na frente de Ty e Ledd.
— Sai! - Diz ele.
— Não me faz dar um soco na sua cara, prometeu pra mim que ia falar comigo ao invés de acumular raiva! - Diz ela brava.
— Raquel, eu to ocupado! -Diz ele pegando ela pelo braço e tirando da frente.
Ela pega na mão com que Thomas segurava o braço dela, olha pra ele muito brava e diz em um tom sério:
— Chega, se controla!
Ele olha no olho dela e sua raiva some instantaneamente, porém ele não demonstrou calma, só saiu de perto com ela.
Eles pegam os lanches e vão comer no andar de baixo.
— Você é inacreditável sabia?! - Diz Raquel mais calma.
— Desculpa, pra vocês duas... Mas ele te xingou! - Diz ele.
— Não parecia que você tava daquele jeito só porque ele xingou a Ra! - Diz Elisabeth.
— Ela tá certa, você só queria encrenca... e obrigada por me defender, só NUNCA mais perde o controle desse jeito, sério! - Diz ela.
— Ok... tá bom! - Diz ele sem questionar.
Depois de verem um filme, os três voltam para casa e assim que entram, a campainha toca. Thomas abre e era o pai de Elisabeth.
— E seus pais? - Pergunta ele.
— Entra aí... MÃE, VEM CÁ! - Grita Thomas.
— Oi pai! - Diz Elisabeth o abraçando.
Thomas não para de olhá-lo com desconfiança o tempo inteiro.
— Está bem, hora de ir, obrigado por cuidarem dela! - Diz ele.
— Tchau, Manão! - Diz Elisabeth abraçando Thomas. - Tchau, Ra! - E depois Raquel.
Após se despedir de Sandra e Emanuel, eles vão embora.
— Bom, legal, agora, precisamos falar com vocês! - Diz Sandra.
— Por que? - Questiona Thomas.
— Bom, vocês têm mais uma semana de aula, a Raquel já nem precisa ir, mas você tá de final... A gente precisa organizar as coisas pra formatura e é você que vai levar ela comprar as coisas porque nós dois estamos cheios de trabalho! - Diz Sandra.
— Que tipo de coisa? - Pergunta Raquel desinteressada.
— Vestido, sapato... caso queira pintar o cabelo... essas coisas! - Diz Sandra.
— Nossa senhora... - Diz Thomas entediado só de imaginar.
— To na mesma que você! - Diz Raquel para ele.
Depois da semana de recuperação, Thomas é aprovado, como de costume e em uma sexta, ele e Raquel vão ao shopping para comprar as coisas.
— Eu vou pintar o cabelo, da tempo de você ver um filme e sobra tempo ainda. - Diz Raquel enquanto eles entram em um salão.
— Ah, vou ver que filme tá passando. - Diz ele sentando em uma poltrona de espera, vendo o site do cinema no celular.
— Olá, no que posso ajudar? - Diz uma funcionária para Thomas.
— Ah, não, ela vai pintar o cabelo, eu só to esperando... - Diz Thomas.
— Pintar o cabelo demora, não quer cortar o seu, só as pontas... se quiser, temos funcionárias disponíveis! - Diz a mulher, super educada.
— Na verdade... quero. - Diz ele.
Após lavar o cabelo, Thomas se senta em uma cadeira perto da de Raquel.
— Então, só as pontas? - Pergunta a cabeleireira.
— Não, corta bem curto e faz um degradê dos lados! - Diz ele decidido.
— Certeza? - Pergunta ela assustada.
— Sim, absoluta! - Diz ele.
Ela começa e acaba em 30 minutos, Thomas se levanta e não tinha mudado muita coisa, porém agora a cicatriz na sobrancelha era bem aparente.
— Nossa... diferente... gostei! - Diz Raquel vendo o resultado.
— Valeu... vai pintar de que cor? - Diz ele.
— Segredo, mas vai demorar, ainda tá descolorindo... vai ver um filme, qualquer coisa eu te ligo! - Diz ela.
— Beleza, até daqui a pouco! - Diz Thomas indo pagar o corte.
— Seu namorado? — Pergunta a cabeleireira de Raquel.
— O Thomas? Não, ele é meu irmão! - Diz Raquel rindo.
— Vocês não se parecem muito! - Diz a moça rindo um pouco.
— Adotado! - Diz Raquel.
Thomas já no andar de cima, pega um lanche e vai pro cinema. Ele escolhe um filme de terror e se senta em uma fileira sem ninguém. Após o término do filme, Thomas se encontra com Raquel na praça de alimentação, ele se senta com ela e diz:
— Puts, pior que ficou bonito!
— Ah, valeu, mas, agora a gente precisa pegar vestido e o seu terno! - Diz ela enquanto comia.
— E o sapato? - Pergunta ele.
— Isso também! - Diz ela.
Após pegarem tudo, saíram do shopping e já estava de noite.
— Como vamos levar essas coisas na moto? - Pergunta Raquel.
— Não vamos, a mãe já tá vindo te buscar! - Diz Thomas.
Minutos depois Sandra chega, eles colocam as coisas no carro e Raquel vai com ela.
No estacionamento, Thomas pega a moto e vai para casa, ele acelera um pouco a mais e alcança elas em um sinal. Ele para do lado do carro e Sandra diz:
— Tá correndo muito, Thomas!
— Você que deve tá andando de ré! - Diz ele.
O sinal se abre e Thomas sai primeiro já virando na esquina e saindo da vista de Sandra.
Em casa, Thomas estava saindo da moto e elas chegam.
— Demoraram! - Diz ele tirando o capacete.
— Já falei pra você não... CORTOU O CABELO? - Diz ela surpresa ao ver ele sem o capacete.
— Sim, não gostou? - Diz ele pegando as coisas no carro.
— Gostei, mas eu gostava tanto do seu cabelo! - Diz ela.
— Ficou de saco cheio de lavar... do jeito que é a preguiçoso! - Diz Raquel.
— Cala boca vai, Princesa Jujuba! - Diz Thomas.
Eles entram e cada um vai pra um canto. Até que decidem pedir uma pizza, porém só comem Thomas e Raquel, seus pais tinham saído. Enquanto eles estavam na sala, comendo, a campainha toca.
— Vai ver quem é! - Diz Thomas sem mexer um músculo.
— Preguiçoso! - Diz ela levantando.
Quando Raquel abre a porta, se depara com Tabatha e seus dois filhos.
— Tata! - Diz Raquel a abraçando.
— Oi criança, como ta? - Diz Tabatha.
Após o longo abraço, Thomas percebe que tinha alguém.
— O idiota, vem aqui! - Grita Raquel. - Entrem logo! - Diz ela.
— Ah, Tabatha, eae, que surpresa! - Diz Thomas indo comprimenta-los.
Após entrarem, levam as malas para o quarto de hóspedes, Tabatha coloca o casula para dormir e fica na sala com as “crianças”.
— Eae minha princesa, tá ansiosa? - Pergunta Tabatha se sentando do lado de Raquel.
— Ahn, sei lá, não sei como vai ser... - Diz ela.
— É maior daora, “ce” vai curtir! - Diz Thomas.
— Será mesmo, toda aquela valsa e tal... - Diz ela meio insegura.
— Relaxa, eu danço bem valsa! - Diz ele.
— QUE? A GENTE VAI DANÇAR? - Questiona ela.
— Você leu o convite? Vão ser 3 valsas, para dançar com a família. - Diz Thomas.
— Aí... não me envergonha tá... - Diz ela.
— Relaxa, princesa! - Diz ele levantando e indo pra cozinha. - Ele volta e diz:
— Já que falamos da festa de formatura amanhã, a gente não comprou bebida! - Diz ele.
— Verdade, esqueci, tava com uma Absolut em casa! - Diz Tabatha.
— Vocês dois não cansam de bebidas não?! - Diz Raquel.
— Relaxa, eu pego uns cigarrinho pra você! - Diz ele rindo.
— HÁ HÁ HÁ! - Ri Raquel com sarcasmo.
Emanuel e Sandra chegam, todos vão dormir e no outro dia de manhã, Thomas acorda às 8h com uma barulheira.
— Thomas, se arruma, a gente não tá achando sua gravata, você e o pai tem que comprar outra e pegar as bebidas, eu adoro Absolut de baunilha! - Diz Tabatha dando 80 reais para Thomas.
Todo mundo tava apressado.
— O que que tá acontecendo? - Pergunta ele para Raquel.
— Eu, a mãe e a Tata vamos no salão, vocês vão fazer o que a Tata disse! - Diz Raquel.
— E a criança? - Diz Thomas.
— Vai com a gente! - Diz Raquel.
Thomas sobe, se troca e quando volta elas já tinham saindo.
— Pai, filho e sobrinho? Eae, quem quer ir na frente? - Diz Emanuel.
— Vou de moto! - Diz Thomas já com o capacete e pegando a chave. — Vamos no shopping Sul? - Pergunta ele.
— Sim, vamos juntos Thomas, pode ser legal! — Diz Emanuel.
— Rola não tá, encontro vocês na entrada do estacionamento! - Diz Thomas subindo na moto e saindo.
Já na loja de ternos, Emanuel pergunta:
— Qual era a cor da outra gravata?
— Quero uma rosa! - Diz Thomas.
— Por que rosa? - Pergunta Emanuel.
— Combina com o cabelo dela! - Diz Thomas.
Depois de pegarem a gravata, vão pegar as bebidas. Thomas pega um carrinho e coloca duas vodkas, um Whisky, fora as misturas.
— Não é muito? - Pergunta Emanuel.
— Não, tá bom assim! - Diz ele. - Vai pagando o estacionamento enquanto eu pago aqui, eu to com o cartão! - Diz Thomas para Emanuel.
Quando Emanuel sai, Gabriel diz:
— Vai pegar o cigarro?
— Verdade... Porra, valeu! - Diz Thomas pegando um cigarro normal e um de palha. Ele passa as bebidas no cartão e paga o cigarro com dinheiro.
De volta em casa, eles esperam as garotas até as 18h. Elas chegam e começam a arrumar os vestidos, Thomas já estava saindo do banho e da de frente com Raquel.
— Nossa... - Diz ele.
— O que? - Pergunta ela já esperando uma encheção de saco.
— Tá linda! - Diz ele entrando no quarto.
— Valeu... - Diz ela com um sorriso.
Thomas fecha a porta, liga o ar e começa e se trocar, só não coloca a parte de cima do terno, fica só de camisa social até dar a hora. Quando todos estão prontos, todos descem, menos Thomas e Raquel.
Quando vão sair de seus quartos, ficam um de frente pro outro e Thomas diz:
— Nervosa?
— Um pouco! - Diz ela um pouco insegura.
— Relaxa, “ce” tira de letra! - Diz ele descendo a escada junto com ela.
— Gostei da gravata, aliás! - Diz ela.
— Jura? Gosto dessa cor! - Responde ele.
Quando chegam na sala, Sandra junta os dois e tira uma foto emocionada. Eles vão em dois carros.
Chegando lá, a primeira coisa que Thomas faz é colocar as bebidas em um balde de gelo na mesa.
Eles se sentam, veem os vídeos das classes, comem, e Thomas e Tabatha fazem isso tudo bebendo.
— Bebe também, por favor! - Diz Thomas para Raquel.
— Tá... Não faz forte! - Diz ela.
Meia noite chega a hora da valsa, a primeira valsa Raquel dança inteira abraçada com Emanuel. Antes de passar para próxima, ele da um beijo em sua testa e diz “eu te amo!”. A próxima valsa, Raquel dança com Sandra, que estava emocionada e orgulhosa.
Já quando chega à terceira, Thomas que estava confiantes, estava com um frio imenso na barriga. Eles começam a dançar e ele diz olhando no olho dela:
— Viu, de letra...
— Então por que tá tão nervoso? - Pergunta ela.
— Não quero estragar! - Diz ele.
— Você não estraga nada, só melhora... do seu jeitinho... - Diz ela apontando para a cicatriz do lábio.
— Do nosso jeitinho! - Diz ele virando os olhos para cicatriz na sobrancelha.
— É, nosso jeitinho! - Diz ela rindo um pouco.
A música vai acabando e ela pula em um abraço se segurando com os braços atrás do pescoço de Thomas.
— Eu te amo... não to orgulhoso de você pela formatura, mas você é uma das melhores pessoas que eu conheci.
— Também te amo, você é o melhor idiota que eu já conheci! - Diz ela o soltando.
Os dois retornam à mesa e as 1h, Tabatha, Raquel e Thomas vão para fora da festa.
— To bebado! - Diz ele.
— Que novidade! - Diz Raquel meio torta.
— Acho que nos três estamos... Thomas, me passa um palheiro! - Diz Tabatha.
Os três começam a fumar escondidos até que Tabatha volta para dentro um pouco depois.
— Tá frio. - Diz Raquel.
— Toma! - Diz Thomas tirando o casaco do terno e dando pra ela. Raquel coloca e logo em seguida, uma menina vai falar com ela e as duas vão conversar em um lugar mais reservado.
Thomas volta pra dentro, pega mais bebida e vai pra perto da pista.
— Oi! - Diz uma garota de cabelos escuros, não muito compridos, apresentava ser mais velha que Thomas com algumas sardas no corpo. Usava um vestido com um decote e um corte do lado da perna.
— Oi... eu te conheço? - Pergunta ele reconhecendo a garota.
— Não lembra? Talvez porque esteja bebado, mas acho que não ia gostar de lembrar! - Diz a garota.
— Você tá bebada também, tem quantos anos? - Diz ele.
— Chuta! - Diz ela.
— 22! - Diz ele.
— Quase, 23! - Diz ela.
Eles continuam conversando e vão para o estacionamento, que era o lugar mais vazio.
Raquel enquanto estava com a garota, também em uma parte do estacionamento a encosta em um carro e morde seu pescoço.
— Não pode deixar marca! - Diz a garota.
— Ah, desculpa! - Diz Raquel voltando pro beijo.
No outro lado do estacionamento, Thomas e a garota estavam fazendo a mesma coisa. Os dois ficam no estacionam o por um tempo. Raquel e a garota dão uma pausa e ela fica fumando dando uma volta pelo estacionamento.
Depois de andar um pouco, Raquel vê Thomas com alguém familiar. Eles estavam muito envolvidos, a garota estava cheia de chupões assim como Thomas.
— THOMAS! - Grita Raquel brava.
— Ah, que susto, ce tá louca? - Diz ele.
— NÃO, VOCÊ TÁ SEU IDIOTA, SÉRIO QUE TÁ SE COMENDO AÍ COM ELA, BEM ELA, THOMAS? - Continua gritando Raquel muito brava.
— Que... do que ce tá falando... - Diz ele confuso.
— Ele é melhor que você Raquel, mas naquela época você era pequena, nem vou contar então! - Diz a garota.
— Vai se fuder! - Diz Raquel lacrimejando.
— Raquel... eu... quem que é a essa mina? – Pergunta Thomas.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— JESSICA, seu bêbado burro! - Diz Raquel muito brava e decepcionada.
— Que, Raquel eu juro que não percebi! - Diz Thomas chegando perto dela.
— Não me toca... você me dá nojo... - Diz ela se afastando de Thomas, com medo.
— Façam menos barulho! - Diz Paulo agarrando Raquel por trás.
— Me sol... - Dizia Raquel até ter a boca tampada por um pano com sonífero.
— SOLTA! - Diz Thomas enfurecido.
No primeiro paço que Thomas da em direção à Raquel, ele leva uma paulada na cabeça de uma amigo de Paulo.
— Peguem essa aí também! - Diz Paulo se referindo a Jessica.
Thomas começa a se levantar e começa e ser almejado com chutes e pauladas. Quando finalmente o desmaiam, o levam para o meio de uma mata perto do estacionamento. Quando Thomas acorda, olha para o lado e vê Raquel sem o vestido, apenas com o seu casaco do terno e a langerie. Paulo estava se aproximando dele e tinha uma câmera os filmando. Raquel estava desacordada ainda. Thomas levanta devagar e vai rápido em direção à eles, da uma joelhada na cara de Paulo e o derruba no chão. Thomas sobe em cima dele e começa a esmurrar Paulo sem pausa, até suas mãos estavam se machucando.
— RAQUEL, RAQUEL, ACORDA! - Começa a gritar Thomas tentando fazê-la fugir.
Ela acorda de pouco a pouco e quando percebe que está sem seu vestido e vê a câmera, começa a chorar desesperadamente. Um amigo de Paulo vai em direção à ela e outro pra cima de Thomas, porém Thomas vai em direção à Raquel, a agarra e sai correndo para fora da mata.
“Porra, cadê a Jessica, merda, meu pé, o álcool corta o efeito do analgésico” Pensa Thomas enquanto estava correndo com Raquel em suas costas.
Ele vê as luzes da festa e corre em direção à ela, até que Raquel toma uma pedrada na cabeça e isso faz com que Thomas perca o equilíbrio e caia em uma pequena ladeira que dava em um laguinho.
Eles caem na água, saem rápido e quando iam sair correndo, estavam cercados. Não pensam duas vezes, resistem, os dois juntos tentam sair no soco com Paulo e seus amigos. Thomas não estava conseguindo desviar de quase nada e Raquel também. Jessica os vê de cima do barrando e corre para chamar ajuda.
Thomas consegue encaixar um jogo de corpo e joga Paulo e mais um na água, o outro ele chuta o saco, pega Raquel pela mão e começa a subir o barranco muito rápido.
Ele olha no olho dela e diz:
— Eu jurei! Nem que eu morra, não vão fazer mal a você!
Ela segura a mão dele mais firme porém continua chorando.
— Vai em direção as luzes, chama ajuda! - Diz Thomas indo pra outra direção.
— Vem comigo! - Diz ela desesperada.
— Vou pegar a câmera, não vão acabar com a sua vida, sai daqui, eu to mandando! - Diz Thomas correndo pra onde estava a câmera.
Quando chega lá, os três o encurralam e ele destrói o cartão da câmera.
— Eu vou matar você! - Diz Paulo.
— Comigo você faz o que quiser, mas nunca mais vai chegar perto dela! - Diz Thomas muito bravo.
Os quatro começam a brigar, Thomas estava com tanta raiva e com medo que ignorava a dor, mas só conseguia pensar na Raquel. Ele da um chute que apaga Paulo e ficam só seus dois amigos batendo em Thomas. Eles começaram a usar um cano de ferro e uma madeira para bater em Thomas. Quando um deles pega uma faca, Raquel aparece atrás dele mancando e pula em seu pescoço por trás o dando um mata leão. Thomas se levanta e bate no outro. De novo pega Raquel e sai correndo, porém mancando e indo bem de vagar.
— Vai na frente! - Diz ele.
— Nem fudendo! - Diz ela decidida.
Os três os alcançam de novo, dessa vez, os três estavam com facas, vão para cima deles correndo, porém Thomas joga Raquel para trás e tenta desvias das facadas, porém só desvia de uma, caindo no chão completamente sem força. Paulo coloca a faca muito perto de seu olho e Raque chorando diz:
— Não... por favor, faz o que quiser comigo, mas deixa ele ir, por favor! - Diz ela chorando muito.
— Vem aqui! - Diz Paulo pegando ela pelo braço. Ele gruda em Raquel e a beija passando a mão em sua bunda, ela morde sua língua com muita força e toma uma facada no lado esquerdo da barriga e quando ela está no chão, Paulo a corta no lado direito, na costela. Após isso, ele começa a espancar Raquel, a bate muito, sempre que ele tentava abusar dela e ela resistia, ele batia mais e mais forte. O rosto de Raquel estava como o de Thomas, com muito sangue. As ajudas começas a chegar e a deixam jogada do lado de Thomas e fogem. Quando Sandra, Emanuel e Tabatha chegam, se espantam com o estado dos dois e com a poça de sangue que rodeava os dois. O olho dos dois abre por um momento e a única coisa e eles conseguem fazer é dar a mão um para o outro.
Uma ambulância leva os dois ao hospital e os dois são tratados. Após varias cirurgias, os dois tiveram colunas quebradas, as Thomas recebeu facadas no peito esquerdo e do lado direito da barriga, já Raquel, foi esfaqueada na costela direita e no lado esquerdo da barriga. Fora os hematomas gravíssimos pelo corpo todo.
Os dois ficam na mesma sala de recuperações, porém não acordam durante 4 dias, Sandra e Emanuel ficam muito assustados e ligam paras os melhores médicos. Porém, na noite do quarto dia, Thomas acorda assustado, tira o tubo que estava enviando alimentos para o estômago e o de respirar, também tira o soro de sua veia e levanta rápido indo em direção à Raquel.
— Porra, desculpa, como não consegui te ajudar... desculpa, eu te amo... - Diz Thomas chorando.
Thomas começa a sentir principalmente a dor das costelas quebradas e das facadas, mas sente dor no corpo inteiro também. Ele se ajoelha e não consegue conter a dor mais infernal que já sentiu. Enquanto aperta os lugares que mais doem para tentar conter a dor, chora por medo de perde Raquel.
Um enfermeiro aparece no quarto e chama Sandra e um médico.
— Garoto, volte para a cama, vamos reconectar os aparelhos e os soros. - Diz o médico.
— Finalmente acordou, Thomas, mas tem que descansar! - Diz Sandra chorando.
— Finalmente? - Diz ele fraco.
— Vocês estão apagados a quatro dias, volta pra cama, por favor! - Ao ouvir isso, Thomas se enche de dor, a primeira coisa que lhe vem na cabeça é “Desculpa”, do mesmo jeito que um grito ecoou quando Leonardo morreu, ecoou mais alto por todo o hospital, parecia que o grito rasgava tudo dos pulmões até a boca de Thomas.
O médico injeta um calmante nele e o deita de volta. O calmante derruba Thomas, mas ele não dorme, quando o médico ia aplicar mais uma vez, Thomas da um tapa na seringa.
— Chega!- Diz ele muito bravo.
Sandra fica no quarto com ele, eles religam os remédios pra dor e Thomas fica a madrugada inteira olhando para Raquel enquanto lágrimas escorriam do seu rosto.
“- ELA TACOU UM COPO NA MINHA CARA!”, “ ELE ME DEU UM MURRO”, “CALA A BOCA, IDIOTA!”, “ Acho que...”, “ Eu te amo?” . Momentos dele e de Raquel passam em sua cabeça o tempo inteiro.
O médico volta às três da manhã com outro soro e analgésicos líquidos, ainda, escondido de Thomas, também coloca um sonífero no soro.
No outro dia, Thomas acorda com muita dor, Raquel estava em cima dele o abraçando enquanto chorava muito.
— Desculpa! - Diz ela sem parar de chorar.
Thomas não diz nada, apenas retribui o abraço, muito apertado, chorando também. Os dois estavam com muita dor mas não estavam ligando.
— Eu te amo! - Diz Raquel sorrindo por ver que Thomas estava mesmo vivo.
— Eu também te amo! - Diz ele sorrindo.
Os dois podem ir para casa, dois dias depois. Estão com hematomas pelo corpo inteiro, cicatrizes também.
Quando sobem para os quartos, Raquel toma banho, se troca e vai para o quarto de Thomas, ele estava se trocando após o banho também. Porém estava sem camisa. Raquel olha as cicatrizes que nos unem dele e a do peito parecia muito com a de sua costela.
Ela levanta a camisa e diz:
— Olha, a gente se completa!
— Isso sempre foi óbvio, criança! - Diz ele dando um beijo na testa de Raquel.
Os dois ligam o ar e ficam assistindo filmes no quarto de Thomas. Depois de um tempo, os dois pegam num sono, Emanuel e Sandra abrem a porta e os dois estão dormindo um encostado no outro.
— Que bom que estão bem! - Diz Sandra lacrimejando.
— Sim... que bom! - Diz Emanuel a abraçando.
— Olha como ficam lindos juntos... quem diria... que iam ser uma dupla assim, um dando a vida pelo outro! - Diz Sandra chorando baixo.
— Eu disse para dar um pouco mais de tempo a eles, não disse! - Diz Emanuel emocionado também.
Sandra sorri, limpa suas lágrimas e eles fecham a porta dizendo “amamos vocês!”.
Fale com o autor