As Aventuras dos Marotos

Capítulo 9 - O Mapa dos Marotos


O final do ano letivo em Hogwarts estava próximo. Os marotos aproveitavam o silêncio da Biblioteca para confabular, era o local predileto deles nos últimos tempos. Sirius e James passavam algum tempo entre as aventuras lendo livros que pudesse ajudar Remo e por isso, ambos haviam adquirido um considerável conhecimento em relação aos lobisomens entre outras coisas.



- Eu tive uma idéia! – Sirius continuava a ler um livro de feitiço extremamente avançado com muita atenção. – Eu sei exatamente o que fazer com os presentes que o Sr. Potter nos deu.



- E o que poderia ser, Sirius? – Remo levantou os olhos de sua leitura para encará-lo brevemente para depois voltar novamente para a leitura – Algo me diz que não vou gostar...



- Que tal fazermos um mapa da escola e seus arredores?



- Ah! Brilhante, mas... – James disse pensativo – um mapa comum não tem graça. Ele bem podia mostrar as nossas posições, o ideal seria sabermos onde os professores e o Sr. Filch se encontram, isto facilitaria muito as nossas saídas.



- A idéia é essa mesmo! Um mapa que nos mostre tudo e todos em nosso caminho. – os olhos de Sirius brilhavam de antecipação – o material nós já temos, falta só Remo colocar em prática seus dotes para desenho e objetos encantados.



- Como sempre a parte mais trabalhosa fica para mim – disse indiferente para esconder seu próprio entusiasmo – e você pequeno Petter, como poderá nos ajudar nessa empreitada?



- Eu... bo-bom – Petter gaguejou, agora isto era mais freqüente como se ele esperasse ser atacado a qualquer momento – eu posso ouvir conversas aqui e acolá. Os elfos lá da cozinha têm sempre uma informação legal. E a maioria das passagens secretas que descobrimos foram graças a eles.



- Ah! Então, é por lá que você tem andado quando some? – Sirius cruzou os braços, estirou as pernas sobre a mesa e balançou a cadeira para trás – Toma cuidado porque você aumentou de peso e eu quase não consigo mais te carregar nos ombros.



- E da-daí? – O problema é seu se eu não puder mais levar os recadinhos para a Alice Lovergood.



Sirius ficou mordido, quando James e Remo riram dele.



- Por Merlim! – James encarnou - Quer dizer que a sua próxima vítima é a Lovergood?



- Quantas foram apenas neste ano? – Remo fingiu contar nos dedos. – Quase não dá para contar, a minha preocupação é quantas mais virão – e James continuava – ele é um terror! Não importa tamanho, idade, personalidade ou mesmo a casa. Ah! Mas, uma coisa eu tenho a seu favor, você tem muito bom gosto pelo menos.



James, Remo e Petter gargalhavam as custas do amigo.



- Seu linguarudo! – Sirius estalou os dedos com cara de poucos amigos – sabe aquele dever de Transfiguração? Pode esquecer... – e com um sorriso maligno acrescentou – peça outro para fazer.



- Vais ser assim é? – Petter fez um muxoxo – James?



- Não olhe para mim – James balançou a cabeça negativamente – já tenho dois rolos de pergaminhos sobre História da Magia para fazer por nós dois.



- Remo? – Petter olhava suplicante já com lágrimas nos olhos.



- Está certo! Mas só porque o repentino mau humor do Sr. Almofadinhas é nossa culpa.



- Bah! Você tem um coração de manteiga, Remo – disse inconformado – o assunto sobre Alice está ótimo, mas voltemos ao mapa. Têm coisas realmente interessantes aqui, que tal se definirmos uma senha para que ninguém possa ler o mapa além de nós?



- Que tal? – Petter disse indeciso – “Juro solenemente não fazer nada de bom?”



- Yeah! Nosso lema! – Sirius disse empolgado e após, debochado. - Pelo menos desta vez você pensou.



- Menos almofadinhas! – Remo olhou-o de viés advertindo-o, ao que Sirius se calou.



- E quanto às férias? – James mudou de assunto para quebrar o clima pesado – o que vai fazer Remo?



- O mesmo de sempre – Remo suspirou – ficarei enclausurado no meu quarto enquanto vejo os dias passarem.



- E se os meus pais falarem com a sua mãe? Não há quem a Sra. Vivian Potter não consiga convencer.



- Não sei se é uma boa idéia, James – Remo estava indeciso. – Minha mãe não me deixa sair para lugar nenhum mesmo não sendo aqueles dias.



- Não custa tentar, assim poderemos levar a idéia do mapa adiante – James decidiu – se você me permitir contar para os meus pais, eu te garanto que eles não se incomodarão por você ser um lobisomem.



- Será James? – Remo disse um tanto cético – você pode estar enganado...



- Você não conheceu os meus pais. – James estava seguro – o melhor amigo de meu pai é um vampiro. Ele costuma dizer que não importa o que um bruxo se tornou, mas a ações que ele pratica comprovam toda dignidade e honradez e não existe um amigo que melhor se aplique...



- Ah! Não tem mesmo! – Sirius se manifestou – você é a dignidade e honradez em pessoa.



- Obrigado pela interrupção Sr. Almofadinhas! – James ironizou – posso continuar?



- Por nada! – Sirius respondeu no mesmo tom - tem toda minha atenção agora.



- Tudo bem! – James não conseguiu evitar o riso – você é um amigo que melhor se aplica nos termos do meu pai.



- Vocês também se aplicam... – Remo disse emocionado encarando Sirius e James com devoção – nos termos.



- E eu?? – Petter cruzou o braço amuado – em que parte eu me aplico?



- Na parte em que você é um malão! – Sirius estava sem paciência e passou as mãos pelos cabelos – Merlim, dái-me paciência para aturar este ser!



- Então Remo? – James indagou pedindo uma resposta - meus pais podem passar lá na sua casa?



- Está bem! – Remo não resistiu ao apelo desta aventura – eu mando uma coruja avisando o dia e a hora.



- Assim é que se fala! – Sirius deu um tapa amistoso na costa do amigo aluado.



- É isso aí! – James disse com pesar – Agora só falta enfrentar a arrumação da bagagem.



As férias desse ano para os marotos seria uma aventura inesquecível.