As Aventuras do Pequeno Eryk

57 – A Séria Investigação de Junior


Quando uma luz se acende num quarto escuro, ela ilumina uma bagunçada mesa, cheia de fotos de suspeitos e pessoas que possam estar interligadas com a Garota Borboleta.

— Muito bem! Se eu vou fazer isso, tenho que conferir tudo nos mínimos detalhes e não deixar escapar naaaada. – Falou Junior colocando suas mãos sobre a mesa olhando para cada pista com um ar de mistério e um bizarro tom de seriedade na ultima fala.

Junior sabia o que exatamente estava fazendo. Depois de muito pesquisar, analisar e buscar por informações, o garoto já estava mais do que preparado para o interrogatório.

— Muito bem meu caro. Imagino que esteja se perguntando o que te trouxe até aqui. – Dizia Junior com o seu primeiro suspeito que possa estar interligado com a Garota Borboleta.

— Você acha que eu sei algo sobre a Borboleta. – Responde Austin.

— Eita! Como é que sabe?

— Como assim?! Você me chamou dizendo isso! – Retruca Austin.

— Ah é... bom, então chega de enrolação. Onde você estava no dia 30 de dezembro de 1299? – Pergunta Junior.

— Eu não era NEM NASCIDO! – Responde Zero irritado pela pergunta idiota.

— Não brinque comigo, mocinha! Eu tenho provas, testemunhas, câmeras de segurança e até paparazi na sua cola! – Rebate Junior no controle da situação.

— Eu já disse! Eu não sou essa tal de Garota Borboleta! – Insiste Rebeca. – Espera. Você disse Paparazi, é? – Pergunta a garota gostando da noticia.

— Não. Você não pode ser a Garota Borboleta. – Afirma Junior com toda a certeza.

— QUE?! – Berra Isa surpresa.

— O que você está fazendo aqui? Anda, pega o beco, se manda! – Junior empurrava a garota para fora do quarto escuro do interrogatório.

— Quantas vezes eu tenho que dizer... Eu NÃO sou a Garota Borboleta! – Repete Jessy pela milésima vez seguida.

— Me dê uma razão para eu não desconfiar de você. – Diz Junior com um peso de seriedade no olhar.

— Deve ser porque eu sou um GAROTO! – Berra Jeová impaciente.

— Hm... Um Garoto Borboleta?

— Argh! – Aquela foi a gota d’água para Jeová, sem paciência alguma para aturar aquilo, e logo decide ir embora dali.

— O que eu estou fazendo aqui? – Pergunta Ângela para Junior enquanto olhava para os lados procurando por alguma fonte de luz que não fosse pela única lâmpada que iluminava a mesa com os dois sentados de frente para o outro.

— Bom, eu tenho uma descrição exata da Garota Borboleta bem aqui na minha mão que eu conseguir graças a uma testemunha anônima. – Responde o “detetive”.

— Eeeei! Esse é o meu desenho da Ângela! – Alegou Luane aparecendo do nada atrás de Junior.

— Shiiii! É emprestado, jogo rápido!

Junior segurava o retrato falado da Garota Borboleta, o desenho de Ângela e compara os dois com a garota a sua frente.

Todas tinham um corte de cabelo igual

Usavam um par de brincos brancos simples, porém que refletiam a luz deixando bem chamativos.

E as três possuíam um anel do mesmo tipo, na foto, no desenho e ao vivo também.

— Não, me enganei. Você não é a Garota Borboleta. Não tem nada a ver com ela. Tá liberada. – Falou Junior após analisar minuciosamente.

— Ah... Tá bom então. – Falou Ângela olhando para os dois lados confusa antes de ir.

— Ei espera! Não quer ver o seu desenho da Luane? – Pergunta Junior mostrando o desenho para a garota.

— Ah sim, eu quero ver. Deixa eu ver? – Ângela ficou empolgada na hora e foi até Junior para admirar o desenho e os dois ficam de conversinha.

Foram dias de investigações. Junior reuniu tudo o que tinha para estudar com cuidado. Provas, pistas, interrogatórios, e todos levaram o investigador mirim para uma única resposta.

— Bom minha gente, depois de reunir toooodos os fatos, finalmente cheguei a um conclusão! – Afirma Junior reunido com Eryk e seus amigos na casa na árvore.

— Qual é? – Perguntam os quatro em uníssono.

— Que eu não levo o menor jeito para isso!

Todos capotam depois de ouvirem a revelação de Junior.

— Deixa que eu vou investigar... – Se pronunciou Jessy sem animo para o computador por causa do Junior.

— Ah eu te ajudo! – Se ofereceu Luane se empolgando na hora.

— Pra mim tanto faz. Essa Garota Borboleta mais ajuda do que atrapalha, então... – Termina de dizer Jeová jogando as palavras ao vento.

— Gente... é... – Eryk ia protestar contra, dizendo que era melhor deixar esse assunto de lado. Mas o garoto resolve desistir suspirando cansando antes de ir embora do local sem falar mais nada.

Enquanto isso...

Austin, Diego e Zero estavam reunidos na praça do bairro sozinhos discutindo em mais uma maneira de se vingarem de Eryk e seus amigos.

— Sim!? – Se queixava Zero em voz alta. – Faz tempo que a gente tá na mesma escola que aqueles burros e não conseguimos pensar em nenhuma vingança da boa! Nem as garotas conseguem colaborar com algo que preste!

— A presa é a inimiga da perfeição, Wilson. – Advertiu Austin irritando Zero.

— É ZERO! Falei para você me chamar SÓ DE ZERO! – Berra Zero irritado com o albino, enquanto o mesmo não conseguia parar de rir.

— Eu só lamento. É que a palavra “Zero” não cabe bem a você. – Justificou Austin. Desde que descobrirá o nome de Zero após ouvir de sua mãe quando foi até sua casa para se reunirem, Austin acaba deixando escapulir seu nome vez ou outra.

— Eu me chamo Zero não por que ele me representa, e sim porque tudo o que eu faço, eu zero. Tá entendendo? – Explicou Zero.

— Você quer dizer quase tudo, não é? – Corrigiu Austin entre risadas que cessavam aos poucos. – Afinal, ainda temos que nos vingar daquele bando de retardados que tanto nos atrapalham.

— Eu voto em jogar ovo podre na rua de casa deles. – Propôs Diego tentando ajudar.

— Não seja infantil Diego! – Briga Zero. – Ovos podres têm que ser jogados na casa deles.

— Vocês dois são infantis demais. – Interrompe Austin. – Eles merecem coisa pior...! Algo que... Despedace o coração deles...! Tipo...

— Um coração partido? Eu duvido algum de vocês enfiarem suas mãos na guela deles – Falou Diego.

— Não seu besta! Não estou falando literalmente! – Retruca Austin.

— Hm... algo que destrua o coração deles...? Tipo... fazê-los pensar em algo bacana mas na verdade não tem nada? – Dizia Zero enquanto Austin pensava bem usando isso como base.

— É... Tipo... um encontro? Ou... AH JÁ SEI! – Berra o albino espantando os dois.

— Credo! Precisa gritar também oh! – Reclama Diego.

— Aquele gordo do Eryk! Isa e Rebeca me falaram alguma coisa sobre nenhuma garota dar bola pra ele... – Pensava Austin em voz alta.

— Pra que uma garota ia dá alguma bola pra ele? Ele já É uma boa! – Comenta Diego matando Zero de rir.

— Essa sim foi boa, vem cá! – Ria Zero batendo seu punho no punho de Diego.

— Eu tive uma idéia! – Falou Austin virando de frente para eles.

— Manda. – Disse Zero prestando atenção.

— E se o balofo do Eryk recebesse uma carta de amor?

— O QUE?! – Berraram Zero surpreso e Diego espantando, ao mesmo tempo.

— Puxa... Quer dizer, nossa... Eu não sabia Austin que você... – Diego parecia estranhar aquela conversa, até que Zero dá um tapão na nuca dele.

— Não é nada disso, bestão! Ele tá falando de escrever uma cartinha de amor falsa para o Eryk, não é? – Deduz Zero.

— Exato! Imaginem a cara dele... Um gordinho, todo feliz, achando que alguém se interessou por ele. E quando descobrir que nenhuma garota tinha escrito nada, o baleia fora d’água vai ficar TÃO magoado por ter pagado mico na frente da escola inteira... – Terminou Austin imitando alguém triste, enquanto Zero e Diego sorriam malignamente só de imaginar a cena.

No dia seguinte...

— E aí Eryk? A Jessy ainda está procurando alguma coisa sobre a Garota Borboleta? – Pergunta Junior ao lado de Jeová indo se encontrar com o Eryk na sala de aula do colégio deles.

— Quanto mais ela faz isso, mas ela perde o interesse. – Responde Eryk ajeitando sua mochila atrás dele pendurado na cadeira de sua carteira.

— A cada dia que passa a Garota Borboleta fica mais famosa. Ela prende bandidos, ajuda as pessoas, até a policia ela dá uma força. – Informou Jeová.

— Hehe essa Borboleta tá mais para um anjo que caiu do céu. Bem que mais pessoas poderiam fazer isso, não é? – Dizia Eryk sorrindo alegre por saber que a Garota Borboleta tem feito tantas coisas boas enquanto tirava um lápis do seu estojo guardado no feixe da frente de sua mochila.

— Hm? Ei Eryk. O que é isso preso no feixe de sua mochila? – Pergunta Junior após reparar alguma coisa de papel enrolado preso no feixe maior da mochila de Eryk onde o garoto guarda seus livros e cadernos escolares.

— Tem o que? – Pergunta o pequeno olhando para trás. – Deixa eu ver...

Eryk retira o papel da mochila e Jeová enxerga um desenho de um coração no meio dele.

— É uma carta? – Se pergunta Eryk.

— É uma cartinha de amor?! – Se surpreende Jeová fazendo Junior e, principalmente Eryk, se engasgaram com a própria saliva.

— O QUE?!

Continua...