Enquanto as meninas ficavam brincando na nova casa da árvore mágica, Eryk e Jeová acompanhavam Junior até sua casa para pegar alguns brinquedos enquanto conversavam empolgadamente sobre as várias coisas que poderiam fazer na nova casa.

Até Zero interromper o momento freando sua bicicleta na frente deles.

– E ae otários. Gostaram da nova casinha tostada de vocês? – Provoca o garoto sem sair da bike fazendo questão de falar a verdade.

– Então foi você?! – Jeová logo se irritou ao saber.

– Pode ter sido eu, pode ter sido o Austin, pode ter sido o Diego, quem sabe? – Zero continuava a provocar.

– Ah, mas você vai ver!

Quando Jeová já ia brigar com Zero, Eryk impede a ação do garoto colocando seu braço na frente dele.

– O que? – Exclamou Jeová surpreso.

– Você não vai fazer nada. – Falou Eryk.

– Eryk, mas-! – Junior ia falar, mas Eryk o interrompe indo falar com Zero diretamente.

– Eu tenho uma coisinha para te dizer. – Avisou Eryk sério.

– É mesmo balofo? E o que é? – Pergunta Zero com um tom de deboche.

Parecia que Eryk queria fuzilar Zero com o olhar, mas quando um sorriso alegre aparece em seu rosto, o garoto logo diz:

– Obrigado por ter feito aquilo!

Os olhos de Zero piscam duas vezes, confuso.

– Hã... o que rapá? – Pergunta Zero.

– É isso mesmo que você ouviu. Se vocês não tivessem feito isso, nós não teríamos uma casa na árvore ainda melhor! – Dizia Eryk ainda com um sorriso alegre.

– Espera, o que?! – Antes de Zero ter a chance de perguntar mais alguma coisa, Eryk passa correndo por ele.

– Ei gente! Bora apostar corrida até a casa do Junior! – Falou Eryk divertido enquanto saia na frente.

– Ah, mas não mesmo! – Falou Junior correndo logo em seguida. Jeová também foi e os três corriam na rua se divertindo a beça.

Menos Zero que continuava estático na calçada.

– I... Impossível... não tem como eles.... Ahhh mas eu tenho que ver isso por mim mesmo!

Mas tarde...

No circo de Risolândia, Henriqueél arrumava as coisas para o seu número que faria a noite. Estava tirando umas caixas para fora do circo, até os garotos heróis chegarem no local.

– Olha que visita bacana. O que os trazem até aqui? – Pergunta Henriqueél alegre por recebê-los, até Eryk correr até o homem para abraçá-lo.

– Muito obrigado mesmo! Meu desejo se realizou! Muito obrigado! – Agradecia Eryk surpreendendo o mágico pelo abraço repentino.

– Foi mesmo? E o que você pediu? – Pergunta Henriqueél curioso.

– Eryk pediu uma casa na árvore nova. E quando ele plantou a semente, nasceu uma casa da árvore mágica! – Contava Luane animada.

– Foi incrível na hora! Lá dentro parece uma mansão. Não acreditei. – Falou Jessy.

– E ainda tem brinquedos, um pequeno parquinho, sem falar na tevezona que tem lá e... – Junior esticava os braços a cada palavra que dizia, mas sem querer encosta em um leão azul de brinquedo que logo começa a brilhar.

– SE AFASTEM! – Henriqueél alertou a todos os garotos e o brilho começou a ficar maior.

Até surgir um leão azul selvagem do mesmo tamanho de um original.

– Pra trás! – Pede o mágico, mas na mesma hora o leão mágico o derruba para longe, fazendo todos ali entrarem em ação.

– Cuidado! – Jeová faz menção de todos os quatro se afastarem. Os amigos o obedecem. O leão encara cada um mostrando os dentes afiados pronto para morder alguém.

E quando o leão mira em Jessy, sentindo um pavor crescer na morena, ele avança nela.

Jessy grita fechando os olhos, apavorada. Mas o leão acaba caindo no chão após Luane usar suas fitas de dança para puxar o rabo dele com toda a sua força.

– NÃO! – Jeová desperta sua aura verde escura e agarra o pescoço do leão, mas logo a fera se livra de Jeová arremessando para umas caixas vazias.

– Força bruta não vai adiantar... – Dizia Henriqueél se levantando dos escombros, mas muito machucado. – O único jeito de detê-lo é domando-o.

– Entendi! Primeiro vamos derrubá-lo. Junior, toma distancia. – Pediu Jessy já com um plano em mente.

– Certo! – E na mesma hora Junior corre para bem longe.

– Vamos lá.

De repente a visão da Jessy muda. Tudo fica azul com riscos tecnológicos e cálculos aparecendo em sua frente, enquanto mirava o leão.

– O que?! Agora não! – A morena tenta balançar a cabeça para se livrar disso. Mas quando recupera a visão, o leão logo avança nela novamente. – SAI!

Com medo da fera, Jessy tenta espantá-la jogando o braço para o lado. Só que ao fazer isso uma rajada azulada branca é formada na frente do leão, o espantando um pouco, até Junior chegar acertando a fera com uma voadora.

– TOMA ISSO!!! – Berrou Junior acertando o leão com sua super-velocidade até jogá-lo para longe.

– Junior, Jeová! Contenham ele! – Ordenou a morena.

– Certo! – Os dois obedeceram e ambos agarram o leão ainda descontrolado.

– Eryk, tenta acalmá-lo! – Pediu Jessy.

– H-hã?! Eu? – Pergunta Eryk.

– Sim! Eryk você adora animais, mas você fica com medo quando eles tentam te morder, mas é só você demonstrar que você não vai fazer nada de mal pra eles que você consegue! – Dizia a prima.

– T-tá!

Eryk, ganhando confiança, estende a mão enquanto se aproximava do bicho aos poucos.

– Tenha calma... eu não vou te machucar. – Dizia Eryk sincero.

O leão piscava os olhos várias vezes enquanto Eryk se aproximava mais. Até que o garoto consegue pousar sua mão no rosto do leão e, quando viu que a fera estava mais calma, tentou fazer um carinho nele, que acabou gostando.

– Isso... bom garoto. – Eryk sorri comovido com o jeito fofo que o leão estava agora. Enquanto Henriqueél assistia a tudo aquilo surpreso.

– Esses... esses garotos... – Os olhos do mágico se abrem mais ainda quando vê uma pequena onda de poeira mágica emanar de Eryk para o leão sem que todos ali percebam.

E graças a isso, o leão azul começou se encolhendo aos poucos. Até Junior e Jeová saírem de cima dele até voltar a ser um leãozinho azul de brinquedo.

– Obrigada por me salvar, Luane. – Agradece Jessy.

– De nada amiga! – Luane retribui o gesto sorrindo meigamente.

– Mas que treco foi esse? – Pergunta Jessy pasma, enquanto Henriqueél pegava o objeto no chão.

– Esse é um item mágico chamado Leão Dominador. Como animas no circo foram proibidos, foi criado essa ferramenta mágica para o número de um Dominador de Leões. – Explicou o mais velho.

– Nossa... Mas como ele ficou assim? – Pergunta Junior.

– Ele ganha vida quando encosta nele. Emoções fortes ou magia, tudo relacionado a isso dá vida automaticamente.

– Mas... você está pegando nele agora. – Lembrou Jessy.

– Depois que ele é domado, ele fica nessa forma por alguns dias. Depois disso, quando o tempo acaba, se alguma coisa o encostar, ele ganha vida novamente.

– Impressionante. – Comentou Jeová.

– Mas vocês... Estão treinando para serem magos também? – Pergunta Henriqueél.

– Quem, nós? Não. Por que pergunta? – Pergunta Eryk.

– Cada um de vocês manifestaram poderes além da compreensão. Diferente de tudo que eu já tinha visto. Espera... por um acaso vocês tiveram contato com magia? – Pergunta Henriqueél novamente.

– Contato? Como assim? – Pergunta Eryk.

– Ele está perguntando se nós ficamos perto de alguma coisa mágica. Bem... uma bruxa serve? – Dizia Jessy.

– Uma bruxa? – Fala Henriqueél.

– Você conhece? O nome dela é Ana. É uma tia mágica que enfrentamos uma vez. – Falou Eryk.

– Não, espera. Vocês enfrentaram? – Henriqueél pergunta sendo surpreendido mais uma vez.

– Pois é. Ela era uma tia muito má. E não foi só ela. Teve o Austin, o José, a tia da cantina... – Contava Eryk.

– Vocês sempre se metem em problemas assim? Então é por isso... Vocês conhecem os poderes que tem? – Refletia Henriqueél.

– Para dizer a verdade não. Minha força cresce quando eu preciso. Aí aparece uma coisa verde que me encobre e me deixa mais forte. – Comenta Jeová.

– E eu consigo quando faço passos de dança. Aparece fitas ao meu redor, mas nem todos conseguem ver. O senhor viu? – Dizia Luane.

– Eu vi, mas continuem. – Pede o mágico.

– Junior possui uma super velocidade. Meus olhos mudam quando invento alguma coisa. Mas agora foi diferente... minha visão se manifestou em forma física. E-eu não sei explicar se é magia ou ciência. – Dizia Jessy.

– Você é cientista? - Pergunta Henriqueél.

– E das grandes! Jessy inventa cada coisa... – Dizia Eryk.

– Se é. Que nem o controle universal dela. Faz qualquer coisa. Como levantar objetos, aumentar e diminuir de tamanho, que nem nos filmes que passam na TV. – Dizia Junior.

– Interessante... E você garoto... – Dizia Henriqueél impressionado agora mirando em Eryk.

– Hã? O que tem eu? – Pergunta o garoto confuso.

– O Eryk tem um poder que nem eu consigo deduzir. Eu não sei. Ele sempre consegue despertar uma força que muda a compreensão de tudo ao seu redor ao seu favor. É incrível. Até hoje eu não conseguir descobrir o que é também. – Dizia a prima.

– Todos vocês falam como gente grande... e ainda despertaram poderes incríveis que nem vocês mesmos conhecem... – Repetia Henriqueél para si mesmo.

– O-o senhor pode nos ajudar. – Sugere Jessy.

– O-o que? – Henriqueél ficou surpreendido, mais uma vez.

– É verdade! O senhor pode nos ajudar a descobrir mais sobre nossos poderes. – Falou Eryk.

– Bem... eu não sei... – Henriqueél falou não sabendo muito o que fazer.

– Por favor senhor. Queremos muito dominar nossas forças. Assim podemos ajudar as pessoas como fizemos até agora. – Implorava Luane.

– Deixa eu ver...

Henriqueél anda até se afastar um pouco dos cinco, ficando de costas para eles.

– Muito bem, eu aceito. – O mágico vira de frente para os garotos enquanto jogava sua capa para o lado, exalando um sorriso alegre.

– OBA!!!!!!!!! – Gritaram os cinco amigos pulando de alegria.

– Eu pensei em fazermos assim: avisam seus pais que vão fazer um curso de magia no circo durante as férias. E quando vierem aqui, eu vou ensinar alguns truques e magias que podem ser bem úteis para cada um. O que acham? – Sugere Henriqueél.

– Por mim, eu gostei! – Falou Junior.

– Yey! Amei a idéia! – Luane esticou os braços para o alto, alegre.

– Realmente é uma boa idéia. – Apoiou Jessy.

– Tô gostando de ver... – Concordou Jeová socando o próprio punho na outra mão.

– Se eu gostei? Eu adorei! Mal posso esperar para começarmos! Senhor... Muito obrigado! – Dizia Eryk agradecido.

Enquanto isso...

Zero tinha ido na casa da árvore que achava ter virado cinzas. Mas quando chegou lá, não podia acreditar. Tinha outra casinha da árvore melhor e mais bonita que a anterior. Ficou tão pasmo que resolveu chamar por Diego e Austin para confirmar se o garoto não estava pirando.

– Mas... mas... como...? – Se perguntou Austin não acreditando no que seus olhos viam.

– Eu não te disse?! Como eles fizeram isso? – Dizia Zero ainda não acreditando até agora.

– Será que eles reconstruíram? – Pergunta Diego.

– I-impossível! Não teria como. Mas mesmo assim, tem mais coisas aqui do que tinha na casinha anterior, mas como... – Austin não conseguia raciocinar direito. Estava ficando de cabelo em pé imaginando mil coisas que estejam dentro da lógica para justificar a reconstrução Record daquela casa, mas tudo apontava para uma única resposta:

Algo fora da lógica.

– O que acham de queimarmos essa aí também? – Sugere Zero.

– D-de novo? Já não basta a ultima... – Falou Diego querendo pular fora dali. Já não bastava ter queimado a casa anterior. Achava que já tinha passado dos limites.

– Vamos queimar essa aí também. Eu quero só ver o que eles vão fazer agora para reconstruir outra casinha... – Dizia Austin já sacando um isqueiro de seu bolso.

Algum tempo depois...

Os cinco amigos retornavam para a casa da árvore ainda alegres com a idéia de que virariam artistas de circo. Comentavam sobre o assunto divertidos só de imaginar.

Até gritos interromperem a animação deles.

– ME TIREM LOGO DAQUI!!!

– SOCORRO! SOCORRO!

– QUEM TIVER FEITO ISSO, EU JURO QUE...

– Mas o que é que está acontecendo? – Se pergunta Jessy.

– Vamos lá ver. – Sugere Eryk e todos abrem a mata até chegarem na casa da árvore e se depararem com:

Austin pendurado e preso em uma rede.

Diego pendurado também com os pés amarrados e de cabeça pra baixo.

E os braços e pés de Zero amarrados e sendo esticados ao ficar pendurado no topo.

Os amigos de Eryk riam com aquilo. Enquanto Eryk apenas sorria animado com a situação.

– Seus... EU PEGO VOCÊS! – Ameaçou Zero tentando se livrar dali, mas os garotos só riam mais ainda.

– Me explicam! Como vocês restauraram a casa?! HEIN?! – Exigia Austin também se mexendo para sair daquilo alí.

– Como vocês vivem dizendo: Não é da sua conta! – Falou Eryk. – E para garantir que a nossa casa não passasse por aquilo de novo, eu pedi que ela viesse com várias armadilhas para aqueles que tinham intenções ruins. – Explicou o garoto por fim.

– O que?! Metade do que você disse não faz sentido. Você pediu isso pra quem já!? – Continuava Austin.

– Não importa. Jessy. – Chama Eryk.

– Alvo travado. – Falou a morena mexendo em um dispositivo de mira da árvore.

– O que?! – Os três garotos exclamaram.

– Direcionando sistema para trezentos e quinze graus. – Prosseguiu a gênio programando o dispositivo.

– Ei guria! O que você pensa que vai fazer?! – Dizia Zero se mexendo para sair dali.

– Essa não... – Enquanto Austin já fazia idéia.

– Preparar... apontar... – Dizia Jessy pronta para apertar em um botão vermelho.

– Nãonãonãonãonãonãonão! – Imploravam os três ao mesmo tempo.

– FOGO! – Finalizou esmagando o botão com a mão, atirando Zero, Diego e Austin para beeeem looooonge.

– NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! – Gritaram os três indo parar não sei aonde.

– E lá vai eles... hehe. – Disse Eryk.

Continua...