– Interrompemos essa fanfic para um comunicado urgente. – Informa a jornalista da TV – Recentemente, ouve uma série de ataques a depósitos e supermercados. As testemunhas afirmam que os alimentos ganharam vida e ajudaram os responsáveis em seus roubos. Não sabemos ainda qual é o objetivo, mas tudo indica que qualquer local que contenha comida, será mais uma vitima dos três assaltantes. As vitimas descreveram cada um como: Um homem forte e moreno, um garoto de aproximadamente nove anos de idade, e uma senhora de avental e usava uma concha como varinha.

A TV é desligada.

– VOCÊS OUVIRAM ISSO MENINOS?! ESTAMOS FAZENDO SUCESSO UHUU!!!! – Pulava de alegria a velha cozinheira.

– NEM ME FALE! NÓS SOMOS OS REIS DO PEDAÇO!!! – Acompanhou Zero, fazendo o mesmo que a mais velha.

O único que parecia estar incomodado, mesmo sem demonstrar isso, era José.

– O que foi Poderoso? Hã? Nós devíamos estar fazendo uma festa! Anime-se! – Incentivava o garoto, enquanto José apenas suspira cansado.

– Vocês dois já sabem do que eu penso disso.

– Ah meu irmão. PARA DE SER TÃO FRESQUINHO! NEM PARECE MEU FILHO Ó! – Reclamava a cozinheira.

– Então tia? Qual é o próximo passo? – Perguntava Zero ansioso.

– Nós vamos agora fazer um “Belo Banquete...” – A velha cozinheira responde com um sorriso maquiavélico.

– E lá vamos nós de novo... – Suspirou José desanimado.

Enquanto isso...

À tarde inteirinha seria apenas para Eryk e a pequena Ana. A garotinha esperava pelo gordinho na praça do bairro, enquanto Eryk ainda não chegava.

Ana usava um vestidinho simples, porém, bem bonito. Sua cor era rosa, suas pulseiras eram vermelhas e também tinha um lacinho preso em seu cabelo.

Ana não parecia se importar de Eryk estar atrasado. Na verdade, ela parecia estar um pouco envergonhada. Talvez porque ela vai ter “um encontro”, ou porque mesmo sua roupa que usava agora poderia estar exagerada demais.

Eryk chega no local correndo chamando por ela. Ele para tentando pegar fôlego, já que correr não era seu forte.

Ele usava umas vestes que lembravam muito sua roupa casual, porém, elas tinham uns desenhos na camisa ao estilo “roqueiro”, assim como seu short que tinha um pequeno símbolo da uma pomba branca na perna esquerda.

– Desculpa. Eu demorei?

– N-não. Fui eu que cheguei mais cedo.

– Ufa hehe! Bom, vamos?

– Vamos!

Os dois então começam com seu agradável passeio. Quem via parecia que os dois eram um casalsinho fofo de crianças. Ana cora só de estar perto de Eryk, enquanto o mesmo também não podia deixar de estar vermelho de vergonha.

Não muito longe dali...

– Nada melhor do que um belo dia como esse para andarmos por aí, né Beca? – Perguntava Isa após ter erguido os braços, descontraída.

– Eu to contigo!

– Ai não... – Falou Isa parando de repente.

– O que foi? – A outra perguntou não fazendo ideia.

– Beca! Você se lembra daquele gordinho?

– E-e-e-eu-se eu lembro?! N-n-nã-não! – Rebeca tentou disfarçar, mas na realidade se lembrava muito bem. Até porque ele estava em um evento em que ela tinha sido chamada para se vestir para o publico.

Isa aponta para frente, mostrando Eryk e uma outra garotinha que as duas não conheciam.

– Para. Tudo. – Falou Rebeca pausadamente ao reconhecê-lo. – Eu não acredito que... Não...

– Esse balofo não pode estar em um encontro! – Falou Isa inconformada.

– Com certeza! Não com aquela garota com um Lock divo daquele! – Falou Rebeca elogiado o visual de Ana admirada usando o mesmo tom de inconformado da amiga ao ver que Eryk andava com alguém “a altura das duas” segundo elas.

– Não. Eu tenho que ver isso melhor. Vamos lá Rebeca!

– Vamos mesmo!

As duas resolvem seguirem o casalsinho. Andavam a uma distancia segura. Os dois pareciam mesmo um casal apaixonado. E toda vez que Eryk fazia alguma coisa para agradar Ana, Isa se irritava com o jeito que aquela garota o recebia sem parecer estar, pelo menos, fingindo estar gostando.

– Não é possível! Ela foi paga ou o que? – Perguntava Rebeca.

– Eu... Não... Sei. – Falou Isa pausadamente irritada.

Quando o menino ver uma moita com algumas pequenas fores que lembravam muito margaridas, ele pega apenas uma e estica o braço, um pouco tímido.

– T-t-toma, é pra você.

O rosto de Ana se enche de alegria na hora.

Pr-pra mim?

Eryk apenas acena como resposta.

Ana sorrir mais ainda e aceita a bela florsinha. Colocando atrás da orelha, Ana ficou mais bela ainda.

– O-obrigada Eryk.

– Hehe de nada!

– Oras, seu... – Isa estava irada com isso. Estava apertando algo que parecia uma barra de ferro e ainda estava a entortando, mas na verdade o que ela apertava era o braço de Rebeca.

– Não... PARAAA!!! – Choramingou Rebeca.

– Eryk. – Chamou Ana.

– Diga!

– Eu... Tenho uma coisa muito importante para te dizer.

– Nossa! Fiquei curioso. O que é?

– Eryk... Eu te amo.

– Nossa... Eu... Eu também te amo.

– Vamos nos casar e viver felizes para sempre?

– Vamos sim! Hehe!

– NÃÃÃÃÃÃÃÃÃO!!!!!!!!!!!!!!!!! - Isa surta só de ter imaginado aquela declaração. Quando as duas percebem que os dois aviam escutado, elas logo se escondem.

– Nossa! O que foi isso? – Pergunta Eryk confuso.

– Não sei... – Respondeu Ana.

De repente, uma explosão é escutada ao longe. O pequeno casal logo desviam seus olhares para a direção do barulho, e logo veem uma fumaça vindo daquela direção.

– Essa não! Vamos lá ver! – Falou Eryk já indo até lá, mas Ana o para pegando em sua mão.

– Não Eryk! Pode ser perigoso! – Falou a menina.

– Não importa! Se pessoas estiverem correndo perigo, eu tenho que ir!

– M-mas...

– Não se preocupe! Eu vou voltar logo, tá?

– N-não! Eu vou também!

Ana estava decidida, mas ela não tinha percebido que ainda segurava a mão de Eryk, estando de mãos dadas.

Eryk sorrir, impressionado com a coragem da amiga. Ele aperta a mão de Ana, agora decidido, enquanto a outra só percebe que estava de mãos dadas com ele quando ele faz isso.

– Beleza! Então vamos! – Falou Eryk puxando a menina enquanto corriam até o local.

– Eles estão mesmo indo pra lá? O que você acha Isa? Isa? – Quando Rebeca foi falar com sua amiga, ela não estava mais lá. – Ué? Para onde ela foi?

Eryk e Ana correm até o local. E quando chegam lá, se deparam com varias criaturas feitas de comidas.

– Mas o que... – Dizia Ana.

– O quê que tá acontecendo!? – Pergunta Eryk com um olhar torto de confuso.

As criaturas logo olham para os dois. Eryk e Ana se arrepiam na hora. Assim que as criaturas correm atrás deles, Eryk logo saca seu estilingue.

– Ainda bem que eu não saio de casa sem isso! – Falou Eryk carregando sua baladeira. – Ana! Fica atrás de mim!

Ela assentiu e assim fez. Eryk logo começa a disparar contra as criaturas, fazendo elas sumirem enquanto passava correndo por elas.

– Eryk elas se parecem com aquela coisa que atacou a nossa escola. – Lembrava Ana enquanto ainda permanecia atrás do gordinho.

– ÉGUA! E não é que é mesmo? – Falou Eryk se tocando da coincidência.

Os dois prosseguiram com a correria. Eryk ainda atirava nas coisas em sua frente, até chegarem num restaurante. A primeira coisa que os dois fizeram ao chegarem lá foi socorrer um homem idoso uniformizado com alguns detalhes do restaurante, que aparentava se o local onde trabalhava.

– Você tá bem moço? – Pergunta Eryk tentando levantar o homem.

– Estou... Mas... A comida...

– Não se esforce muito. – Alertou Ana.

– Saiam daqui. É muito perigoso para crianças.

– Não senhor!! Eu vou cuidar disso enquanto você fique aqui com ele, tá? – Falou Eryk, pedindo a Ana ficar e cuidar do senhor.

– Mas, Eryk...

– NÃO! Não vá... – Quando o senhor já ia impedi-lo, Eryk já avia ido.

Correndo para dentro do restaurante, Eryk se depara com mais criaturas. Como o número delas era maior do que os que estavam na rua, Eryk resolveram se esconder e atravessar o local sem ser percebido por elas.

– Ai papai! Eu vou por aqui! – Eryk avia se encostado-se a uma parede. Quando ele ver uma porta aberta ao se lado, ele vai até ela.

Mas quando ele já ia entrar, ele se depara com José de lado para ele, um tanto diferente. Com um olhar vago e sombrio, enquanto segurava em sua mão direita uma espécie de barra de ferro.

– Hã? – Eryk reage confuso. José o olha de canto do olho para vê-lo, e logo em seguida ele vira a cabeça para o lado para reparar melhor em Eryk.

– Saia daqui. AGORA!!!

Enquanto isso, no lado de fora...

Isa correu até o restaurante também, mas no meio do caminho avia perdido Eryk e aquela menina de vista.

– Ótimo! Para onde será que eles foram?

Ana estava no lado de fora do restaurante. Na rua avia uma espécie de furgão azul-marinho com a porta do lado aberta. Isa quando vê o veículo arqueia uma sobrancelha com duvida, e achou melhor conferir se Eryk não estava lá dentro.

– Eryk? Você tá aí?

– Ainda logo com isso seu pivete!

– Credo velha! Já vai!

– Aí essa não!

Quando Isa escuta vozes estranhas vindo do interior do restaurante se aproximando, a garota entra no furgão tentando se esconder. Os donos daquelas vozes eram a velha cozinheira e Zero, carregando um monte de sacolas e caixas cheias de comida.

– Escuta aqui sua velha? E aquele tal “banquete” que você prometeu, hein? Eu não acho que um restaurante de quinta seja algo para caprichar. – Falou Zero guardando as caixas dentro do furgão, sem saber que ao fazer isso deixava Isa presa lá dentro.

– E quem disse que esse restaurante era o banquete, hein? Não meu caro... Assim que sairmos daqui vamos ter muito trabalho pela frente...! – Falou a cozinheira guardando as sacolas dentro do furgão, bem na única brecha que Isa poderia sair. Mas agora não será possível mais, já que estava completamente presa lá.

– É você... Que está fazendo tudo isso...? – Eryk ainda discutia com José.

– Isso não é assunto seu.

– Mas cara... Você...

– Eryk. Eu sinto muito se você depositou esperança em mim naquele dia, mas...

– Não me vem com essa! Está estampado na sua cara que você não quer fazer isso! Me diga! O que foi qu-

– CHEGA!

José tentou bater em Eryk com sua barra, mas ele consegue desviar pulando para trás. José se enfurece com isso, e ergue sua barra para o lado, chamando a atenção das criaturas feitas de comida do local.

– Isso não é bom... – Comentou Eryk suando frio.

– Peguem ele. – Ordenou José calmo fazendo as criaturas fazerem o ordenado.

– SAI DAQUI!!!!!!!!! – Gritou Eryk correndo delas.

– Vamos Poderoso! Tá tudo pronto! – Chamou Zero no lado de fora. José deixa o local assim que é chamado. Mas antes de ir, não pôde deixar de evitar uma pequena lágrima escorrer pelo seu rosto.

– Vamos logo! – Falou José entrando no furgão. Eryk consegue usar sua baladeira especial para por um fim naquelas criaturas. E quando ele corre para fora do restaurante, ele escuta um grito de socorro vindo do furgão, que saia do local em alta velocidade.

– SOCORRO!!! ALGUEM! SOCORRO!!! – Gritava Isa pela janela do furgão.

– Essa não, aquela é...? – Eryk se interrompe. Quando se toca de quem era, ele logo começa a correr, mas quando um “psiu” é escutado, Eryk imediatamente para de se mover.

– Eryk, eu conheço um atalho! Por aqui! – Falou Ana dentro de um beco e entrando no mesmo. Eryk não pensa duas vezes e a segue para dentro.

– Aí... Cadê ela...? – Perguntava Rebeca resmungando de não ter achado sua amiga.

– SOCORRO! SOCORRO!!!!! – O furgão que a amiga estava passa por Rebeca. Ela logo reconhece Isa lá, e na hora fica aflita.

– Essa não... O que está acontecendo!?

– Rebeca? – Jessy aparece e reconhece a menina.

– Garota! Você tem que me ajudar! Ela... – Rebeca foi até a morena num estado de insegurança.

– Calma, vem comigo. – Pediu Jessy a levando para a Casa na Árvore da turma.

Enquanto Eryk ainda seguia Ana para dentro do beco. Eles entravam em esquinas no interior, e à medida que corriam, Eryk tinha a impressão que aquele lugar ficava cada vez mais escuro.

– O quê que está acontecendo? – Eryk se perguntava.

De repente, Ana para de correr aos poucos. Ela desacelerava o passo à medida que avançava. Eryk também faz o mesmo para acompanha-la mesmo não entendendo isso, até ela parar de correr de vez assim como ele.

– O que foi Ana? Nós temos que nos apreçar! – Falou Eryk.

– Há quanto tempo...

Uma voz mais madura e feminina foi escutada. Ana estava de costas para Eryk. E o garoto se arrepia com a voz que tinha vindo de não sabe onde.

– QUEM ESTÁ AÍ!? – Pergunta Eryk com um grito, olhando para os lados e para o alto.

– Ora essa Eryk. Não me reconhece mais?

– Vamos...! APAREÇA!

E como resposta, Ana vira lentamente até ficar de frente para Eryk.

O rosto dela avia um tremendo sorriso sinistro de satisfação, enquanto seus longos e belos cabelos tampavam os belos olhos da menina.

– Eeeei Ana... Você tá me dando medo! – Falou Eryk preocupado de nervoso.

– Eu cansei de esperar. Acho que já está na hora de me revelar... – Ana falou com sua voz mudada. Com uma voz... De uma adulta.

O corpo de Ana é coberto por uma aura roxa clara e brilhante. Essa aura fez a menina crescer, crescer e crescer...

Até mostrar uma pessoa adulta e conhecida.

– Há quanto tempo à gente não se ver... Antônio Eryk. – Falou a mulher, seu cabelo era longo e liso, com alguns fios rosa. Usava um vestido preto com detalhes da mesma cor e ainda por cima um chapéu de bruxa.

– Não me ferra... Você... É... Aquela Bruxa?! – Reconheceu Eryk, se lembrando daquela vez que a mesma pessoa que estava à frente dele, tinha sido a responsável por ter feito um Pitbull mutante ter atacado a ele e seus amigos.

Continua...