As semanas se passaram, mas nenhum acontecimento grande aconteceu. Todos estavam preocupados com as provas. Era minha primeira semana de prova e sempre me alertavam que não seria fácil. Estava na aula de Literatura quando o sinal bateu avisando sobre o término da aula. Sai da sala a procura de Anabeth e na minha pressa acabei esbarrando em alguém.

- Foi mal.- Olhei para cima e vi Matheus parado na minha frente.

- Demi, eu preciso falar com você.

- Eu não tenho nada pra falar com você. Disse me virando e andando em direção contrária dele.

- Demi, porfavor, me ouça. Eu realmente preciso falar com você.

- Parei na sua frente e o encarei.

- Tá bom, fala.

- Vamos para um lugar mais reservado.

- E você realmente acha que depois que você tentou me matar eu vou ficar sozinha com você?

- Olha Demi, eu estou arrependido, é sério. E eu quero te ajudar. O que eu fiz não tem explicação, eu sei.- O pior que olhando para ele, dava para ver o arrependimento, mas não iria cair no joguinho dele, eu acho.

- Sai fora Matheus, você não me engana.

- Não estou, eu prometo. Porfavor,me dê essa chance.- Como se eu estivesse tendo um surto, concordei.

- Tudo bem, só essa. Te encontro na cabana ás 15 horas.

- Beleza, você não vai se arrepender.- Sai em direção ao refeitório avistando Caio e Anabeth sentados em uma mesa no fundo fui ao encontro deles.

- E aí, vai fazer o que hoje?- Anabeth perguntou enquanto eu me sentava.

- Vou me encontrar com Matheus e dar uma segunda chance para ele.

- O que? Você é louca? Você não vai se encontrar com ele.- Caio disse.

- Eu já disse que o que eu faço ou deixo de fazer é problema meu. - Ótimo, então vai lá. e ele te mata. Ótima ideia Demetria.

- Não é assim ok? Ele realmente pareceu arrependido.

- E você vai cair na dele? Pensei que fosse mais esperta.

- Tudo bem, tudo bem. Eu vou ficar atenta. E se ele tentar me atacar eu sei me defender. Não é para isso que as aulas servem?

- Ainda não sou a favor disso.

- Vocês sendo a favor ou não, eu vou do mesmo jeito.

- Daniel vai acabat sabendo disso você sabe né?

- Eu e Daniel não temos nada sério e mesmo se tivéssemos eu tomo minhas próprias decisões. Nada do que ele dissesse iria mudar minha decisão.

- Você pode até não mudar de opinião, mas ele não vai gostar disso. Isso vai acabar dando merda.

- Gente Daniel não é meu dono ok? Eu vou e ponto final.- Sai de perto deles antes que se tornasse uma discursão pior e fui para o meu quarto. Anita e Carlos não haviam me procurado desde a nossa conversa, mas eu andava sempre olhando para os lados, vai que eles aparecem do nada.

Botei meus shorts e fui correr pela floresta até dar 15 horas. Passava pela árvoes, o suor escorrendo pelo meu rosto. Parei para respirar e ouvi passos na mata. Como se alguém, ou algo me seguisse. Olhei para trás e não vi nada. Voltei a andar, provavelmente era apenas algum bicho. Botei meus fones e começou a tocar Sweet Dreams do Eurythimics. Parecia uma trilha sonora meio sinistra, mas nem liguei para isso, amava essa música. Parei novamente para respirar e uma mão segurou meu ombro. Tirei o fone e olhei diretamebte para Matheus.

- Já são 15 horas?- Perguntei confusa.

- Não, mas eu sabia que você estaria correndo por aqui.

- Como assim, sabia?

- Você é muito previsível Demi.- Matheus chegava perto de mim, flexes do 1° dia vieram na minha mente.

- Aquilo que você disse. Que se arrependeu, que queria me ajudar. Era tudo mentira né?- Mais tarde eu tenho que me lembrar de me amaldiçoar por acredito nele, isso se existir um mais tarde.

- Claro que era.

- E você foi muito convincente.

- Saber mentir é um dos meus dons.

- E você vai fazer o que? Tentar me matar de novo?

- Eu não vou tentar Demetria, eu vou conseguir.- Disse botando suas mãos em meu pescoço e apertando. Agora era minha hora, sabe, não estava muto afim de morrer não, e como eu tinha dito antes, sei me defender. Botei minha mãos em cima das suas, acho que elem pensou que eu estava tentando tirá-las porque começou a rir igual a um psicopata. Fechei meus olhos, inspirei e expirei, como Daniel havia ensinada. As mãos de Matheus apertaram mais e meu ar saiu, mas
isso durou cerca de 2 segundos. Matheus gritou tirando suas mãos de mim.

- Sua vaca, você me queimou.

- É melhor você sair daqui, antes que você se queime mais.

- Agora você vai morrer.- Veio correndo e eu apenasa apontei para ele. Fogo se espalhou pelo seu corpo, seus gritos foram diminuindo conforme o fogo consumia sua carne. Senti presença atrás de mim e me virei.

- O que você fez Demi?- Perguntou com cara de pânico.

- O que? Como assim?

- Você o matou.

- Ele ia me matar. Eu estava apenas me defendendo.

- Isso eu sei, mas agora você vai ter que explicar isso para o congresso das 4 gerações.