Capitulo 23 – Verdades

Sexta, 25 de dezembro

O momento mais esperado havia chegado o jogo de quadribol, os jovens se reuniram no meio do campo que havia próximo a Toca para dividirem os times enquanto as crianças e os demais se sentavam na arquibancada improvisada para assistirem o jogo.

— Eu e você escolhemos o time, Potter. – Viktor falou em tom desafiador.

— Como quiser! – Harry retrucou encarando o homem a sua frente. – Cara.

— Coroa. – Viktor apertou a mão dele como sinal de um jogo amigável.

— Vamos lá. – Sirius lançou a moeda, aparecendo coroa, Viktor tinha a vantagem de escolha.

— Erick, vem cá garoto. – Olhou para Harry de forma provocativa, a disputa já havia começado antes mesmo do jogo.

- Rony. – Harry escolheu, sentiu uma sensação estranha vendo os dois juntos, estava disposto a vencer aquele jogo e mostrar para Erick que era melhor que Krum.

Definidos o time com sete jogadores de cada lado, os capitães se reuniram com a equipe para definir as estratégias de jogo, Harry estava no time vermelho e Viktor no time azul, a posição dos jogadores ficaram definidas da seguinte maneira.

*

Capitão Amarelo: Harry Potter

Batedor 1: Jorge Weasley

Batedor 2: Arthur Weasley

Artilheiro 1: Paul Black

Artilheiro 2: Dominique Weasley

Artilheiro 3: Roxanne Weasley

Goleiro: Rony Weasley

Apanhador: Harry Potter

*

Capitão Vermelho: Viktor Krum

Batedor 1: Remus Lupin

Batedor 2: Lucy Weasley

Artilheiro 1: Erick Granger

Artilheiro 2: Gina Weasley

Artilheiro 3: Louis Weasley

Goleiro: Ted Lupin

Apanhador: Viktor Krum

*

Sirius apita e o jogo começa! O inicio da partida é calmo, os jogadores ainda estão se acostumando com suas posições, embora a maioria já estivesse jogando nas posições de costume. Em três minutos de jogo Erick marca o primeiro gol para o time vermelho, abrindo a vantagem de 10 pontos. Harry vê o pomo próximo a ele, Krum está do outro lado, voa alguns metros, mas é atingido na cabeça por um balaço lançado por Gina. Time amarelo marca dois gols, ficando a frente do vermelho por 10 pontos.

As crianças gritam animadas, Hermione fica nervosa assistindo o jogo, os outros se dividem torcendo por ambos os lados. Erick ultrapassa Paul e Roxanne, fazendo um gol no aro do meio. O jogo está empatado, os capitães gritam ordens para seus jogadores. Harry e Viktor se encaram em desafio, o pomo de ouro passa por eles, fazendo-os voarem para capturar a pequena e veloz bolinha dourada.

Ted quase cai de sua vassoura defendendo mais uma tentativa de ataque de Dominique. O jogo continua, Paul marca mais 20 pontos para o time amarelo, enquanto Gina marca 10 para o time vermelho, ainda assim estão perdendo por 10 pontos no placar. Harry vê o pomo, voa baixo bem próximo dele, Viktor aparece do seu lado, ambos começam uma disputa por espaço, até Harry perder o equilíbrio com um empurrão de Viktor e vai bater em um dos aros da baliza. Viktor pega o pomo de ouro, e assim acaba o jogo de quadribol, Vitória para o time vermelho, 180 a 40!

O jogo termina com o apito final de Sirius, todos os jogadores aterrissam e descem suas vassouras indo em direção à torcida animada. O time vencedor comemora enquanto o que perdeu se lamenta dizendo que foi sorte, como todo ano. Os mais jovens da família Weasley implicam uns com o outros pelo placar, sendo repreendidos pela avó, Erick corre e abraça Krum pela vitória.

Harry desceu da vassoura e começou a andar em passos largos até Krum, estava possesso de raiva, era para ele ter ganhado o jogo, ele daria a vitória para seu time se não fosse pelo empurrão do rival no jogo, chegou até a sentir as asas do pomo em sua mão. Quando se aproximou Erick já havia saído com os amigos de volta para o jardim, restavam poucas pessoas por perto.

— Você trapaceou. – Harry chegou empurrando Krum com as duas mãos no peito dele.

— Aprende a perder, Potter. – Krum riu debochado vendo Harry fechar os punhos irritado.

— Você sabia que eu ia ganhar esse jogo. – Rosnou aproximando-se com raiva.

— Falou certo ia... Mas eu peguei o pomo, eu venci. – Zombou levantando o pomo de ouro que estava em sua mão.

— Quer saber? Não vou mais discutir com você. – Harry viu Hermione olhar para os dois a alguns metros, preferiu não fazer nada.

— Alias, não foi só o jogo que eu ganhei. Não é mesmo, Potter? – Viktor provocou olhando para onde a morena estava.

— O que disse? – Harry cerrou os punhos parando de andar e virando-se novamente para encara-lo.

— Eu tenho tudo o que você sempre quis. – Falou baixo sorrindo, Harry sabia exatamente ao que ele se referia.

Sem pensar Harry deferiu um soco no queixo de Viktor que cambaleou para trás, não demorou e Viktor revidou fazendo-os caírem no chão. Harry estava por baixo tinha recebido um soco próximo da sobrancelha, inverteu a situação voltando a soca-lo várias vezes. Ambos eram grandes e fortes, a briga estava acirrada, não dava para saber quem estava ganhando ou perdendo.

— Parem com isso! – Gritou Sirius se aproximando junto com Rony, Remus e Arthur.

— Vocês querem que as crianças presenciem isso? – Arthur repreendeu os homens que ainda estavam se batendo. Rony e Arthur tentaram segurar Harry enquanto Sirius e Remus seguravam Krum.

— Me larga! – Gritou Harry tentando se desvencilhar avançando contra Krum.

— Você me paga Potter. – Reclamou Krum tocando o lábio que sangrava.

— JÁ CHEGA! – Ambos pararam com o grito de Hermione, ela estava brava, muito brava. – NÃO ACREDITO NO QUE EU ESTOU VENDO.

— Hermione... – Harry e Viktor falaram ao mesmo tempo.

— Tem crianças nesse almoço! – Falou inconformada. – Vocês são dois homens brigando igual adolescente!

— Desculpa. – Krum falou baixo observando-a passar as mãos nos cabelos, conhecia o temperamento dela, estava irritada.

— Hoje é Natal! – Parou no meio dos dois, alternando o olhar de um para o outro. – Respeitem ao menos isso.

— Não me venha falar em respeito. – Harry soltou-se bruscamente saindo na direção oposta.

Hermione viu Harry se afastar irritado, respirou fundo, não iria chorar, voltou-se para Viktor e viu que a boca dele estava sangrando, precisava cuidar dele. Eles entraram na Toca e foram até o banheiro onde tinha um kit de primeiro socorros, Hermione cuidadosamente limpou os ferimentos e passou remédio para aliviar a dor, por sorte os cortes foram superficiais um feitiço simples resolveria. Passou alguns minutos repreendendo Viktor pelas suas atitudes, não queria que Erick presenciasse nada disso. O homem se desculpou com ela e prometeu se desculpar com os demais naquele momento, desceu as escadas deixando-a ali.

Hermione depois de guardar os itens foi até um quarto vazio, sentou na poltrona que tinha no cômodo, passou os braços em volta de si, fechou os olhos por alguns segundos até escutar um estrondo na parede ao lado. Assustou-se e correu para ver o que estava acontecendo, quando entrou encontrou Harry com a mão avermelhada andando de um lado para o outro.

— Harry? – Viu ele se virar com raiva, deu alguns passos para trás notando o estado que ele estava.

— Você não tinha o direito de colocar outro homem na vida do meu filho! – Falou friamente, andando perigosamente até ela, sua pulsação estava acelerada.

— O que?! – Hermione assustou-se, foram raras as vezes que viu Harry daquele jeito.

— Krum! – Cuspiu aquelas palavras. – Ele não é pai do Erick!

— Ele sempre foi mais pai que você! – Irritou-se também, não iria permitir ele falar assim com ela. - Você não tem direito nenhum sobre o MEU FILHO.

— ELE TAMBÉM É MEU FILHO! – Gritou virando-se para ela.

— NÃO! – Apontou o dedo para ele, dessa vez ela se aproximou nervosa. – Você não tem o direito de entrar na vida dele, você nunca foi o pai dele!

— Hermione... – Harry tentou segurar as mãos dela que desferiam golpes contra ele.

— Você foi um covarde! – Irritou-se tentando se soltar do aperto dele em seus pulsos. – Me larga!

— Deixe-me explicar. – Soltou as mãos dela, vendo-a se afastar. – O que aconteceu no passado...

— Como você disse, “Não vou perder minha vida por causa de uma noite com você!” — Proferiu aquelas palavras sentindo novamente seu coração dilacerar.

— TENTA VER MEU LADO! – Alterou-se andando de um lado para o outro na sala.

— VOCÊ VIU O MEU? – Elevou a voz parando em frente a ele. – Você me deixou grávida, eu era uma adolescente! Eu tive que criar um filho sozinha e o que você fez?

— Você não está sendo justa.

— Justa? – Uma risada irônica escapou de seus lábios. – Você fez sua carreira, você foi o grande Harry Potter que todos queriam, enquanto eu parei minha vida para cuidar de um filho.

— Eu tentei te proteger! – Segurou as mãos dela fazendo-a olhar para ele.

— Para de MENTIR! – Soltou-se tampando os ouvidos com as mãos, não queria escutar mais nada. – Estou cansada de mentiras.

— Nós íamos nos casar... – Harry tocou as mãos dela, fazendo-a olhar para ele. – Eu nunca menti para você sobre meus sentimentos.

— Você me destruiu da pior maneira possível. – Respondeu olhando-o com mágoa.

— Me perdoa! – Olhou dentro dos olhos dela. – Me deixa fazer parte da sua vida outra vez...

— Você não tem mais espaço em minha vida. – Aquelas palavras fizeram Harry se afastar, o significado delas esmagou seu coração.

— Eu... – Buscou palavras, mas não conseguia pronunciar nada.

— Não fala nada. – Respirou profundamente ficando de costas para ele.

— Eu quero fazer parte da vida do meu filho... – Falou baixo, só conseguia pensar em Erick naquele momento.

— Você perdeu sua chance quando me mandou tirar o bebê. – Hermione já estava com a voz embargada.

— Aquilo foi um erro! – Harry tentou se aproximar, mas Hermione fez o sinal para ele parar. – Nós...

Um barulho na porta fez os dois pararem de falar e se virarem, Harry prendeu a respiração e Hermione tampou a boca abafando um soluço. Erick estava parado com a mão na maçaneta da porta, finas lágrimas escorriam por seu rosto, o olhar dele destruiu os dois por dentro, nada do que eles fizessem poderia mudar aquele momento.

***

(Minutos antes)

Erick tinha esquecido sua vassoura no quarto de hospedes, subiu para pega-la quando escutou gritos vindos do segundo andar. Subiu rapidamente as escadas, parou próximo a uma porta onde escutou a voz de sua mãe e de Harry, eles pareciam estar discutindo um com o outro.

— Você não tem direito nenhum sobre o MEU FILHO.

— ELE TAMBÉM É MEU FILHO!

Aquilo o deixou sem reação, Harry Potter realmente era seu pai, não sabia se ficava feliz ou triste. Deu mais alguns passos escutando o restante da briga, cada revelação cortava mais seu coração, estava descobrindo da pior maneira possível tudo que havia acontecido no passado entre seus pais. Precisava ver para acreditar em tudo aquilo era real, abriu a porta podendo ver Harry se aproximar de sua mãe que o impediu com as mãos.

A última frase tinha acabado com ele, seu pai não o queria em sua vida, como ainda mandou sua mãe tirar o bebê, tirar ele, sentiu seu pulmão ficar sem ar. O tempo todo, sua mãe omitiu a verdade por ser dolorosa demais, precisava sair dali, deu alguns passos para trás esbarrando em algo no chão. O barulho fez os dois pararem de falar e se virarem, era tarde demais, lágrimas já escorriam por seu rosto, não conseguia ficar ali, saiu correndo do quarto deixando-os ali.

— Oh Merlin. – Harry tentou alcança-lo, mas ele já tinha saído. – Erick...

— Ele precisa ficar sozinho. – Rony que havia escutado a maior parte da briga segurou Harry, impedindo-a de ir atrás do filho. – Ele não vai escutar você agora.

— Vocês precisam esfriar a cabeça. – Gina se aproximou de Hermione que estava em estado de choque.

— O quão ruim foi? – Harry virou-se passando as mãos nos cabelos.

— Péssimo. – Rony falou tocando o ombro de Harry.

— Hermione? – Gina chamou a amiga que não tinha reação. – Você está bem?

— Eu... – Hermione desabou-se em lágrimas. – Eu arruinei tudo.

— O que aconteceu? O Erick passou transtornado por mim e... – Viktor tinha acabado de entrar no quarto, parou notando a situação.

— Eu preciso ver meu filho. – Hermione tentou passar, mas Viktor a segurou entre seus braços.

— Se acalme amor. – Viktor abraçou Hermione que soluçava em seus braços, ela se agarrou a ele, afundando o rosto no peito dele. – Eu vou atrás dele.

Harry estava sentado no chão com os cotovelos apoiados nos joelhos dobrados e o rosto entre as mãos, lágrimas escorriam por seu rosto, tinha estragado tudo outra vez. Hermione nunca o perdoaria e Erick não deixaria ele se aproximar como pai, havia perdido sua chance, não sabia o que fazer naquele momento.

A briga deles só havia chamado à atenção de Rony, Gina e Sirius que tinham visto Erick entrar e pressentindo o que poderia acontecer foram atrás do rapaz. Sirius sentiu a dor do afilhado, entrou no cômodo e sentou-se ao lado de Harry, mesmo sendo um homem, o moreno aceitou o ombro do padrinho como consolo.

Gina aconchegou Hermione em seus braços e saiu com ela daquele quarto, procurou outro vazio em que pudesse acalma-la. Rony decidiu deixar Harry sozinho com Sirius, ele também merecia seu espaço, saiu do quarto e foi atrás de Erick. Passou pela casa toda, avistou-o do outro lado do lago nos fundos da toca, Viktor estava ao seu lado.

***

Viktor alcançou Erick, tentou segura-lo, mas ele se recusava, depois de algumas tentativas, Viktor conseguiu abraça-lo. Aos poucos Erick foi cedendo e retribuiu chorando no ombro do homem, ficaram daquele jeito por algum tempo.

— Dói muito. – Soluços escapavam de sua garganta, se afastou podendo encarar o homem ao seu lado. – Eu sempre quis descobrir a verdade, mas...

— Eu sei. – Viktor tocou o ombro do garoto. – Você não está sozinho, estou aqui sempre que precisar.

— Erick? – Rony se aproximou, fazendo ambos se virarem. – Posso falar com você um instante?

— Tudo bem? – Viktor passou a mão no cabelo do rapaz estava hesitante, mas confirmou com a cabeça. Antes de se afastar, deu um beijo paternal em sua testa e saiu à procura de Hermione.

— Por quê? – Erick encarou o padrinho depois de alguns minutos em silêncio, seus olhos estavam avermelhados devido ao choro. – Por que ele fez isso com minha mãe? Fez isso comigo?

— Não estou falando que ele está certo, mas ele teve motivos. – Suspirou, estava em uma posição complicada.

— Não defende ele. – Falou limpando o rosto com as mãos.

— Ele é seu pai, uma hora vocês terão que conversar sobre isso.

— Ele não é meu pai. – Chutou com raiva um arbusto que tinha ali.

— Vocês estão com a cabeça quente. – Rony falou se aproximando do garoto. - Poderão conversar dep...

— Não quero vê-lo nunca mais.

— Erick, eu imagino o que você está passando. – Rony fez o afilhado se sentar em um tronco abaixando-se para conversar com ele. – Você está confuso, sentindo-se rejeitado...

— Eu ainda tinha esperanças que ele me quisesse, mas...

— Dá uma chance para ele. – Rony falou, antes que Erick abrisse a boca continuou. – Se não for por vocês, faça por sua mãe.

— Minha mãe? – Erick franziu a testa. – Eu escutei a briga deles...

— Os dois estão nervosos, não sabiam o que estavam falando. – Rony segurou as mãos de Erick. – Está sendo difícil para ela também.

— Eu sei. – Erick respirou fundo fechando os olhos.

- Sua mãe está se sentindo culpada por tudo que aconteceu hoje e...

— Ela não tem culpa de nada. – Interrompeu levantando-se.

— Eu sei, mas imagina como será difícil para sua mãe ver pai e filho dessa maneira, ela sempre tentou evitar isso.

— Eu... – Erick parou de falar, avaliando toda a situação, ele não era o único afetado ali, sua mãe foi a que mais sofreu durante todos esses anos.

— Dê mais uma chance para ele.

— Vou escutar o que ele tem para falar. – Falou cruzando os braços.

— Tudo bem. – Rony levantou junto com Erick. – Vou falar com ele...

— Não! – Interrompeu parando de andar. – Preciso ficar sozinho.

— Vou respeitar sua decisão. – Rony abraçou o afilhado. – Se precisar, eu estou aqui. – Erick balançou a cabeça e se afastou para longe da Toca.

***

O restante do dia pareceu não passar, Erick ficou sozinho em um lugar afastado de todos, Hermione ficou deitada em um quarto com Viktor ao seu lado acariciando seus cabelos e Harry preferiu ficar em outro quarto sozinho. Ninguem ousava falar nada, sempre que alguém tentava se aproximar Gina ou Rony tentava despistar.

Mesmo sem clima todos eles chamados para a ceia de Natal, não foi tão animada como o almoço, mas todos estavam reunidos. Os três ficaram calados o jantar todo, às vezes Harry olhava na direção deles, mas sempre era ignorado, preferiu não insistir. Como tradição para encerrar a noite, iria começar a troca de presentes, as crianças adoravam essa parte, Sophie ganhou um suéter de crochê parecido com o de Harry na época de Hogwarts.

Depois de quase uma hora com brincadeiras e presentes, todos começaram a se despedir para irem embora. Harry se aproximou de Erick que estava no canto da sala, havia conversado com Rony, ficou aliviado em saber que seu filho lhe daria uma segunda chance.

— Erick... – Ficou ao lado do rapaz que se virou para olha-lo. – Eu tinha comprado isso para você...

— Você não é meu pai. – Respondeu friamente, levantando o olhar para encara-lo. – Não precisa agir como tal.

— Eu não...

— Só aceitei escutar o que você tem para falar por causa de minha mãe. – Olhou de relance para Hermione que estava se despedindo do pessoal.

— Tudo bem. - Sentiu um aperto em seu peito.

— Eu te procuro, não quero você na minha casa. - Fez uma pausa, respirou profundamente, sua voz saiu mais fria que o normal. - Não tenta se aproximar de mim ou da minha mãe. Você não é bem vindo em nossa vida! – Finalizou deixando-o ali totalmente sem reação.

Harry estava sem ar, seu coração estava em pedaços, se segurou para ninguém perceber o quão arrasado ele estava. Despediu-se rapidamente e saiu, depois do término da relação com Hermione, aquele tinha sido o pior natal de sua vida.