Descansou o corpo e sentiu os dedos gelados do parceiro corroerem-lhe o prazer. Deixou o copo quase vazio de lado e aceitou tragar do que lhe foi oferecido. Conseguia ouvir, de longe, a música eletrônica no andar de baixo sendo acompanhada por gritos nauseantes. Não se importou. A sensação de alívio tomou conta de si quando terminou de virar o coquetel da taça alheia. Acomodou a cabeça no ombro do conhecido e deixou-o acariciar e massagear suas costas nuas.

Enquanto revirava os olhos, entreolhou na escada um grupo de jovens animados, provavelmente bêbados subindo os degraus. Guiando o trio estava uma amiga de infância, ruiva, olhares minuciosos. Ignorou o casal no chão e continuou de mãos dadas com o anfitrião da festa. Loiro de olhos claros, bronzeado e de terno desabotoado, seguido por mais um garoto aos amassos.

Por um instante se sentiu desafiado por um encontro a três, mas chacoalhou vagarosamente a cabeça, já tomado por dores. Travis escalou as pernas do moreno em sua frente e apanhou-lhe a boca, sugando para seu pulmão a fumaça do cigarro. Abocanhou-lhe os lábios e continuaram a noite ali, a sós.

Acordou com os olhos praticamente colados. Sentiu-os vibrar e pedir por mais sono. O celular tocava o despertador e carecia por atenção às mensagens. Girou o corpo e se notou sozinho, a cama desarrumada. A casa não era sua. O lençol de seda estava desconfortável até mesmo ali. Sentiu incômodo nas nádegas e sorriu maliciosamente, correndo os dedos pela cama até notar a saliência escorregadia por baixo do lençol. Resolveu não olhar. As cobranças eram as mesmas, se não fosse um “Precisamos repetir” no final do feed.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.