Arquivos da Frota Estelar 4 - Hikaru Sulu

Epílogo (Justiça e Duas Garrafas de Saké)


Sulu e Hiroshi estavam de volta ao luxuoso apartamento no Mercure Okinawa, em Naha. Á frente deles sobre a mesa fora colocada uma valise contendo cartões que valiam milhares de créditos. Daichi Yoshida olhava para eles com um sorriso nos lábios.

— Foi uma corrida magnífica comandante – disse ele – quero parabenizá-lo pela vitória.

Hikaru Sulu olhou para ele sério, com os braços cruzados sobre o peito.

— Eu cumpri a minha parte no acordo – disse o piloto – e espero que você também honre o nós combinamos.

Sem deixar de sorrir, Yoshida respondeu.

— Infelizmente para vocês Sr. Sulu – disse ele – as coisas não serão tão simples assim. Eu sou um empresário do ramo de entretenimento e geralmente cumpro os acordos que faço. Mas no caso de vocês, deixá-los vivos seria muito ruim para os meus negócios futuros. Não é nada pessoal.

Hiroshi olhou para o primo muito assustado e seus olhos se encheram de lágrimas.

— Eu sinto muito tê-lo envolvido nisso, Hikaru-chan – disse – me perdoe.

Mas Sulu simplesmente sorriu e continuou olhando para Yoshida.

— Você sabe o que fazemos quando tratamos com trapaceiros, Hiroshi? – perguntou ele – nós trapaceamos – disse.

Antes que Yoshida ou os seus capangas pudessem entender alguma coisa, seis policiais com armas em punho se materializaram em volta deles.

— Daichi Yoshida – disse o oficial em comando – você está preso por formação de quadrilha, promoção de corridas clandestinas e enriquecimento ilícito. Levante as mãos.

Enquanto estava sendo algemado, Yoshida olhou para Sulu sem entender nada.

— Como?... – perguntou.

— Sua organização vem sendo monitorada há muito tempo pelo Soshiki Hanzai Jimusho, o Gabinete Contra o Crime Organizado do Japão – disse Sulu – e eles sabiam da dívida que Hiroshi tinha com vocês. Quando ele aceitou fazer com que eu participasse da corrida ilegal, os agentes da polícia ouviram tudo. Assim que cheguei em Okinawa, o Gabinete entrou em contato comigo explicando a situação e o plano deles e eu me dispus a ajudá-los a prendê-lo. Eles estão acompanhando todos os nossos passos desde então, através de um chip implantado sob a minha pele. E assim aqui estamos. Fim da história.

Yoshida olhou para o oficial da Frota com um ódio indisfarçável. Sulu deu-lhe um sorriso satisfeito.

O sargento que estava comandando a operação se aproximou de Sulu e se inclinou, cumprimentando-o.

— Comandante Sulu – disse ele – agradecemos imensamente a sua ajuda nesta questão. Temos certeza que a prisão de Daichi Yoshida vai facilitar muito para que o nosso Gabinete possa desbaratar toda esta organização criminosa.

— Foi um prazer ajudar, senhores – respondeu Sulu, inclinando-se também.

Quando os policiais foram embora levando os prisioneiros, Hiroshi olhou para o seu primo, constrangido.

— Ainda não sei como me desculpar com você Hikaru-chan.

— Não se preocupe com isso, Hiroshi – disse Sulu sorrindo – basta comprar para mim duas garrafas grandes de saké antes que eu volte a São Francisco. Tenho alguns amigos em uma nave estelar que vão fazer um bom uso medicinal delas...

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.