Christine Chapel estava sentada em um banco, no fundo da pequena sala. Sentia-se confusa e triste, temendo que a Frota nunca conseguisse encontrá-la. Quando ela vira sua cópia robótica que o androide preparou, ficou preocupada com a possibilidade de seus amigos serem enganados por ela. Também estava com fome, mas ainda não conseguira sequer tocar na comida que o androide deixara sobre a mesa no canto.

Há alguns minutos, se surpreendera pensando em Spock sem motivo aparente e desejando que ele estivesse ali. Apesar da distância que se abrira entre eles, principalmente por opção do vulcano, ela nunca conseguira superar totalmente seus sentimentos por ele e ainda se preocupava com a sua felicidade. E sabia que ele também se preocupava com ela.

De repente ela ouviu passos que se aproximavam da porta fechada. Ela se encolheu instintivamente, acreditando que era o androide que voltara. Mas os passos pararam e a porta não se abriu automaticamente. Ele ouviu alguns sons, como se alguém estivesse mexendo na trava eletrônica da porta. Depois de instantes, ela se abriu, deslizando pra o lado.

Spock estava parado lá, olhando para ela, serenamente.

— Você está bem, Srta Chapel? – perguntou ele por fim.

— E... estou – respondeu ela, gaguejando um pouco.

— Nós viemos o mais rápido que pudemos – disse o vulcano.

— Eu fico muito feliz por isso e...

Ela parou de falar e se aproximou dele, parando na sua frente e olhando-o diretamente nos olhos.

O vulcano também olhou para ela, sentindo-se desconcertado.

De repente, Christine ficou na ponta dos pés e deu um beijo suave nos lábios de Spock.

Ele pareceu confuso.

— Christine – disse ele – eu...

Ainda olhando-o nos olhos, ela tocou carinhosamente seu rosto.

— Eu sei Spock – disse ela – não precisa dizer nada.

E novamente, ao ser invadido por todas as sensações que aquele toque despertavam nele, o vulcano se questionou por alguns instantes se as escolhas que havia feito com relação a sua vida e a sua carreira haviam sido realmente acertadas.

Ele tentou encontrar as palavras certas para dizer, mas não conseguiu.

Christine Chapel suspirou e exibiu um caloroso sorriso.

— Me leve para casa Spock – disse ela, já saindo da sala.

E o vulcano, levantando significativamente a sobrancelha, a seguiu.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.