Aprendizes De Exorcista

Capítulo 8 - Missão - Part. 2


-Tá legal, que lugar é esse? – Sullivan disse receoso.

-Uma boate. Oque achava que era?- John disse ironicamente.

-Nunca ouvi falar deste lugar. –Valquíria arqueou uma sobrancelha.

-Vocês nunca ouvem.- ele seguiu para dentro da boate.

Como sempre, havia um homem grande e musculoso na entrada, que mostrava as cartas. John, adivinhando a carta, disse, muito contrariado, que Sullivan e Valquíria estavam acompanhando-o.

Os dois jovens sentiram-se em outro planeta. Em poucos segundos, houve na cabeça deles, a transição de uma adolescência quase normal, para uma realidade indistinta.

Seguiram John até a porta de abafamento, que ele empurrou com força. A porta revelou um homem negro tomado por uma nuvem de fumaça.

-Meia- noite.- cumprimentou.

-John...- ele observou os outros dois.- Quem o faz companhia hoje?

-Meu nome é Valquíria, prazer em conhece-lo.- ela disse quando John gesticulou para eles apresentarem-se.

-Papa Meia-noite, ao seu dispor.- ele beijou-lhe a mão.

Virou-se para o lado.

-Sullivan Gonzalez, prazer. – apertaram as mãos firmemente.

-Olá garoto.- deu um sorriso educado. Voltou para sua cadeira. –Que bom que vieram.

-Os trouxe para conhece-lo. –John disse sentado na cadeira a sua frente.

-Sinto só de olhar para essas crianças que eles tem talento.- Meia-noite tragou seu charuto.

-Crianças? – Sullivan retrucou incomodado.

Todos o ignoraram.

-Eu gostaria de que me colocasse a par da situação sobre a lança John.- o papa disse gentilmente.

-Valquíria pode explicar-lhe melhor que eu. –ele virou-se para ela.

-Claro.- ela deu um sorriso nervoso.- A alguns dias, andei fazendo uma pesquisa...

Ela contou sobre sua pesquisa e sobre fez um breve comentário sobre a última mulher morta. Não quis falar que estava junto a mulher poucos minutos depois de ela ser morta. Também não quis falar sobre sua conversa com o mestiço...

Depois de ouvir todo o relato da garota, Meia-noite deu um suspiro. Virou-se para John.

-Essa história das tal quatro garotas virem aqui, não sei nada. Várias pessoas vem aqui todo o dia, e eu não tenho como saber se são virgens ou não.

-Talvez o mestiço que seduziu as garotas frequente esse lugar. – Sullivan supôs.

-Não descartem essa possibilidade. Apesar de que pode ser qualquer lá dentro.- Meia noite arqueou as sobrancelhas rapidamente.

Ajeitou-se na cadeira antes de continuar.

- Quanto última mulher morta, era frequentadora daqui. Eu a conhecia, conversamos algumas vezes, quando ela precisava de ajuda. Era uma sensitiva. Era jovem, e ao que parecia, não tinha família. Seu nome era Talisa Simons. Talvez isso possa ajuda-los.

-É um começo. – Valquíria disse.

-Mas porque esse mestiço iria querer matar uma sensitiva?- Sullivan perguntou.

-Aprendam isso.- John dirigiu-se aos dois jovens.- Mestiços SEMPRE vão querer matar sensitivos e exorcistas. É uma lei da natureza. A questão a qual devemos responder, é porque o mestiço desenhou a lança no corpo dela.

-É uma boa pergunta. –Meia noite disse e começou a mexer em alguns papéis e sua mesa.- Aqui John. O que me pediu hoje a tarde.

John pegou o papel e sentou-se na cadeira na frente da mesa de Meia noite pegando telefone.

-FBI. – respondeu a voz do outro lado da linha.

-Ainda com essas besteiras de FBI, Singer? – John sorriu. – Vejo que ainda é o mesmo cara babão.

-Costantine. – Bobby disse com certa surpresa. –A que devo o motivo da ligação do ocultista mais famoso de Los Angeles?

-Os selos Bobby, os selos. –John deu um leve suspiro. – Você já deve saber.

-Sim, já sei.- respirou pesadamente.- Aliás, estou trabalhando nisso. Mas, no que posso ajuda-lo exatamente?

- Creio que um mestiço esteja tentando romper um na minha zona. – começou John. – Quero saber se não sabe nada sobre uma profecia ou algo do tipo, que envolvam garotas virgens e sensitivas mortas.

-Lembro de ter lido isso em algum lugar. – John ouviu o barulho de passos enquanto Bobby falava. – Devo ter algo por aqui.

Enquanto John esperava, Valquíria e Sullivan estavam parados na sala, em silencio, observando John apreensivos. Meia noite variava seu olhar entre John e Valquíria. Ah, essa moça! Tão nova e tão encantadora, pensara. Inteligente e bela. Uma mulher assim que ele precisava. Ou ela. talvez. Mas teria que ter paciência. Uma moça de personalidade tão forte quando a dela, seria difícil de conquistar. Ainda mais com esse fedelho de hormônios desvairados cobiçando-a incondicionalmente. Uma disputa admirável, teve que admitir a si mesmo. Mas faria de tudo que fosse ele a ganhar. Sempre fazia. Não conseguiu seu negócio jogando limpo.

-Aqui John. – Bobby disse depois que mexeu em alguns papéis. – Me diga se enquadra-se a sua situação : Um homem misterioso seduziu quatro moças virgens e depois matou-as. Logo em seguida, quatro sensitivas morrem com o símbolo da lança do destino desenhado no corpo. Algo assim?

-Quase. Até agora só foram pro saco as quatro virgens e uma sensitiva. –John respondeu.

-Pois é meu velho amigo, então apresse-se. Pois quando ele terminar o ritual, um selo será rompido. –Bobby respondeu.

-Era o que eu temia. – John endireitou-se na cadeira. – Acho melhor eu começar logo.

-Uma boa ideia.- Bobby respondeu. -Escute, estou com uns problemas por aqui, e não posso falar com mais calma com você, e creio que vá precisar da história inteira- Bobby disse. –E pior que não posso te dar nem o nome do livro para procura-lo, porque você sabe, minhas coisas não são exatamente novas.- continuou. –Então faça o seguinte: Dois caçadores, Sam e Dean Winchester, tem uma cópia desse livro. Eles estão e Los Angeles e vão ajuda-lo...

-Não preciso de tanta ajuda assim Bobby, eu...- John começou com calma.

-Cale a boca e me escute. - Bobby interrompeu-o. – Eles dois vão procura-lo, e assim te dar a cópia do rito, tudo bem?

-Tudo bem. – John disse irritado. – Quando isso?

-Hoje mesmo, não se preocupe. –Bobby disse.- Até logo Constantine.

-Até logo Singer. – e desligou.

-E então? – Meia Noite perguntou.

-Parece que teremos um encontro com dois caçadores.

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-Boa noite senhora, gostaríamos de falar com a Valquíria. – Dean disse. – Ela está?

-Não tem nenhuma Palmira aqui meu rapaz. – respondeu a senhorinha raquítica na porta.

-Não, não senhora, é Valquíria. – ele falou mais alto. – Eu a deixei aqui outra noite.

-Eu moro sozinha com meus gatinhos, Manfred e Frederick . Não conheço nenhuma Alzira. –ela deu um sorriso.- Nem aqui pela vizinhança.

-Talvez deva ser a sua neta. –Sam disse alto e mais perto da velha.

-Eu não tive filhos. Meu falecido marido não queria crianças sujando o carpete e atrapalhando sua leitura. – ela lamentou. –Porque não entram? Vou contar a vocês sobre o falecido. Era um homem muito difícil, sabem...

-Não podemos senhora, estamos atrasados. Até mais. – Sam acenou enquanto saiam da porta da velha.

Entraram logo o carro.

-Eu tenho certeza, ela entrou nessa casa.- Dean disse frustrado.

-Pois eu ainda acho que você se enganou. – Sam arqueou as sobrancelhas rapidamente.

O telefone de Dean tocou.

-Oi Bobby.- disse. Tudo bem, faremos isso. Tchau. – desligou.

-Que foi? – Sam perguntou.

-Bobby quer que encontremos um tal de John Constantine.- Dean começou.- Parece que ele está em um caso, e precisa daquelas cópias que o Bobby nos deu dos seus livros.

-É claro, as cópias!- Sam disse rapidamente. – Deve ter algo a mais lá sobre essa lança do destino.

-Pois é. Acho melhor começar a procurar. –disse Dean, ligando o carro.

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