Eu, Quíron, Jena Bomer e Kell Connor nos reunimos envolta de uma mesa de ferro e colocamos um mapa de Manhattan.


Kell Connor foi o primeiro a se manifestar, filho de Atena.

– OK. Pelo que Roucks e Quíron me falaram, eles vão entrar por uma entrada sob o Rio East. Vou tentar por os filhos de Éolo perto do rio, ao redor da região onde achamos que eles vão surgir, para tentar congelar a água, mas não criemos muitas esperanças. O Rio East é razoavelmente raso, comparado com os outros. O gelo não vai detê-los por muito tempo. Eu e os filhos de Ares vamos colocar as vinte e uma armadilhas em todas as encruzilhadas envolta do prédio da United Nations, indo em direção ao Central Park, onde eles provavelmente vão querer provavelmente conduzir a batalha.

– Certo. - disse Quíron. - Eu quero fazer um tipo de falange tripla, no encontro da 57th com a Av. Medison e ao redor na Av. Park. Esconder os dois últimos atrás dos edifícios e ir fechando o circulo, fazendo-os recuar para algumas poções dos filhos de Circe e algumas plantas perigosas dos filhos de Deméter. Irá enfraquecer os monstros da parte frontal do exército deles, que provavelmente vão ser os peões... descartáveis. Na falange posso colocar um paredão de filhos de Hermes e Tique no meio, bons lutadores e resistentes. Engenhosos, diga-se de passagem. E deixar os filhos de Nêmesis e Ares nas pontas, indo pelos lados até o meio, massacrando o resto que houver. Assim que acabar, levo alguns para a Av. Lexington e outros para 56th em direção ao Central Park.

Ênio se aproximou.

– Eu vou teletransportar os filhos de Hefesto, Apolo e Demeter para perto do Museu de História Natural. E, logo que Akhlys chegar, vai me ajudar com os outros. Levar filhos de Ares, Hécate e Nêmesis para o Sul do Central Park. Depois filhos de Atenas, Ártemis, Ísis e Hipnos para o norte... vai ser quase que um batalhão de reforços. Logo todos eles vão indo para o interior, em direção a batalha.

Jena Bomer concordou.

– Está ótimo. O importante é não se dispersar, só juntos conseguiremos fazê-los recuar... até a terceira trombeta. - disse, séria. - Eu vou seguir com os irmãos Katana, filhos de Niké, Éolo e Circe para o leste e vamos seguir um pouco mais afrente dos monstros.

– Hum... espero que vocês e os filhos de Ares e Nêmesis já estejam no meio junto com o meu exército. Vou ter que atenuar o avanço dos monstros até o coração do Central Park, o que vai ser complicado só com os filhos de Dionísio, Perséfone e alguns ciclopes.

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– Provavelmente já vamos estar, Nýchta... quero dizer, Dafni. - disse Jena, alfinetando.


Eu apoiei na mesa com força, quase rasgando um pouco o mapa, fritando Jena com os olhos.

– Calminha ai, meninas...

– Pierce! - exclamou Jena e eu ao mesmo tempo.

Pierce apareceu repentinamente do nosso lado, todo armado, seguido do resto dos outros capitães. Eu sorriu para ele, mas meus olhos encontram alguém um pouco mais longe de todos nós. Sobre o ombro direito do Pierce, vi Tânatos.

– Sua mãe nos condecorou, Dafni. Somos agora todos Capitães do Apocalipse. - disse rindo. Nós rimos também, mas o silêncio logo veio a tona.

Eu tossi.

– Tudo bem, já está tudo organizado... então é melhor eu ir, aliás, arrumar o meu exército e verificar quais deuses vão nos apoiar. Quíron - cumprimentei ele, que assentiu.

– Espere, irmã. Eu vou também.

“Muuuuito obrigada, Ênio” pensei, desejando ir sozinha para falar com Tânatos.

Antes de sairmos, Elizabeth e John me chamam a atenção.

– Hei, e nós?! - disse Elizabeth, que se aproximou de mim. - Eu ouvi um pouco de vocês falando, mas e os filhos de Hebe e Afrodite?

Eu olhei imediatamente para Connor e o Quíron, buscando algum tipo de explicação deles, mas não disseram nada.

– Eu pensei que poderiam ficar na nossa base e curar dos feridos.

– É sério?

– Bom, John, vocês podem ir no meu exército se desejarem. Vai ser o primeiro a bater de frente com o exército dos monstros, quase intacto depois de enfrentar as falanges.

Pela quantidade de vezes que Elizabeth piscou, conclui que ela iria reconsiderar a minha primeira ideia.

– Ah, claaaro... pode ser a primeira opção, não é, John?

– Éh, uhum, claro... - disse ele, gaguejando. - E a gente pode ir algumas vezes para o campo de batalha, quero dizer, para ajudar os semideuses que estiverem feridos.

– Ah, fique tranquilo! Pode ir, mas Tânatos disse... - eu tossi. - ... ele disse que iria ficar de olho nos feridos e os mandaria para a nossa base novamente.

– E você confia no seu... sei lá, namoradinho?

Incondicionalmente.– disse eu, sem hesitar. - Agora me deem licença. Tenho que organizar Ciclopes. Bye. - e sai junto com Ênio.

Organizar Ciclopes é mais difícil do que fazê-lo com crianças - eles não são infantis, só não gostam muito de ouvir a autoridade. Neste caso, eu. E eles se dispersam de novo quando três figuras aparecem do nada perto deles.

A esquerda um rapaz de chapéu coco cinza, usava um óculos sem lente, camisa e sapato social e calça caqui. Aparentava ser um empresário.

A da direita era uma mulher loira, de cabelos encaracolados, vestido um tier branco com um avental por cima e sobre a cabeça aquele tipo de chapéu que as enfermeiras usavam antigamente. Ela tinha olhos azuil claro, boca vermelho cereja e cílios carregado no rímel.

A do meio parecia ter uns quinze anos, olhos pretos, pele negra, cabelo cacheado negro, baixinha e tinha uma vestimenta... como posso dizer, era perfeita para ela. Deixava-a mais jovem do que era...

Ênio parecia desejar vomitar.

– Pelo Tártaro, vou ter um revertério... - disse ela, se apoiando no meu ombro direito.

– Quem são? - perguntei, mas os três já se aproximavam.

– Nossos irmãos...

A tal vestida de enfermeira correu até a mim e me abraçou. O que senti foi... simplesmente incrível! O prazer de vê-la ali, mesmo não conhecendo, foi enorme. Posso estar enganada, mas um peso hercúleo pareceu sair de meus ombros.

A outra jovem, de aparente quinze anos, analisou-me de cima a baixo como alguém que olha para um lugar enorme e pensa “é razoável”.

O tal homem empresário se aproximou também, fingiu estender a mão, mas então analisou as unhas e então cruzou os braços - algo divertido passou por seus olhos.

Ênio transparecia depressão.