Apenas Uma Mentira?

Segundo Encontro - Parte final


P.O.V Do Beck

Decidi tomar alguma atitude, foi então que aluguei o Loft que já tinha sido meu, e levei a West para lá, para a gente poder ter um momento à sós, pelo menos por uma noite. Eu só queria ficar sozinho com ela e tentar o que eu já tinha em mente, se eu não arriscasse, jamais saberia o que poderia rolar ou não entre nós. Então, resolvi arriscar, mesmo estando incerto do rumo que tomaria as minhas atitudes.

— O que achou daqui? - Perguntei um pouco nervoso.

E se eu estivesse sendo precipitado demais? E se ela quisesse ir embora me achando abusado?

— Interessante... Gostei, é confortável, né? Apesar de ser pequeno, achei legal. - Respondeu olhando ao nosso redor.

— É sim, esse Loft é demais! - Afirmei.

O compartimento era composto por sala/cozinha e quarto com banheiro. Não era grande, apesar de ser espaçoso. Cortinas vermelhas e grandes faziam a divisão dos cômodos, e claro tinha uma cortina escura de plástico no box.

A sala era mobiliada com um sofá de dois lugares marrom-escuro, um rack com uma TV de 32 polegadas e um aparelho simples de DVD, com um carpete azul escuro forrando o piso acimentado. Tudo bem básico e simples mesmo.

Já a cozinha tinha o piso amadeirado, equipada com uma bancada de madeira mediana, uma pia de alumínio, mesa redonda com dos lugares e dois armários acoplados na parede, um para guardar louça e outro para guardar mantimentos, a geladeira era pequena e também tinha o fogão estilo Grill com duas bocas.

Jade sentou no sofá e retirou as botas, as meias e tirou a jaqueta largando as botas no carpete e a jaqueta no sofá mesmo.

— Pode ficar à vontade, se quiser ligar a TV, o controle está no rack. - Falei tirando a jaqueta para me sentir mais confortável também.

— Não tem aparelho de som? - Perguntou levantando.

— Têm sim, deve estar lá no quarto. Vou lá ver. - Me prontifiquei.

— Vou com você. - Disse e me seguiu para o cômodo mais pessoal, e de minha preferência.

Atravessamos a grossa cortina que se abria e chegamos ao quarto, onde só tinha a cama de solteiro com colcha e travesseiros de fronhas cor de vinho, um roupeiro preto, uma cômoda de madeira escura, e tapetes verdes postos ao lado da cama, e na entrada do banheiro que não passava de um quase cubículo revestido de ladrilhos e madeira.

Avistei o aparelho de som sobre a mesinha perto da cama onde ficava a tomada.

— Não o pegue, deixe aí mesmo. Não vai me oferecer nada para beber? - Sua pergunta me fez virar para ela com rapidez, ainda abobalhado.

— Âhn, claro, é claro... Vou ver o que tem lá na cozinha e já volto. - Pisquei para ela antes de rumar para o outro cômodo, torcendo para ter pelo menos algo gelado que não fosse água.

Chegando na cozinha, abri a geladeira, praguejando baixinho por ter esquecido de abastecê-la. Só tinha água e uma fôrma de gelo em formato de estrelas. Como pude ser tão idiota à ponto de esquecer de comprar uma garrafa Vinho?

Fui vasculhar os armários, só achei sachês de chá de Erva Doce e chá Preto, embalagens de refrescos e açúcar, era só o que tinha para servir como bebida. Me apressei preparando uma jarra de suco sabor groselha, coloquei alguns cubinhos de gelo, enchi dois copos de vidro e retornei para o quarto.

A morena estava sentada na cama, parecia relaxada, quando me viu, abriu um pequeno sorriso.

— O que é isso? Sangue? - Brincou apontando para os copos com o líquido vermelho.

— Suco de groselha. - Sorri sem jeito lhe arrancando uma risada.

— Sério isso? Pensei que fosse me surpreender com alguma garrafa de Vinho caro ou Licor canadense. - Levantou vindo até à mim.

— Era o que eu tinha em mente, mas eu acabei esquecendo, não sou bom em planejar as coisas... Me desculpe. - Tentei me justificar.

— Eu gosto de suco de groselha. Relaxa, ok? - Pegou um dos copos e bebericou. - Não gosto quando as coisas são planejadas, prefiro que tudo role naturalmente, você não acha melhor? - Tomou mais um pouco do suco e eu assenti, concordando com ela.

Ela tinha razão. Me senti um idiota controlador.

— Está com fome? - Perguntei.

— Estou faminta. - Contornou a borda do copo de vidro com a ponta da língua e estalou a mesma.

— Ótimo. Também estou. Vou pedir o nosso jantar. - Tirei o celular do bolso e procurei o número do restaurante indiano na minha agenda.

Fiz o pedido e sentei na cama, onde a West sentou ao meu lado, e começamos a conversar...

[...]

P.O.V Da Jade

— Então, por quê resolveu me trazer aqui? Suponho que foi com segundas intenções, certo? Você deixou claro quando disse que planejou para a gente...

— Sim, Jade. Eu queria ficar à sós com você. - Me interrompeu. - Você sabe, já que topou passar a noite comigo, mas não se sinta pressionada e nem...

— Não vou me sentir assim, eu aceitei, não aceitei? - O cortei me sentando mais perto, pude sentir o aroma de sua colônia amadeirada. - Também quero passar a noite com você, esqueça o que planejou, apenas vamos deixar rolar... - Tomei seu copo e deixei junto com o meu em cima da cômoda.

Beck sorriu e encurtou a nossa distância, segurou meu rosto e quando já ia me beijar, a campainha tocou nos fazendo sobressaltar.

— Droga! - Resmungou baixinho.

— Vamos deixar isso para depois, nossa comida chegou, vai lá atender a porta, anda Oliver! - O apressei.

Ele assentiu e levantou depressa, me deixou ali no quarto ansiosa e um pouco nervosa. Por quê ele surtia aquele efeito em mim? Eu me sentia novamente com 13 anos de idade, com uma paixãozinha aflorada por um antigo colega.

Decidi ir para a cozinha, não seria uma boa jantarmos ali no quarto, e se a gente sujasse a cama?

Oliver pagou o entregador e chegou na cozinha com duas sacolas pardas de papel, as deixou sobre a bancada, me aproximei curiosa e faminta, indo bisbilhotar.

Ele lavou as mãos, fiz o mesmo após retirar um pacote e três recipientes de isopor onde continha o nosso jantar. Eu nunca tinha provado da culinária indiana.

Sentei na banqueta, o moreno abriu os recipientes e pegou duas colheres, iríamos comer dali mesmo, nada de pratos. Ele se acomodou na banqueta ao meu lado, jantaríamos sobre a bancada.

— O cheiro é bom. Pode me dizer o que você comprou? - Perguntei após aspirar o cheiro delicioso que vinha daquelas vasilhas de isopor.

— Chaat, Pani Puri e Lassi. - Respondeu retirando uma garrafa da sacola que eu não tinha bisbilhotado. - Chaat é uma massa frita feita com batata, arroz, pimenta e molho de Tamarindo. É um prato bastante temperado e apimentado. O Pani Puri são bolinhos de pão recheados com vegetais, também pedi molho branco e essa bebida chamada Lassi que na verdade é um refresco feito de água de rosas, iogurte e frutas. - Explicou pacientemente.

— Tudo parece delicioso. - Comentei.

— E é. - Sorriu. - Beck serviu o refresco cremoso nos copos de plástico que vieram junto a garrafa branca sem rótulo e começamos a degustar das delícias indianas.

Provei primeiro os bolinhos com molho branco, eram macios e bem recheados. Tinha um toque adocicado no molho. Depois comi a massa frita, o sabor era bem interessante, senti o ardor da pimenta e a mistura de temperos típicos logo na primeira colherada.

— Se come com as mãos... - Mostrou como retirava o pedaço da massa e passava no molho de Tamarindo. - Como se faz com pastel, entendeu? Nada de talheres. - Explicou.

— Que interessante. - O imitei arrancando um pedaço da massa frita e passei no molho, comi e lambi os dedos o fazendo rir.

— É descendente de indianos? - Indaguei com certa curiosidade.

Ele tinha aquela beleza um tanto exótica.

— Sim, meus bisavós vieram da Índia. - Respondeu orgulhoso.

— Já viajou para lá? - Me interessei mais pelo assunto.

— Claro. É um lugar maravilhoso. - Afirmou abrindo um lindo sorriso.

— Tenho vontade de viajar pelo mundo afora, para conhecer cada cultura, a culinária e tudo na verdade, é um sonho de infância, sabe? Sou louca para conhecer Londres. - Admiti.

— Eu poderia realizar seu sonho. - Ele disse me surpreendendo.

— O quê? - Franzi o cenho.

— Nós podemos viajar juntos, eu posso bancar tudo e...

— Não. Não. Não. De jeito nenhum, eu não poderia...

— Não poderia aceitar? E por quê não? - Me interrompeu e respirei fundo.

— Oliver, você sabe muito bem, eu não posso! - Recusei.

— Mas...

— Não insista, ok? - O cortei imediatamente. - Vamos mudar de assunto? - Pedi.

— Tá, tudo bem. - Ficou desapontado.

[...]

P.O.V Do Beck

Fiquei triste quando ela recusou o que eu propus, não tive a intenção de ofendê-la ao me oferecer para bancar as viagens, mas infelizmente ela nem quis discutir sobre aquilo. Devo ter me precipitado, porém, eu só queria vê-la feliz realizando as viagens tão sonhadas. O que havia de mau naquilo? Por quê Jade não aceitou? Eu só queria saber.

Terminamos de jantar, recolhi os recipientes e os ensacolei, e joguei no lixo. Jade lavou a colher que sujou, e foi buscar os copos que tinham ficado no quarto. Lavou e os deixou no escorredor. Guardei a garrafa e a jarra de suco na geladeira.

Não queria que continuássemos com aquele clima estranho que havia ficado entre nós.

— Quer ir pra casa? - Perguntei.

— Já acabou? A nossa noite? Você só me trouxe aqui para jantar? - Sorriu debochada.

— Não, eu... - Cocei a nuca sem jeito.

— Pensei que quisesse ficar comigo. - Se aproximou e passou os braços ao redor do meu pescoço. - Pensei que...

Não a deixei terminar a frase e juntei nossos lábios, a beijando com urgência. A segurei pela cintura, beijando-a com desejo, quanto mais eu a beijava, mais eu a queria... Ansiava para tê-la de todas as maneiras.

Jade chupou a minha língua e arranhou a minha nuca, mostrando o quanto me queria também. Fomos parando o beijo, dando selinhos demorados e por fim, a conduzi para o quarto.

Ela fez menção de tirar a blusa, agarrei a barra daquela peça e puxei para cima, ela facilitou erguendo os braços, e eu comecei a despí-la. Olhei para o seu busto, os seios fartos e avantajados estavam cobertos pelo sutiã preto que fazia um belo contraste com sua pele alva.

Desci as mãos para os botões da calça, com calma os desabotoei e desci o zíper, eu queria prolongar aquela noite ao máximo. A morena não reclamou ou me apressou. A despi daquela peça, me deparando com sua pequena e delicada calcinha rendada, seu corpo era lindo.

Curvelínea. Torneada. E tinha onde pegar e apertar. Sua pele lisinha e clara parecia aveludada.

Suas mãos agarraram minha camisa, a ajudei me livrando da minha roupa, eu estava descalço assim como ela. Senti suas unhas em minha pele, me arranhando de leve, causando-me arrepios e leves tremores de excitação.

Nos beijamos, saboreando o gosto um do outro, bocas famintas e línguas vorazes. Comecei a tocá-la, sentindo o calor e a maciez do seu corpo.

Procurei o fecho do seu sutiã, tateando cegamente, alisando suas costas. Ela desgrudou nossas bocas e mostrou que o fecho ficava na frente. Abri aquela peça libertando seus seios, apreciei o tamanho e gostei de ver os bicos rosados e enrijecidos.

Enchi minhas mãos com eles, sentindo o peso e toda a maciez, e o calor acumulado ali antes de saboreá-los, abaixei a cabeça e abocanhei seu seio direito, lhe arrancando um gemido. Lambi, chupei e mordisquei, e repeti com o outro, fazendo-a gemer e ansiar por mais.

Suas unhas desceram por minha nuca e subiram, ela agarrou meu cabelo e soltou um palavrão quando apertei sua cintura e prendi um dos mamilos entre os dentes, puxando-o.

Parei o que fazia para tirar a única e quase minúscula peça que cobria seu corpo, engatei os dedos pelas laterais, e fui abaixando sua calcinha, a retirei deixando-a nua à minha frente.

A conduzi para a cama, ela deitou afastando as pernas, pude ver cada detalhe dela quando me aproximei, a toquei, passando dois dedos por suas dobras lisinhas, espalhando sua umidade, ela fechou os olhos gemendo quando introduzi o dedo indicador...

— Mais... Mais... Não pare. - Pediu abrindo os olhos.

Retirei o dedo e voltei com dois dedos para dentro dela, ela se abriu mais, parei de penetrá-la e separei seus lábios vaginais, ela era rosadinha e estava ficando encharcada, pressionei seu clitóris.

— Me chupa! - Se contorceu sob meus toques ousados.

— Com prazer! - Sorri e umedeci os lábios.

[...]

P.O.V Da Jade

Aquele era sem dúvidas o melhor sexo oral que já tinha recebido em toda a minha vida. O melhor. O Oliver sabia muito bem como usar aquela boquinha convidativa... Me levou ao delírio e ao puro êxtase. Tive um orgasmo maravilhoso. E tudo que eu mais queria era pagar na mesma moeda e com gosto.

Me recompus e olhei para o volume que ele apertava sobre a boxer azul-escura, diante dos meus olhos, libertou a ereção me deixando com água na boca. Era um bom tamanho, não era tão grosso, mas gostei muito do que estava vendo... A pele morena e lisinha, e com aquela cabecinha levemente rosada, brilhando de pré-gozo.

Parei à sua frente, louca para enlouquecê-lo, eu queria mostrar o quanto eu era capaz de fazer um homem pirar na cama, desviei o olhar de seu pau ereto e pronto para mim, e fitei seus olhos que estavam quase negros de luxúria.

Ambos de joelho na cama, ele me puxou pela cintura juntando nossos corpos, seus lábios tomaram os meus e eu senti sua ereção deliciosa pressionar minha barriga... Suas mãos foram para minha bunda, me apertando e alisando minhas nádegas.

Ele retirou uma das mãos dali e direcionou para baixo, entre minhas pernas, passando os dedos por minha intimidade molhada, começou a brincar com o clitóris.

— Quero te sentir na boca. - Minha voz saiu rouca após o beijo excitante.

— Depois... Só preciso te sentir agora, estou louco para me afundar em você... Hum... Toda molhadinha para mim. Vire! - Me girou, me deixando de costas para ele, seus dedos entraram de novo e de novo em mim, e eu só sabia pedir por mais. - Alguma posição que prefere, que deseja? - Me lambuzou com os dedos, me abrindo para poder me estimular mais.

— Gosto de ficar por cima. - Falei.

— Hoje não... - Sua voz saiu mais rouca, parou de me acariciar.

— Camisinha. - O lembrei.

— Eu sei, relaxa... - Afastou meus cabelos e beijou minhas costas.

Ouvi o som de embalagem sendo rasgada. Esperei trêmula e com um friozinho gostoso na barriga, apoiei as mãos no colchão macio, a cama era pequena.

— De quatro não, se segure na cabeceira. - Pediu.

Engatinhei até a cabeceira, afundando os joelhos nos travesseiros e me segurei na cabeceira metálica, de costas e levemente empinada, eu nunca tinha feito naquela posição.

— Abre mais... - Me fez afastar as coxas.

Senti seu peitoral em minhas costas, ele se posicionou atrás de mim e foi encaixando nossos corpos, ofeguei quando ele me invadiu, mantendo minhas coxas bem afastadas.

— Oliver... - Gemi pois naquela posição, ele tinha mais acesso para ir fundo.

Uma. Duas. Três estocadas lentas e profundas.

Se retirou e me virou, me fazendo ficar de frente. O beijei, montando nele, ficamos um tempinho naquela posição até ele me deitar na cama, e ficar por cima.

Gemidos abafados por beijos. Carícias. Arranhões por minha parte. Chupões.

— Ainda não goze... Vou virar você. - Saiu de dentro de mim e me deixou de bruços.

Mais gemidos... Fiquei parada naquela posição deixando ele me possuir, apertei a colcha e mordi o travesseiro. Eu estava tão perto.

— Beck... Me deixa de frente... Quero olhar para você... Vou gozar... - Choraminguei.

— Sou eu quem comanda aqui... Vou te pagar depois... - Aquelas palavras me apunhalaram de cheio.

— PARA! - Gritei. - SAIA DE CIMA DE MIM! - Relutei e ele foi parando até se retirar por completo.

Saí da cama apressada e me sentindo enojada. Me pagar? Como ele pôde dizer aquilo?

— Te machuquei? - Veio para perto de mim e eu recuei, segurando as lágrimas.

— Não quero a porra do seu dinheiro. Não sou uma prostituta. - Eu estava muito ofendida com aquilo.

— Quê? Calma, você entendeu de maneira errada, eu não quis dizer...

— Quis sim, Oliver! Não quero pagamento nenhum por sexo. Você é um cretino! Fica longe de mim! - Avisei.

O idiota arregalou os olhos e me encarei incrédulo.

— Me deixa explicar... - Se aproximou e eu recuei, e me abaixei para juntar minha roupa. - O 'Vou te pagar depois' significa que eu ia te recompensar deixando tudo ao seu comando na segunda rodada. Eu jamais faria o que você pensou, foi um mal-entendido, Jade. - Senti sinceridade em suas palavras.

Logo me senti uma boba e tive vontade de me estapear por ter imaginado aquele absurdo...

— Me desculpa, eu...

— Tudo bem, eu que peço desculpas por não ter me referido com as palavras certas. - Ele estava tão envergonhado quanto eu.

Larguei as roupas no chão novamente e fui até ele.

— Me mostre as suas habilidades na cama, Oliver. - Mudei de assunto para deixarmos aquele clima desagradável de lado.

[...]

P.O.V Do Beck

Voltamos para a cama, a beijei com calma e trocamos carícias até nos excitarmos de novo. E sem quebrar o contato visual, a penetrei, suas unhas escorregaram por minhas costas, encostei nossas testas e me afundei nela lentamente, ouvindo sua respiração descompassar e um gemido rouco escapar de seus lábios inchados e avermelhados por conta dos beijos demorados que trocamos.

Jade me apertou, passando as pernas ao redor dos meus quadris, fechou os olhos e comecei a estocar aumentando a velocidade de acordo com os seus gemidos que só me atiçavam, segurei sua cintura e ondulei os quadris, gemendo baixinho, ouvindo-a arfar e empurrar os quadris contra os meus tentando acompanhar meu rítmo.

Seu corpo se contorcia embaixo do meu, suas coxas me apertavam, e ela se movia contra mim, recebendo e me dando prazer, eu deslizava para o seu interior quente e molhado que me abrigava calorosamente, e aquela era a melhor sensação.

Desencostei nossas testas e juntei nossos lábios, sua boca se abriu e afundei minha língua, sentindo o seu gosto único, a beijei lentamente, saboreando-a ao máximo.

Nossos corpos se encaixavam como se tivessem sido feitos para aquilo, para nos unirmos como um só. O ar ficou escasso e eu afastei minha boca da sua, encarando-a. E como aquela mulher era linda. Jade era maravilhosa.

Seus cabelos se espalharam pelos travesseiros, os fios escuros e brilhosos, as madeixas bagunçadas. Ela mantinha os lábios entreabertos, de onde saiam seus doces gemidos, os olhos que costumavam ser claros estavam escuros pelo desejo explícito.

Meu corpo não suportaria por tanto tempo, eu estava perto de alcançar meu limite assim como ela.Tentei esvaziar a minha mente, eu só queria sentir e apreciar cada momento daquele ato intenso, repleto de sentimentos prazerosos.

— Oliver! - Chamou por mim, senti ela se contraindo e me apertando deliciosamente.

Não dava mais para prolongar, ela atingiu o ápice e eu atingi o meu logo em seguida. Desabei sobre seu corpo trêmulo e quase febril, repousando o rosto em seu peito, ela ofegava e eu podia sentir as batidas aceleradas de seu coração, não estavam diferentes das minhas.

Suas pernas se afrouxaram ao meu redor, ficamos ali em silêncio, esperando nossas respirações voltarem ao normal. Nenhuma palavra dita. Não queríamos estragar aquele momento tão único e especial. Eu só queria poder guardá-lo para sempre em minhas memórias.

As mãos dela desciam e subiam por minhas costas suadas, fechei os olhos e inalei o perfume de sua pele, sentindo o nosso cheiro misturado, e o cheiro do sexo que se alastrou pelo quarto. Era tão bom... A sensação pós-orgasmo era de fato aliviante e indescritível.

Se eu pudesse congelar aquele momento, eu o faria. Só não queria soltá-la. E estar ali com aquela, com nossos corpos encaixados era a melhor sensação que já tive em toda a minha vida.

Seus dedos subiram para o meu cabelo, puxando os fios levemente, relaxamos e me recusei sair de cima dela após me retirar de dentro de si, Jade não reclamou do meu peso. Mas eu precisava me livrar da bendita camisinha.

Levantei relutante e fui ao banheiro, me livrei do preservativo, e quando retornei para a cama, a morena já tinha adormecido enrolada no cobertor. Deitei ao seu lado e passei um bom tempo observando-a dormir serenamente, sem parar de pensar em tudo que tinha acontecido.

Meus sentimentos estavam confusos, bagunçados. O que estava acontecendo comigo? Levá-la para a cama não deveria significar nada, era só sexo, não é mesmo? Eu queria muito poder acreditar naquilo, mas não era o que o meu coração afirmava...