Encravou seus pés na grama úmida e fofa do jardim da casa. Scoty forçou Luna continuar a caminhar, puxando-a com mais força pelo pulso. Fazia peso com o corpo para trás para se manter ali parada.

–Não darei nenhum paço até que... – Luna pode sentir o ódio de scoty nos olhos quando ele a encaro – Quero saber! Conte-me? O que está acontecendo?

O medo tomou conta de seu corpo quando percebeu que o lado negro dele flava mais alto do que o normal.

Scoty se aproximou de Luna. Seus olhos estavam arregalados e nitidamente podia-se ver o ódio que havia dentro dele. Sua respiração estava ofegante e estupidamente quente. Sem dizer uma palavra dobrou o seu corpo em direção a cintura dela, passou seus braços sobre aquela fina cintura e a levantou, colocando-a de bruços em seu ombro.

–SCOTY !

Ele revirou os olhos. Havia dado alguns passos e Luna continuava gritando seu nome. Ele a jogou dentro da sua Pick-up Chevrolet c-14 de 1964. Depois de Madalena, sua maior paixão era aquele carro. Bateu aporta do carro do passageiro e se dirigiu para o lado do motorista. Em questão de segundos, Scoty estava ao lado de Luna, sentado no banco de couro creme. O carro já estava em movimento quando Luna deu mais um grito.

– SCOTY, PUTA EU PARiU. EU TENHO TODO O DIREITO DE SABER O QUE ESTÁ ACONTECENDO.

Scoty levantou a mão como se fosse dar uma bela surra nela, mas antes que uma besteira fosse feita, um segundo de sanidade passou por ele.

–CALA A BOCA. EU SÓ NÃO ARRANCO ESSE MUSCULO QUE VOCÊ CHAMA DE CORAÇÃO, PELO SIMPLES FATO DE TER UM PINGO DE CONSIDERAÇÃO ASUA IRMÃ.

Ele respirou fundo. Luna o olhava assustada. A cada palavra dita, sua voz se transformava. Ficava mais grossa e assustadora.

– Philip te explica.

Luna ainda com os olhos arregalados, olhou para frente.

•••

Estavam parados na frente da lanchonete Ico. Scoty desceu do carro, fazendo um sinal com a cabeça para que Luna descesse e o seguisse.

Deram a volta pelo restaurante entraram pela porta detrás. Tecnicamente o Ico deveria estr fechado, já que eram prá lá das três dá manha.

Philip estava lá, deitado na sua cama apenas de cueca box branca, deixando seu corpo mais translucido. Possuía um quarto razoavelmente grande no restaurante. O dono, o Senhor Ico, era um dos anjos, que tinha varias missões a serem compridas. A luz amarelada do abajur estava acesa. Estava deitado com a perna direita dobrada apoiada no colchão e sua planta do pe esquerda, também apoiada no colchão, que era coberto por um lençol listrado roxo e branco. Em seus dedos da mão direita, havia um cigarro, que era levado varias vezes aos lábios.

Scoty, não teve a educação de bater e já saiu entrando no cômodo, que havia apenas uma cama com um corpo translucido e definido deitado.

–Eles sabem. – Scoty disse com um tom de desanimo.

Luna estava apoiada no canto da porta, olhando para dentro do quarto e vendo aquela cena. Fazia esforço para respira lentamente, para não demostrar o que sentia ao ver aquilo.
Philip continuava na mesma posição, apenas encarando Scoty.

–O que ele disse?

– Para cuidar dela.

Philip apagou o cigarro no chão e se levantou. Foi em direção dela e lhe deu um beijo demorado na testa e logo em seguida abraçando-a com força. Luna retribuui o abraço e segurou as lagrimas.

Scoty revirou os olhos.

–Me diga qual é a graça dessa garota ? – Perguntou indignado.

Philip soltou Luna e olhou para Scoty.

– Sabe algum lugar?

– Faço aminima.

– Podiamos leva-la para o lugar menos provável.

Scoty o encarou.

–Lá. Eles não vão procura-la poor lá.

– Isso quer dizer ...- Os olhos de scoty brilharam

–Não. Ela não poderia entrar lá tecnicamente viva.

– Tecnicamente viva ? – Luna repetiu as palavrasditas – Como assim? E lá, aonde?

– Mas você demora pra raciocinar em, gatora? Puta merda! – Disse Scoty indoignado.

– Vamos te levar para aonde querem te levar. O único lugar que não vao te procurar é lá.

Luna continuou olhando pra Philip.

Scoty procurava um bastão de baysebol dentro do armário de Philip.

–Cade o bastão ? – Scoty perguntou.

– Luna, isso vai doer mais em mim do que em você. Não vou te matar, vou deixar, lhe desacordda por alguns segundos.

– Mas com um bastao ? Vai me matar assim...

– É o que eu espero ... – Gritou Scoty de dentro do armário.

Philip e Luna olharam para ele. Ambos furiosos.

–Que foi ? Se não fosse ela, estaria em casa, com a minha mulher e sem ter que voltar para o lugar que eu sai, com tanta dificuldade.

Philip se virou para Luna. Passou seus dedos levemente sobre os fios negros e brancos do cabelo longo e fino da garota.

– Não podemos te levar acordada para lá. Nenhum mortal poderia ver as portas do inferno. Você ficará por lá, por pouco tempo. Só ate tudo acabar.

Luna o abraço com força.

– Estou com medo. – Sua foz saiu tremula.

Philip a abraçou com força.

– Eu ficarei com você até que tudo termine.

– AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAACHEEEIÍ*-* - Os olhos de Scoty brilharam mais ainda. Ele olhava para ela como um maníaco assassino, olhava para sua vitima que em poucos segundos seria destripada.

Ele caminhou até ela batendo levemente o taco na sua mão esquerda.

– Podemos solta-la na floresta e manda-la correr e ... – Philip olhava com uma das sobrancelhas arqueadas para Scoty.

– Por que tem queser Scoty e não você?

– Por que ele tem coragem e eu não.

Luna tremeu.

– Vai ser rápido e não vai sentir dor.

– Só quando acordar - Resmungou Scoty.

– Não bata com muita força, precisamos dla viva.

Os olhos dela arregalaram.

– Blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá ! Eu sei como se faz.

Luna não pode nem se mexer e seu corpo já estava estirado ao chão.

– Coloque uma calça e pegue-a. Espero você no carro. – Scoty apoio o taco na parece e saiu, batendo a porta de madeira.