Fui até ela e fui ver o corte.

_ Que droga Kristem, tinha que ser você - eu disse soltandoa sacola que eu havia pegado, olhei o corte, não havia sido tão grave, tinha uns 8 centímetros, sangrava um pouco e a carne era vermelha.

_ Não é tão grave, vai sobreviver – eu disse soltando o braço dela, ela olhava pra baixo, como se fosse me matar de surpresa, não liguei, a loira era fácil de encarar. – Ta bom, consegue andar loira?- perguntei

_ Consigo – ela disse brava

_ Ta então vamos achar um lugar pra ficar esse noite, já vai escurecer – Disse Priscila

Fomos andando mata adentro o que era bem fácil por que não havia folhas nem tronco no meio do chão, atrapalhando sua passagem ou visão, as pessoas inteligentes não seguiriam a trilha, mais nos éramos carreiristas podíamos fazer o que quisermos, As arvores eram fáceis de escalar e os galhos eram grossos e longos, o que me fez fazer ficar de olho nos galhos, alguém podia muito em ficar deitado lá esperando alguém passar, pra ficar escondido ou atacar. Foi dito e feito, enquanto andávamos vimos uma menina em cima de um galho, com uma faca, nós passamos e eu a vi ela tacou a faca em Nathan e eu gritei:

_ NATHAN

Ele se esquivou e Pâmela acertou uma de suas armas bem no pescoço da menina, que se não tivesse morrido com o corte, morreria com a queda.

_ Obrigado – falou Nathan, Pâmela deu um sorrisinho leve.

_ Não vai pegar a arma? – perguntou Priscila

_ Não, vamos continuar – respondeu Pâmela.

Continuamos andando até chegar a um lugar que parecia uma área de acampamento tinhas varias arvores formando um circulo, era um pouco no canto pois eu podia ouvir o rio, não me importava o barulho dele era leve e relaxante. Nos sentamos em um circulo e colocamos nossas coisas nos meio. Menos nossas armas.

Aaron, Pâmela e Nathan haviam pegado uma mochila cada, eu havia pegado um saco com coisas de primeiros socorros e Priscila havia pegado uma coisa parecida com uma maleta cheia de suprimentos, basicamente, latas com comidas variadas. Nas mochilas um saco de dormir fino e preto que reflete o calor do corpo, um pacote de biscoitos, um pacote de tirinhas de carne seca, uma garrafa de iodo, uma caixa de fósforos, um pequeno rolo de arame, um par de óculos escuros e uma garrafa de plástico de um litro com uma tampa para carregar água, mas vazia.

_ Vamos comer, uma lata é mais ou menos equivalente a uma refeição, então cada uma pega uma, tem 16, vai dar pra pelo menos dois dias, mais os biscoitos e a carne seca, uns 5, a não ser que alguém morra – eu disse olhando pra Kristem.

Peguei uma lata de sopa de carne e legumes, e colocamos os biscoitos e a carne junto na maleta de suprimentos. Nos comemos e decidi que alguém teria que buscar água o rio não estava muito longe então eu decidi ir, Aaron não quis me deixar ir sozinha então foi comigo, pegamos as três garrafas e fomos enchê-las e depois podíamos purificá-las com o iodo, chegamos no rio que não estava nem 200 metros da gente, o rio podia ser extenso mais era pequeno por isso o barulho era leve ele também era calmo, talvez por que fosse era reto sem decidas nem nada, pedia as garrafas a Aaron e me ajoelhei e me esquivei um pouco para encher as garrafas uma por uma, quando terminamos fui voltar, mais Aaron me segurou levemente pelo braço e disse:

_ Calma, eu to com saudade – ele ia me beijar mais eu desviei.

_ Eu estou cansada, e acho que agora não temos tempo pra isso – eu disse com um sorriso leve pra não parecer tão rude.

_ Tudo bem então – fomos voltando em silencio, chegando lá todos estavam sentados também em silencio, com as latas jogadas num canto.

_ Bom, temos três sacos de dormir e seis pessoas, então vamos dividir, temos tamanhos variados e os sacos são o suficiente se souber conciliar, Aaron e grande e eu sou pequena em relação a ele, então fico com ele, Priscila e Nathan tem tamanho médio, então ficam juntos, Pâmela e Kristem também, mais alguém tem que ficar de vigia hoje estamos no meio da mata e alguém pode vir atrás da gente, todos de acordo? – todos concordaram – Ta bom então, quem vai ficar de vigia primeiro? – perguntei

_ Eu posso ficar, vou fazer um curativo no braço mais mesmo assim não vou conseguir dormir – disse Kristem

_ Tudo bem, então o saco de dormir é seu Pâmela – eu disse jogando um saco de dormir pra ela, eu não conseguiria dormir muito bem, pensando que talvez Kristem pudesse me matar, mais alguma coisa me dizia que ela não faria isso, mais tudo bem, falei bem baixinho comigo mesma, “Pai, me proteja essa noite” e fechei os olhos adormeci quase imediatamente, não havia percebi o quanto estava cansada. Acordei umas quatro vezes a noite, uma só por precaução e outra por que eu estava morrendo de calor com a minha blusa e o meu calor humano e o de Aaron também estava fazendo o saco de dormir pegar fogo tirei meu casaco e fiquei só com a blusa de baixo isso melhorou um pouco, depois o calor começou a se refletir de novo estão tirei os braços pra fora do saco de dormir, eu estava dormindo, de frente pra Aaron com os braços junto ao corpo, mais uma hora eu virei pro lado e Splash!, Bati a mão em alguma coisa, acordei meio assustada e vi água ao nosso, e parecia que estava subindo. Olhei pro lado e vi Kristem dormindo encostada uma arvore, vagaba, devia ter acordado alguém pra ficar de vigia.

_ DROGA KRISTEM - gritei – GENTE ACORDA, TEM ALGUMA COISA ERRADA COM A ÁGUA.