– Estou pronta! – grito descendo na escada.
Dylan esmurro o estômago de Thomas como uma comemoração, diferente de Ally que só falta surtar por um motivo que não sei. Entramos aos poucos socados do carro de Thomas, o ar é tão quente que não conseguimos respirar dentro do carro, se alguém soltar um pum então morremos. Thomas liga o motor e acelera em direção à cidade, meu entusiasmo é tanto que coloco a cabeça para fora e a balanço junto com o vento. Ele ri alto, mas a minha alegria paralisa quando entramos no estacionamento do restaurante, o mesmo em que jantei com os pais dele. Todos saltam do carro, o segurei até todos terem saído do carro. Ela me fita, e tanta soltar minha mão e por culpa do suor acaba vencendo.
– O que foi? – a voz ansiosa ele pergunta.
– Tem certeza que quer comer aqui? – minha visão estava tremula como meus lábios em falar aquilo à ele – Sabe como é, foi aqui a última vez que vou sua mãe e eu sei o quanto está mal por isso.
Ele riu, como se eu estivesse falando bobagem.
- Tudo isso é para você. Esquece, vamos logo!
Então desço do carro e salto pelo os degraus até encontra-los. Scarlett já havia pedido dias cervejas e uma rodada de camarão, Dylan a rodeava com seu braço e Ally se encolhia na parede. Sempre achei que eles fossem um casal, mas agora ele só tinha olhos para Scarlett. Queria que ele soubesse tudo que ela faz.
- Não fique bêbada - advirto - Te mato se ficar!
Ela assente, mas tenho certeza que ficará. Primeiro uma, logo depois outra e assim já está cambaleando e chamando "Jesus" de "Genésio". Mesmo assim tento manter a calma e o clima romântico. O sol batia em meus parte do meu rosto na quantidade exata, entrelacei as mãos e sorri para ele. Que retribuiu com um riso alto, e olhava para o além como a procurasse uma lembrança.
- Porque... - ele estende a mão enfrenta ao rosto como se tentasse se proteger - Não me bata!
- Não vou bater!
- Eu menti - arregalei os olhos - Não precisava dizer aquilo aos meus pais, só precisava te convencer de sair comigo...
Diferente é todas as vezes que alguém mentiu para mim, eu não briguei. Eu me aproximei e o beijei, não me encontrei pelo cheiro de leite azedo - havia se tornando meu cheiro favorito - o beijo foi delicado, não babamos um a língua do outro nem nada disso. Somente sentimos o calor um do outro, um tipo de vapor do amor. Percebo a piscadinha de Scarlett para mim, leio os seus olhos que seu passíveis saber que está ganhando dizer: "Está pegando geral, hein?", mas a ignoro. Bilhares de assustos jogados fora, enquanto nos comíamos até a última migalha de camarão e Scarlett estava na sua sétima lata, ela havia ido umas cinco vezes urinar e da última vez precisou que Ally fosse com ela.
- Garçom - ela cantarolou alto - pur favô, mais uma dessa daqui!
Bato na mesa com força e nego o pedido pegando as latas e colocando ao meu lado.
- Chega por hoje!
- UUH! Está bravinha, docinho? - ela grita.
Balanço a cabeça negativamente e me levanto, pego pelo seu braço e caminho para fora. Thomas ficou para pagar a conta e Dylan e Ally vieram em minha direção. O sorriso dela me irritava mais ainda, mas me impedia de voar em sua garganta.
- Está tudo bem? - Ally pergunta, enquanto aponta para Scarlett que rodopia na areia - Sua amiga está recebendo a pomba gira, e Dylan...
Contenho o riso para não perder a pode brava, Thomas chega logo depois e ficamos um tempo parados olhando Dylan engolir Scarlett começando pela boca. Uma cena em que torcemos o nariz e danos risada.
O céu vai escurecendo aos poucos, enquanto Scarlett ainda dança e nós estamos sentados na areia só esperando a fazendo nossas apostas a que momento ela vai cair. Mas, repentinamente, Scarlett solta um grande jato de vomito. Corro em sua direção segurando seus cabelos e apoiando em minhas pernas, todos a rodeiam enquanto pensam na forma mais certa de agir, a no final somente ficam olhando.
- Você comeu algo antes de beber? - ela somente balança a cabeça. Por um segundo algo quente escorre pelas minhas pernas, não pode ser possível - Gente, Scarlett está urinando em mim! Porra, isso é mesmo xixi...
Espero uma ajuda, mas não. Eles somente riem enquanto levo um banho de xixi de uma bêbada que recebeu uma pomba gira até vomitar e como se não compensasse isso, urinou em mim. Após uma segundos, ela se levanta e sorri para mim. Então jogo um olhar maldoso a Thomas, ela começa a correr meio lento.
– Só quero um abraço amor...
Ele corta até a beira da água e então me puxa para dentro e meus gritos não são o suficiente para o fazer manter distância. Ele me empurra e caio na água com um estalo gigante mas costas, puxo a gola da camiseta para tentar afoga-lo mas é forte demais. Sentamos na ponta e observamos as ondas irem e virem em paz nos puxando cada vez mais para dentro, assim como a areia em nossas bundas. Daquele jeito um pouco frio eu o abraço, o que não adianta muito. Mas posso ficar assim por quanto tempo for preciso para a eternidade. Assim que me levanto para me secar, Scarlett vai até meu lugar e senta ao lado de Thomas. Sim, eu queria surtar, mas tinha que mostrar que confiava nele. Tenho focar em Ally e Dylan, ela está sentada olhando para o mar enquanto provavelmente tenha manter o orgulho por cima de seu amor platônico a partir do momento que Scarlett chegou por ele, enquanto ele a vítima e rasteja pela praia o suficiente para parecer um frango empanado. Me seco colocando as roupas molhadas no porta-malas e vestindo uma tanga, me sinto ridícula.
Scarlett e Thomas ainda estão no mesmo lugar, ele vira a cabeça por um momento e percebe minha presença. Aceno e ele retribui com um sorriso seco, assim que caminho em direção à eles. Ele se levanta e vem em minha direção, para em minha frente estico os braços e deslizo a mão em seu rosto, e mando um beijo que ele ignora. Tira a minha mão de seu rosto e caminha sem direção à Dylan. Sinto uma pontada de raiva, mas olhando para ele percebo que algo muito ruim o incomoda. Será que Scarlett disse algo sobre mim? Corro e sento ao seu lado, ela está mais deprimida ainda.
– Você falou algo á Thomas? – ela me ignora, eu puxo o seu rosto apertando de tanta raiva – Pare com isso, está me dando nojo!
– Posso não ser como você, mas não vou estragar sua alegriazinha! - ela solta a minha mão, com o olhar semicerrado e um pouco piedoso – Nem tudo é minha culpa, posso ter colocado nas maiores cagadas de sua vida. Mas não seria tão cruel como pensa que sou...
Suas palavras me deixaram intrigada, do que estava a referindo?
– Como assim cruel? Do que estavam falando?
Ela suspirou e então começou a falar:
– Ele te contou que vai servir ao exército? Sabe que soldados morrem, ele não vai voltar e nem te ver. É tão difícil para ele, mas você que vai sofrer. Só quer que você fique sorrindo até quando ele for embora, mas eu sei que você nunca vai esquecer! Sei que vai lembrar e sofrer sempre, te conheço e seu como fica quando perde algo que ama muito. Para eles, Thomas é só um garoto como os outros e vai morrer em Campo por não ter um pingo de experiência.
Eu sentia meus olhos arderem e a lágrima rolar pela minha bochecha enquanto ela falava, não parecia o suficiente para mim aquele verão para uma dor que carregaria sempre. Seco as lágrimas e me levanto, tenho uma raiva tão grande dentro de mim. Mas devo disfarçar.
– Obrigada, por tudo Scarlett!
Corro em direção à eles como a nada estivesse acontecendo. Thomas a cena para o mar chamando, acho que já está na hora. Logo estamos todos no carro, Thomas está na frente com Dylan cantando Rock o mais alto que conseguem, parecem milhares de gatos morrendo. Scarlett começa a arquejar e logo sinto sua mão apertar minha vida, viro em sua direção à bato a mão em suas costas e surge um novo jato dessa vez mais fedorento.
– AH NÃO! AH NÃO! – Thomas grita – PARE DE TRAZER CONHECIDOS SEUS PARA SOLTAREM ESSA COISA NOJENTA DA BOCA NO MEU CARRO.
– Não foi tão nojento assim eu te beijar logo depois vomitar naquele dia.
Ally e Dylan deram um berro em uníssono, do meu lugar consigo o ver vermelho. Enquanto Scarlett limpa a boca, e logo depois encosta no meu ombro e cochila uns minutos até chegarmos no lugar onde queríamos, apesar que não conheça. Uma ponte em meio ao nada, completamente vazia. Era realmente lindo ver a lua daquele lugar refletir no mar, logo Dylan agarra Ally que largou a pode de durona. E sinto o calor e Thomas me rodear louco depois.
– Esse lugar me lembra você – ele ri – cenho aqui beber às vezes e lembro o quanto a irrita com isso.
– Bom saber que não me obedece quando está longe – minha voz soa seca.
– Está sendo tão grosa. Não entendo, o que está pensando?
Sei o que penso, mas antes de prevenir para não o magoar as malditas palavras saem de minha boca.
– Estou pensando o que vai ser depois que você morrer. Será que vou te ver? Me mandaram algo?
– Não precisa pensar nisso, vou ficar bem!
Que idiota! Quero que algo me segure para não o estapear.
– Não vai não! E será que não entende que ficarei pior, porra! E você ainda faz isso, não entende que estou apaixonada mais a cada dia e você piora, lamento... Mas não vou mais sofrer assim, acho que acabamos por aqui! Não vou arriscar perder mais alguém, não vou arriscar que você me machuque.
Solto os braços dele com o máximo de força, sinto ele segurar uma mecha do meu cabelo. Mas o ignoro e entro no carro, Scarlett está acordada. Deito em seu colo, e não contenho as lágrimas! Me sinto uma pré-adolescente idiota e dramática...
– Eu sou burra! Muito burra – bato em minha própria cabeça – me arrume uma arma, acho que sou burra demais para ser verdade. Vou me matar, talvez sou mais inteligente morta!

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.