Anything Can Happen – 2ª Temporada

Capítulo 13 - Preparação para uma tempestade


Todos aproveitaram o final de semana e renovaram as energias. E assim o fim de semana passa e chega a segunda-feira. Assim que Ellie chega à delegacia e desce do carro. Ela é abordada por Danny.

– Falou com o Don? – pergunta Danny parado na frente de Ellie.

– Não, ainda não. – responde Ellie.

– E porque não? Se ele descobrir ou souber por outra pessoa não vai ser nada bom. – diz Danny encarando Ellie.

– Porque eu não quis. Eu sei disso Danny, mas vou esperar até o cara ser preso que por sinal será amanhã. – fala Ellie tentando desviar de Danny.

– Você já parou pra pensar que amanhã nós estaremos no prédio onde o Don mora e provavelmente o Sinclair falou pra ele tirar folga. – diz Danny voltando a ficar no caminho de Ellie.

– Não pensei nisso. – fala Ellie pensativa.

– Ellie eu realmente me preocupo com o Don e com você, mas se ele ver você lá com o tal cara ou se ele souber alguma coisa sem ser por você ele vai ficar uma fera. – diz Danny preocupado.

– Obrigado, mas eu sinto que tenho que fazer isso. Sei disso, mas eu não quero contar nada a ele antes da prisão, Danny. – fala Ellie encarando Danny.

– Ok, então. Eu desisto. Depois não diga que eu não te avisei. – diz Danny suspirando e adentrando a delegacia.

Ellie também entra na delegacia e segue para alguma sala vaga. Ela precisava telefonar para alguém. O telefone então toca, toca e alguém atende do outro lado da linha.

*LIGAÇÃO ON*

– Alô? – fala alguém do outro lado da linha.

– Domi, eu preciso da sua ajuda. – diz Ellie desesperada.

– O que foi tia? Porque você está assim? – pergunta Dominic preocupado.

– Lembra que o veterinário do Lupine e Toddy disse para que eles sejam levados até ele amanhã? – pergunta Ellie.

– Sei, a tia Charlotte disse que pode deixar um pouco o restaurante para levar eles e a mim junto. – fala Dominic.

– Olha, fala pra Charlotte que tem alguém que pode levá-los sem precisar deixar o trabalho. – diz Ellie esperançosa.

– Hum? Quem é essa pessoa? Ela já sabe? E por quê? – diz Dominic desconfiado.

– Bem, o Don amanhã não vai trabalhar e não ele ainda não sabe. – fala Ellie.

– Mas, se o Don não vai trabalhar você também não vai sendo assim você poderia nos levar... – tenta falar Dominic.

– Não, Domi, eu não posso. Amanhã eu vou ter que resolver algo que não posso contar o que é agora. – fala Ellie irritada.

– Calma tia. Está bem, vou ligar pra ele e conversar. Eu vou querer saber o motivo. – diz Dominic.

– Ok. Manda-me uma mensagem se conseguiu ou não. Mas, só depois de amanhã que vou poder contar. – diz Ellie.

– Pode deixar tia. Eu espero. Tenho que ir pra aula agora. Até tia. – diz Dominic.

– Está bem. Até Domi. – fala Ellie desligando.

*LIGAÇÂO OFF*

Ellie então deixa a sala e dá de cara com Don.

– O que você fazia aí dentro? – pergunta Don.

– Eu precisava telefonar para alguém em particular e daí eu encontrei essa sala vaga. – fala Ellie.

– Ah tá. A Lindsay ligou dizendo que encontrou alguma coisa sobre o tal escritor. Ela e os outros nos esperam. – diz Don.

– Ok, vamos lá então. – diz Ellie.

Don e Ellie se dirigem para o carro. Eles passam por Danny que encara Ellie com um olhar preocupado. Mas, ela desvia da encarada de Danny e segue Don até o carro; ambos então adentram o carro. Don e Ellie estão quase chegando ao laboratório.

– Porque o Danny te encarou daquele jeito? – pergunta Don quebrando o silêncio dentro do carro.

– Hum? Ele me encarou? – Ellie tenta desconversar.

– Sim, ele te encarou. E a fisionomia dele era de alguém preocupado. Tem algum motivo pra aquilo? – fala Don estacionando o carro.

– Hum, tem. Mas, eu não quero falar sobre isso agora. – fala Ellie.

– Hum, e quando você vai me contar o motivo? – diz Don.

– Ainda não sei quando. – fala Ellie descendo do carro.

– Porque não me conta hoje? – pergunta Don também descendo do carro.

– Porque eu só poderia contar uma parte e antes que pergunte tem mais coisas do que você imagina. – diz Ellie indo em direção a entrada do prédio.

– Como é que é? Ellie, agora que eu quero saber tudo. – diz Don.

– É o que você ouviu. Mas, não hoje nem amanhã, só depois. – fala Ellie adentrando o prédio.

Os dois então seguem para o elevador em silêncio. Assim que saem do elevador dão de cara com Lindsay.

– Até que enfim vocês chegaram. – fala Lindsay – Eu pensei que vocês estavam a fim de saber mais sobre o escritor.

– Eu quero. Foi a Ellie que demorou, eu tive que procurar em tudo que é canto da delegacia pra achar ela em uma das salas vagas. – fala Don irritado.

– Eu tive que telefonar e não queria ninguém ouvindo a minha conversa. – diz Ellie irritada.

– Já chega vocês dois. Eu já entendi. E se acalmem. – diz Lindsay estranhando o jeito de Ellie e Don – Venham comigo.

Ellie e Don então seguem Lindsay em total silêncio. Eles então chegam até a sala onde todos os outros envolvidos no caso estavam reunidos.

– Eu já contei para todos sobre o que o assassino falou e de onde eu já havia visto aquela frase; também já falei sobre o escritor. – diz Lindsay.

– E sim, já encontramos alguma coisa sobre o escritor. O nome Malcolm Frencher não existe, é um codinome na verdade. Descobri que o nome verdadeiro do autor é Andrey Gabonne. – diz Adam.

– Eu descobri que ele já fora um respeitado cirurgião, mas já faz uns bons anos que ele simplesmente desapareceu. – fala Jo.

– E sim, ele tinha alguém em sua vida. Era uma jovem mulher chamada Rebecca Gandrill. Não se sabe nada sobre ela e também não existe nada sobre ela. – fala Mac.

– Eu achei o último endereço cadastrado de Andrey. – diz Annie passando um papel para Ellie – Ah, esse daí é o hospital onde ele trabalhava.

– Eu achei um registro estranho. Andrey e essa tal de Rebecca tiveram um filho, mas não há menção dele depois de um ano. – diz Sheldon.

Todos naquela sala ficam abismados com o que Sheldon falara. Tudo é devidamente anotado por Don. Lindsay então arrasta Ellie para algum lugar.

– Lindsay me solta. – fala Ellie quase caindo.

– Ainda não. Quero falar com você. – diz Lindsay.

– Está bem. – fala Ellie suspirando.

E assim que elas chegam ao telhado do prédio elas se sentam uma do lado da outra.

– Sobre o que você quer conversar? – pergunta Ellie.

– Primeiro: porque você e Don estavam irritados quando eu falei com vocês? – pergunta Lindsay encarando Ellie.

– Hum, é porque a gente estava “conversando” sobre algo e ele ficava querendo coisas demais antes do tempo. – diz Ellie encarando o céu.

– E isso é motivo de vocês ficarem assim? – pergunta Lindsay ainda encarando Ellie.

– Não sei, talvez. – fala Ellie olhando as nuvens no céu.

– Sobre o que ele queria saber? Parece ser importante. – diz Lindsay.

– Ainda não contei para ele, só depois eu vou contar. Sim, é importante. – fala Ellie olhando para suas mãos sobre os joelhos.

– Hum, só não conte muito depois. Vocês podem se machucar. Seja o que for tome cuidado. – fala Lindsay.

– É eu sei. Vou tentar. – fala Ellie.

– Hum. Ellie, você sabe se tem algo acontecendo com o Danny? Nesse final de semana ele ficava falando sozinho algo que me deixou intrigada. – diz Lindsay.

– Eu não sei Lindsay, me desculpe. E o que ele ficava falando? – fala Ellie olhando para Lindsay.

– Ok, não tem problema. Ele falava “ela deve contar pra ele antes de tudo”. E isso ele repetia hora após hora. Eu e Lucy não estávamos entendo nada. – diz Lindsay.

Ellie se sente um pouco mal e tenta não demonstrar. Ela fica encarando o nada porque ela sabia sobre o que o Danny estava falando, mas não podia contar nada para Lindsay.

– O que foi Ellie? Algum problema? – pergunta Lindsay preocupada.

– Não foi nada. Só um mal estar. Hum, sinto muito, mas não sei nada mesmo. – fala Ellie.

– Um mal estar não é nada? Pirou? Tudo bem. – fala Lindsay exasperada.

– É Lindsay, depois eu tomo alguma coisa. – diz Ellie calmamente.

E assim as duas voltam para dentro do prédio. Logo depois, Ellie e Don voltam para a delegacia. No meio do caminho Ellie recebe uma mensagem de Domi.

“Tudo certo. Eu falei pra Charlotte que ela não precisaria me levar e sim, o Don vai nos levar. Ah, eu falei pra ele que você vai ajudar a tia Charlotte com algumas coisas de rua e não poderia nos levar. Domi”

Ellie dá um sorriso de canto. Logo depois Don estaciona o carro e ambos descem para logo em seguida adentrarem a delegacia. Segunda-feira passa sem mais nem nenhum problema. Terça-feira chega com um céu nublado e um ar friozinho.