O Conto de Subterrâneo.

Desde há muito tempo, duas raças reinavam sobre a Terra: humanos e monstros. Certo dia, as duas raças iniciaram uma duradoura e violenta guerra. No fim, os humanos venceram e, com o intuito de punir o oponente, aprisionaram os monstros na mais alta montanha da região: o Monte Ebott. Os humanos criaram uma barreira que somente com um poder equivalente a sete almas humanas poderia ser destruída. Os monstros, então, ficaram aprisionados por muito tempo.

Anos passaram-se até que uma humana, curiosa com a lenda, resolveu subir a montanha. Por distração, ela caiu, contudo sua queda foi amortecida por um vasto campo de flores. A garota agora se encontrava em um mundo que se perdeu com o tempo.

Ela foi rapidamente achada por Asriel Dreemurr, filho de Asgore Dreemurr, rei daquele mundo:

* — Você está bem? Preocupado, Asriel ignorou o fato de que estava frente a frente com um exemplar da espécie que condenou seu povo a não ter regalias básicas como assistir ao por do Sol.

* — Sim, estou. Obrigado pela preocupação. Quem é você? Poderia me dizer onde estou, por sinal?

* — É bom que esteja bem! Estaria em prantos caso tivesse fraturado algum osso. Sou Asriel Dreemurr. E você? Quem é? Qual seu nome? Você está no subterrâneo! Há muito tempo, os humanos nos aprisionaram aqui após vencerem um longo confronto.

* — As lendas eram reais, então! Interessante, muito interessante. Bom, sou Chara. Eu sou realmente muito grata pela ajuda, Asriel. Nome bonito, aliás.

* — Muitíssimo obrigado, Chara! Seu nome também é bonito.

Em pouco tempo, Chara e Asriel tornaram-se amigos. Asriel apresentou-a a sua família, que a recebeu receptiva e carinhosamente, apesar de todo o contexto história existente entre as duas raças.

Pela primeira vez, após incontáveis anos, humanos e monstros estavam tendo uma boa relação. Mais especificamente, um humano e diversos monstros. Pela quantidade de afeto que estava recebendo, Chara se tornou uma pessoa mais amigável e optou por permanecer com sua nova família.

Cinco anos passaram-se para que um segundo humano adentrasse nas profundezas de um não tão novo mundo. Seu nome era Clover.

Clover, diferentemente de Chara, não foi ao Monte Ebott por curiosidade. O garoto foi ao local com o intuito de resgatar Chara. Quando chegou ao local, o garoto foi recebido por uma misteriosa flor falante. A flor apresentou-se ao garoto e comentou sobre Chara, alegando que os monstros aviam-na executado cruelmente. Furioso, Clover executou cada monstro que aparecia em seu caminho, dando início a um genocídio. O garoto tornava-se cada vez mais poderoso e sedento a cada assassinato efetuado. Ele estava cada vez mais determinado. Sua determinação ascendeu a um ponto no qual poderia retornar após a morte.

Aqueles que habitavam o subterrâneo temiam por suas vidas enquanto o garoto estava no local. Para evitar uma tragédia maior ainda, Gaster, o Cientista Real, bem como seus assistentes, iniciaram uma evacuação. Ele estava determinado a parar o humano. Sua determinação era grande ao ponto de fazê-lo desenvolver armas específicas para derrotar o humano. Ele falhou, de qualquer forma.

Sabendo da falha tentativa de Gaster, Asgore e Toriel, sua esposa, foram a caminho dos assistentes de Gaster: Sans e Alphys. Por mais que tentassem, aparentava ser impossível pensar em algo capaz de cessar a determinação humana.

Alphys, ao andar pelo subterrâneo, encontrou a criatura travando uma batalha contra dois monstros. Aquilo já não poderia mais ser chamado de humano. Assustada, ela escondeu-se atrás de uma árvore e observou-o. A cada ataque de Clover em seu oponente, Alphys sentia-se ainda mais agoniada por não sentir-se suficientemente corajosa a fazer algo.

A criatura prosseguia com seus ataques. Insatisfeita e em um ataque de pânico, Alphys atirou-se naquilo e derrubou-o, desmaiando-o. Era tarde demais de qualquer forma. Os dois monstros haviam sido mortos. Algo estranho ocorreu, entretanto. Dois fantasmas saíram do corpo daqueles monstros. Eles não se desintegraram, o que era um extremo alívio para Alphys. Ela levou-os para um local seguro enquanto aquilo estava desacordado.

Os fantasmas relataram que, antes da luta iniciar-se, aquilo perguntou sobre Chara. Desesperados, Asgore e Toriel saíram à procura de sua filha. Quando foi encontrada, ela e Asriel já estavam um confronto contra a criatura:

(Esta é uma breve visão de Asriel sobre a batalha).

CLOVER – LV 19 – HP 74/92.

ASRIEL – LV 1 – HP 10/20.

CHARA – LV 1 – HP 10/20.

* Lá vem algo mais assustador do que um monstro. Ele não se importa mais em resgatar sua irmã. Defenda-a a qualquer custo.

Em outro ataque daquilo, Asgore colocou-se à frente para impedir que seus filhos fossem feridos. Seu HP foi a 1 instantaneamente. Os irmãos Dreemurr, seriamente preocupados e chocados com o ato de Asgore, perderam a oportunidade de atacar aquilo e foram novamente atacados. Dessa vez, boa parte do dano foi direcionado à Chara, que rapidamente foi ao chão.

A batalha estava com um fim praticamente determinado. Asriel não conseguia golpear eficientemente Clover, Chara e Asgore estavam gravemente feridos e Toriel não conseguia se mover devido ao desespero. Em mais turno daquilo, Asriel foi golpeado de maneira que sua alma fosse partida ao meio. Em um ato de desespero, Chara feriu-se ainda mais para conseguir tocar sua própria alma. Ela, então, partiu-a ao meio, dando uma metade a Asriel:

* — Chara! O que você fez? Você morrerá dessa forma! Asriel foi tomado pelo desespero ao ver o ato de sua irmã.

* — ...Não há tempo para dialogar, Asriel. Pegue-a e acabe com isso. Eu preciso recompensar o que você fez há cinco anos.

* — ...Se sobrevivermos a isso, não conversarei contigo por 10 minutos!

Asriel absorveu metade da alma de Chara, fundindo a ela o que restou de sua própria alma. Ao fazer isso, sua determinação superou a de Clover. Asriel era a última esperança dos monstros. Rápida e fatalmente, o garoto conseguiu golpear Clover, derrotando-o por vez. Dessa vez, entretanto, ele não poderia voltar. Asriel era aquele capaz de fazê-lo no momento:

— Você conseguiu Asriel! Você nos salvou! Ainda fraca, Chara levantou-se e abraçou seu irmão.

Asriel estava desolado. Mesmo após ter eliminado uma ameaça a si mesmo e a todos que ama, ele sentia-se culpado por não ter conseguido um final pacífico para o que antes era um humano. Ao perceber a tristeza de seu irmão, Chara abraçou-o mais firmemente e consolou-o.

Após o ato, Toriel e Asriel levaram Chara e Asgore ao hospital mais próximo. Ambos conseguiram recuperar-se.

Asriel foi instantaneamente reconhecido como o verdadeiro salvador de todos os monstros. Devido à grave condição de seu pai, que teve de ter certas partes do corpo repostas por aparatos robóticos, Asriel assumiu o trono e tornou-se o rei de todos os monstros. Toriel, assim como Asriel, não estava contente mesmo após a derrota de Clover. Ela sentia-se culpada pelo que ocorreu com seu marido. Tomada pelo desespero, Toriel escondeu-se nas ruínas e, para que não a reconhecessem, cobriu-se com um lençol. Para ajudar sua mãe a recuperar-se, Chara optou por tornar-se a guardiã das ruínas.

Sans e Alphys foram laureados com o título de Cientistas Reais por Asriel. Com o passar do tempo, um monstro chamado Undyne, juntamente a Papyrus, o irmão mais novo de Sans, ganharam a confiança de Asriel e Alphys, tornando-se a Guardas Reais.

Napstablook e Happstablook, os únicos fantasmas do subterrâneo, tentaram recomeçar suas vidas. Os Cientistas Reais projetaram Mettaton, um corpo robótico para Happstablook. Um corpo robótico também foi oferecido a Napstablook, contudo este recusou. Mettaton, então, tornou-se famoso por suas incríveis habilidades artísticas. Juntamente a Asgore, que também tentava recomeçar sua vida, Mettaton e Napstablook criaram um espetáculo que começou a ser realizado anualmente no subterrâneo. Napstablook, além de cuidar de todos os conceitos musicais dos shows, fazia sua vida vendendo cachorros quentes em todas as áreas subterrâneas, embora Snowdin fosse a mais recorrente.

Uma época próspera estava para começar no subterrâneo, contudo esse sonho foi adiado por protestos dos monstros contra Asriel. Asriel instituiu que todos os humanos que caíssem no subterrâneo não teriam de ser instantaneamente atacados, podendo tornar-se grandes amigos. O povo, entretanto, ainda com os assassinatos de Clover em mente, somente aceitava Chara como humano amigável. Todos os outros teriam de ser executados. Para evitar mais tragédias, Asriel e Chara fizeram um acordo. Asriel “instituiria” a lei desejada pelo povo. Em contrapartida, Chara ficaria nas ruínas e estaria atenta à chegada de qualquer humano. Chara deveria cuidar de qualquer humano e impedir que este deixasse as ruínas. Caso o contrário, este seria provavelmente pego e morto.

Com o passar do tempo, mais cinco humanos caíram no subterrâneo. Todos passaram por Chara e foram executados posteriormente.

Cinco anos se passaram desde a última queda de um ser humano. Em 202X, mais um humano chega ao subterrâneo. O que ocorrerá com ele?

FRISK — LV 1 — HP 20/20